"Factor de sustentabilidade, a expressão armadilha
RESUMO DESTE ESTUDO
Neste estudo, vai-se analisar a proposta apresentada pelo 1º ministro na
Assembleia da República, chamada "factor sustentabilidade" da
Segurança Social.
O primeiro aspecto a que interessa chamar a atenção, até
para motivar a reflexão, é que a escolha da expressão
"factor de sustentabilidade" não é inocente. Ela
enquadra-se naquilo que Philippe Breton, na sua obra
A palavra manipulada,
chama "palavra-armadilha". É uma palavra que, em
termos de comunicação, se denomina também
"palavra-virtude", porque desencadeia naturalmente em nós, a
nível do subconsciente, determinado tipo de reflexos e pensamentos,
procurando assim coagir-nos a aceitar automaticamente o argumento da outra
parte, tornando mais difícil ao receptor defender-se da
manipulação a que está a ser sujeito.
Seria mais correcto,
para ser mais facilmente compreensível pelos portugueses os
objectivos que se pretendem atingir, que ao invés de se chamar
"factor de sustentabilidade" se denominasse "factor de mais
sacrifícios para os já mais sacrificados".
Esta proposta do governo esquece aspectos importantes da realidade. Em primeiro
lugar, que cada trabalhador empregado cria, à medida que aumenta a sua
qualificação e o desenvolvimento cientifico e tecnológico
se acentua, muito mais riqueza. De acordo com dados publicados pelo Banco de
Portugal, a riqueza criada por cada empregado em Portugal passou, entre 1974 e
2004, de 641 euros para 26.332 euros a preços correntes, ou seja,
aumentou 41 vezes.
Em segundo lugar, como as contribuições das
empresas continuariam a ser calculadas apenas com base nas
remunerações, e como uma parcela crescente da riqueza criada
pelas empresas não reverte para os trabalhadores sob a forma de
remunerações, então a parte restante, que é cada
vez maior, ficaria isenta do pagamento de contribuições para a
Segurança Social. Para se poder ficar com uma ideia do que isso
significa, basta ter presente que, de acordo também com dados do Banco
de Portugal, em 1953 a parcela do valor do PIB criado por cada empregado que
não estava sujeito nem a quotizações nem a
contribuições para a Segurança Social, por não
constituir remunerações, era 51 euros por trabalhador, enquanto
em 2004 já alcançava 15.815 euros, ou seja, 310 vezes mais.
Finalmente, o governo pretende introduzir, desta forma, uma
solução donde as empresas são excluídas, o que
permitiria no futuro fazer os ajustamentos que se revelassem necessários
para enfrentar quaisquer dificuldades financeiras da Segurança Social
poupando as empresas mas sobrecarregando os trabalhadores e os reformados com
mais sacrifícios, já que as suas propostas não garantem a
sustentabilidade da Segurança Social.
Uma solução diferente, seria alterar o cálculo das
contribuições das empresas que deveria passar a ser feito com base
em toda a riqueza criada pelas mesmas, e não em apenas com base na
remunerações, ou seja, em menos de metade dessa riqueza. Tal
não significaria nem um novo imposto como afirma o ministro do Trabalho
nem determinaria a diminuição da competitividade das empresas
como afirma a direita. Nenhuma destas afirmações tem qualquer
fundamento técnico. Apenas significaria a substituição da
actual forma de calcular as contribuições das empresas com base
nas remunerações que foi criada há mais de 50 anos
e que por isso já não se adequa ao rápido desenvolvimento
cientifico e tecnológico verificado desde então por uma
nova forma de calcular as contribuições das empresas, mais
ajustada à realidade actual destas. Teria a vantagem, por um lado, de
eliminar as injustiças entre empresas geradas pelo sistema actual de
cálculo tornando a contribuição de cada empresa
proporcional à riqueza criada por cada uma delas, portanto mais
equitativa, e, por outro lado, na medida em que faria mais que duplicar a base
de cálculo das contribuições das empresas, garantiria de
uma forma mais sólida a sustentabilidade futura da Segurança
Social, o que não sucede com as proposta do governo. Teria também
a vantagem de permitir a substituição da actual taxa de 23,75%
sobre as remunerações, por uma taxa muito mais baixa que
estimamos ser suficiente de 11% sobre o VAB. Para além disso,
dificultaria a evasão e fraude actual das empresas baseada na
subdeclaração ou mesmo não declaração de
remunerações.
Apesar do ritmo de crescimento das pensões ser tão criticado pelo
ministro do Trabalho e da Segurança Social e por todo o governo, que o
consideram muito elevado, a pensão média em Portugal, em Junho
de 2005, era ainda de 278 euros por mês, portanto abaixo do limiar da
pobreza que é já superior a 300 euros por mês,
pensão média essa que variava entre 165 euros (pensão de
sobrevivência) e 321 euros (pensão de velhice que, segundo o
governo, rondou, em todo o ano de 2005, cerca de 350 euros, portanto um valor
continua a ser muito baixo)
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A Segurança Social é uma matéria que interessa
profundamente a todos os portugueses, pois é esta
que garante à esmagadora maioria da população portuguesa
um rendimento para poder viver quando se encontra doente, ou quando perde o
emprego, ou quando se reforma, ou quando, por qualquer outra razão,
não tem recursos. Para se poder ficar com uma ideia da
importância da Segurança Social, basta dizer que, em Junho de
2005, últimos dados disponibilizados pela Segurança Social, o
número de abonos de família pagos ultrapassava 1.688.000;
aqueles que recebiam subsidio de doença eram 116.000; o número de
beneficiários do Rendimento Social de Inserção atingia
149.000; os beneficiários do subsidio de desemprego eram 308.000, e o
número de reformados a receberem uma pensão da Segurança
Social rondava 2.700.000, ou seja, cerca de 26% de toda a
população portuguesa. Estes números são
suficientes para mostrar a grande importância que tem a Segurança
Social para a maioria dos portugueses, até porque as diferentes
prestações pagas por ela não são para os mesmos,
mas beneficiam a generalidade dos portugueses.
No entanto, apesar de ser uma matéria vital para todos os portugueses,
é algo que se tem procurado tornar pouco transparente para os
portugueses. Servem de exemplo chamadas "as cinco
propostas" apresentadas pelo 1º ministro Sócrates" na
Assembleia da República e a campanha de propaganda articulada que se
seguiu a que a maioria dos media e dos defensores do pensamento
económico
único se prestou, com a habitual reverência a quem está no
poder.
O "FACTOR DE SUSTENTABILIDADE" DEVIA-SE CHAMAR
"FACTOR DE MAIS SACRIFICIOS PARA OS JÁ MAIS SACRIFICADOS"
O 1º ministro apresentou na Assembleia da República aquilo a que
chamou "cinco propostas estruturais para assegurar a sustentabilidade da
Segurança Social". As consequências de uma dessas propostas
aceleração da entrada em vigor do cálculo da pensão com base em toda a carreira contributiva
analisámos no
estudo anterior. Neste estudo vai-se analisar apenas outra das cinco
propostas, o chamado "factor de sustentabilidade".
O primeiro aspecto que interessa chamar a atenção, até
para motivar a reflexão, é que a escolha da expressão
"factor de sustentabilidade" não é inocente.
Enquadra-se naquilo que Philippe Breton na sua obra
A palavra manipulada
chama "palavra-armadilha". É uma palavra que,
em termos de comunicação, se chama também
"palavra-virtude", porque desencadeia naturalmente em nós, a
nível do nosso subconsciente, determinado tipo de reflexos e
pensamentos, procurando assim coagir-nos a aceitar automaticamente o argumento
da outra parte, tornando mais difícil ao receptor defender-se da
manipulação a que está a ser sujeito. Para concluir isso,
basta colocar a seguinte pergunta: Quem é que não estaria
interessado em que fosse garantida a sustentabilidade da Segurança
Social?
Consciente disso os responsáveis pela propaganda do governo criaram ou
importaram o termo "factor de sustentabilidade", em que a palavra
chave é precisamente "sustentabilidade", procurando dessa
forma ocultar os verdadeiros objectivos do governo que são,
fundamentalmente, ou reduzir o crescimento médio das pensões
pagas, ou aumentar a idade efectiva da reforma ou aumentar os descontos dos
trabalhadores (apenas destes e não das empresas) para a Segurança
Social. O mais correcto, até para ser mais facilmente
compreensível pelos portugueses, seria chamar não "factor de
sustentabilidade", mas sim "factor de mais sacrifícios para os
já mais sacrificados". E isto porque, por um lado, existem outras
medidas que garantiriam de uma forma sólida a sustentabilidade
financeira da Segurança Social sem mais sacrifícios para os
trabalhadores e reformados e, por outro lado, não é certo que as
medidas propostas por Sócrates garantam essa sustentabilidade, sendo no
entanto certo que elas abrem uma porta que permitirá no futuro
facilmente agravá-las ainda mais com o pretexto de que o cenário
mudou. É precedente que permite que as empresas sejam totalmente
poupadas a qualquer esforço financeiro. É preciso recordar que a
justificação de "mudança de cenário"
é que tem sido utilizada pelo ministro do Trabalho e da Solidariedade
Social para justificar a mudança de posição do PS e dele
próprio no curto espaço de quatro anos..
A LOGICA DO "FACTOR DE SUSTENTABILIDADE"
OU DE "MAIS SACRIFÍCIOS PARA OS MAIS SACRIFICADOS"
A lógica deste "factor de sustentabilidade" assenta, de uma
forma simplificada para ser mais facilmente compreensível, no seguinte
pressuposto: actualmente, as pessoas vivem depois dos 65 anos cerca de 17,5
anos. A pensão media actual é de cerca de 350 euros por
mês, o que dá por ano 4.500 euros e nos 17,5 anos de vida que
viverão depois de se reformarem receberão cerca de 85.750 euros,
a preços actuais, da Segurança Social. Até 2050, a
esperança de vida depois dos 65 anos deverá aumentar cerca de 4
anos. O que pretende o governo com o chamado "factor de
sustentabilidade"? É que nesses 21,5 anos (17,5 anos + 4 anos),
quem se reformar nessa altura receba o mesmo que recebia actualmente em 17,5
anos, o que dá uma pensão média ainda inferior à
actual (284,8 euros a preços actuais); ou que trabalhe mais anos para o
período em que receberá a pensão depois de se reformar
seja igual ao actual, ou então que desconte mais para a Segurança
Social para que haja mais dinheiro para pagar pensões mais elevadas
durante mais tempo. Desta forma o governo pretende introduzir uma
solução, donde as empresas são excluídas, que
permitiria no futuro fazer os ajustamentos que se revelarem necessários
para enfrentar quaisquer dificuldades financeiras da Segurança Social,
poupando as empresas, mas sobrecarregando os trabalhadores e os reformados com
mais sacrifícios, já que as suas propostas não garantem a
sustentabilidade financeira da Segurança Social.
No entanto, a proposta do governo esquece, com certeza propositadamente,
aspectos essenciais da realidade.
Em primeiro lugar, que cada trabalhador empregado cria, à medida que
aumenta a sua qualificação e o desenvolvimento cientifico e
tecnológico se acentua, muito mais riqueza. De acordo com dados
publicados pelo Banco de Portugal, a riqueza criada por cada empregado em
Portugal passou, entre 1974 e 2004, de 641 euros para 26.332 euros a
preços correntes, ou seja, aumentou 41 vezes . Em segundo lugar, porque
as contribuições das empresas são calculadas apenas com
base nas remunerações, e como uma parcela crescente da riqueza
criada pelas empresas não reverte para os trabalhadores sob a forma de
remunerações, então a parte restante, que é cada
vez maior, escapa ao pagamento de contribuições para a
Segurança Social. Para se poder ficar com uma ideia do que isso
significa, basta ter presente que, de acordo com dados do Banco de Portugal, em
1953 a parcela do valor do PIB criado por empregado que não estava
sujeito a descontos para a Segurança Social, por não
constituírem remunerações, era de 51 euros por
trabalhador, enquanto em 2004 já alcançava 15.815 euros, ou seja,
310 vezes mais. Finalmente, embora vivendo mais anos, a maioria dos
trabalhadores quando atinge os 65 anos de idade estão perfeitamente
esgotados e envelhecidos, devido a uma vida de trabalho esgotante em que a
insegurança é cada é vez maior e em que o trabalho se
realiza sem um mínimo de condições e de segurança
é uma constante. Serve de prova o elevadíssimo número de
acidentes de trabalho e de doenças profissionais que continuam a
verificar-se em Portugal e o elevadíssimo número de mortes a elas
associadas.
O GOVERNO PRETENDE MANTER BAIXO O NÍVEL DAS PENSÕES
MÉDIAS EM PORTUGAL
Um dos argumentos utilizados pelo ministro do Trabalho e da Solidariedade
Social para justificar as propostas do governo para reduzir o crescimento da
pensões é que elas estão a aumentar a um ritmo muito
elevado. No entanto, o sr. Ministro e o governo esquecem-se de que o
nível das pensões em Portugal continua a ser muito baixo, mesmo
com valores inferiores ao limiar da pobreza como mostram os dados oficiais
constantes do quadro I.
De acordo com a "Estatísticas da Segurança Social",
apesar do ritmo de crescimento das pensões tão criticado pelo
ministro do Trabalho e da Segurança Social e por todo o governo, a
pensão média em Portugal, em Junho de 2005, era ainda de 278
euros, portanto abaixo do limiar da pobreza que é superior a 300 euros,
pensão média essa que variava entre 165 euros (pensão de
sobrevivência) e 321 euros (pensão de velhice que o governo diz
que rondava, no fim de 2005, cerca de 350 euros, que continua a ser um valor
muito baixo).
Se se desagregar os valor das pensões por escalões rapidamente
conclui-se que a esmagadora maioria dos reformados receberam, mesmo em 2005,
pensões muito baixas como mostram os dados oficiais constantes do quadro
II.
Como revelam os dados do Ministério do Trabalho e da Solidariedade
Social, 85,2% dos pensionistas do Regime Geral receberam, em 2005,
pensões inferiores ao salário mínimo nacional, ou seja, a
374,4 euros. Apenas 2,1 em cada 100 é que receberam pensões
superiores a 1.124,1 euros , e somente 0,1% é que receberam
pensões superiores a 2.997,6 euros que têm sido utilizados pela
maquina de propaganda governamental para justificar o seu ataque contra a
Segurança Social, ou seja, contra trabalhadores e reformados.
No entanto, os números anteriores ainda não revelam a verdadeira
situação de pobreza em que vivem centenas de milhares de
reformados do Regime Geral da Segurança Social. Uma grande parte destes
recebem pensões mínimas, e estas são de valores muito
inferiores aos referidos anteriormente, como mostram os dados do quadro III.
O número de reformados do Regime Geral que recebem pensões
mínimas atingia 796.725, ou seja, cerca de 40% dos reformados do Regime
Geral. Daquele total, 91,5% tinham, em 2006, pensões inferiores a 300
euros, ou seja, ao limiar da pobreza. E quase 60% estão a receber por
mês apenas 223,2 euros.
A estes, mas fora do Regime Geral da Segurança Social, ainda há
acrescentar os que recebem a Pensão Social, cujo valor médio
ronda 199 euros por mês, e os reformados do Regime dos Agrícolas
que estão a receber 206 por mês. Estes dois grupos de reformados,
com pensões de velhice ainda mais baixas que as anteriores, somam cerca
de 430.000 pensionistas..
É FALSO QUE O CÁLCULO DAS CONTRIBUIÇÕES DAS
EMPRESAS COM BASE EM TODA A RIQUEZA DETERMINARIA A BAIXA DE COMPETITIVIDADE
Um dos argumentos mais utilizados pela direita e pelo governo para se oporem ao
cálculo das contribuições das empresas com base em toda a
riqueza criada por elas, ou seja, com base no VAB, e não apenas com base
numa parte dessa riqueza, que reverte para os trabalhadores sob a forma de
remunerações, é que essa passagem determinaria uma
diminuição da competitividade das empresas, ou seria um novo
imposto. Essas afirmações não têm qualquer
consistência técnica.
Actualmente, o cálculo das contribuições das empresas para
a Segurança Social é feito com base nas
remunerações, que representa apenas uma parcela da riqueza que
criam (em média 40% do PIB).Isto determina, por um lado, que quando mais
despedimentos fizerem menos contribuem para a Segurança Social pois
menos remunerações pagam e, por outro lado, que uma parte
crescente da riqueza que criam (aquela que não reverte para os
trabalhadores sob a forma de salários que é cada vez mais
pequena), fique isenta de pagar contribuições para a
Segurança Social. A manutenção do cálculo das
contribuições das empresas com base nas
remunerações, como pretende o governo com as suas propostas,
determina que a sustentabilidade financeira da Segurança Social esteja
permanentemente em perigo. E isto porque, face ao rápido desenvolvimento
cientifico e técnico e ao aumento das qualificações dos
trabalhadores, as empresas que criam mais riqueza não são aquelas
que empregam mais trabalhadores, mas sim as que mais investem no conhecimento e
na tecnologia. Como consequência as remunerações nos custos
das empresas e na riqueza que criam tende, em percentagem, a ser cada vez
menor. Portanto, a base que serve de cálculo tende a estreitar-se
percentualmente o que torna inevitável as dificuldades financeiras da
Segurança Social, pondo em perigo a sua sustentabilidade financeira.
Por outro lado, a situação actual determina uma
concorrência desleal entre as empresas já que, em termos de
riqueza criada, muitas empresas, particularmente as PME, contribuem para a
Segurança Social com uma percentagem da riqueza que criam superior
à que contribuem as grandes empresas, nomeadamente àquelas que
criam mais riqueza ou/e têm mais lucros. Pode-se mesmo dizer que as PME
estão a financiar uma parte das despesas da Segurança Social que
devia ser financiada pelas grandes empresas, e fundamentalmente pelas que criam
mais riqueza. Para concluir isso, basta recordar que, de acordo com dados do
INE, em 2002, por ex., as empresas com um número de trabalhadores, entre
20 e 99, contribuíram para a Segurança Social com 12,1% da
riqueza que criaram, ou seja, do seu VAB, enquanto as empresas com mais de 99
trabalhadores contribuíram com apenas 10%, ou seja, menos 17,4%.
O cálculo das contribuições das empresas com base em toda
a riqueza criada, e não em apenas em menos de metade dessa riqueza como
sucede actualmente, não significaria nem um novo imposto como afirma o
ministro do Trabalho nem determinaria a diminuição da
competitividade das empresas como afirma a direita. Estas duas
afirmações não têm qualquer fundamento
técnico, e que quem as faz nunca as provou. Apenas significaria a
substituição da actual forma de cálculo das
contribuições das empresas com base nas
remunerações, que foi criada há mais de 50 anos e que por
isso já não se adequa ao rápido desenvolvimento cientifico
e tecnológico verificado desde dessa altura, por uma nova forma de
calcular as contribuições das empresas mais ajustado à
realidade actual destas. Teria assim a vantagem, por um lado, de eliminar as
injustiças geradas pelo sistema actual de cálculo tornando a
contribuição de cada empresa mais ajustada a riqueza criada por
ela, portanto mais equitativa, e, por outro lado, na medida em que faria mais
que duplicar a base de cálculo das contribuições das
empresas, garantiria de uma forma mais sólida a sustentabilidade futura
da Segurança Social, o que não sucede com as propostas do
governo. Finalmente, teria também a vantagem de permitir a
substituição da actual taxa de 23,75% sobre as
remunerações , por uma taxa muito mais baixa que estimamos ser
suficiente de 11% sobre o VAB.
06/Maio/2006
Economista,
edr@mail.telepac.pt
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