Acerca da emergência climática
por Daniel Vaz de Carvalho
1 - Os cientistas, os especialistas e os outros
O tema alterações climáticas é tratado sem debate.
Especialistas garantem que existe na comunidade científica um total
consenso acerca da necessidade de descarbonização do ambiente. O
CO2 seria a causa das alterações climáticas registadas. Os
que se opõem a esta visão são ignorados ou considerados
uma espécie de heréticos: os "negacionistas". Sobre o
facto do contraditório estar ausente destas questões um
jornalista dizia que não ia opor bloguistas às opiniões de
cientistas.
Teremos de acreditar nos especialistas? Nem por isso. O especialista pode
dominar técnicas, mas não a ciência, que na climatologia
abrange um complexo cientifico, designadamente da paleontologia, à
física e geofísica. Ao cientista exige-se cada vez mais a
"cultura integral do indivíduo" (Bento Jesus Caraça)
para não cair no que Brecht referia no seu Galileu Galilei.
Ortega e Gasset considerava os especialistas um dos males do mundo moderno:
"Antes os homens podiam dividir-se em sábios e ignorantes, em mais
ou menos sábios e mais ou menos ignorantes. Mas o especialista
não pode ser subsumido em nenhuma destas categorias. Não é
um sábio porque ignora formalmente tudo o que não entra na sua
especialidade, mas também não é um ignorante (...) Em
política, em arte, nas outras ciências tomará
posições de primitivo, de ignorantíssimo, mas
toma-las-á com a energia e suficiência de um sábio, sem
admitir e isto é paradoxal a opinião de
especialistas destas coisas. Ao especializado a civilização
fê-lo hermético e satisfeito dentro das suas
limitações".
É aliás espantoso que ditos especialistas sobre a matéria,
estejam tão mal informados ou nos informem tão mal,
"herméticos" dentro das suas limitações".
Em 23 setembro deste ano um conjunto de 500 cientistas e profissionais de 13
países enviou uma carta ao secretário-geral da ONU contestando a
doutrina da descarbonização, que a ignorou completamente.
A iniciativa partiu do prof. Guus Berkhout, geofísico, professor
emérito da Universidade de La Haye. Basicamente, pretendia-se que
houvesse debate sobre as alterações climáticas:
"Exortamos-vos a que seja seguida uma política climática
baseada em ciência sólida, realismo económico e
atenção real àqueles que são atingidos por
políticas de mitigação caras e
desnecessárias." Resumidamente, eram apresentadas as seguintes
posições:
- Não há emergência climática
- Fatores naturais assim como antropogénicos provocam um aquecimento.
- O aquecimento é muito mais lento que o previsto. Isso mostra-nos que
estamos longe de entender as mudanças climáticas.
- Os modelos sobre os quais a política climática se apoia
são inadequados
- O CO2 é o alimento natural das plantas, o fundamento de toda a vida na
terra.
"Contestamos firmemente a política de neutralidade carbónica
prejudicial e irrealista proposta para 2050. Até que surjam melhores
abordagens, o que certamente acontecerá, temos tempo suficiente para
refletir e adaptar. O objetivo da política internacional deve ser
fornecer energia fiável e barata de forma permanente a nível
mundial".
[1]
2 - Perplexidades de um leigo
A perplexidade surge ao ver como o debate científico sobre
posições diferentes é recusado ou como nos media meras
opiniões ou hipóteses passam como ciência provada, sem um
mínimo de contraditório. Por exemplo, em 1976
"especialistas" anunciavam um período de arrefecimento, como
que uma nova glaciação
(the big freeze).
Em 1995, passaram para o "aquecimento global", provocado pelo CO2...
(
Da glaciaciação ao aquecimento: meio século de fake news
).
Os fenómenos relacionados com o clima entraram no campo da
crença. O "consenso científico" que determina que 97%
dos cientistas estão de acordo com a hipótese das causas das
alterações climáticas registadas no último
século serem muito provavelmente devido a atividades humanas é
apoiada pela
NASA
, que refere um conjunto de organizações científicas que
apoiam esta posição.
Aqueles 97% baseiam-se em quatro estudos, contestados num documento do NIPCC
(Nongovernemental International Panel on Climate Change)
Porquê cientistas discordam acerca do aquecimento global
, resumido pela Association des climato-réalistes:
[2]
- Em 2003 um artigo da historiadora Noami Orestes, publicado na revista
Science
, mostrava que entre 1993 e 2003, 75% dos artigos apoiavam direta ou
indiretamente a tese do aquecimento global de origem antropogénica.
- Em 2009 um estudo de uma mestranda
(Zimmerman) e do seu orientador de tese (Doran) da Universidade de Illinois
baseou-se numa sondagem a 10 250 geocientistas, da qual obteve 3 146 respostas,
concluindo por
97% de concordância. Apenas 5% se identificaram como climatologistas,
cerca de 1 000 não tinham diploma de doutoramento ou mesmo mestrado.
- Em 2010 William Anderegg, estudante da Universidade de Stanford, baseou-se
numa pesquisa de artigos publicados na internet, concluindo que 97 a 98% dos
cientistas apoiavam a tese antropogénica. Considerava que os que mais
publicavam eram mais credíveis do que os cientistas que publicavam
menos, sem fazer qualquer esforço para o demonstrar.
- Em 2013 um especialista em ciências cognitivas Jonh Cook baseou-se
também no número de artigos publicados na internet defendendo
cada uma da posições para concluir pelo consenso
científico dos 97%.
Em 2014, um grupo de cientistas canadianos analisou os quatro exercícios
de contagem acima (
Friends of Science, 2014
), pesquisando os artigos ou respostas que concordavam explicitamente com a
afirmação do IPCC de que a atividade humana é
responsável por mais da metade do aquecimento observado. Descobriram que
em Orestes havia apenas 1,2% de concordância, Doran e Zimmerman, 3,4%;
Anderegg, 66% e Cook 0,54%.
"A reivindicação de 97% está nas ciências
psicológicas e não nas ciências climáticas. Uma
reivindicação de consenso de 97% é apenas "prova
social, um poderoso motivador psicológico para influenciar o
público". A desconstrução dessas pesquisas mostrou
que não há um consenso científico de 97% sobre o
aquecimento global causado pelo homem, como afirmavam os estudos.
[2]
O climatologista prof. Marcel Leroux, declarava numa entrevista em 2007 que
"o chamado "aquecimento global" é um mito
pseudo-científico":
[3]
- 95% do efeito estufa deve-se ao vapor de água. O CO2, representa
apenas 3,62% do efeito estufa. Só uma pequena proporção
pode ser atribuído às atividades humanas, com um valor total de
0,28% do efeito estufa total, incluído 0,12% para o CO2.
- Alteração climática" não é
sinónimo de "aquecimento global" porque "clima
global" não existe. A alteração climática
não depende em absoluto do CO2 e o homem não é em absoluto
responsável por isso, exceto no contexto limitado das cidades.
- O aquecimento da troposfera nas últimas duas décadas é
muito menor do que os modelos previstos. Aliás, o CO2 extra na atmosfera
até aumentaria a produção agrícola, como foi
observado em regiões particularmente áridas. Afinal de contas,
é alimento vegetal.
A recente subida das águas em Veneza foi apresentada nos media como
"prova" do aquecimento global. Na realidade,
"esqueceram-se" de ter em conta que da subida do nível
médio das águas em 27 cm registado desde 1872, pelo menos 14 cm
se devem a subsidência, isto é, à deslocação
para baixo da superfície terrestre relativamente a um nível de
referência, neste caso o nível do mar, provocada quer por
movimentos tectónicos quer por bombeamento de águas
subterrâneas.
[4]
3 - Alterações climáticas
A paleontologia mostra como as variações climáticas foram
uma constante ao longo da história do planeta, alternando entre
períodos frios e períodos quentes, devido, conforme as
épocas, a alterações cíclicas na
inclinação do eixo da Terra, à sua órbita ser mais
ou menos alongada ou a intensa atividade vulcânica. Tem sido referido o
deslocamento de placas tectónicas - que continua a dar-se regularmente -
levando a variações do magma interior da Terra, repercutindo-se
também, na deslocação dos polos magnéticos.
Sensivelmente há 11 600 anos a glaciação terminou na
Europa, tendo a temperatura subido vários graus em poucas
décadas, mesmo em poucos anos como indicam dados fornecidos pelas
perfurações feitas no gelo na Islândia. Há 10 000
anos, no período quente, podia ir-se a pé do que é hoje a
Inglaterra até à Suécia, um espaço designado por
Doggerland. Há 8 000 mil anos o clima era então 1 ou 2 graus mais
elevado que hoje, sucedendo-se durante mil anos um período frio. A
época romana foi considerada um período quente e próspero.
[5]
Desde a Idade Média que se sucedem períodos frios e quentes.
Entre 1150 e 1300, na Europa central e ocidental prevaleceu um ótimo
climático que deslocou as culturas particularmente a vinha, de 4 a 5
graus de latitude para o Norte. Os períodos quentes foram
períodos férteis e prósperos. Os períodos frios
foram historicamente épocas de morte e escassez tornando mesmo
inabitáveis áreas do Norte da Europa.
[6]
.
Na Idade Média os glaciares dos Alpes eram mais pequenos que atualmente.
Os modelos climáticos adotados para descarbonização
não explicam estas variações. Os estudos
paleoclimáticos não revelaram nenhuma relação entre
o CO2 e a temperatura, não sendo estabelecida nenhuma
relação causal, fisicamente fundamentada, provada e quantificada
entre a evolução da temperatura (ascensão, mas
também descida) e a variação do efeito estufa pelo CO2.
[3]
A concentração de CO
2
não explica a existência de períodos quentes no passado,
como o que levou os vikings a permanecerem na Gronelândia (a Terra Verde)
durante os séculos século X a XIV. Porém,
"especialistas" descartam esta situação como
"não significativa" (?!). Uma "Pequena Idade do
Gelo" sucedeu entre 1600 e 1850.
A chamada "temperatura média mundial" aumentou em 0,74º
Celsius entre 1906-2005, mas na realidade não se pode falar em
"temperatura global" como o demonstra
um estudo cientifico que contradiz a doutrina canónica do efeito de
estufa (
Energy & Environment,
2018, vol. 29(4), pgs.613-632).
As conclusões mostram que nas regiões interiores da
Sibéria, a temperatura média não subiu de 1930 a 2010.
Contudo, nas zonas sob influência oceânica, foi detetado para o
mesmo período um aumento da temperatura média inferior a 1º
Celsius.
O inverno de 2005-2006, bateu recordes de frio e neve, no Inverno de 2000 a
Sibéria registou as suas temperaturas mais baixas e a Mongólia
pediu ajuda internacional. No interior oeste norte-americano as temperaturas
médias foram em 2010 quase 1º Celsius mais baixas do que nos anos
trinta. No que diz respeito às regiões costeiras
norte-americanas, sujeitas à influência oceânica, a
temperatura média foi ligeiramente superior à dos anos 1930.
Noutras regiões do mundo, como nos Balcãs, China,
Paquistão, Sahel, as conclusões não mudam: em mais de um
século o aquecimento é observado apenas em regiões sob
influência oceânica. Ou seja, desde 1900, a temperatura dos oceanos
aquece lentamente por causas que não são conhecidas em detalhe,
conclui o estudo.
Se o aumento da concentração atmosférica de CO2 fosse a
causa das alterações climáticas o aumento da temperatura
deveria manifestar-se da mesma maneira em todas as regiões do planeta,
costeiras ou continentais, pelo que a doutrina do efeito estufa deixa de fazer
sentido.
As variações do nível do mar têm também sido
uma constante ao longo do tempo. Gravuras de outras épocas mostram o
Tejo junto ao Mosteiro dos Jerónimos ou à Torre de Belém
como ilhéu. No tempo dos romanos o rio banhava Lisboa quase até
onde é hoje o Rossio. Nas ruínas romanas de Milreu no Algarve
podem ver-se argolas para amarração de barcos, que distam uns 10
km da ria Formosa.
Nos últimos 100 anos o nível do mar subiu 15 cm 1,5 mm por
ano. Agora diz-se que o nível do mar subirá 65 cm (ou mesmo 1
metro) em 80 anos. Segundo o
IPCC
a taxa de elevação média entre 1901 e 2010 foi de 1,7 mm
ao ano. Entre 1993 e 2010 a taxa de elevação aumentou, sendo em
média 3,2 mm por ano.
4 - Contradições da descarbonização
Há praticamente duas décadas que as emissões de CO2 se
tornaram no dogma das alterações climáticas, num crescendo
de divulgação nos media, conferências, artigo
científicos ou tidos como tal e mesmo manifestações de
rua. Porém, nem as manifestações nem o que é
exibido põem em causa o modelo de sociedade de consumo e
desperdício vigente, que ou não pretendem alterar ou não
dizem de forma consistente como.
O CO2 atmosférico foi potenciado pela desflorestação, em
particular das espécies autóctones, a agricultura industrial,
produção de óleo de palma, pastagens destinadas a obter
carne para as transnacionais do hamburger, etc.
O comércio livre e a globalização neoliberal, permanece na
prática intocável e é mesmo defendido pelos adeptos da
"descarbonização", contudo milhares de navios e dezenas
de milhares de camiões percorrem em cada instante mares e estradas,
associados a este comércio, sendo responsáveis pelas
emissões que contestam. Transportes públicos foram privatizados,
menorizados ou deixados degradar para promover o transporte privado de
mercadorias e o automóvel individual.
Assim, apesar dos apelos à redução das emissões de
CO2, estas têm continuado a aumentar 1,5% ao ano, em média, na
última década, sem mostrar o menor sinal de
redução.
[7]
Os media que propalam a tese da "descarbonização",
estão no momento seguinte a fazer propaganda aos
"black fridays",
a modelos de consumo compulsivo e desperdício para que as pessoas
comprem o que não precisam. Os jovens são tanto mobilizados
contra o CO2, como insistentemente seduzidos para adquirem novos modelos
eletrónicos, que se sucedem numa competição irracional,
para basicamente mesmas funções.
Que modelo de consumo se pretende afinal para a
"descarbonização"? Uma sociedade organizada em consumir
e deitar fora, com equipamentos cuja vida útil foi sistematicamente
reduzida (o obsoletismo programado) baseada no
american way of life
apesar de líderes no desperdício? Mas a reciclagem
também tem custos ambientais.
Os mesmos que estavam muito preocupados com a redução da
afluência de navios aos portos nacionais devido a
reivindicações dos estivadores, agora clamam que em águas
nacionais os navios emitem mais CO2 que o tráfego rodoviário. De
modo semelhante, os que reclamavam medidas para desenvolver o turismo,
mostram-se inquietos com o CO2 emitido pelos aviões.
As consequências económicas e sociais da
"descarbonização" têm sido omitidas. Não
são explicadas, por exemplo, as consequências da economia digital
quanto às emissões de CO2 com partes de produtos finais
produzidas a milhares de quilómetros de distância, agravando o que
já hoje acontece pela atividade das transnacionais.
Apresentados como panaceia para a "descarbonização",
os veículos elétricos podem provocar uma catástrofe ambiental
. Existem impactos ambientais muito elevados com a reciclagem das baterias e o
elevado consumo de matérias-primas relativamente escassas, além
dos custos que só serão evidenciados quando o Estado retirar os
subsídios.
Dado que não há desenvolvimento económico e também
social sem energia abundante e barata, como vão poder desenvolver-se, em
particular os países ditos em vias de desenvolvimento, com as chamadas
"energias limpas"?
Tudo aponta para que as energia ditas limpas provocarão ainda maior
desigualdade social. Recorde-se que
2,5 mil milhões de pessoas
dependem da madeira para aquecer e cozinhar e segundo o
Banco Mundial
11% da população mundial não tem acesso à
eletricidade.
Não está explicado em termos quantificados, como as energias
renováveis podem satisfazer as necessidades energéticas no mundo.
A Agência Internacional de Energia divulgou no seu relatório anual
que o consumo global de energia aumentará 50% até 2050 e as
energias renováveis não serão suficientes.
5 - A "oportunidade climática"
Por detrás do "aquecimento global", perfila-se uma
"oportunidade climática", fonte de dinheiros públicos
para o grande capital.
Na UE pretende-se, no âmbito de um
"Acordo Verde Europeu"
(apoiado em 1 milhão de milhões euros em dez anos),
alcançar a neutralidade carbónica em 2050, reduzindo a partir de
2030, 50% a 55%, as emissões. Lembremos que a UE representa apenas
9,6% das emissões mundiais
[7]
.
A aplicação de "impostos verdes" irá garantir
uma parte daquela verba. Com esta perspetiva o grande capital e a direita
deixaram de atacar os "fundamentalistas do ambiente" e ei-los
ecologistas anti CO2.
Por seu lado, o Atlantic Council, defendia que o capital privado deve ser
mobilizado para evitar os piores impactos das mudanças
climáticas, caso contrário os resultados serão
catastróficos. "Agora vemos oportunidades de negócios e
investimentos atraentes e rentáveis em alternativas de baixo carbono. A
New Climate Economy
estimou que ações ousadas sobre as alterações
climáticas resultariam em oportunidades económicas de 26
milhões de milhões de dólares e 65 milhões de novos
empregos, até 2030. Uma
analise
do Banco Mundial recomenda que uma fração dos 100 milhões
de milhões de dólares mantidos por fundos de pensão e
outros investidores institucionais, sejam aplicados em investimentos
considerados verdes, limpos ou favoráveis ao clima.
[8]
A "energia limpa" constitui efetivamente um grande negócio
para os oligopólios da eletricidade. Com o fim da vida útil das
centrais térmicas teriam de realizar elevados investimentos antes
feitos pelo Estado para se manterem no negócio. Nada disso,
vão receber subsídios para investimentos em energias
alternativas. A questão é calcular como vão ser
satisfeitas as necessidades energéticas atuais e futuras e a que
preço.
Outro negócio da "oportunidade climática" é o
mercado de licenças para a descarbonização. Como sempre, a
tese é que o mercado resolve tudo a quem? mantendo os
países mais pobres no subdesenvolvimento, sem acesso a energias menos
onerosas, enquanto as transnacionais vão poder continuar a desflorestar
e a produzir a milhares de quilómetros dos centros de consumo, porque
dá mais lucro.
No fundo, trata-se de promover mais uma "destruição
criadora" que o capitalismo necessita periodicamente para aumentar a taxa
de lucro, garantido por subsídios e apoios públicos.
Apesar de tudo isto, o recente fracasso da Cimeira de Madrid, que se junta aos
anteriores Acordos de Osaka e de Paris, mostra as contradições
entre imperialismos e os diferentes interesses económicos envolvidos.
Sem surpresa, apesar das consequências catastróficas de que os
media se faziam eco, de momento o tema praticamente desapareceu. Duas coisas
ficam, o dinheiro que o grande capital vai absorver ao abrigo do combate ao CO2
e o facto de, em particular os jovens, não se mobilizarem contra a
guerra, contra a fome e miséria no mundo, o trabalho semi-escravo dos
que fazem o vestuário que usam ou os "brinquedos"
eletrónicos que deitam para um canto para comprar a última moda,
mas contra... o CO2.
O belicismo está fora da "descarbonização", ao
que parece a indústria militar, manobras, bombardeamentos e guerras
não emitem CO2 nem são prejudiciais ao ambiente, já que o
silêncio é total sobre o tema e sobre o aumento de despesas
militares que os países da NATO se propõem.
Não se fala em poluição, esgotamento dos recursos
naturais, desflorestação, perda de biodiversidade devido
fundamentalmente à agricultura e pecuária intensivas ou nos
impactos ambientais provocados pelo comércio livre neoliberal, nem,
sobretudo, às ameaças à civilização,
à espécie humana e ao planeta, pelo belicismo imperialista.
Notas
[1]
www.climato-realistes.fr/...
[2 ]
www.climato-realistes.fr/...
[3]
Marcel Leroux (1938-2008) foi professor emérito de Climatologia,
diretor do Laboratório de Climatologia, Riscos e Ambiente do Centro
Nacional de Investigação Científica de França,
membro da Sociedade Americana de Meteorologia e da Sociedade
Meteorológica de França.
resistir.info/climatologia/leroux_entrevista_2007.html
[4]
L'inondation de Venise n'est pas due à la montée des eaux résultant du changement climatique
[5] Karin Bojo, A grande família europeia, os 54 000 primeros anos, Ed
Bertrand 2019, p. 105
[6] Idem p. 97 e 99
[7]
www.climato-realistes.fr/bulletin-des-climato-realistes-n-96/
[8]
www.atlanticcouncil.org/...
Ver também:
Acerca do chamado "aquecimento global"
Acerca da impostura global
Milutin Milankovitch
Aquecimento global: uma impostura científica
A nova religião do suposto aquecimento global de origem humana
Mitos climáticos
Novo estudo climático desmente a teorização aquecimentista
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