Escalada de greves na Grécia
Anunciada greve geral de 48 horas em todo o país dias 18-19 de Outubro
por KKE
A resposta dos trabalhadores gregos contra as infindáveis medidas
anti-povo continua a fortalecer-se.
O rendimento dos trabalhadores no sector privado e público
receberá um golpe brutal com as novas medidas tomadas. O objectivo do
governo, da plutocracia e da Troika é a redução
dramática dos salários. As novas medidas cortarão ainda
mais os salários dos empregados do sector público, os quais
já perderam o valor de 5 meses de salário. Ao mesmo tempo, com
base no plano para a nova estrutura salarial, o salário dos
trabalhadores do sector público será reduzido em montantes que
variam de 20% a 50% ou mais! Ainda que modelado sobre o miserável
contrato na empresa de telecomunicações OTE, os salários
no sector privado serão cortado ainda mais uma vez. Eles aboliram os
Acordos de Negociação Colectiva de modo que pressionarão
para uma baixa de salários no sector privado bem inferior ao vergonhoso
Acordo de Pagamento Nacional, o qual juntamente com os cortes em
benefícios impõe salários de pobreza.
GREVE GERAL DE 48 HORAS À ESCALA NACIONAL
A necessidade da imediata escalda da luta não só com a greve do
dia 19 de Outubro com uma greve geral de 48 horas à escala nacional nos
dias 19 e 20 de Outubro foi decidida pelo PAME para a classe trabalhadora do
país dar uma resposta decisiva às medidas do governo que enterram
os seus direitos e as suas vidas.
As greve estiveram no auge durante toda a semana contra as medidas do governo,
plutocracia-Troika, em todo o sistema de transporte público urbano,
paralisando os transportes públicos dentro de Atenas. Os trabalhadores
municipais estão em greve, o que está a exercer pressão
por meio da não colecta de lixo em muitas municipalidades, inclusive
Atenas, durante uma semana. Trabalhadores da DEH (empresa de electricidade)
já ocuparam durante dois dias o edifício onde estão as
máquinas que imprimem as contas de electricidade, de modo que na
prática bloquearam a impressão e envio aos trabalhadores de ainda
outro imposto, um imposto sobre a propriedade que o governo anunciou que
enviaria com a conta da electricidade. A situação no sector da
saúde é explosiva, pois o governo além da fusão de
hospitais anunciou o encerramento de 50% das camas em hospitais públicos
e a transferência de centenas de camas hospitalares para companhias
privadas. Ocupações e paragens de trabalho verificaram-se nos
maiores hospitais centrais tais como o Hospital Geral do Estado, Ag. Savvas,
contra estes planos do governo. Os trabalhadores marítimos estão
a organizar uma greve de 48 horas na segunda e terça-feira. Os
empregados em repartições de finanças, tal como na maior
parte dos ministérios e de instituições públicas,
também estão em greve e ocuparam os edifícios de
vários ministérios. Várias secções dos
auto-empregados, como taxistas e advogados, também estão em
greve. Escolares, estudantes e professores também fizeram
manifestações e ocupações no último
mês e meio devido à inaceitável situação que
pais e professores (estavam em greve esta semana) enfrentam quando as escolas
não têm livros e o Ministério entrega-lhes
fotocópias em substituição. Ao mesmo tempo as leis
recentes para escolas e universidades promovem e reforçam a
mercantilização do ensino e forçam os pais a pagar ainda
mais.
Um exemplo significativo da actividade do PAME neste período foi a
readmissão de um trabalhador demitido numa das três maiores
indústrias de lacticínios. A demissão do trabalhador pelos
patrões da indústria de lacticínios MEVGAL deparou-se
durante três dias com a resposta dos trabalhadores que entraram em greve
nas duas fábricas principais em Atenas e Salónica. Deste modo os
trabalhadores revelaram os planos dos empregadores não simplesmente
referentes a esta demissão mas sim a centenas de demissões
através da fusão da companhia com outro grupo da indústria
de lacticínios. A readmissão do trabalhador mostra o caminho,
mostra que a luta decisiva pode impedir os planos anti-povo nos lugares de
trabalho onde tudo é determinado.
Esta actividade que enfrenta a intimidação do governo e dos
empregadores, ao declararem as greves como ilegais e abusivas,
será escalada através das manifestações grevistas
do PAME em 19-20 de Outubro, a greve geral.
Secção Internacional do CC do KKE
14/Outubro/2011
O original encontra-se em
http://inter.kke.gr/News/news2011/2011-10-14-info
Esta notícia encontra-se em
http://resistir.info/
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