Israel compra o Congresso dos EUA:
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"Grupos políticos pró-Israel como o AIPAC funcionam com
fundos ilimitados a fim de alterar a política americana na região
(Médio Oriente)"
Jack Straw, membro do Parlamento e antigo secretário dos Estrangeiros do Partido Trabalhista britânico "Os Estados Unidos deviam lançar uma bomba atómica no Irão para obrigar o país a acabar com o seu programa nuclear" Sheldon Adelson, o maior contribuinte do Partido Republicano e um importante angariador de fundos para as comissões de acção política pró-Israel, num discurso na Universidade Yeshiva, cidade de Nova York, em 22/Outubro/2013 |
A questão da guerra ou paz com o Irão depende das
políticas adoptadas pela Casa Branca e pelo Congresso dos EUA. A
abertura para a paz do recém-eleito presidente iraniano Rohani ecoou
favoravelmente em todo o mundo, excepto em Israel e nos seus acólitos
sionistas na América do Norte e na Europa. A primeira sessão de
negociações realizou-se sem recriminações e acabou
com uma apreciação optimista dos dois lados. Exactamente por
causa da reacção favorável inicial dos participantes, o
governo de Israel agudizou a sua propaganda de guerra contra o Irão. Os
seus agentes no Congresso americano, nos meios de comunicação e
no ramo executivo trataram de minar o processo de paz. O que está em
jogo é a capacidade de Israel travar guerras indirectas usando as
forças militares americanas e os seus aliados da NATO contra qualquer
governo que desafie a supremacia militar de Israel no Médio Oriente, a
anexação violenta do território da Palestina e a sua
capacidade de atacar impunemente qualquer adversário.
Para entender o que está em jogo nas actuais negociações
de paz é preciso imaginar as consequências de um fracasso: Sob a
pressão israelense, os EUA anunciaram que era possível activar a
sua 'opção militar' ou seja, ataques com mísseis e
uma campanha de bombardeamento contra 76 milhões de iraquianos a fim de
destruir o seu governo e a sua economia. Teerão pode retaliar contra
esta agressão, alvejando bases militares americanas na região e
instalações petrolíferas no Golfo, provocando uma crise
global. É isso que Israel pretende.
Comecemos por examinar o contexto da supremacia militar de Israel no
Médio Oriente. Depois analisaremos o incrível poder de Israel no
processo político americano e como ele condiciona neste momento o
processo de negociações, com especial ênfase no poder
sionista no seio do Congresso americano.
O contexto da supremacia militar israelense no Médio Oriente
A partir do fim da II Guerra Mundial, Israel tem bombardeado, invadido e
ocupado mais países no Médio Oriente e em África do que
qualquer outra potência colonial anterior, com excepção dos
EU. A lista das vítimas de Israel inclui: a Palestina, a Síria, o
Líbano, o Egipto, o Iraque, a Jordânia, o Sudão e o
Iémen. Se incluíssemos os países em que Israel desencadeou
ataques terroristas e assassínios quase clandestinos, a lista aumentaria
muito, abrangendo uma dúzia de países na Europa e na Ásia
incluindo os EUA por intermédio da sua rede terrorista sionista.
A projecção do poder militar de Israel, a sua capacidade de
travar guerras ofensivas quando quer, é acompanhada duma impunidade
quase total. Apesar das repetidas violações da lei internacional,
incluindo crimes de guerra, Israel nunca foi censurada em qualquer tribunal
internacional nem sujeita a sanções económicas porque o
governo dos EUA utiliza a sua posição de veto às
resoluções do Conselho de Segurança da ONU e pressiona os
seus aliados da NATO-UE.
A supremacia militar de Israel tem mais a ver com a transferência e o
roubo descarado da tecnologia e de armamento nuclear, químico e
biológico dos EUA (Grant Smith "Ten Explosive US Government Secrets
of Israel" IRMEP). Os sionistas além-mar nos EUA e em França
desempenharam um papel estratégico (e traidor) roubando e enviando
ilegalmente para Israel tecnologia nuclear e componentes de armamento, segundo
uma investigação do antigo director da CIA, Richard Helms.
Israel tem armazenado grande quantidade de armamento nuclear, químico e
biológico, recusando o acesso aos inspectores internacionais de
armamento e não é obrigado a respeitar o tratado de não
proliferação, por causa da intervenção
diplomática dos EUA. Sob pressão da Configuração do
Poder Sionista local (ZPS), o governo americano tem bloqueado qualquer
acção que possa constranger a produção israelense
de armas de destruição maciça. Com efeito, os EUA
continuam a fornecer a Israel armas estratégicas de
destruição maciça para serem usadas contra os seus
vizinhos violando o direito internacional.
A ajuda militar e a transferência de tecnologia americana para Israel
ultrapassou 100 mil milhões de dólares nos últimos
cinquenta anos. A intervenção diplomática e militar dos
EUA foi fundamental para salvar Israel da derrota na guerra de 1973. A recusa
do presidente americano Lyndon Johnson de defender o navio de
informações desarmado, o
USS Liberty
em 1967, depois de este ter sido atingido por bombas e napalm de caças
e navios israelenses em águas internacionais, constituiu uma enorme
vitória para Israel graças aos conselheiros sionistas de Johnson.
Dada a sua impunidade, mesmo apesar de ter matado funcionários
americanos, Israel ficou de mãos livres para travar guerras agressivas a
fim de dominar os seus vizinhos, praticar actos de terrorismo e assassinar os
seus adversários por todo o mundo sem medo de retaliação.
A superioridade militar incontestada de Israel transformou vários dos
seus vizinhos em colaboradores quase-clientes: o Egipto e a Jordânia
têm sido aliados de facto, juntamente com as monarquias do Golfo,
ajudando Israel a reprimir os movimentos nacionalistas e pró-palestinos
da região.
O factor mais decisivo na ascensão e consolidação do poder
de Israel no Médio Oriente não foram as suas proezas militares
mas o seu alcance político e a sua influência por
intermédio dos agentes sionistas nos EUA. As guerras de Washington
contra o Iraque e a Líbia, e o seu actual apoio ao ataque
mercenário contra a Síria, destruíram três
importantes opositores nacionalistas seculares às ambições
hegemónicas de Israel.
À medida que Israel acumula mais poder na região, alargando a sua
colonização do território palestino, olha para leste a fim
de destruir o último obstáculo que resta à sua
política colonial: o Irão.
Durante pelo menos duas décadas, Israel tem orientado os seus agentes
ultramarinos (a ZPS) para destruir o governo do Irão,
desestabilizando a sua sociedade, assassinando os seus cientistas, bombardeando
os seus estabelecimentos militares e laboratórios e estrangulando a sua
economia.
Depois de a ZPS ter conseguido empurrar os EUA para a guerra contra o Iraque em
2003 esfrangalhando literalmente a sua complexa sociedade secular e
matando mais de um milhão de iraquianos virou os olhos para a
destruição do Líbano (Hezbollah) e do governo secular da
Síria como forma de isolar o Irão e preparar-se para um ataque.
Embora tenham sido chacinados milhares de civis libaneses em 2006, o ataque de
Israel ao Líbano fracassou, apesar do apoio do governo americano e da
feroz campanha de propaganda da ZPS. Histérico com este fracasso e para
'compensar' a sua derrota às mãos do Hezbollah e de 'fazer subir
a moral', Israel invadiu e destruiu grande parte de Gaza (2008/2009) o
maior campo de prisioneiros a céu aberto do mundo.
Sem capacidade militar para atacar o Irão sozinho, Israel enviou os seus
agentes para manipular o governo dos EU a iniciar uma guerra com Teerão.
Os líderes militaristas em Tel Aviv espalharam os seus trunfos
políticos (a ZPS) por todos os EU para conseguirem a
destruição do Irão o último grande
adversário à supremacia de Israel no Médio Oriente.
A estratégia israelense-ZPS é de preparar a cena para uma
confrontação dos EU com o Irão, utilizando os seus agentes
no ramo executivo assim como a corrupção, o suborno e o controlo
do Congresso dos EUA. O controlo da ZPS sobre os meios de
comunicação reforça a sua campanha de propaganda: Todos os
dias o
New York Times
e o
Washington Post
publicam artigos e editoriais promovendo a agenda de guerra de Israel. A ZPS
usa o Departamento de Estado dos EUA para forçar outros estados da NATO
a confrontar igualmente o Irão.
A guerra indirecta de Israel com o Irão: Pressão política
dos EUA, sanções económicas e ameaças militares
Só por si, a 'guerra' de Israel com o Irão não passaria
muito além da sabotagem cibernética, dos assassínios
periódicos de cientistas iranianos usando os seus agentes pagos entre
grupos terroristas iranianos e da intimidação permanente dos
políticos israelenses e da sua 'multidão de submissos
seguidores'. Fora de Israel, esta campanha tem tido pouco impacto na
opinião pública. A 'guerra' de Israel ao Irão depende
exclusivamente da sua capacidade de manipular a política americana
usando os seus agentes e grupos locais que dominam o Congresso dos EUA e
através da nomeação de funcionários para
posições chave nos Departamentos do Tesouro, do Comércio e
da Justiça, e enquanto 'conselheiros' no Médio Oriente. Israel
não pode organizar uma campanha de sanções eficaz contra o
Irão; nem pode influenciar qualquer potência importante para
realizar uma campanha dessas. Só os EUA têm esse poder. O
domínio de Israel no Médio Oriente provém inteiramente da
sua capacidade de mobilizar os seus amigos nos Estados Unidos a quem cabe a
tarefa de assegurar uma submissão total aos interesses de Israel por
parte dos funcionários governamentais eleitos e nomeados em
especial no que se refere aos adversários regionais de Israel.
Estrategicamente colocados, 'cidadãos de dupla nacionalidade
EUA-israelense' têm usado a sua cidadania americana para garantir altas
posições de segurança no governo directamente envolvidas
em políticas que afectam Israel. Enquanto israelenses, a sua actividade
está em linha com os ditames de Tel Aviv. Na administração
Bush (2001-2008) 'israelitas acima de tudo' colocados em altos cargos dominaram
o Pentágono (Paul Wolfowitz, Douglas Feith), a Segurança do
Médio Oriente (Martin Indyk, Dennis Ross), o gabinete do vice-presidente
('Scooter' Libby), o Tesouro (Levey) e a Segurança Nacional (Michael
Chertoff). Na administração Obama os 'israelitas acima de tudo'
incluem Dennis Ross, Rahm Emanuel, David Cohen, o secretário do Tesouro
Jack "Jake the Snake" Lew, o secretário do Comércio
Penny Pritzker e Michael Froman enquanto Representante Comercial, entre outros.
O Poder Indirecto de Israel no interior do ramo executivo é acompanhado
pelo seu domínio do Congresso americano. Contrariamente a algumas
críticas, Israel nem é um 'aliado' nem é um 'cliente' dos
EUA. Nos últimos cinquenta anos abundam os exemplos da grande assimetria
da relação. Por causa destes poderosos amigos no Congresso e no
ramo executivo, Israel recebeu mais de 100 mil milhões de dólares
de tributo dos EUA nos últimos 30 anos, ou seja, mais de 3 mil
milhões de dólares por ano. O Pentágono transferiu a
tecnologia militar mais moderna e envolveu-se em diversas guerras em prol de
Israel. O Tesouro dos EUA impôs sanções contra parceiros
comerciais e investidores potencialmente lucrativos no Médio Oriente
(Irão, Iraque e Síria), privando os exportadores agrícolas
e industriais e as companhias petrolíferas americanas de mais de 500 mil
milhões de receitas. A Casa Branca sacrificou a vida de mais de 4 400
soldados americanos na guerra do Iraque uma guerra promovida pelos
amigos de Israel e a mando dos líderes de Israel. O Departamento de
Estado rejeitou relações amigáveis e proveitosas com mais
de 1 500 milhões de muçulmanos dando apoio à
instalação ilegal de mais de quinhentos mil colonos judeus na
terra da Palestina ocupada militarmente na Margem Ocidental e em
Jerusalém.
A pergunta estratégica é: como e porquê esta
relação unilateral entre os EUA e Israel se mantém
há tanto tempo, apesar de ser contra tantos interesses
estratégicos e contra os interesses da elite dos EUA? A pergunta mais
imediata e premente é: como é que esta relação
historicamente distorcida afecta as sanções contemporâneas
EUA-Irão e as negociações nucleares?
O Irão e as negociações de paz
Sem dúvida que o presidente iraniano recentemente eleito e o seu
ministro dos Estrangeiros estão preparados para negociar o fim das
hostilidades com os EUA fazendo importantes concessões para assegurar o
uso pacífico da energia nuclear. Declararam que estão abertos
para reduzir ou mesmo para acabar com a produção de urânio
altamente enriquecido; para reduzir o número de centrífugos e
até mesmo para permitir inspecções intrusivas, sem
anúncio prévio, entre outras propostas promissoras. O governo
iraniano propõe um programa com metas finais como parte dos acordos
iniciais. A secretária dos Estrangeiros da União Europeia, Lady
Ashton, fez comentários favoráveis na reunião inicial.
A administração americana tem dado sinais conflituosos na
sequência da abertura iraniana e da reunião inicial. Alguns
comentários individuais são cautelosamente positivos; outros
são menos encorajadores e rígidos. Sionistas da
administração como Jack 'Jake' Lew, o secretário do
Tesouro, insistem que se devem manter as sanções até que o
Irão satisfaça todas as exigências dos EUA (leia-se
'Israel'). O Congresso americano, comprado e controlado pela ZPS, rejeita a
promissora abertura e a flexibilidade iranianas, insistindo em
'opções' militares ou no total desmantelamento do programa
nuclear do Irão, legal e pacífico a posição
da ZPS é de sabotar as negociações. Para isso, o Congresso
aprovou novas sanções económicas, mais radicais, para
estrangular a economia petrolífera do Irão.
Como os Comités de Acção Política de Israel
controlam o Congresso dos EUA e preparam a guerra com o Irão
A Configuração do Poder Sionista usa o seu poder de fogo
financeiro para ditar a política do Congresso no Médio Oriente e
assegurar que o Congresso americano e o Senado não retiram uma
vírgula para servir os interesses de Israel. O instrumento sionista
usado na compra de funcionários eleitos nos EUA é o comité
de acção política (PAC).
Graças a uma decisão do Supremo Tribunal Americano, de 2010, os
super PACs ligados a Israel despendem somas enormes para eleger ou destruir
candidatos consoante o trabalho político do candidato em
relação a Israel. Como esses fundos não vão
directamente para o candidato, esses super PACs não têm que
revelar quanto gastam ou como gastam. Estimativas por defeito dos fundos,
directa ou indirectamente ligados à ZPS, com destino aos legisladores
americanos andam perto dos 100 milhões de dólares nos
últimos 30 anos. A ZPS canaliza esses fundos para líderes
legislativos e membros das comissões do Congresso que tratam de
política externa, em especial presidentes de subcomissões
relacionadas com o Médio Oriente. Não é de surpreender que
no Congresso os maiores beneficiados com o dinheiro da ZPS são os que
têm promovido agressivamente a política dura de Israel. Em
qualquer parte do mundo, esses pagamentos de grande monta para votos
legislativos seriam considerados um suborno escandaloso e estariam sujeitos a
um processo-crime e prisão para ambas as partes. Nos EUA, a compra e
venda do voto de um político chama-se 'lobbying' e é legal e
aberto. O ramo legislativo do governo dos EUA acaba por se parecer com um
bordel de alto preço ou um leilão de escravos brancos mas
com milhares de vidas em jogo.
A ZPS tem comprado a aliança de pessoas e de senadores no Congresso dos
EUA numa escala maciça: dos 435 membros da Câmara de
Representantes, 219 receberam pagamentos da ZPS em troca dos seus votos a favor
do estado de Israel. A corrupção é ainda maior entre os
100 senadores: 94 aceitaram dinheiro PAC e Super PAC pró-Israel em troca
da sua lealdade para com Israel. A ZPS despeja dinheiro sobre Republicanos e
Democratas, garantindo votos incríveis (nesta era de impasse do
Congresso), quase unânimes ('bipartidários') a favor do 'Estado
judeu', incluindo os seus crimes de guerra, como os bombardeamentos de Gaza e
do Líbano, assim como o tributo anual a Tel Aviv de mais 3 mil
milhões de dólares dos contribuintes americanos. Pelo menos 50
senadores receberam entre 100 mil e um milhão de dólares cada um,
de dinheiro da ZPS nas últimas décadas. Em troca, votaram a favor
de mais de 100 mil milhões de dólares de pagamentos a
Israel
para além de outros 'serviços e pagamentos'. Os
membros do Congresso americano são mais baratos: 25 legisladores
receberam entre 238 mil e 50 mil dólares, enquanto o resto recebeu
trocos. Independentemente da quantia, o resultado líquido é o
mesmo: o membro do Congresso recebe o guião dos seus mentores sionistas
nos PACs, Super PACs e AIPAC e apoiam todas as guerras de Israel no
Médio Oriente e promovem a agressão dos EUA por conta de Israel.
Os legisladores mais ousados e influentes recebem a maior fatia da gorjeta
sionista: o senador Mark Kirk (Bombas sobre Teerão!) encabeça a
lista dos 'porcos na gamela' com 925 mil dólares em pagamentos da ZPS,
seguido por John McCain (Bombas sobre Damasco!) com 771 mil dólares,
enquanto os Senadores Mitch McConnell, Carl Levin, Robert Menendez, Richard
Durban e outros políticos sionofílicos não se envergonham
de estender as suas pequenas tijelas de pedintes quando chega o homem do
dinheiro PAC pró-Israel! A congressista da Florida, Ileana Ros-Lehtinen,
encabeça a lista da 'Câmara' com 238 mil dólares pelo seu
registo pró-Israel assim como por ser defensora da guerra ainda mais
ferozmente do que Netanyahu! Eric Cantor recebeu 209
mil dólares por defender 'guerras para Israel' com vidas americanas, ao
mesmo tempo que corta os pagamentos da Segurança Social aos idosos
americanos a fim de aumentar a ajuda militar a Tel Aviv. Steny Hoyer,
líder de bancada da minoria, recebeu 144 mil dólares para
'forçar os poucos Democratas vacilantes a passar para o campo de
Israel'. O líder da maioria John Boehner recebeu 130 mil dólares
para fazer o mesmo com os Republicanos.
A ZPS tem gasto enormes quantias para punir e destruir uma dúzia de
legisladores dissidentes que se levantaram contra as guerras de Israel e o seu
grotesco registo de direitos humanos. A ZPS tem injectado milhões em
campanhas individuais, não só financiando candidatos da
oposição que juram fidelidade a Israel mas montando indecentes
assassínios políticos de críticos a Israel em cargos
públicos. Estas campanhas têm sido montadas nas partes mais
obscuras dos EUA, incluindo distritos de maioria afro-americana, onde os
interesses e influência sionista são totalmente nulos.
Não há PACs, super PACs, líderes partidários ou
organização cívica comparáveis que possam contestar
o poder da Quinta Coluna de Israel. Segundo os documentos compilados pelo
corajoso investigador Grant Smith do IRMEP, quando se trata de Israel, o
Departamento da Justiça americano tem-se recusado intransigentemente a
impor as leis federais que exigem acção judicial contra
cidadãos americanos que não se registem como agentes estrangeiros
quando trabalham para um país estrangeiro pelo menos desde 1963.
Por outro lado, a ZPS, através da chamada 'Liga Anti
Difamação', tem pressionado com êxito o departamento da
Justiça, o FBI e a NSA para investigar e processar cidadãos
americanos patriotas e cumpridores da lei, críticos da
apropriação israelense de terras na Palestina e dos corruptores
sionistas do sistema político americano por conta do seu amo estrangeiro.
A corrupção e degradação da democracia dos EUA
têm sido possíveis pela 'respeitável imprensa' igualmente
comprometida e corrupta. Na sua investigação ao
New York Times
o crítico dos meios de comunicação, Steve Lendman, tem
assinalado o elo directo entre Israel e os meios de comunicação.
Os principais jornalistas ('justos e equilibrados') que escrevem sobre Israel
têm fortes laços familiares e políticos com aquele
país e os seus artigos pouco mais são do que propaganda. O
repórter do
Times,
Ethan Bronner, cujo filho prestou serviço nas Forças de Defesa
de Israel, é um apologista de longa data do estado sionista. A
repórter do
Times
, Isabel Kershner, cujos 'escritos' parecem sair directamente do Foreign Office
israelense, é casada com Hirsh Goodman, conselheiro do regime de
Netanyahu sobre 'assuntos de segurança'. O chefe de escritório do
Times
em Jerusalém, Jodi Rudoren, vive confortavelmente na casa ancestral
duma família palestina expropriada daquela antiga cidade.
A posição pró-Israel inabalável do
Times
fornece uma cobertura política e uma justificação para os
políticos americanos corruptos enquanto toca o tambor de guerra de
Israel. Não admira que o
New York Times
, tal como o
Washington Post
, esteja profundamente empenhado em depreciar e denunciar as actuais
negociações EUA-Irão e em proporcionar um amplo
espaço para a retórica parcial dos políticos israelenses e
seus porta-vozes americanos, enquanto exclui cuidadosamente as vozes mais
racionais a favor da aproximação de antigos diplomatas
americanos, líderes militares fartos de guerras e representantes das
comunidades empresarial e académica.
Para entender a hostilidade do Congresso às negociações
nucleares com o Irão e os seus esforços para as afogar
através da imposição de novas sanções
ridículas, é importante ir à raiz do problema,
nomeadamente às declarações de políticos
israelenses chave, que estabelecem a orientação a seguir pelos
seus amigos americanos.
No final de Outubro de 2013, o antigo chefe de Informações da
Defesa israelense, Amos Yadlin, falou de 'ter que se escolher entre 'a bomba ou
o bombardeamento' uma mensagem que ressoou imediatamente nos 52
presidentes das principais organizações judaicas americanas (
Daily Alert
, 24 de Outubro, 2013). A 22 de Outubro, 2013, o ministro de
Informações de Israel, Yuval Steinitz, apelou para novas
sanções duras para o Irão e insistiu em que os EU as
usassem como alavanca para exigir que o Irão concordasse em abandonar
totalmente o seu programa pacífico de energia e enriquecimento nuclear.
O ministro da Defesa Moshe Ya'alon afirmou que 'Israel não
aceitará qualquer acordo que permita ao Irão enriquecer
urânio'. A posição de Israel é ameaçar com a
guerra (via EUA) se o Irão não se submeter à
rendição incondicional do seu programa nuclear. Isto define a
posição de todos os PACs, Super PACs e AIPAC pró-Israel.
Por sua vez estes tratam de ditar a política aos seus 'lacaios' no
Congresso americano. Em resultado disso, o Congresso aprova
sanções cada vez mais radicais contra o Irão a fim de
sabotar as negociações em curso.
Os que receberam os maiores pagamentos sionistas dos PACs pró-Israel
são os que mais vociferam: o Senador Mark Kirk ($925.379), autor de uma
anterior proposta de lei de sanções, exige que o Irão
termine todo o seu programa nuclear e de mísseis balísticos (!) e
declarou que o Senado dos EUA "devia avançar imediatamente com um
novo pacote de sanções económicas visando todas as
receitas e reservas iranianas restantes" (
Financial Times
, 18/Out/2013, p. 6). A Câmara de Representantes americana já
aprovou uma proposta de lei limitando fortemente a capacidade de o Irão
vender a sua principal exportação, o petróleo. Mais uma
vez, o eixo Israel- ZPS -Congresso procura impor a agenda de guerra de Israel
ao povo americano! No final de Outubro de 2013, o secretário de Estado
Kerry foi 'apertado durante 7 horas pelo primeiro-ministro israelense
Netanyahu, e Kerry, acobardado, prometeu promover a agenda de Israel para
desmantelar o programa de enriquecimento nuclear do Irão.
Para combater a campanha de estrangular a economia petrolífera do
Irão, promovida pelos lacaios de Israel no Congresso, o governo iraniano
ofereceu generosos contratos a companhias dos EUA e da UE (
Financial Times
, 29/Out/2013, p.1). Estão a ser abandonadas as
disposições nacionalistas existentes. Sob as novas
condições, as empresas estrangeiras podem registar reservas ou
adquirir participações em projectos iranianos. O Irão
espera atrair pelo menos 100 mil milhões de dólares em
investimentos nos próximos três anos. Este país
estável gaba-se de ter as maiores reservas mundiais de gás e as
quartas maiores reservas de petróleo. Dadas as sanções
actualmente impostas pelos EUA (Israel), a produção caiu de 3,5
milhões de barris por dia em 2011 para 2,58 milhões de barris por
dia em 2013. A questão é se o 'Big Oil', as gigantescas
companhias dos EUA e da UE têm poder para desafiar o cerco da ZPS
à política de sanções US-UE. Até aqui, a ZPS
tem dominado esta política crítica e marginalizado o Big Oil,
utilizando ameaças, chantagem e coerção contra os
políticos americanos. Isso acabou por afastar efectivamente as
companhias americanas do lucrativo mercado iraniano.
Conclusão
Embora os EUA e os outros cinco países tentem negociar com o
Irão, enfrentam enormes obstáculos decorrentes do poder de Israel
sobre o Congresso dos EUA. Nas últimas décadas os agentes de
Israel têm comprado a fidelidade da grande maioria dos congressistas,
treinando-os para reconhecer e obedecer aos assobios, sinais e guião dos
defensores da guerra em Tel Aviv.
Este 'Eixo de Guerra' tem infligido danos consideráveis ao mundo, que
resultaram na morte de milhões de vítimas de guerras dos EUA no
Médio Oriente, Sudeste da Ásia e norte de África. A grande
corrupção e a falência amplamente reconhecida do sistema
legislativo americano deve-se à sua total submissão a uma
potência estrangeira. O que existe em Washington é um estado
vassalo rebaixado, desprezado pelos seus próprios cidadãos. Se o
Congresso controlado pela ZPS conseguir uma vez mais destruir as
negociações entre os EUA e o Irão através de novas
resoluções pró-guerra, nós, o povo americano,
iremos pagar um enorme preço em vidas e dinheiro.
É tempo de agir. É tempo de nos levantarmos e de denunciarmos o
papel desempenhado pelos PACs, Super PACs israelenses e pelas 52 importantes
organizações americanas judaicas na corrupção do
Congresso e na transformação dos 'nossos' representantes eleitos
em lacaios das guerras de Israel. Tem havido um silêncio ensurdecedor dos
nossos conhecidos críticos poucos críticos dos meios de
comunicação alternativos têm atacado o poder de Israel
sobre o Congresso dos EUA. A evidência está à nossa
disposição, os crimes são indesmentíveis. O povo
americano precisa de verdadeiros líderes políticos com coragem
para expurgar os corruptos e os corruptores e forçar os seus membros
eleitos na Câmara e no Senado a representar os interesses do povo
americano.