O massacre na Faixa de Gaza
por CPPC
O Conselho Português para Paz e Cooperação condena
firmemente o massacre perpetrado pelas forças militares israelitas
contra a população da Faixa de Gaza durante o fim-de-semana, que
já provocou mais de 300 mortos e cerca de 1500 feridos. Estes ataques
são um exemplo particularmente cruel da política de terrorismo de
Estado que Israel pratica há várias décadas contra o povo
da Palestina e o seu direito a constituir-se em Estado soberano.
As acções militares dos últimos dias sucedem-se a um
conjunto de provocações e assassinatos de activistas e dirigentes
palestinianos perpetrados nas últimas semanas. A nova ofensiva agrava as
precárias condições de vida da população na
região, cujas condições de vida foram severamente
degradadas pelo cruel cerco imposto por Israel há 18 meses atrás.
Esta agressão militar desenrola-se num período de
transição quer para o governo de Israel, onde o primeiro-ministro
está demissionário e a sua sucessão é disputada,
quer para o governo dos EUA, a poucas semanas de um novo presidente e seu
governo assumirem a administração. O momento destas
transições serve assim de oportunidade para cometer um crime
iludindo a autoria de quem o comanda o sionismo associado ao
imperialismo norte-americano para o deixar passar mais uma vez impune.
O CPPC alerta para as consequências que estes ataques poderão ter
ao abalar a já muito tensa situação no Médio
Oriente, onde proliferam forças estrangeiras de ocupação
em combate ou estacionadas em bases militares, arriscando o agravamento de
outras frentes e focos de conflito.
O CPPC exige que o Governo Português e a União Europeia condenem
com vigor estes ataques e tomem todas as medidas ao seu alcance para que Israel
ponha cobro de imediato a este criminoso massacre e ao desumano bloqueio
à Faixa de Gaza.
O CPPC rejeita as reacções da "comunidade
internacional" que tendem a considerar esta questão como um
conflito entre estados, face ao qual pretende permanecer "neutral"
como se não existisse um país ocupante e um povo
desterrado e um território ocupado o que, na prática,
significa apoio implícito à política terrorista de Israel
e às suas intenções expansionistas.
O CPPC presta homenagem às vítimas destes ataques, e demonstra a
sua solidariedade para com o povo da Palestina que resiste e as forças
palestinianas que combatem, na Faixa de Gaza e na Cisjordânia, a
ocupação sionista, reafirmando as exigências fundamentais
para uma efectiva resolução deste conflito:
O levantamento do bloqueio a Gaza;
O fim da ocupação israelita;
O desmantelamento dos colonatos;
A remoção do muro de separação;
O estabelecimento do Estado da Palestina, com Jerusalém Leste como
capital;
A resolução justa do problema dos refugiados.
29/Dezembro/2008
O original encontra-se em www.cppc.pt
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/
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