Grécia: 2º dia da greve geral à escala nacional
Resposta organizada aos planos anti-povo e aos provocadores
por KKE
O "coração" da segunda jornada na enorme
mobilização da greve de 48 horas latejava na praça central
da capital grega, o Syntagma, onde a Frente Militante de Todos os Trabalhadores
(PAME) organizou um enorme comício que cercava o parlamento. E o segundo
dia ultrapassou amplamente os anteriores das últimas greves. A amplitude
e a militância constituíram uma continuação valiosa
do primeiro dia da greve de 48 horas. Ao mesmo tempo, dentro do Parlamento,
após requerimento do KKE, foi efectuada uma votação
individual sobre os artigos da proposta de lei do governo através da
qual serão aplicadas as novas medidas contra o trabalho.
Convém notar que as tentativas de grupos provocadores, com a
tolerância da polícia, de atacar os bordos da
manifestação receberam uma resposta combativa e organizada dos
eficazes serviços de protecção do PAME, os quais repeliram
os provocadores encapuzados. Verifica-se que os manifestantes do PAME receberam
ataques assassinos, com um manifestante seriamente ferido por ataque dos
anarco-fascistas. A protecção bem organizada do PAME repeliu
efectivamente os provocadores e deu uma resposta combativa aos esforços
dos mecanismos da classe burguesa para dispersar a manifestação.
Na quarta-feira (19/Outubro), no primeiro dia da greve geral, o governo com a
maioria de 154 deputados que possui aprovou na generalidade a proposta de lei.
Ao mesmo tempo, centenas de milhares de pessoas (120 mil segundo a
polícia que tentou minimizar a participação) estavam a
manifestar-se fora do parlamento, com as forças dos sindicatos com
orientação de classe, os quais estão agrupados no PAME,
tendo supremacia em termos de participação de massa e
militância dos manifestantes que encheram o centro de Atenas sobre as
forças mobilizadas pelas lideranças das
confederações sindicais comprometidas do GSEE e ADEDY. Isso foi
admitido mesmo pelos media burgueses. Houve uma situação
semelhante nas 70 cidades de todo o país onde as forças do PAME
mobilizaram dezenas de milhares de trabalhadores e efectuaram enormes
manifestações e ocupações de edifícios
públicos.
O Secretariado Executivo do PAME saudou "os milhões de
trabalhadores, por toda a parte, no sector privado e público, que
participaram na greve, ultrapassando ameaças, chantagens e
intimidação por parte do patronato e do governo".
Naturalmente, certos media gregos e estrangeiros, procurando ocultar a
dimensão da fúria popular, centraram-se na actividade provocadora
de pequenos grupos. Na Grécia é bem sabido que estes grupos
estão em excelente cooperação com os serviços de
segurança com o objectivo de dispersar mobilizações de
massa. Mas os seus planos não tiveram êxito! As forças de
protecção do PAME mais uma vez salvaguardaram o protesto em massa
de milhares de grevistas e só quando manifestantes do PAME deixaram a
rua em frente ao Parlamento ocorreram incidentes, sobre os quais centraram-se
enganosamente alguns dos media.
Neste segundo dia da greve, as forças do PAME também enviaram uma
mensagem de um conflito geral com a polícia do governo, da UE e do FMI.
Junto com as forças dos sindicatos e das federações
reunidas no PAME, houve uma ampla participação de estudantes, a
próxima geração da classe trabalhadora, a qual
manifestou-se sob as bandeiras da Frente de Luta dos Estudantes (MAS), do
Comité de Coordenação dos Estudantes de Liceu bem como dos
auto-empregados e mulheres com as bandeiras Reunião Nacional dos
Auto-empregados Anti-Monopólio e Pequenos Comerciantes (PASEVE) e da
Federação das Mulheres Gregas (OGE).
Estas forças manifestaram a oposição da classe
trabalhador, da juventude e dos estratos populares à
adopção das novas medidas anti-povo. Elas declararam a
oposição do povo aos novos sacrifícios em favor da
plutocracia exigidos pelo governo social-democrata. "Abaixo o governo e os
partidos do capital", "desligamento da UE poder popular e
operário", exigiram elas.
A Secretária-Geral do CC do KKE, Aleka Papariga, declarou no
comício do lado de fora de parlamento: "a luta não cessa
hoje, ela será continuada. Esta torrente deve ser mais turbulenta, mais
radical, mais subversiva. Ela pode varrer tudo na sua passagem sob uma
condição: que eles não roubem a vitória na hora H
como aconteceu muitas vezes antes, quando uma grande parte do povo acaba por
ficar preso em ilusões".
20/Outubro/2011
Ver também:
Um mar de povo sem precedentes no majestoso comício de greve do PAME em Atenas e em outras 70 cidades por toda a Grécia
O original encontra-se em
http://inter.kke.gr/News/news2011/2011-10-202mera/
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/
.
|