Discurso na 65ª sessão da assembleia-geral da ONU
por Mahmoud Ahmadinejad
[*]
Em nome de Deus, o Compassivo, o Generoso.
Louvemos Alá, o senhor do Universo, e que a paz e todas as
bênçãos desçam sobre nosso Mestre e Profeta
Maomé, e sobre seu lar puro, seus nobres companheiros e todos os
mensageiros divinos.
'Oh, Deus, apressai a vinda do Imã al-Mahdi, assegurai-lhe saúde
e vitória, e fazei de nós seus seguidores, que atestam sua
perfeição'.
Senhor Presidente (etc.),
Agradeço a Alá, o Magnífico, o Generoso, que me deu, mais
uma vez, a oportunidade de falar a essa assembleia mundial. Tenho o prazer de
manifestar meu agradecimento sincero a Sua Excelência Joseph Deiss,
presidente da 65ª sessão, por seus imensos esforços durante
seu mandato. Congratulo-me também com Sua Excelência Nassir
Abdulaziz Al-Nasser, pela eleição para presidir essa 65ª
sessão das Nações Unidas e desejo-lhe pleno sucesso.
Permitam que aproveite a oportunidade para homenagear todos os mortos do ano
que passou, sobretudo as vítimas da trágica fome que atinge a
Somália e das devastadoras inundações que agrediram o
Paquistão. Conclamo todos a que ampliem as ações de ajuda
e assistência às populações afetadas naqueles
países.
Ao longo de vários anos, falei aqui sobre várias questões
globais e sobre a necessidade de se introduzirem mudanças fundamentais
na atual ordem mundial.
Hoje, considerando os eventos internacionais, tentarei analisar a atual
situação, de um ângulo diferente.
Como todos sabem, o domínio e a superioridade dos seres humanos sobre
outras criaturas dependem da própria natureza e verdade da humanidade,
que são dons de Deus e manifestação da
corporificação do espírito divino:
A fé em Deus, que é criador eterno de todo o universo.
A compaixão, o amor aos outros, a generosidade, a busca de
justiça e integridade de palavras e ações.
A busca por dignidade para alcançar os cumes da
perfeição, a aspiração de cada um a elevar a
própria vida, material e espiritualmente, e o anseio por realizar a
liberdade.
A oposição à opressão, à
corrupção e a discriminação, e o emprenho para
apoiar os oprimidos.
A busca por felicidade, por prosperidade e segurança duradouras,
para todos.
Eis algumas das manifestações dos atributos comuns, divinos e
humanos, que se deixam ver claramente nas aspirações
históricas dos seres humanos, refletidas na herança que recebemos
da mesma busca, pela arte, pela literatura, em prosa e em verso, e pelos
movimentos socioculturais e políticos que traçam a
trajetória humana ao longo da história.
Todos os profetas divinos e todos os reformadores sociais convidaram os seres
humanos a trilhar esse caminho bom e reto. Deus deu dignidade à
humanidade para elevá-la à altura Dele, para que, assim elevada,
a humanidade possa assumir o papel de Seu sucessor, na Terra.
Caros colegas e amigos:
É vivamente claro que, apesar de todas as realizações
históricas, inclusive a criação da ONU que foi
produto de incansáveis lutas e esforços de homens de pensamento
livre e amantes da justiça, que nunca desistiram de buscá-la, e
da cooperação internacional , as sociedades humanas ainda
estão longe de ter alcançado todos os seus nobres desejos e
aspirações. Muitas nações em todo o mundo sofrem
hoje, sob as atuais circunstâncias internacionais.
E apesar do desejo e do ímpeto para promover a paz e a
fraternidade , as guerras, os assassinatos em massa, a miséria que
se alastra, crises socioeconômicas e políticas continuam a agredir
o direito e a soberania das nações, deixando atrás de si
danos irreparáveis, em todo o mundo.
Aproximadamente três mil milhões de seres humanos em todo o mundo
vivem com menos de 2,5 dólares por dia; e mais de mil milhões de
seres humanos não comem sequer uma refeição suficiente, e
regularmente, por dia. Quarenta por cento das populações mais
pobres do mundo partilham apenas 5% do rendimento global. E 20% dos mais ricos
do mundo dividem entre si 75% do rendimento global total. Mais de 20 mil
crianças inocentes e pobres morrem diariamente no mundo, devido à
pobreza. Oitenta por cento dos recursos financeiros dos EUA são
controlados por 10% da população dos EUA; 90% da
população tem de sobreviver com apenas 20% desses recursos.
Quais as causas e as razões que subjazem por trás dessas
desigualdades? Como se pode remediar tal injustiça?
Os que dominam e comandam os centros do poder econômico global culpam ou
o desejo do povo por religião e a busca por trilhar o caminho dos
divinos profetas, ou a fraqueza das nações, ou o mau desempenho
de grupos de indivíduos. Afirmam que só o que aqueles mesmos
centros do poder econômico global pensem, decidam e prescrevam poderia
salvar a humanidade e a economia mundial.
Caros colegas e amigos
Não lhes parece que as causas-raizes desses problemas devam ser
procuradas na ordem que hoje domina o mundo, ou no modo como o mundo é
governado?
Gostaria de chamar a gentil e atenta atenção de todos para as
seguintes questões:
Quem arrancou à força dezenas de milhões de pessoas de
seus lares na África e em outras regiões do mundo, durante o
sombrio período da escravidão, fazendo daquelas pessoas
vítimas da mais cega ganância materialista?
Quem impôs o colonialismo por mais de quatro séculos, a todo
aquele mundo? Quem ocupou terras e massivamente assaltou recursos naturais que
eram patrimônio de outros povos, quem destruiu talentos e empurrou para a
destruição os idiomas, as culturas e as identidades de tantos
povos?
Quem deflagrou a primeira e a segunda guerras mundiais, que fizeram 70
milhões de mortos e centenas de milhões de feridos, de mutilados
e de sem-tetos?
Quem criou a guerra na península da Coreia e no Vietnã?
Quem, servindo-se de hipocrisia e ardis, impôs os sionistas, durante 60
anos de guerras, destruição, terror, assassinatos em massa, na
região do mundo onde ainda estão?
Quem impôs e apoiou durante décadas ditaduras militares e regimes
totalitários em países da Ásia, da África e da
América Latina?
Quem atacou com armas atômicas populações indefesas e
desarmadas e guarda milhares de ogivas nucleares em seus arsenais?
Quais são as economias que dependem, para crescer, de criar guerras e
vender armas?
Quem provocou e estimulou Saddam Hussein a invadir e impor um guerra de oito
anos contra o Irã? Quem o assessorou e o equipou para que atacasse
nossas cidades e nosso povo com armas químicas?
Quem usou os misteriosos incidentes de 11 de setembro como pretexto para
atacar o Afeganistão e o Iraque matando, ferindo, deslocando
milhões de seres humanos de seus locais tradicionais de vida nos dois
países , exclusivamente para alcançar a
ambição de controlar o Oriente Médio e seus recursos de
petróleo?
Quem aboliu o sistema de Breton Woods e imprimiu milhões de
milhões
(trillions)
de dólares sem qualquer lastro em ouro ou em moeda equivalente? Esse
movimento desencadeou feroz inflação em todo o mundo, que serviu
para facilitar a pilhagem de ganhos econômicos que outras
nações tivessem.
Qual o país cujos gastos militares superam anualmente uma centena de
milhar de milhões de dólares, mais que todos os orçamentos
militares de todos os povos do mundo, somados?
Qual, de todos os governos do mundo, é hoje o mais endividado?
Quem domina os
establishments
da política econômica em todo o mundo?
Quem é responsável pela recessão econômica mundial,
que hoje impõe suas pesadas consequências aos povos de EUA e
Europa e de todo o planeta?
Que governos estão sempre prontos a bombardear com milhares de bombas
outros países, mas sempre são lerdos e hesitantes, quando se
trata de distribuir comida, para povos atormentados pela fome, como na
Somália e em outros pontos?
Quem domina o Conselho de Segurança da ONU, ao qual caberia zelar pela
segurança internacional?
E há outras dezenas de perguntas semelhantes e, para todas elas, as
respostas são claras.
A maioria das nações e governos do mundo não têm
qualquer culpa ou responsabilidade na criação das atuais crises
globais e, de fato, são, elas, sim, vítimas daquelas
políticas que geram crises.
É claro como a luz do dia que os mesmos senhores de escravos e
potências coloniais que, antes, provocaram as duas guerras mundiais,
causaram toda a miséria e a desordem que, desde então, são
causa de efeitos que se vêem em todo o planeta.
Caros colegas e amigos,
Teriam, aqueles poderes arrogantes, a competência e a habilidade para
comandar ou governar o mundo, ou seria aceitável que se autodesignem os
únicos defensores da liberdade, da democracia, dos direitos humanos,
enquanto seus exércitos atacam e ocupam outros países?
Como poderá algum dia a flor da democracia brotar dos mísseis,
das bombas e dos canhões da NATO?
Senhoras e senhores,
Se alguns países europeus ainda se servem do Holocausto, depois de
sessenta anos, como pretexto, para continuar a pagar resgate, pagar à
chantagem dos sionistas, não será também
obrigação daqueles mesmos senhores de escravos e potências
coloniais pagar indenizações às nações
afetadas?
Se os danos e perdas do período da escravidão e do colonialismo
tivessem sido de fato indenizados, o que teria acontecido aos manipuladores e
potências que se escondem nos porões da cena política nos
EUA e na Europa? E haveria ainda divisão entre o norte e o sul do mundo?
Se os EUA e seus aliados da NATO cortassem pela metade seus gastos militares e
usassem esses valores para ajudar a resolver os problemas econômicos em
seus próprios países, estariam aqueles povos padecendo os
sofrimentos da atual crise econômica mundial?
Que mundo teríamos, se a mesma quantidade de recursos fosse alocada
às nações mais pobres?
O que pode justificar a presença de centenas de bases militares e de
inteligência dos EUA em diferentes partes do mundo 268 bases na
Alemanha, 124 no Japão, 87 na Coreia do Sul, 83 na Itália, 45 no
Reino Unido e 21 em Portugal? O que significa isso, senão
ocupação militar?
E as bombas armazenadas nessas bases não criam risco de
segurança para outras nações?
Senhoras e senhores,
A principal pergunta tem de interrogar sobre a causa que serve de base a essas
atitudes. A principal razão tem de ser buscada nas crenças e
tendências do establishment.
Assembleias de pessoas em contradição com valores e instintos
humanos básicos, sem fé em Deus e sem atenção
à via ensinada pelos divinos profetas, impõem a ganância, a
sede de poder e seus objetivos materialistas, e tentam calar todos os
superiores valores humanos e divinos.
Para eles, só o poder e a riqueza contam. E justificam-se todos e
quaisquer atos que promovam essas metas sinistras.
Nações oprimidas sobrevivem sem qualquer esperança de
verem restaurados e protegidos os seus direitos legítimos de resistir e
opor-se àquelas potências.
Aquelas potências visam só ao progresso delas próprias,
prosperidade e dignidade só para elas mesmas, e miséria,
humilhações e aniquilação para todos os demais
povos.
Consideram-se superiores às demais nações da Terra e por
isso fariam jus a concessões e privilégios. Nada respeitam,
não respeitam ninguém e violam, sem qualquer
consideração, direitos de todas as demais nações e
governos e povos do mundo.
Proclamam-se, elas mesmas, guardiãs indiscutíveis de todos os
governos e nações. Para tanto, servem-se da
intimidação, de ameaças e da força. E fazem mau
uso, uso abusivo, de mecanismos internacionais. Quebram, burlam, simplesmente,
todas as leis e regulações internacionalmente reconhecidas e
respeitadas.
Insistem em impor a todos o seu estilo de vida e suas crenças.
Apóiam oficialmente o racismo.
Enfraquecem países mediante a intervenção militar
destroem a infraestrutura que encontrem naqueles países, para mais
facilmente conseguirem saquear recursos naturais, tornando cada vez mais
dependentes, nações e povos que querem ser independentes e
soberanos.
Semeiam sementes de ódio e hostilidade entre nações e
povos de diferentes crenças, para impedi-los de alcançar seus
objetivos de desenvolvimento e progresso.
Todas as culturas, a vida, os valores e toda a riqueza de cada
nação, as mulheres, os jovens, as famílias, além da
riqueza material de cada nação, são sacrificadas ante o
altar daquelas ambições hegemonistas e de uma
inclinação doentia para escravizar e submeter os diferentes.
Hipocrisia e todos os tipos de fingimento e mentira são admitidos, se
ajudam a promover os interesses imperialistas. Admitem o tráfico de
drogas e a matança de inocentes, se lhes parece que, com isso, facilitam
a rota para que alcancem seus objetivos diabólicos. A NATO está
há muito tempo extremamente ativa no Afeganistão ocupado. E,
apesar disso, houve ali aumento dramático na produção de
drogas ilícitas.
Não admitem nenhuma opinião divergente, nenhum questionamento,
nenhuma crítica. Mas, em lugar de tentar oferecer alguma
explicação para o que fazem, põem-se, eles mesmos, na
posição de vítimas.
Servindo-se de uma rede imperial de imprensa e comunicações, que
sempre esteve como ainda está sob a influência do pensamento
colonialista, ameaçam qualquer opinião que discuta a
versão oficial do Holocausto, do 11 de setembro e da violência dos
exércitos invasores e ocupantes.
No ano passado, quando se impôs, em todo o mundo, a necessidade de
fazer-se investigação séria sobre os segredos ocultados
nos incidentes de 11/Setembro/2001 ideia apoiada por todas as
nações e governos independentes e pela maioria da
população dos EUA , meu país e eu, pessoalmente,
fomos pressionados e ameaçados pelo governo dos EUA.
Em lugar de nomear equipe para investigar com seriedade o que realmente
acontecera, assassinaram o perpetrador e jogaram o cadáver ao mar.
Não teria sido razoável levar à justiça e processar
abertamente o principal perpetrador do incidente a fim de identificar os
elementos por trás do espaço seguro proporcionado para os
aviões introduzirem-se e atacarem as torres gêmeas do World Trade?
Por que não se cogitou de usar o julgamento de um suspeito, para
realmente descobrir quem mobilizou terroristas e levou a guerra e tantas outras
misérias a tantas partes do mundo? Há informação
secreta que tenha de permanecer secreta?
Considerar o sionismo visão ou ideologia sagrada é como
obrigação imposta ao mundo. Toda e qualquer discussão
sobre os fundamentos e a história do sionismo são pecados
imperdoáveis. Mas eles permitem e endossam todos os sacrilégios e
insultam todas as demais religiões.
Liberdade real, dignidade plena, bem-estar e segurança estáveis
e duradouros são direitos de todos os povos.
Nenhum desses valores é alcançável enquanto tantos
dependerem do atual e ineficiente sistema de governança mundial, nem
ninguém jamais os alcançará mediante
intervenção militar comandada por potências arrogantes e
sob fogo dos aviões mortíferos da NATO.
Aqueles valores só se podem realizar em contexto de independência
reconhecida, de reconhecimento dos direitos dos diferentes, mediante
cooperação harmônica.
Haverá meio para resolver os problemas e desafios que atormentam o
mundo, no contexto dos mecanismos e ferramentas que dominam o quadro
internacional hoje? Há meios para ajudar a humanidade a atingir sua
eterna aspiração por igualdade, segurança e paz?
Todos os que tentaram introduzir reformas que preservassem as normas e
tendências hoje existentes fracassaram. Os importantes esforços
conduzidos pelo Movimento dos Não Alinhados e pelos Grupos 77 e 15 (G-77
e G-15), e por tantos destacados indivíduos, fracassaram também e
não conseguiram introduzir mudanças fundamentais.
A administração e o governo mundiais exigem reformas nos
fundamentos. O que temos de fazer agora?
Caros Colegas e amigos,
Temos de trabalhar com decisão firme e em cooperação
coletiva para traçar outro plano, que considere os princípios e
os valores humanos fundamentais como o monoteísmo, a justiça, a
liberdade, o amor e a busca pela felicidade.
A criação da Organização das Nações
Unidas ainda é dos maiores feitos históricos da humanidade.
É preciso reverenciar a importância desse feito e usar o mais
extensamente possível as capacidades dessa organização
como ferramentas para alcançar os mais nobres projetos de toda a
humanidade.
Não podemos permitir que a organização planetária
que manifesta o desejo coletivo de todos e as aspirações de toda
a comunidade de nações seja desviada de seu bom curso e
convertida, também ela, em arma a serviço das potências
mundiais armadas.
Temos de construir condições que assegurem a
participação coletiva e o envolvimento de todas as
nações, num esforço que leve à paz e à
segurança para todos os povos do mundo.
É preciso dar sentido profundo e real à governança
partilhada e coletiva do mundo. Esse sentido profundo e real deve considerar e
respeitar os princípios do direito internacional. A ideia de
justiça deve servir de critério e base efetiva para todas as
decisões e ações no plano internacional.
Todos temos de reconhecer que não há outro modo para governar o
mundo e pôr fim à violência, à tirania, a todas as
discriminações.
Não há outra via que leve a sociedade humana à
prosperidade e ao bem-estar. Essa é verdade viva e reconhecida. Ao
reconhecer essa verdade, deve-se reconhecer também que o que temos ainda
não é suficiente. E temos de abraçar com fé o
trabalho, que terá de ser incansável, para conseguir o que ainda
não temos.
Caros Colegas e Amigos
Governança partilhada e coletiva do mundo é direito
legítimo de todas as nações, e nós, como
representantes delas, temos o dever de defender os direitos dos povos do mundo.
Embora algumas potências tentem insistentemente frustrar todos os
esforços internacionais que visem promover a cooperação
coletiva, temos, mesmo assim, de fortalecer nossa certeza de que
alcançaremos o objetivo comum de construir cooperação
coletiva e partilhada para governar o mundo.
As Nações Unidas foram criadas para tornar possível que
todas as nações participassem do processo internacional de tomar
decisões.
Todos sabemos que esse objetivo ainda não foi alcançado porque
falta justiça nas estruturas e mecanismos hoje vigentes nas
Nações Unidas.
A composição do Conselho de Segurança é injusta e
desigual. Portanto, mudanças ali e a reestruturação das
Nações Unidas são exigências basilares das
nações, às quais a Assembleia Geral tem de dar
atenção.
Na sessão inaugural da reunião do ano passado, destaquei a
importância dessa questão e propus que essa década fosse
declarada década da Governança Global partilhada e coletiva.
Quero hoje reiterar aquela proposta. Estou certo de que, mediante a
cooperação internacional diligente, e com esforços de
todos os líderes e governos do mundo, todos comprometidos com construir
relações de justiça, e com o apoio das demais
nações, conseguiremos construir um brilhante futuro comum.
Esse movimento trilha com certeza o caminho certo para criar o que temos de
criar, para assegurar futuro promissor a toda a humanidade.
Futuro que será construído quando iniciativas da humanidade
ouçam o que ensinam os divinos profetas, sob a liderança
iluminada do Imã al-Mahdi, salvador da humanidade e herdeiro de todas as
palavras divinas, dos líderes e da descendência de nosso grande
Profeta.
A criação de uma sociedade suprema e ideal, com a chegada de um
ser humano perfeito, que ama verdadeira e sinceramente todos os seres humanos,
garantida promessa de Alá.
Virá com Jesus Cristo, para liderar os amantes da liberdade e da
justiça que erradicarão a tirania e a discriminação
e promoverão o conhecimento, a paz, a justiça, a liberdade e o
amor por todo o mundo. Cada indivíduo conhecerá a beleza do mundo
e as coisas boas e os atos justos trarão felicidade à humanidade.
As nações, hoje, já despertaram e, aumentando a
consciência entre todos, as nações já não
sucumbirão à opressão e à
discriminação.
O mundo testemunha hoje, mais que nunca, o amplo despertar em terras
islâmicas, na Ásia, na Europa e na América. Esses
são movimentos em expansão, em influência e alcance, que
visam a fazer justiça, criar liberdade e construir melhor futuro para
todos.
O Irã, nossa grande nação, permanece pronta para dar a
mão a outras nações nessa bela via de harmonia, alinhados,
todos nós, com as justas aspirações de igualdade de toda a
humanidade.
Saudemos mais uma vez o amor, a liberdade, a justiça, o conhecimento e
o futuro luminoso pelo qual a humanidade espera.
Nova York, 65ª sessão da Assembleia Geral da ONU, 22/9/2011
[*]
Presidente do Irão.
A versão em inglês encontra-se em
english.irib.ir/analysis/...
. Tradução de VV.
Este discurso encontra-se em
http://resistir.info/
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