Pela criação da "Ordem do Sapato"
por Américo Díaz Núñez
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Muntazar al-Seidi ficou sem os seus sapatos, mas passou à
história pelo gesto valente de vingar moralmente aqueles que perderam
muito mais do que isso numa guerra criminosa.
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Deveria ser criada a Ordem do Sapato pelas ordens e sindicatos de jornalistas
para demonstrar que não são bajuladores dos grandes interesses
agressores e exploradores dos seus povos.
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Bush foi ao Iraque como um delinquente que volta ao local do crime para
ufanar-se por haver destruído um país inocente.
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Todas as guerras travadas pelo imperialismo ianque foram originadas por
erros friamente calculados, desde a ocupação e
apropriação da metade do território do México em
meados do século XIX até o apoio militar aos talibans e a Sadddam
Hussein em décadas passadas.
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Para apropriar-se de Cuba, Porto Rico e Filipinas, os EUA explodiram o navio
Maine
a fim declarar guerra a Espanha em 1898, acusada de sabotagem, quando
já havia sido derrotada pelos patriotas cubanos.
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Pearl Harbor foi bombardeada pelo Japão na II Guerra Mundial, apesar
de Washington estar informada do ataque 24 horas antes através dos seus
diplomatas e espiões.
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Os erros criminosos induzidos ou aproveitados tiveram a sua máxima
expressão na ainda não esclarecida destruição das
torres gémeas de Nova York, ponto de partida da terrorista Guerra contra
o Terrorismo.
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Os crimes de guerra estão penalizados severamente, até com a
pena capital, e a desculpa do erro é um agravante quando,
reconhecendo-o, se continua o genocídio.
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As sapatadas de
El Nazional
são, ironicamente, contra o povo soberano que se liberta de dois
impérios, o da opressão que sempre impôs ditaduras
militares e civis repressivas, e o da mentira mediática a que serve esse
jornal.
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Os iraquianos devem estar orgulhosos por terem jornalistas valentes que
dão a cara pelo seu povo frente aos opressores do seu país,
assassinos de um milhão dos seus compatriotas.
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Israel tem mais de 11 mil presos políticos palestinos nos seus
cárceres e muito poucos jornalistas no mundo fazem campanhas pela sua
liberdade. Por que será?
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Há meios de comunicação na América Latina que
mentem sistematicamente para desacreditar candidatos presidenciais, ao inventar
que Chávez os financia, o que utilizam como arma política no
Peru, Colômbia, Panamá, El Salvador e Guatemala.
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Agora se diz que é verdade que o Iraque tem mocassins de
destruição maciça.
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Que dirão agora os media submissos quanto à exclusão dos
EUA da nova Organização de Estados Latino-Americanos e do Caribe?
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Cuba regressou dignamente aonde sempre pertenceu e de onde nunca deveria ter
sido excluída.
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Será a primeira vez que um par de sapatos será convertida em
peça de museus.
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Com Bush e Cheney desaparece uma espécie de selvagem que fez da morte
e da tortura um negócio detestável e um ritual abominável.
Mas restam os seus padrinhos.
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Com Obama, nem fatalismo nem ilusões. Só a luta dos povos
mudará a história.
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A honestidade informativa baseia-se na verdade e esta nos factos reais.
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Não há pior liberdade que a de difamar impunemente.
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No Paraguai, o fascismo disfarça-se de protesto contra a luta de
classes que a oligarquia sempre praticou de forma selvagem contra os mais
pobres e os revolucionários.
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Não é Chávez que os deixa loucos. É a democracia
participativa do povo o que não suportam.
[*]
Embaixador da República Bolivariana da Venezuela na Bielorússia.
O original encontra-se na revista venezuelana Koeyú Latinoamericano,
revistakoeyulatinoamericano@gmail.com
Estes dizeres encontram-se em
http://resistir.info/
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