Primeiros elementos de análise sobre a ofensiva israelense contra Gaza
por Julien Salingue
À hora a que escrevemos estas linhas, a ofensiva israelense contra Gaza
continua em marcha. Mesmo que o futuro seja incerto, é no entanto
possível fazer já um primeiro balanço dos acontecimentos
destes últimos dias.
1) O Estado de Israel e as vítimas dos tiros de foguetões: as
profecias auto-realizáveis
Não se trata aqui de negar a realidade dos disparos de foguetões
sobre o sul de Israel, nem sequer do facto de eles terem aumentado
consideravelmente durante o ano de 2012. Os números do exército
israelense e dos grupos armados palestinos concordam quanto a este ponto. Mas
um dos pontos sobre os quais o exército israelense pouco informa
é o número de vítimas dos foguetões e dos obuses de
morteiros, e os períodos durante os quais esses civis israelenses foram
mortos. É verdade que essas estatísticas tendem a demonstrar que
as fases de operações militares israelenses são
precisamente aquelas durante as quais o número de vítimas civis
é mais elevado.
Se nos contentarmos em observar o ciclo aberto pela tomada de controlo de Gaza
pelo Hamas em Junho de 2007, contam-se de facto 13 vítimas civis, das
quais 7 (ou seja, mais de metade) durante as operações
"Chumbo Grosso" (inverno de 2008-2009, 4 mortos) e "Pilar
Defensivo" (ofensiva m curso, 3 mortos até agora). No que respeita
a esta última, é forçoso constatar que foi desencadeada
quando os foguetões já não faziam qualquer vítima
há mais de um ano e que, a partir do dia seguinte ao assassínio
de Ahmad Jaabari, responsável militar do Hamas, foram mortos 3 civis
israelenses. Israel incluiu imediatamente essas três vítimas na
sua "contabilidade" e agora serve-se delas para justificar a
prossecução e alargamento da ofensiva militar.
Na operação em curso, há pois, do estrito ponto de vista
do número dos civis israelenses mortos por disparos de foguetões,
uma inversão das causas e das consequências. Da mesma forma, no
momento do desencadeamento da operação "Chumbo Grosso",
há mais de 6 meses que os foguetões não matavam
ninguém e só fizeram 4 vítimas nos 3 dias seguintes aos
primeiros bombardeamentos israelenses. A resposta palestina às
operações israelenses servem pois como pretexto, a posteriori,
para legitimar estas últimas, o que confere ao discurso actual da
instituição israelense uma evidente dimensão de profecia
auto-realizada.
2) Populações feitas refém pelo cinismo político de
Netanyahou
Para além dos pretextos, trata-se pois de nos interrogarmos sobre as
reais motivações do governo israelense. A maior parte dos
analistas e comentadores sublinharam, e bem, que evidentemente o timing da
operação deve considerar-se em relação com o prazo
das futuras eleições israelenses, como já tinha acontecido
aquando da operação "Chumbo Grosso". Vai haver
eleições legislativas em Janeiro, as forças
políticas estão em campanha, e é claro que a
operação em curso deve ser analisada nesse contexto.
Provocando o Hamas e aumentando a tensão militar, o governo de
Netanyahou dá assim uma imagem de chefe da guerra e obriga os outros
partidos a calar as suas críticas em nome da união nacional.
Ainda por cima, a reacção dos grupos armados palestinos arrasta
uma radicalização da sociedade israelense que deverá
beneficiar as forças políticas mais extremistas, na
ocorrência o Likoud e o partido da extrema-direita Israel Beitenou, que
decidiram apresentar uma lista comum para as eleições
legislativas. A desventura que aconteceu ao partido Kadima que dirigiu o
governo saído em 2009 e que foi ultrapassado "pela direita"
aquando das eleições, não pode voltar a acontecer.
Além disso é essencial pensar no timing desta ofensiva no
contexto do pedido palestino para admissão na ONU, com o título
de estado não-membro, sobre o qual a Assembleia-Geral se deverá
pronunciar a 29 de Novembro. Se o Estado de Israel sabe que, no caso de uma
votação, não pode impedir essa admissão, a
operação em curso, voltando a actualizar as teses do "ciclo
da violência" e das responsabilidades partilhadas, poderá
convencer certos estados indecisos, nomeadamente na Europa, a decidir
não decidir, abstendo-se do voto em 29 de Novembro. As primeiras
declarações dos estados europeus, entre outros a França,
que põem as duas partes de costas viradas uma para a outra, quando
não acusam directamente o Hamas, como a Grã-Bretanha, parece
darem razão a Netanyahou e aos seus cálculos políticos.
O cinismo de Netanyahou, que manobra mantendo como reféns as
populações de Gaza e do sul de Israel, é denunciado pelo
próprio Israel. Mihal Wasser, professora israelita que mora numa
localidade situada a 3 quilómetros de Gaza, assinou uma corajosa carta
à atenção de Netanyahou no quotidiano Haaretz, na qual
escreve nomeadamente o seguinte: "Se se preocupa connosco, deixe de nos
defender com foguetões, acções "sobre alvos" e
"voos dissuasores". Em vez da operação Pilar Defensivo,
lance-se numa operação Esperança pelo Futuro. É
mais complicado, para isso é preciso paciência e é menos
popular".
[1]
3) Israel visa o Hamas para apanhar desprevenidas as evoluções
regionais
Mas é indispensável ir mais longe do que as datas limite das
eleições israelenses e das Nações Unidas. Visando
directamente o Hamas, as autoridades israelenses demonstram na verdade que
mediram o perigo representado pelas evoluções regionais em curso
apresentadas, entre outras coisas, pela alteração da
situação política no Egipto. Já há
vários anos que o Hamas iniciou uma longa migração que a
levou a posicionar-se no centro do jogo político palestino, incluindo
nas instituições da autonomia que inicialmente tinha boicotado
[2]
e no centro do jogo político regional.
Na busca de respeitabilidade e a fim de aparecer como um interlocutor
respeitável, o Hamas aplicou uma estrita política em Gaza no que
se refere aos foguetões. Com efeito, e contrariamente às
afirmações repetidas das autoridades israelenses, o Hamas, no
decurso destes últimos anos, não encorajou os grupos armados a
atirar foguetões sobre Israel, mas dissuadiu-os disso, pela força
inclusive. A própria Leila Shaid, pouco suspeita de simpatia para com o
Movimento da resistência islâmica, reconheceu isso numa entrevista
dada à RTBF a 18 de Novembro de 2012: "não é o Hamas
que está a atirar, não é verdade que seja o Hamas.
É a Jihad islâmica e outras organizações. O Hamas,
(
) por razões obviamente de oportunismo, fez respeitar um
cessar-fogo integral, nunca mais houve tiros".
[3]
No passado mês de Maio, o Hamas instituiu uma força de 300 homens
encarregada de impedir disparos de foguetões. Esta força procedeu
a inúmeras detenções e confiscações de
material, mesmo de grupos influentes como a Jihad Islâmica e os
Comités de Resistência Popular. Como realçou então
Avi Issacharoff, do Haaretz, "o facto de se ter formado esta nova
força anti-foguetões tende a demonstrar que o Hamas procura
manter a calma na frente de segurança a fim de poder estabelecer melhor
a autoridade do seu governo na faixa [de Gaza]".
[4]
O acordo tácito entre o Hamas e grupos armados era que as autoridades
não interviriam no caso de resposta palestina a bombardeamentos
aéreos ou terrestres, mas que impediriam toda a iniciativa militar a
partir de Gaza.
Este empenho do Hamas, tal como a sua atitude pragmática aquando das
negociações que levaram à libertação de
Gilad Shalit, fazem parte do seu recém-estatuto de interlocutor
reconhecido regionalmente, reforçado pelo processo revolucionário
em curso e nomeadamente pela conquista do poder no Egipto pela Irmandade
Muçulmana.
[5]
O boicote do Hamas, decretado pela grande maioria dos estados árabes na
sequência das eleições legislativas de 2006 não
durou muito: em Janeiro passado, Ismaïl Haniyyah, primeiro-ministro do
governo de Gaza, foi acolhido pelos novos responsáveis tunisinos; em
Julho, foi oficialmente recebido pelo presidente egípcio
recém-eleito Mohammad Morsi, um encontro impensável na era de
Moubarak; a visita, com grande pompa do emir do Qatar a Gaza no fim do
mês de Outubro foi o último acontecimento consagrando o novo
centralismo regional do actor político Hamas.
4) Israel não visa grupos armados mas um movimento político e uma
orientação política
O primeiro alvo "oficial" da operação em curso foi
Ahmad Jaabari, responsável pelo ramo militar do Hamas, assassinado a 14
de Novembro. Esta escolha está longe de ser anódina e confirma na
realidade os objectivos políticos inconfessados do governo israelense.
Jaabari, pela sua posição no seio do Movimento da
resistência islâmica, ocupa na verdade um lugar central no
dispositivo político do Hamas no seio da faixa de Gaza. Foi ele quem
supervisionou as conversações que levaram, em Outubro de 2011,
à libertação de Gilad Shalit e à "troca"
dele por 1027 prisioneiros palestinos, e o seu papel foi saudado pelos
mediadores israelenses e internacionais.
Mais eloquente sem dúvida, Jaabari foi quem convenceu os grupos de Gaza
a aceitar um cessar-fogo com Israel, chegando mesmo, uns dias antes do seu
assassínio, a elaborar uma proposta de tréguas duradouras, como
confirmou Gershon Baskin, mediador israelense na libertação de
Gilda Shalit: "A. Jabari não estava apenas interessado num
cessar-fogo duradouro; também foi ele o responsável por fazer
respeitar os acordos precedentes de cessar-fogo obtidos pelos serviços
de segurança egípcios (
) Na manhã do dia em que foi
morto, A. Jabari recebeu uma minuta de proposta de cessar-fogo alargada a
Israel, incluindo mecanismos que permitissem verificar as
intenções [de uns e de outros] e de garantir a possibilidade de
um entendimento".
[6]
Jaabari foi uma das principais encarnações, ao lado do
primeiro-ministro Ismaïl Haniyyah, da corrente
"pragmática" do Hamas, disposto a convencer os
partidários da opção militar, a base do movimento e os
grupos palestinos sobre a necessidade de manter uma calma relativa entre Israel
e Gaza a fim de obter um desanuviamento em torno da pequena faixa costeira, sem
renunciar ao princípio da luta para a satisfação dos
direitos dos palestinos: "M. Jabari compreendia a futilidade dos tiros de
foguetões contra Israel que na verdade não provocavam desgaste em
Israel mas dezenas de vítimas em Gaza. A. Jabari não estava
disposto a abandonar a estratégia de "resistência", ou
seja, o combate contra Israel, mas tinha compreendido a necessidade duma nova
estratégia e estava disposto a aceitar um cessar-fogo a longo
prazo".
[7]
Ao visar Jaabari e ao conduzir uma operação de envergadura,
Israel envia na realidade uma "mensagem" ao Hamas, dando-lhe a
entender que ele tem que escolher entre a resistência e a
capitulação e que não será tolerada nenhuma
orientação política que tente misturar
negociações com Israel e a manutenção das
reivindicações nacionais palestinas. Trata-se pois de empurrar o
Hamas "para o erro" reforçando os partidários da
opção militar no seu seio, correndo o risco, para o movimento, de
perder uma grande parte da sua legitimidade regional que adquiriu nos
últimos anos. Com efeito, nem o Qatar, nem o Egipto apoiarão o
princípio duma confrontação armada duradoura, que o digam
os esforços feitos a partir do Cairo e de Doha para chegar a um
cessar-fogo. Logo aí, a ofensiva em curso, se bem que contribua de facto
para reforçar em Gaza o prestígio do Hamas enquanto
organização "de resistência", pode, a meio termo,
enfraquecer o movimento da resistência islâmica. Com efeito, sob a
pressão dos seus padrinhos árabes, os pragmáticos do
movimento vão provavelmente tentar obter um cessar-fogo que, se
não for acompanhado pela melhoria das condições de vida em
Gaza e pela paragem das incursões e bombardeamentos israelenses
[8]
, aprofundará as clivagens internas no Hamas e reforçará
os outros grupos palestinos partidários da manutenção duma
pressão militar, por mais derisória que seja, sobre Israel.
5) Israel: "Por mais que mude, é sempre a mesma coisa"
A operação em curso não passa duma nova
manifestação da natureza real da estratégia do estado de
Israel em relação aos palestinos. Testemunho disso é o
facto que posso aqui evocar, sem o modificar, e que escrevi há cerca de
4 anos aquando da operação "Chumbo Grosso":
[9]
Sob falsos pretextos (
), o objectivo de Israel é pois claro: na
impossibilidade de poder desembaraçar-se do povo palestino, os
dirigentes sionistas podem tolerá-los em cantões isolados, na
condição de que esses cantões não sejam controlados
por forças hostis a Israel. A ofensiva actual é pois um sangrento
"golpe de pressão" sobre o Hamas e sobre a
população palestina: ou capitulam ou vão parar ao inferno.
A ofensiva contra Gaza situa-se pois na continuidade das políticas
israelenses desde há 60 anos: trata-se de demonstrar ao povo palestino e
aos seus dirigentes que, lá porque são tolerados em reservas
rodeadas de muros, não podem esperar obter nada mais. Trata-se de
recordar que é Israel quem define as regras do jogo, quem escolhe os
dirigentes, quem assassina ou ameaça de morte os que não
são suficientemente conciliadores, quem arma e desarma as forças
de segurança, a seu bel-prazer. Quem abre e fecha as portas da entrada
dos cantões.
A atitude de Israel em relação a Mahmoud Abbas, apesar de
conciliador, que há muito renunciou a toda a perspectiva de
confrontação com Israel, cujas forças de segurança
na Cisjordânia cooperam diariamente com os serviços israelenses, e
que se agarra desesperadamente a uma solução negociada,
inscreve-se nesta dinâmica. Com efeito, o estado de Israel ameaça
Abbas com "represálias" no caso de pedido de admissão
na ONU, havendo mesmo quem invoque a hipótese do derrube de Abbas.
[10]
Uma hipótese pouco plausível, mas que demonstra até que
ponto mesmo o dirigente mais dócil é imediatamente chamado
à pedra quando sai da agenda fixada pelo único Estado de Israel e
até que ponto o alegado "processo de paz" não passa de
um isco destinado a alimentar a ilusão duma
"negociação" possível enquanto, no terreno,
Israel prossegue o seu empreendimento de colonização e
espoliação.
Leila Shahid, na entrevista já citada, parece reconhecer assim
(finalmente) que o quadro do "processo de paz" está caduco, e
que a estratégia da direcção da OLP, a saber, a procura
duma solução negociada entre Israel e os palestinos sob a
égide dos Estados Unidos fracassou: "decidimos, há 19 anos,
suspender toda a luta militar para decidir negociar a solução dos
dois estados. Mas, sejamos honestos, falhámos. Há já 20
anos que negociamos a solução preconizada pelo presidente Mahmoud
Abbas, pelo primeiro-ministro, por Yasser Arafat antes da sua morte, por assim
dizer, a solução da ocupação militar dos nossos
territórios há 45 anos. E o que é que fizemos? Nem sequer
conseguimos fazer retirar o exército israelense nem de Gaza nem da
Cisjordânia, nem de Jerusalém ocidental. (
) A
estratégia da minha direcção, a minha, a que eu continuo a
defender desde há 45 anos, falhou. Digam-me, para que serviram as
negociações durante 20 anos? Começámos a negociar
em Madrid em 1990. Continuámos em 1993, fizemos parar a luta armada,
quisemos mostrar que respeitávamos o direito internacional e Israel
deu-nos uma bofetada".
[11]
6) Um novo dado regional?
Estas declarações revelam na realidade que é cada vez mais
evidente, aos olhos de todos os actores implicados, que os
"parênteses de Oslo", abertos no início dos anos 1990,
estão em vias de se fechar. O impasse inerente ao "processo de
paz" e a prossecução da política expansionista
israelense está hoje redobrado por uma mudança do dispositivo
regional que abre outras perspectivas políticas aos palestinos para
além de um tête-à-tête com Israel sob a
supervisão dos Estados Unidos, em que os países árabes
actuam como clientes ausentes. Atirando-se ao Hamas e tentando pô-lo em
discordância com os seus padrinhos árabes, o estado de Israel
reconhece, paradoxalmente, que tomou consciência do fecho programado dos
parênteses de Oslo e dos riscos que isso lhe acarreta.
Longe de ser uma reacção aos disparos de foguetões, a
ofensiva em curso pode ser considerada assim como um "ataque
preventivo" contra as consequências prováveis do
reequilíbrio regional em curso. Israel já não pode contar,
como anteriormente, com regimes árabes submissos à agenda dos
Estados Unidos e portanto não é arriscado emitir a
hipótese segundo a qual um dos alvos indirectos do ataque é o
Egipto.
[12]
Embora este último não tenha rompido com a política
externa da era de Mubarak, nomeadamente no que se refere ao Tratado de Campo
David e aos laços com os Estados Unidos, pretende ocupar no entanto um
lugar significativo no seio do dispositivo regional, passando nomeadamente por
um papel novo no "dossier" palestino.
Ao precipitar os acontecimentos desencadeando uma operação
militar de envergadura contra Gaza, que parece visar prioritariamente o Hamas,
o governo israelense põe à prova o novo regime egípcio.
Este não pode continuar a contentar-se com uma solidariedade de
princípio, que passa pelas declarações de apoio aos
palestinos ou pelos votos que exigem a revisão do Tratado de Campo
David. O presidente Morsi tem que agir a fim de demonstrar, por actos, que a
era Moubarak passou, senão arrisca-se a perder uma parte do seu apoio
popular, sem que isso encoraje a hostilidade regional contra Israel, uma
atitude que poderia levar os Estados Unidos, cuja ajuda financeira continua
considerável, a sancionar o novo regime.
O Egipto encontra-se na verdade no centro do jogo, mas Mohammad Morsi vai ter
que dar provas da sua capacidade em manejar a política real. O
presidente egípcio é obrigado a enfrentar as
contradições do Egipto pós-Moubarak, e a
aceleração provocada por Israel vai necessariamente influenciar
as reconfigurações em curso a nível regional. O ciclo de
Oslo está em vias de se fechar e com ele o princípio duma
"regulamentação" da questão palestina imposta
pelos Estados Unidos e por Israel, com o assentimento dos países
árabes. Já está aberto um novo ciclo, produto do fracasso
de Oslo e dos processos revolucionários árabes. Não
há dúvidas de que a ofensiva israelense em curso, cuja
evolução é incerta, e as suas consequências
políticas e diplomáticas contribuirão para definir as
coordenadas deste novo ciclo que será manchado, como sempre na
Palestina, com o sangue dos habitantes de Gaza.
18/Novembro/2012
[1] Ver a carta traduzida em francês no site da Union Juive
Française pour la Paix [3] e o original em inglês no site do
Haaretz. [4]
[2] Sobre as mutações internas do Hamas reveladas pela sua
participação nas eleições de 2006, ver nomeadamente
Khaled Hroub "Un Hamas nouveau?", Revue d'études
palestiniennes, n°102, hiver 2007
[3] Entrevista on-line no site da RTBF [5]
[4] Avi Issacharoff, "New Hamas force in Gaza is foiling rocket attacks
against Israel". Haaretz, 10 Maio 2012. On-line no site do Haaretz [6]
[5] O Hamas, lembremos, saiu do ramo palestino da Irmandade Muçulmana
[6] Gershon Baskin, "Israel's Shortsighted Assassination", The New
York Times, 16 Novembro 2012, on-line no site New York Times [7]
[7] Ibid.
[8] Lembremos que, apenas para o ano de 2012, as forças armadas
israelenses mataram nada menos de 70 palestinos de Gaza, e isso antes do
desencadeamento da operação "Pilar Defensivo"
[9] Julien Salingue, "Offensive israélienne contre Gaza : une mise
en perspective", publicado no site de Contretemps [8] a 6 de Janeiro de
2009
[10] Ver, por exemplo, Harriet Sherwood, "Israel threatens to overthrow
Abbas over Palestinian statehood bid", The Guardian, 14 Novembro 2012,
on-line no site do Guardian [9]
[11] Entrevista on-line no site da RTBF [5]
[12] De notar que o nome hebreu da operação israelense contra
Gaza não é "Pilar Defensivo" mas
"Amud Anan", ou seja, "Coluna de nuvens", referindo-se a
um episódio bíblico em que Deus protege, por meio duma
"coluna de nuvens", os israelitas aquando da travessia do deserto,
contra os povos do Egipto.
Ligações:
[1]
http://www.contretemps.eu/interventions
[2]
www.contretemps.eu/
[3]
http://www.ujfp.org/spip.php?article2462
[4]
www.haaretz.com/...
[5]
www.rtbf.be/...
[6]
www.haaretz.com/...
[7]
www.nytimes.com/2012/11/17/opinion/israels-shortsighted-assassination.html
[8]
www.contretemps.eu/...
[9]
http://www.guardian.co.uk/world/2012/nov/14/israeli-minister-threatens-abbas-un
[10]
http://www.contretemps.eu/auteurs/julien-salingue
O original encontra-se em
www.contretemps.eu/...
. Tradução de Margarida Ferreira.
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/
.
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