Um mar de povo sem precedentes no majestoso comício de greve do PAME em
Atenas e em outras 70 cidades por toda a Grécia
por KKE
Um mar sem precedentes de centenas de milhares de pessoas participou no
majestoso comício de greve do PAME, o qual encheu Atenas de um modo
jamais visto nas últimas décadas, no primeiro dia da greve geral
de 48 horas à escala nacional. Todas as ruas centrais de Atenas foram
cheias num nível sufocante pelas enormes multidões de
trabalhadores e durante muitas horas.
Comícios maciços e sem precedentes em dimensão e
militância tiveram lugar em todas as cidades da Grécia.
Estas forças uniram-se de modo a que a proposta de lei com novas medidas
anti-povo não será votada. As palavras de ordem foram: Abaixo o
governo e os partidos da plutocracia, organização e
aliança de trabalhadores por toda a parte, solução quanto
à questão do poder. O slogan que ressoou no comício foi
"Trabalhador, sem ti nenhum dente da engrenagem pode girar, tu podes
actuar sem os patrões", "Desobediência à
plutocracia", "Povo, uma frente para o poder".
O enorme êxito da greve baseou-se na paralisação de
fábricas incontáveis, grandes unidades de produção
e outros lugares de trabalho por parte de trabalhadores e empregados que
experimentam pobreza, privação e o beco sem saída do
desemprego. Sua enorme dimensão e militância também foram
baseadas no encerramento de numerosos pequenos negócios e loja os quais
enfrentam o perigo do encerramento permanente. Muitas novas forças de
trabalhadores participaram pela primeira vez na greve dando uma dinâmica
especial à luta contra a barbárie das medidas do governo, da
plutocracia, do FMI e da UE.
Desde a alvorada as forças do PAME com suas linhas de piquete apoiaram
decisivamente os trabalhadores em lugares de trabalho "ghetto" os
quais decidiram avançar para a greve pela primeira vez, desafiando a
intimidação do empregador e mesmo a mobilização
civil, a qual governo impôs aos colectores de lixo em greve das
municipalidades, bem como os outros mecanismos de ruptura de greve utilizados
pelo governo.
Os grupos provocadores que saltaram fora dos contingentes das
organizações sindicais comprometidas do GSEE e da ADEDY
procuraram mais uma vez criar incidentes encenados. No entanto, eles não
conseguiram esconder a enorme dimensão e as exigências do imenso
comício da greve, a participação organizada e protegida do
povo trabalhador nas manifestações do PAME onde não se
verificou um único incidente.
No palanque do comício, Giorgos Perros, membro do Secretariado Executivo
do PAME, declarou entre outras coisas: "não há governo
pró povo não importa se é chamado de centro-esquerda ou
esquerda, se ele não entrar em conflito com os monopólios, se o
seu programa não incluir o derrube dos monopólios ou, por outras
palavras, a sua socialização. Ou com o povo ou com os
monopólios. O poder do povo trabalhador ou o poder dos
monopólios. Não há nenhum outro caminho! Não
desperdicem qualquer momento. Contra-ataquemos todos juntos! Amanha,
quinta-feira devem vir todo para o cerco do Parlamento pelo PAME, de todos os
lados e ruas.
Processos nos partidos burgueses para inibir a torrente de fúria do povo
O enorme êxito do primeiro dia da greve exerce pressão sobre os
partidos da plutocracia e o seu governo. Portanto, nestes momentos há
uma intensificação dos processos para a reforma do sistema
político pelo PASOK, o ND e os outros partidos burgueses, com
cenários de uma "grande coligação PASOK-ND" bem
como esforços a fim de assegurar o consenso para a
aprovação das medidas anti-povo contra a torrente da greve que
hoje inundou Atenas e outras cidades.
Em relação a estes processos, a secretária-geral do
Comité Central do KKE, Aleka Papariga, afirmou em
declarações aos media: "Não penso que o sr. Papandreu
espere a nossa tolerância e consenso. Talvez por razões que
têm a ver com publicidade no exterior ele está a reunir-se com
partidos a fim de demonstrar que tem o seu apoio. Ele não tem apoio de
nós. Nenhum e de modo algum. O que ele tem de nós é a
nossa confrontação radical, total, real e substancial".
Após a sua saída da reunião que teve com o
primeiro-ministro, o qual efectuou uma série de reuniões com
todos os líderes partidários, a secretária-geral do KKE
declarou:
"A partir de agora as coisas serão decididas literalmente pelo
poder do povo e não pelas negociações que o governo
realiza ou pelos conselho e cimeiras com outros partidos". Aleka Papariga
apelou ao povo para ir em frente sem medo, para abandonar ilusões
até a vitória final e acrescentou: "Há uma
solução: a riqueza que existe neste país deve tornar-se do
povo. Devemos desligar-nos dos títulos da UE e cancelar unilateralmente
a dívida. Não há solução
intermediária".
Deveria ser notado que todas as forças com orientação de
classe reunir-se-ão para a segunda batalha na quinta-feira e para o
cerco do Parlamento o qual constituirá um novo marco memorável na
luta contra as medidas anti-povo, em conflito com os monopólios e o seu
poder.
19/10/2011
O original encontra-se em
http://inter.kke.gr/News/news2011/2011-10-191meraapergia/
Este comunicado encontra-se em
http://resistir.info/
.
|