A produção/consumo de animais não-humanos
Processos e impactos da (agro)pecuária
por Rui Pedro Fonseca
[*]
Anabela Santos
[**]
1. Evolução da
produção/consumo de animais não-humanos
sencientes
.
Nos últimos dois
séculos, sobretudo a partir da segunda metade do século XX, a
relação dos animais não-humanos sencientes
[1]
com a espécie humana modificou-se consideravelmente, em particular, nos
países mais desenvolvidos.
Com efeito, a
industrialização modificou os dez mil anos de agricultura de base
da civilização humana. Das primeiras máquinas debulhadoras
de 1830 aos tractores modernos do pós-guerra, dos antibióticos
aos modelos de negócios corporativos, a industrialização
tem vindo a dominar as mentalidades e práticas da agricultura e da
pecuária. A optimização tecnológica e as
modificações económicas, políticas e socioculturais
têm influenciado definitivamente o sector da pecuária.
Os/As criadores/as de gado do
mundo ocidental adoptaram critérios de produção fundados
num mercado livre, competitivo e em crescendo, sendo que o paradigma de
criação de gado baseado num modelo de subsistência local se
transformou num tipo de distribuição muito intensa e mais vasta
em termos territoriais. O novo paradigma consiste na criação
industrial de animais não-humanos sencientes ou "
factory farming
", permitindo que, por exemplo, "carne de vaca"
[2]
da Argentina chegue ao distrito da Guarda, ou que "carne de porco"
portuguesa chegue ao Brasil.
Hoje, vivemos sem a
presença física de animais não-humanos sencientes;
contudo, a
sua produção mundial para abate aumentou substancialmente desde
1961 (71 milhões de toneladas), chegando, em 2007, às 275
milhões de toneladas. Peritas/os prevêem que, em 2050, a
produção para abate duplicará, superando as 465
milhões de toneladas.
[3]
Em seis mil milhões de
pessoas, apenas dois mil milhões vivem primariamente de uma dieta
à base de cadáveres de animais não-humanos, enquanto
quatro mil milhões vivem de uma dieta essencialmente à base de
produtos de origem vegetal.
[4]
Portugal, um país económica e culturalmente globalizado, tende a
revelar os mesmos padrões de produção e de consumo que os
países mais desenvolvidos.
O Instituto Nacional de
Estatística (INE) confirma esta tendência: as/os consumidoras/es
portuguesas/es tendem a enveredar por uma dieta com índices excessivos
em proteínas de origem animal,
em detrimento dos frutos, legumes e leguminosas secas
: de 2005 a 2010, "carne", "peixe" e ovos, óleos e
gorduras registam
um consumo excedentário em 11% para além
"do recomendado"
. Em relação ao grupo dos "hortícolas", a
população portuguesa apresenta um consumo deficitário em
10%.
Ao longo dos cinco anos em análise, o consumo de "carne"
aumentou cerca de 7%, a uma taxa média anual de 1,1%.
De acordo com o INE, esta tendência começou a verificar-se a
partir de 1990.
[5]
2. Corolários da
produção/consumo de animais não-humanos sencientes
Desde 1950, a
produção e consumo de animais não-humanos sencientes
aumentou substancialmente nos países mais desenvolvidos. Todavia, a
fabricação
destes sujeitos com vista ao abate traduz-se em corolários
drásticos a níveis vários, a saber:
Malefícios na Saúde Pública
O consumo de animais
não-humanos sencientes provoca obesidade, doenças
cardiovasculares, diabetes e cancros (com maior incidência no
cólon e próstata), que são, de resto, as principais causas
de morte nos países ricos.
No panorama nacional, o INE certifica que a
"disponibilidade para o consumo de gorduras saturadas excede as
recomendações internacionais e é um dos principais
factores de risco para o desenvolvimento das doenças
cardiovasculares".
[6]
Estudos referenciados
internacionalmente têm relacionado o consumo da "carne
vermelha" ou de "carnes processadas" com o aumento de riscos de
várias doenças: o
World Cancer Research
aponta a "carne vermelha" como um dos factores de risco de cancro
(acima dos 20%) do pulmão e do colo-rectal.
De acordo com estudos no
Nutrition, Metabilism and Cardiovascular Diseases,
ao consumo de "carnes vermelhas" está associado o aumento em
24% de doenças cardiovasculares, em particular ataques cardíacos.
No jornal
Diabetologia,
[7]
cientistas da Universidade de Oslo concluem que o elevado consumo de
"carne vermelha" ou de "carne processada" aumenta o risco
de desenvolver diabetes tipo 2 em 40%.
[8]
Antibióticos provenientes de rações químicas,
vacinas, pesticidas, drogas alopáticas variadas, carapaticidas, toxinas
como o escatol, histamina, putrescina, cadaverina, notrosaminas, nitritos e
nitratos, químicos como o formol, adrenalina, adrenocomo e adrenolutina,
benzopireno, sagihate (verme intestinal perigoso); bactérias e
vírus diversos; brucelose, tuberculose bovina; substâncias
linfocitárias alergenos, antigenos, benzoqureno, e as hormonas
sintéticas (dietiletilobestrol e sulfato de sódio) são
administrados a animais não-humanos sencientes para múltiplas
funções, a saber: prevenção de doenças,
aumento da produção do leite; crescimento galopante, etc. E
constam no conjunto de químicos nocivos assimilados pelo organismo
humano aquando da ingestão de animais não-humanos sencientes ou
de lacticínios.
[9]
Distribuição não equitativa de recursos: má
nutrição e crises alimentares
De acordo com a
Organização Mundial de Saúde (OMS)
cerca de 3 mil milhões de pessoas apresentam má
nutrição. Inúmeros estudos apontam que a
produção intensiva de animais não-humanos sencientes
constitui uma das causas para este facto, pois o '
factory farming
' encerra graves problemas de insustentabilidade atinentes ao uso de recursos
naturais (e.g. água, solo e energia).
A produção de
grão e cereais tem sido um pilar fundamental no sustento humano.
Porém, a distribuição destes alimentos é desigual
na rede económica global das sociedades contemporâneas: não
atende às necessidades das populações mundiais, apenas
às dos países desenvolvidos. Quem tem acesso à
produção de animais não-humanos sencientes são os
países mais ricos e as elites dos países mais pobres.
Cerca de 70% da
produção mundial de grão e cereais é utilizada para
a produção de "carne". A produção de
proteína animal é demasiado exigente ao nível de recursos.
Em termos concretos,
uma dieta à base "carne" exige sete vezes mais solo que uma
dieta à base de vegetais
[10]
; produzir 1kg de carne requer cerca de 13kg de grão e 30kg de feno e
100.000L de água
[11]
. Em comparação, 900L de água são
necessários para produzir 1kg de milho e são necessários
3,000L de água para produzir 1kg de arroz
[12]
. Na produção de 1kg soja, são necessários 2000L de
água e 500L para produzir 1kg de batatas.
Em grosso modo, usando os registos dos Estados Unidos, os animais
não-humanos sencientes criados para abate consomem sete vezes mais
grão/cereais que a população norte-americana.
[13]
Assim, se a produção de animais não-humanos sencientes
para abate
fosse reduzida a cerca de 70%, o alimento básico produzido actualmente
seria suficiente para colmatar as necessidades das populações
mundiais, integralmente.
Degradação ambiental
Em consonância com o relatório da ONU
"Livestock´s Long Shadow Environmental Issues and Options
(2006), a indústria da pecuária constitui-se como um dos maiores
responsáveis da degradação ambiental, nomeadamente pela
poluição da água, degradação dos solos e
perda de biodiversidade.
[14]
O documento mostra que o
"sector da agropecuária imerge como um dos dois ou três
maiores contribuidores de problemas ambientais sérios, às escalas
local e global".
[15]
O sector da agropecuária é responsável pela
emissão de 18% de emissões de gazes poluentes, taxa ainda mais
elevada que o sector dos transportes.
[16]
A produção de
proteína animal requer oito vezes mais energias fósseis do que a
da proteína de origem vegetal. De acordo com Daniele Fanelli, a
produção de 1kg de "carne" equivale à
distância percorrida por um automóvel de 250 km, e queima energia
o suficiente para acender uma lâmpada de 100W durante quase vinte dias
[17]
.
Os animais não-humanos sencientes, confinados em produções
intensivas, geram uma quantidade de excrementos três vezes superior
àquela que é gerada por humanas/os. Os resultados práticos
são devastadores. A Ribeira dos Milagres, no conselho de Leiria,
trata-se de um dos casos paradigmáticos em Portugal: apresenta
frequentemente "
espuma abundante"
e
"cheiro característico das suiniculturas"
em virtude do excesso de produção de suínos, cujos
dejectos são lançados para as águas, dizimando peixes e
afectando as populações circundantes.
[18]
Pecuária como estímulo-resposta ao capitalismo
A pecuária
promove/absorve/vivifica condutas apanágio do sistema capitalista,
nomeadamente a violações dos direitos humanos (e.g.
exploração da mão-de-obra, condições de
trabalho insalubres, etc.) e a extinção de culturas e de
negócios de subsistência local decorrentes do fluxo mercantil
mundial de animais não-humanos sencientes abatidos e da
proliferação de corporações (e.g.
McDonalds, Burger king, Kentucky Fried Chicken
, etc).
Portugal não é
caso excepcional e é também palco para que estas grandes
corporações possam expandir-se. Em 2008, a
Burger King
gerou 12 milhões de euros, uma subida de 34,9%, ao passo que a
KFC
conseguiu seis milhões (+2%).
[19]
A maior cadeia de restaurantes de
fast-food
do mundo
McDonalds
divulgou um aumento dos lucros da empresa em 10% no terceiro trimestre de
2010, tendo lucrado 1,39 mil milhões de dólares.
[20]
Em contraste, a Associação de Hotelaria,
Restauração e Similares de Portugal (AHRESP) indica uma
"quebra média do volume de negócios do sector entre 30 e
35%, no terceiro trimestre",
em 2008
[21]
.
Violação dos direitos dos animais não-humanos
sencientes
De acordo com a Compassion in
World Farming Trust (2006), a senciência consiste na capacidade de sentir
(e.g. dor, prazer, fome, sede, calor, frio, etc.) e na atribuição
de emoções às sensações. O animal
não-humano senciente é capaz de interpretar
informação, compreender o contexto em que se insere, estabelecer
relações com os seus pares, analisar perigos, solucionar
problemas. A senciência não significa necessariamente a posse de
capacidades complexas de entendimento, aprendizagem e/ou intelectualidade,
embora também as possa incluir.
[22]
O reconhecimento dos direitos
dos animais não-humanos depende de construções
ideológicas e assumpções socioculturais. É, nesta
medida, que se justifica a chacina de uns e não de outros numa
determinada região.
No Ocidente, por exemplo,
há uma maior preocupação social em proteger cães e
gatos, já que estes são pensados como "animais de
companhia"
[23]
Por outro lado, a vaca, porco, galinha ou ovelha são consideradas/os
"animais comestíveis" ou
'food animals'.
São ignoradas/os, coisificadas/os, fragmentadas/os e consumidas/os em
forma de "bife", "chouriço", etc. Tornam-se
referenciais ausentes na/pela
tecnologia, linguagem e representação cultural
com vista a
omitir os meandros atrozes da produção industrial de animais
não-humanos sencientes.
[24]
Porém, antes ainda da sua objectificação,
fragmentação e consumo, estes seres sencientes são
expostos às mais ignóbeis formas de opressão,
exploração e violência durante os processos industriais.
Com efeito, os animais
não-humanos sencientes fabricados sofrem com a privação de
liberdades, vontades, acções e movimentos. Milhões vivem
fechados, acorrentados e circunscritos a espaços exíguos,
insalubres e, muitas vezes, sem luz solar ou artificial. É frequente o
desenvolvimento de infecções e/ou doenças,
auto-mutilação, etc)
[25]
. Por exemplo, cerca de 850 milhões de galinhas estão
enclausuradas no Reino Unido. Cada aviário contém 30-40 mil
galinhas, as quais jamais vêem luz. Anualmente, 2,5 milhões
galinhas são mortas para serem convertidas em "carne"
[26]
.
Os comportamentos naturais
são mecanicamente regulados (e.g. procriação, aleitamento,
etc.) e o tipo, frequência e modo de alimentação são
definidos apenas com vista à maximização dos lucros das
empresas pecuárias.
[27]
Mutilam-nos (e.g. castração, corte de cauda, debicar, descornar,
etc.) sem uso de lenificantes ou anestesiantes; são-lhes injectados
hormonas e antibióticos para acelerar o crescimento
[28]
; são vítimas de abusos sexuais.
[29]
As fêmeas tendem a
desenvolver problemas de saúde graves, pois são obrigadas a
procriar reiteradamente de forma a maximizar a produção
máxima
[30]
. As vacas, por exemplo, sofrem de claudicação crónica,
inflamações mamárias/infecções nos
úberes. São forçadas a engravidar; é-lhes sorvido o
leite para o consumo humano, ininterruptamente. Os bezerros machos,
considerados inúteis na indústria de lacticínios,
são geralmente mortos.
[31]
.
Os animais não-humanos
sencientes fabricados são ainda impedidos de criar e participar em
actividades lúdicas específicas da sua espécie,
são-lhes quebradas as relações de parentesco desde a tenra
idade, estabelecem relações sociais muito limitadas, não
conseguem comunicar idoneamente com membros do seu grupo ou família.
[32]
O transporte dos
'food animals'
provoca-lhes frequentemente dor e doenças na medida em que são
deslocados em grande número, carregados, descarregados e mantidos em
espaços pequenos, sob o uso de violência
[33]
.
Na actualidade, inúmeros
países reconhecem os direitos dos animais não-humanos sencientes
e incluem-nos nos seus sistemas legais. Por exemplo, a Directiva da
União Europeia de 1993 exige a imunização dos
'food animals'
a qualquer "dor ou sofrimento evitáveis" durante a
matança, impondo condições de criação destes
indivíduos. No entanto, as práticas pecuárias (intensivas)
são avessas a tais premissas
[34]
. Causam, ao invés, sofrimento físico e psicológico,
provocando medo, angústia, stress, ansiedade e
frustração, bem como debilitação física e/ou
a morte.
[35]
3. No alcance do veganismo: uma visão sustentável, consciente e
não-especista
Em anuência com a Vegan Society (2006)
[36]
, o veganismo consiste numa posição ideológica que recusa
a opressão/exploração de animais não-humanos, em
absoluto.
Boicota a pecuária;
erradica da dieta alimentar "carnes", gelatina, lacticínios,
ovos, mel e quaisquer produtos de origem animal; opõe-se ao carnismo
[37]
; veta a indústria de peles; exclui vestuário, medicamentos,
cosmética, contraceptivos, ornamentação e produtos de
higiene e limpeza que contenham substâncias de origem animal; repudia o
uso de animais não-humanos no campo científico, em circos,
touradas, rodeios, vaquejadas, jardins zoológicos,
equitação, caça e pesca desportivas, etc. Nessa medida,
as/os veganas/os visam promover a criação, desenvolvimento e uso
de produtos de origem não-animal com vista a proteger os direitos dos
sujeitos humanos e não-humanos (sencientes), bem como preservar o meio
ambiente.
[38]
Em sentido lato, o veganismo
opõe-se ao especismo (ie. ideologia que pressupõe a superioridade
da espécie humana sobre as restantes), assim como o vegetarianismo (ie.
dieta alimentar à base de grãos, sementes, vegetais, cereais e
frutas, com ou sem o uso de lacticínios e ovo)
[39]
antagoniza com o carnismo (ie. ideologia que induz as pessoas a comer (certos)
animais, sob a premissa de que a "carne" é
imprescindível ao organismo humano)
[40]
.
De acordo com a ideologia
vegana, os animais não-humanos detêm autonomia própria e
liberdades invioláveis; não existem para alimentar, vestir e
entreter os animais humanos . O animal não-humano não é
propriedade, herança ou objecto; é tão-só dono de
si mesmo. Objectificá-lo e/ou comê-lo é promover o
especismo, ou seja, uma ideologia discriminatória como o sexismo,
racismo, transfobia, lesbofobia, xenofobia, homofobia ou islamofobia
[41]
.
As práticas veganas
são, em suma, um caminho eficiente para reverter os corolários
nocivos da pecuária, nomeadamente reduzir a violência exercida em
animais não-humanos, proteger o meio ambiente, travar fomes e crises
alimentares, melhorar a saúde pública. Para a ecofeminista Carol
J. Adams
[42]
, é necessário um rompimento com a história dominante.
Impõe-se um corte com a história hegemónica,
discriminatória e especista acrescentamos nós no
sentido da edificação de sociedades veganas, mais
sustentáveis e conscientes. É também, este, um dos
caminhos de luta: a veganização
[43]
. Tomemos parte.
Notas
1. Utiliza-se a expressão "animais não-humanos" como
recusa à atribuição especista "animais
irracionais". Seria ainda impreciso usar apenas "animais", pois
esta categoria inclui também mulheres e homens.
2. Os vocábulos "carne", "bifes" e
"chouriço" são atribuições
gastronómicas. São utilizados entre-aspas no sentido de mostrar o
nosso desacordo. Segundo um posicionamento não-especista/vegano
que é o que aqui sustentamos os correspondentes seriam
"cadáveres (de animais não-humanos)".
3. Cf.
Meat Production Continues to Rise
by Brian Halweil | August 20, 2008 World Watch Institute
http://www.worldwatch.org/node/5443
4.
Sustainability of meat-based and plant-based diets and the environment
by David Pimentel and Marcia Pimentel - American Journal of Clinical
Nutrition, Vol. 78, No. 3, 660S-663S, September 2003
http://www.ajcn.org/content/78/3/660S.full
5. Cf.
Portugueses optam por dietas cada vez mais calóricas
Base de Dados de Qualidade e Segurança Alimentar 13-12-2010
http://qualfood.biostrument.com/?option=noticia&task=show&id=11807
6.
Dieta portuguesa afasta-se das boas práticas nutricionais
Balança Alimentar Portuguesa 2003-2008 30 de Novembro de 2010
pág. 4
http://www.alea.pt/html/actual/pdf/actualidades_55.pdf
7. Cf.:
Seeing red: The health implications of meat consumption
By Stephen Daniell (2009, Vol. 52, pp. 2277-2287)
www.foodnavigator.com/..,
8.
Seeing red: The health implications of meat consumption
By Stephen Daniell (2009, Vol. 52, pp. 2277-2287)
www.foodnavigator.com/...
9. cf.
Porque não comer carne?
Suzete Barreto
http://www.saudeintegral.com/artigos/por-que-nao-comer-carne.html
7 de Junho de
2007
10. Cf.
Meat production's environmental toll
Stephen Leckie Fevereiro 2002 Torono Vegetarian Association
http://utcare.sa.utoronto.ca/resources/TVA_Meat_Environment.pdf
11.
Sustainability of meat-based and plant-based diets and the environment
David Pimentel and Marcia Pimentel in American Journal of Clinical Nutrition,
Vol. 78, No. 3, 660S-663S, September 2003
http://www.ajcn.org/content/78/3/660S.full
12.
Footprint 2008. The website was originally set up by prof. Arjen Y. Hoekstra
and dr. Ashok K. Chapagain at UNESCO-IHE in 2004.
13.
Idem
14. cf.p.408
Livestock´s Long Shadow Environmental Issues and Options,
2006, 408 pp.
http://www.shabkar.org/download/pdf/Livestock_s_Long_Shadow.pdf
2006
15.
Livestock´s Long Shadow
p.22
Environmental Issues and Options
, 2006, 408 pp.
http://www.shabkar.org/download/pdf/Livestock_s_Long_Shadow.pdf
16. cf.
Livestock´s Long Shadow
p.23
Environmental Issues and Options
, 2006, 408 pp.
http://www.shabkar.org/download/pdf/Livestock_s_Long_Shadow.pdf
2006
17. Cf.
Meat is murder on the environment
18 July 2007 by Daniele Fanelli Magazine issue 2613 in Wannaveg.com -
http://wannaveg.com/2007/07/19/meat-is-murderon-the-environment
18.
Comissão denuncia nova descarga poluente para a ribeira dos Milagres
Ecoesfera, OPublico 21.04.2010 Lusa
http://ecosfera.publico.pt/noticia.aspx?id=1433254
19.
Restaurantes trocados por fast-food
João Paulo Madeira, Jornal de Noticias 2008-11-20 -
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1047067
20.
McDonald's aumenta lucros em 10% no terceiro trimestre -
Pedro Carreira Garcia, 21 de Outubro 2010 Negócios Online
http://www.jornaldenegocios.pt/home.php?template=SHOWNEWS_V2&id=449927
21.
Restaurantes trocados por fast-food
João Paulo Madeira,
Jornal de Notícias
2008-11-20
http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Economia/Interior.aspx?content_id=1047067
22.
"Trust Stop Look Listen: Recognising the Sentience of Farm
Animals"
Compassion in World Farming Trust (2006) p. 6
http://www.ciwf.org.uk/
23.
"Trust Stop Look Listen: Recognising the Sentience of Farm
Animals"
Compassion in World Farming Trust (2006) p. 9
http://www.ciwf.org.uk/
24.
Why feminist-vegan now?
Adams, Carol G.; p. 304 Feminism & Psychology, Vol. 20 No. 3, London: Sage
Publications, Inc., 302-317, 2010.
25.
"Trust Stop Look Listen: Recognising the Sentience of Farm
Animals"
Compassion in World Farming Trust (2006) p. 30
http://www.ciwf.org.uk/
26.
Viva!
p.2 -
http://www.viva.org.uk/campaigns/chickens/broiler.htm
27.
"Trust Stop Look Listen: Recognising the Sentience of Farm
Animals"
Compassion in World Farming Trust (2006) p. 40
http://www.ciwf.org.uk/
28.
Idem
29.
Does Eating Meat Support Bestiality?
Bruce Friedrich, 2010
www.huffingtonpost.com/bruce-friedrich/does-eating-meat-support-_b_773166.html
30.
"Trust Stop Look Listen: Recognising the Sentience of
Farm Animals"
Compassion in World Farming Trust (2006) p. 40
http://www.ciwf.org.uk/
31.
Viva!
-
http://www.viva.org.uk/goingvegan/index.php
32.
"Trust Stop Look Listen: Recognising the Sentience of Farm
Animals"
Compassion in World Farming Trust (2006) p. 40
http://www.ciwf.org.uk/
33.
"Trust Stop Look Listen: Recognising the Sentience of Farm
Animals"
Compassion in World Farming Trust (2006) p. 33
http://www.ciwf.org.uk/
34.
"Trust Stop Look Listen: Recognising the Sentience of Farm
Animals"
Compassion in World Farming Trust (2006) p. 30
http://www.ciwf.org.uk/
35.
"Trust Stop Look Listen: Recognising the Sentience of Farm
Animals"
Compassion in World Farming Trust (2006) p. 40
http://www.ciwf.org.uk/
36. Vegan Society
www.vegansociety.com/uploadedFiles/About_Us/Articles-of-Association-Nov-10.pdf
37. Melanie Joy
http://www.carnism.com/
38.
Idem
39. Centro Vegetariano -
http://www.centrovegetariano.org/Article-70-Tipos%2Bde%2Bvegetarianos.html
40. Melanie Joy
http://www.carnism.com/
41. Documentário
Earthlings
http://www.youtube.com/watch?v=ce4DJh-L7Ys
42.
Why feminist-vegan now?
Adams, Carol G. p.; 315 Feminism & Psychology, Vol. 20 No. 3, London: Sage
Publications, Inc., 302-317, 2010.
43. A expressão 'veganização' é
criação nossa. Refere-se ao processo de promoção,
desenvolvimento e adopção de atitudes/comportamentos
não-especistas, isto é, avessos à exploração
de animais não-humanos.
[*]
Doutorando em Sociologia da Arte e da Cultura na Faculdade Belas Artes
Universidade do Pais Vasco, associado ao Instituto de Sociologia da
Faculdade de Letras Universidade do Porto,
ruipedro.fons@gmail.com
.
[**]
Mestranda em Ciências Politicas da Universidade Estatal Estudos
Humanísticos da Rússia,
judith_anabela_santos@hotmail.com
. O presente artigo resulta do estudo
'Realidades e imagens do especismo: impactos da indústria pecuária
e representações publicitárias de animais
não-humanos sencientes'
de ambos os autores.
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/
.
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