Sobre as "alterações climáticas"
por João Lopes
Gostaria nesta Tribuna de abordar algumas questões de âmbito geral
em relação às "alterações
climáticas" e ao "aquecimento global", a propósito
do ponto 2.6.17 das Teses [ao 20º Congresso do PCP]. O aquecimento global
antropogénico, ou seja
causado pelo homem, é um conceito que nunca passou de uma
hipótese e que se tornou num dogma absoluto sem ser validado. Em
síntese, é uma impostura.
A concentração de CO2, dióxido de carbono, na atmosfera
é de 400 partes por milhão. O CO2 antropogénico é
4% deste total. Comparando a atmosfera da Terra a uma torre de 100m, todo o CO2
da atmosfera ocuparia 4cm dessa torre. E o CO2 antropogénico ocuparia
uns esmagadores 1.6mm dessa torre de 100m. Só as térmitas emitem
mais CO2 que toda actividade humana. Deveríamos declarar guerra
às térmitas?
A tese do aquecimento global antropogénico tem o seu fundamento no facto
de haver uma correlação entre o aumento da temperatura da Terra e
o aumento da concentração de CO2 entre 1977 e 1998. Mas
não há correlação alguma entre estas duas
propriedades nem antes nem depois deste período. Desde finais do
Séc. XIX a temperatura da Terra atravessou várias fases de
aquecimento e de arrefecimento enquanto que o CO2 esteve continuamente a subir.
Determinar uma relação de causa/efeito a partir de um
período tão curto na escala das ciências da Terra como
é o período de 77 a 98 é como julgar um filme por um
único fotograma.
Os dados originais da temperatura da troposfera medida por satélite
deste 1979 até ao presente são disponibilizados pela Remote
Sensing Systems (
http://images.remss.com/msu/msu_time_series.html
) e pela Universidade de Alabama em Huntsville (
http://www.nsstc.uah.edu/climate/
). A verdade dos factos é que não há nenhum aquecimento da
Terra desde 1998 até 2015. Há um pico em 1998 e outro em 2016
causados pelo "El Niño", que nada têm a ver com o CO2.
Tantos anos sem "aquecimento global" fez com que uma nova
expressão entrasse no léxico da opinião pública: as
"alterações climáticas". Termo vago e
ambíguo que serve para tudo: Vaga de calor? Alterações
climáticas! Vaga de frio? Alterações climáticas
também! Se há sol, se há chuva, se há vento, se
há ciclones, se não há ciclones, tudo cabe nesta
definição.
Em relação ao suposto derretimento das calotes polares os
leitores do
Avante!
podem consultar as medições por satélite da
extensão de gelo nos pólos (
http://arctic.atmos.uiuc.edu/cryosphere/
). Observando estes dados conclui-se que a variação da
extensão de gelo é sobretudo a variação sazonal
Verão/Inverno. Dentro desta sazonalidade as extensões de gelo
têm sido bastante estáveis. Não obstante observa-se um
ligeiro decréscimo no Ártico e um ligeiro aumento no
Antártico. Mais uma vez, a verdade dos factos é muito diferente
da propaganda.
Convido os leitores do
Avante!
a consultarem a página do já falecido professor do IST Delgado
Domingos (
http://jddomingos.tecnico.ulisboa.pt/
) onde esta questão é discutida em detalhe.
O combate às alterações climáticas não
resolve nenhum problema ambiental! Nunca é demais alertar para a
campanha ideológica que rodeia este conceito, como referem as Teses.
É um pretexto para mais impostos, para energia mais cara por meio de
subsídios e taxas, e como a grande maioria da energia para transportes e
electricidade vem da queima do petróleo, carvão, e gás
natural, limitar as emissões de CO2 é nada mais que condicionar o
desenvolvimento económico, em especial dos países mais pobres,
condenando assim à pobreza e à miséria centenas de
milhões de pessoas com o argumento das "alterações
climáticas". É urgente e imprescindível denunciar
esta impostura.
10/Novembro/2016
Ver também:
Escroquerie réchauffement climatique anthropique: Fumisterie politique et science bidouillée...
Aquecimento global: uma impostura científica
O original encontra-se em
http://www.avante.pt/pt/2241//142856/
Esta intervenção encontra-se em
http://resistir.info/
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