Washington procura desestabilizar a Venezuela:
O império revida (e perde)
por James Petras
A política dos EUA para com a Venezuela tem dado muitas voltas
tácticas, mas o objectivo é sempre o mesmo: derrubar o Presidente
Chavez, inverter a nacionalização dos grandes negócios,
abolir a comunidade de massas e os conselhos de trabalhadores e repor o
país como um estado-cliente.
Washington financiou a apadrinhou politicamente um golpe militar em 2002, um
lock-out de patrões em 2002-2003, um referendo e numerosas tentativas
dos meios de comunicação, de políticos e de ONGs para
sabotar o regime. Até agora todos os esforços da Casa Branca
têm sido um fracasso Chavez ganhou várias vezes
eleições livres, manteve a lealdade das forças armadas e o
apoio da grande maioria dos pobres urbanos e rurais, do grosso da classe
trabalhadora e da classe média do sector público.
Washington não desistiu nem tentou travar boas relações
com o governo eleito do presidente Chavez. Pelo contrário, a cada
derrota dos seus colaboradores internos, a Casa Branca virou-se cada vez mais
para uma estratégia de 'exterior', montando um poderoso 'cordão
militar', que cerca a Venezuela com uma presença militar de grande
escala, estendendo-se pela América Central, pelo norte da América
do Sul e pelas Caraíbas. A Casa Branca de Obama apoiou um golpe militar
nas Honduras, que deitou abaixo o governo democraticamente eleito do Presidente
Zelaya (em Junho de 2009), aliado de Chavez, e substituiu-o por um regime
fantoche que apoia a política militar anti-Chavez de Washington. O
Pentágono assegurou várias bases militares na Colômbia
oriental (em 2009), junto à fronteira venezuelana, graças ao
dirigente seu cliente, Alvaro Uribe, o conhecido presidente narco-paramilitar.
Em meados de 2010 Washington conseguiu um acordo sem precedentes com a
aprovação da presidente Laura Chinchilla da Costa Rica, de
direita, para posicionar 7 000 tropas de combate americanas, mais de 200
helicópteros e dezenas de navios apontados para a Venezuela, sob o
pretexto de perseguir traficantes de droga. Actualmente, os EUA estão a
negociar com o regime direitista do presidente Ricardo Martinelli do
Panamá a possibilidade de reinstalar uma base militar na antiga Zona do
Canal. Juntamente com a Quarta Frota que patrulha ao largo, 20 mil efectivos no
Haiti, e uma base aérea em Aruba, Washington cercou a Venezuela do lado
oriental e norte, estabelecendo posições favoráveis para
uma rápida intervenção directa se surgirem
circunstâncias internas favoráveis.
A militarização política da Casa Branca em
relação à América Latina, muito em especial a
Venezuela, faz parte da sua política global de confronto e
intervenção armada. É visível que o regime Obama
alargou o âmbito e a extensão das operações dos
esquadrões de morte clandestinos que operam actualmente em 70
países de quatro continentes, aumentou a presença de combate dos
EUA no Afeganistão com mais 30 mil efectivos para além de mais de
100 mil mercenários contratados que operam através das fronteiras
do Paquistão e Irão, e forneceu material e apoio logístico
aos terroristas armados iranianos. Obama procedeu a uma escalada de
exercícios militares provocadores ao largo da costa da Coreia do Norte e
no Mar da China, suscitando protestos de Beijing. Igualmente revelador, o
regime Obama aumentou o orçamento militar para mais de um milhão
de milhões de dólares, apesar das crises económicas, do
monstruoso défice e dos apelos aos cortes de austeridade nos
Serviços de Cuidados de Saúde, Assistência Medicamentosa e
Sociais.
Por outras palavras, a atitude militar de Washington para com a América
Latina e principalmente para com o governo democrático socialista do
Presidente Chavez faz parte duma resposta militar geral a qualquer país
ou movimento que recuse submeter-se ao domínio dos EUA. Surge a pergunta
porque é que a Casa Branca porfia na opção militar?
Porquê militarizar a política externa para conseguir resultados
favoráveis face a uma oposição decidida? A resposta, em
parte, é que os EUA perderam grande parte da sua alavanca
económica, que exercia anteriormente, e que garantia o derrube ou a
submissão de governos adversários. A maior parte das economias
asiáticas e latino-americanas atingiram um certo grau de autonomia.
Outras não dependem de organizações financeiras
internacionais influenciadas pelos EUA (o FMI, o Banco Mundial); conseguiram
empréstimos comerciais. A maioria diversificou os seus parceiros
comerciais e investidores e aprofundou laços regionais. Nalguns
países, como o Brasil, a Argentina, o Chile e o Peru, a China substituiu
os EUA enquanto seu parceiro comercial principal. Muitos países deixaram
de procurar a "ajuda" dos EUA para estimular o crescimento, procuram
parcerias com empresas multinacionais, frequentemente baseadas fora da
América do Norte. Na medida em que o braço de ferro
económico deixou de ser uma ferramenta eficaz para assegurar a
obediência, Washington recorreu cada vez mais à
opção militar. Na medida em que a elite financeira dos EUA
esvaziou o sector industrial do país, Washington tem sido incapaz de
reconstruir as suas alavancas económicas internacionais.
Grandes fracassos diplomáticos, resultantes da sua incapacidade de se
adaptar a mudanças básicas no poder global, também
obrigaram Washington a afastar-se das negociações
políticas e a comprometer-se com a intervenção e
confrontação militar. Os políticos americanos continuam
cristalizados na época corrupta dos anos 80 e 90, o apogeu dos
dirigentes clientes e da pilhagem económica, quando Washington gozava de
apoio global, privatizava empresas, explorava o financiamento da dívida
pública e praticamente não tinha rival no mercado mundial. No
final dos anos 90, o aumento do capitalismo asiático, as revoltas
anti-liberais das massas, o ascendente de regimes de centro-esquerda na
América Latina, as repetidas crises financeiras, as quedas das bolsas de
acções nos EUA e na União Europeia e o aumento dos
preços dos bens conduziram a um realinhamento do poder global. As
tentativas de Washington para continuar a pôr em prática
políticas sintonizadas com as décadas anteriores entraram em
conflito com as novas realidades de mercados diversificados, potências
recém-emergentes e regimes políticos relativamente independentes
ligados a novos eleitorados de massas.
As propostas diplomáticas de Washington para isolar Cuba e a Venezuela
foram rejeitadas por todos os países latino-americanos. A tentativa de
ressuscitar acordos de comércio livre, que privilegiavam os exportadores
americanos e protegiam produtores não competitivos, foi rejeitada.
Incapaz de reconhecer os limites do poder diplomático imperialista e
moderar as suas propostas, o regime Obama virou-se cada vez mais para a
opção militar.
A luta de Washington para reafirmar o poder imperialista, através da
política intervencionista não se revelou melhor do que as suas
iniciativas diplomáticas. Os golpes apoiados pelos EUA na Venezuela
(2002) e na Bolívia (2008) foram derrotados pela
mobilização popular de massas e pela lealdade dos militares aos
regimes no poder. Do mesmo modo, na Argentina, no Equador e no Brasil, os
regimes pós neo-liberais, apoiados pelas elites industriais, mineiras e
agro-exportadoras e pelas classes populares, conseguiram derrotar as
tradicionais elites neo-liberais pró-EUA, com raízes nas
políticas dos anos 90 e anteriores. A política de
desestabilização não conseguiu desalojar os novos governos
que prosseguiam políticas externas relativamente independentes e se
recusaram a voltar à velha ordem da supremacia dos EUA.
Onde Washington conseguiu reconquistar terreno político com a
eleição de regimes políticos direitistas foi
através da sua capacidade de explorar o 'desgaste de políticas de
centro-direita (Chile), as fraudes políticas e a
militarização (Honduras e México), o declínio da
esquerda popular nacional (Costa Rica, Panamá e Peru) e a
consolidação de um estado policial fortemente militarizado
(Colômbia). Estas vitórias eleitorais, especialmente na
Colômbia, convenceram Washington que a opção militar,
aliada a uma profunda intervenção e exploração de
processos eleitorais abertos, é a forma de inverter a viragem para a
esquerda na América Latina principalmente na Venezuela.
Política dos EUA para com a Venezuela: Aliando tácticas militares
e eleitorais
As tentativas dos EUA para derrubar o governo democrático do presidente
Chavez repetem muitas das tácticas aplicadas contra anteriores
adversários democráticos. Incluem incursões pela fronteira
de forças militares e paramilitares colombianas, semelhantes aos ataques
fronteiriços dos 'contras' apoiados pelos EUA contra o governo
sandinista da Nicarágua nos anos 80. A tentativa de cercar e isolar a
Venezuela é semelhante à política de Washington durante os
últimos cinquenta anos contra Cuba. A canalização de
fundos para grupos da oposição, partidos, meios de
comunicação e ONGs através de organismos americanos e
fundações 'fantoches' é uma repetição das
tácticas aplicadas para desestabilizar o governo democrático de
Salvador Allende no Chile em 1970-1973, de Evo Morales na Bolívia em
2006-2010 e de inúmeros outros governos na região.
A política de múltiplas frentes de Washington, na sua fase
actual, está orientada para a escalada de uma guerra de nervos,
através das suas constantes ameaças de segurança. Em
parte, as provocações militares são um 'teste' dos
preparativos de segurança da Venezuela, experimentando os seus pontos
fracos nas defesas terrestres, aéreas e marítimas. Estas
provocações também fazem parte de uma estratégia de
desgaste, para forçar o governo Chavez a manter em 'alerta' as suas
forças de defesa e mobilizar a população e depois reduzir
temporariamente a pressão até à provocação
seguinte. O objectivo é desacreditar a permanente referência do
governo a ameaças, a fim de enfraquecer a vigilância e, quando as
circunstâncias o permitirem, poderem fazer um ataque oportuno.
O aparato militar externo de Washington destina-se a intimidar os países
das Caraíbas e da América Central que podem tencionar estabelecer
relações económicas mais estreitas com a Venezuela. A
exibição de força também se destina a encorajar a
oposição interna para acções mais agressivas.
Simultaneamente, a atitude de confronto é dirigida aos "elos mais
fracos" dos sectores "moderados" do governo de Chavez que se
sentem nervosos e anseiam por uma "reconciliação" mesmo
que seja ao preço de concessões imorais à
oposição e ao novo regime do presidente Santos na Colômbia.
A crescente presença militar destina-se a abrandar o processo de
radicalização interna e impossibilitar as crescentes
ligações da Venezuela com o Médio Oriente e outros
regimes, adversos à hegemonia dos EUA. Washington está confiante
em que uma exibição militar e uma guerra psicológica, que
relacionem a Venezuela com rebeldes revolucionários como a guerrilha
colombiana, levará a que os aliados e amigos de Chavez na América
Latina se distanciem dele. Igualmente importante, as acusações
não fundamentadas de Washington de que a Venezuela está a dar
refúgio a campos de guerrilheiros da FARC, destina-se a pressionar
Chavez a reduzir o seu apoio a todos os movimentos sociais na região,
incluindo os Trabalhadores Rurais Sem-Terra no Brasil, assim como os grupos
não-violentos pró direitos humanos e os sindicatos na
Colômbia. Washington pretende uma "polarização"
militar: ou os EUA ou Chavez. Rejeita a polarização
política que existe actualmente e que contrapõe Washington ao
MERCOSUL, a organização de integração
económica que engloba o Brasil, a Argentina, o Uruguai e o Paraguai, com
a Venezuela à beira de se tornar membro da ALBA
(integração económica que engloba a Venezuela, a
Bolívia, a Nicarágua, o Equador e diversos estados das
Caraíbas).
O factor FARC
Obama e Uribe, agora ex-presidente, acusaram a Venezuela de proporcionar
refúgio aos guerrilheiros colombianos (FARC e ELN). Na realidade isto
é uma conspiração para pressionar o presidente Chavez a
denunciar ou pelo menos a exigir que as FARC desistam da sua luta armada nas
condições ditadas pelos EUA e pelo regime colombiano.
Contrariamente à jactância do presidente Uribe e do Departamento
de Estado de que as FARC são um fragmento decadente, isolado e derrotado
do passado, em consequência das suas sucessivas campanhas de
contra-insurreição, um recente e detalhado estudo de campo feito
por um investigador colombiano
'La guerra contra las FARC y la guerra de las FARC'
demonstra que nos últimos dois anos os guerrilheiros consolidaram a sua
influência sobre um terço do país, e que o regime em
Bogotá controla apenas metade do país. Depois de sofrer
importantes derrotas em 2008, as FARC e o ELN avançaram regularmente
durante 2009-2010 infligindo mais de 1 300 baixas militares no ano passado e
provavelmente quase o dobro este ano
(La Jornada,
8/6/2010). O reaparecimento e avanço das FARC tem uma importância
crucial, face à campanha militar de Washington contra a Venezuela.
Também afecta a posição do seu "aliado
estratégico" o regime de Santos. Primeiro, demonstra que,
apesar dos 6 mil milhões de dólares adicionais na ajuda militar
dos EUA à Colômbia, a sua campanha anti-insurreição
para "exterminar" as FARC foi um fracasso. Segundo, a ofensiva das
FARC abre uma "segunda frente" na Colômbia, enfraquecendo
qualquer tentativa para desencadear uma invasão da Venezuela utilizando
a Colômbia como "trampolim". Terceiro, enfrentando uma
crescente luta de classes interna, é mais provável que o novo
presidente Santos procure reduzir as tensões com a Venezuela, na
esperança de transferir as tropas da fronteira do seu vizinho para a
crescente insurreição dos guerrilheiros. Num certo sentido,
apesar das preocupações de Chavez quanto aos guerrilheiros e dos
apelos abertos para acabar com a guerrilha, o reaparecimento dos movimentos
armados são, com toda a probabilidade, um factor importante para reduzir
as perspectivas duma intervenção dirigida pelos EUA.
Conclusão
A política de multi-frentes de Washington, destinada a desestabilizar o
governo venezuelano tem sido, de longe, contra-producente, sofrendo importantes
revezes e poucos êxitos.
A linha dura para com a Venezuela não conseguiu "arregimentar"
nenhum apoio nos principais países da América Latina, com
excepção da Colômbia. Isolou Washington, não isolou
Caracas. As ameaças militares podem ter radicalizado as medidas
sócio-económicas adoptadas por Chavez, não as moderaram.
As ameaças e acusações saídas da Colômbia
reforçaram a coesão interna na Venezuela, exceptuando apenas os
fanáticos grupos de oposição. Também
contribuíram para que a Venezuela melhorasse as suas
operações de informações, policiais e militares. As
provocações colombianas levaram a uma quebra das
relações e a uma redução de 80% no comércio
entre fronteiras no valor de muitos milhares de milhões de
dólares, levando à falência numerosas empresas colombianas,
quando a Venezuela as substituiu por importações industriais e
agrícolas do Brasil e da Argentina. Os efeitos das políticas de
tensão e da "guerra de desgaste" são difíceis de
medir, principalmente em termos do seu impacto sobre as cruciais
eleições legislativas que se aproximam, em 26 de Setembro de
2010. Sem dúvida, a incapacidade de a Venezuela regular e controlar o
fluxo de muitos milhões de fundos americanos para os seus colaboradores
venezuelanos teve um impacto significativo na sua capacidade organizativa. Sem
dúvida, os tempos económicos conturbados tiveram algum efeito na
limitação das despesas públicas para os novos programas
sociais. Do mesmo modo, a incompetência e a corrupção de
vários funcionários de topo de Chavez, principalmente na
distribuição de alimentos públicos, na
habitação e na segurança social irão ter um impacto
eleitoral.
É provável que estes factores "internos" tenham muito
maior influência na modelação do alinhamento dos resultados
eleitorais da Venezuela do que a agressiva política de confronto
adoptada por Washington. Apesar disso, se a oposição
pró-EUA aumentar substancialmente a sua presença legislativa nas
eleições de 26 de Setembro para cima de um terço do
Congresso do povo vai ser tentado o bloqueio das mudanças sociais
e das políticas de estímulo económico. Os EUA irão
intensificar os seus esforços para pressionar a Venezuela a desviar
recursos para questões de segurança, a fim de sabotar as despesas
sociais e económicas que garantem o apoio dos 60% da
população venezuelana mais pobre.
Até agora, a política da Casa Branca, baseada numa maior
militarização e praticamente sem novas iniciativas
económicas, tem sido um fracasso. Encorajou os maiores países
latino-americanos a aumentar a integração regional, conforme
testemunham os acordos alfandegários e tarifários adoptados na
reunião do MERCOSUL no início de Agosto deste ano. Não
provocou nenhuma redução de hostilidades entre os EUA e os
países da ALBA. Não aumentou a influência dos EUA. Pelo
contrário, a América Latina virou-se para uma nova
organização política regional, a UNASUL (que exclui os
EUA), minimizando a Organização dos Estados Americanos que os EUA
utilizam para impor a sua agenda. Ironicamente, a única luz que favorece
a influência dos EUA, provém dos processos eleitorais internos. O
candidato direitista José Serra está a disputar fortemente a
corrida nas próximas eleições presidenciais brasileiras.
Na Argentina, no Paraguai e na Bolívia, a direita pró-EUA
está a reagrupar-se e tem esperanças de reconquistar o poder.
O que Washington continua a não perceber é que, em todo o
espectro político, desde a esquerda ao centro-direita, há
líderes políticos chocados e em oposição ao
avanço e promoção da opção militar como
peça central de política. Praticamente todos os líderes
políticos têm recordações desagradáveis de
exílio e perseguição do anterior ciclo de regimes
militares apoiados pelos EUA. O auto-proclamado alcance extra-territorial dos
militares americanos, operando a partir das suas sete bases na Colômbia,
alargou a brecha entre os regimes democráticos de centro e
centro-esquerda e a Casa Branca de Obama. Por outras palavras, a América
Latina encara a agressão militar dos EUA à Venezuela como um
"primeiro passo" para sul na direcção dos seus
países. Esse facto, e o ímpeto para uma maior independência
política e mercados mais diversificados, enfraqueceram as tentativas
diplomáticas e políticas de Washington para isolar a Venezuela.
O novo presidente Santos da Colômbia, proveniente do mesmo molde
direitista do seu antecessor Álvaro Uribe, enfrenta uma escolha
difícil continuar como instrumento da confrontação
militar dos EUA e desestabilização da Venezuela à custa de
vários milhares de milhões de dólares em prejuízos
comerciais e do isolamento do resto da América Latina ou reduzir as
tensões fronteiriças e as incursões, abandonando a
retórica provocadora e normalizando as relações com a
Venezuela. Se acontecer esta última situação, os EUA
perderão o seu melhor e último instrumento para a sua
estratégia externa de "tensões" e guerra
psicológica. Washington ficará com duas opções
apenas: uma intervenção militar unilateral directa ou financiar a
guerra política através dos seus colaboradores internos.
Entretanto, o presidente Chavez e os seus apoiantes fariam bem em concentrar-se
a fim de fazer a economia sair da recessão, travar a
corrupção no estado e a sua monumental ineficácia e
atribuir à comunidade e aos conselhos com base nas fábricas um
papel mais importante em todas as coisas desde o aumento da produtividade
à segurança pública. Em último caso, a
segurança a longo prazo da Venezuela em relação ao longo e
penetrante alcance do Império dos EUA depende da força das
organizações de massas que apoiam o governo de Chavez.
10/Agosto/2010
O original encontra-se em
www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=20563
. Tradução de Margarida Ferreira.
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/
.
|