A guerra ao terror é uma falsificação
por Paul Craig Roberts
Na década passada, Washington matou, mutilou, deslocou e tornou
viúvas e órfãos milhões de muçulmanos em
seis países, tudo em nome da "guerra ao terror". Os ataques de
Washington a outros países constituem agressão nua e impactam
primariamente populações civis e infraestrutura e, por
isso, constituem crimes de guerra segundo a lei. Nazis foram executados
precisamente pelo que Washington está hoje a fazer.
Além disso, as guerras e ataques militarem custaram aos contribuintes
americanos em prejuízos e custos a serem incorridos no futuro pelo menos
4 milhões de milhões de dólares um terço da
dívida pública acumulada o que resultou numa crise do
défice dos EUA que ameaça a segurança social, o valor do
US dólar e o seu papel de divisa de reserva, enquanto enriquece para
além de tudo o já visto na história o complexo
militar/segurança e seus apologistas.
Talvez o mais elevado custo da "guerra ao terror" de Washington tenha
sido pago pela Constituição dos Estados Unidos e as suas
liberdades civis. Qualquer cidadão dos EUA que Washington acuse é
privado de todos os direitos legais e constitucionais. Os regimes
Bush-Cheney-Obama arruinaram a maior conquista da humanidade a
responsabilidade do governo perante a lei.
Se olharmos em torno para o terror de que a polícia de estado e uma
década de guerra alegadamente nos protegeu, o terror é
difícil de descobrir. Excepto para o próprio 11/Set, assumindo
que aceitamos a improvável teoria conspirativa do governo, não
houve ataques terroristas nos EUA. Na verdade, como destacou o RT em
23/Agosto/2011, um programa de investigação da Universidade da
Califórnia descobriu que as "tramas de terror" interno
publicitadas nos media foram preparadas por agentes do FBI.
http://rt.com/usa/news/fbi-terror-report-plot-365-899/
O número de agentes encobertos do FBI agora ascende a 15 mil, dez vezes
o número existente durante os protestos contra a guerra do Vietname
quando manifestantes eram acusados de simpatias comunistas. Como aparentemente
não há conspirações reais de terror para esta
enorme força de trabalho descobrir, o FBI justifica seu
orçamento, alertas de terror e buscas invasivas de cidadãos
americanos criando "tramas de terror" e descobrindo alguns
indivíduos dementes para capturar. Exemplo: a trama da bomba no Metro de
Washington DC, a trama do metro na cidade de Nova York, a trama para explodir a
Sears Tower em Chicago foram todos estratagemas organizados e geridos por
agentes do FBI.
O RT informa que apenas três destas tramas podem ter sido independentes
do FBI, mas como nenhuma das três funcionou elas obviamente não
foram obra de uma organização profissional de terror como se
pretende que seja a Al Qaeda. O carro bomba na Times Square não explodiu
e aparentemente não podia ter explodido.
O mais recente laço armado pelo FBI é um homem de Boston, Rezwan
Ferdaus, o qual é acusado de planear atacar o Pentágono e o
Capitólio dos EUA com modelos de aviões carregados com explosivos
C-4. O Promotor dos EUA, Carmen Ortiz, assegurou aos americanos que eles nunca
estiveram em perigo porque os agentes encobertos do FBI estavam a controlar a
trama.
usatoday.com/news/washington/story/2011-09-28/DC-terrorist-plot-drone/50593792/1
A trama de Ferdaus organizada pelo FBI para explodir o Pentágono e o
Capitólio com modelos de aviões provocou acusações
de que ele proporcionou "apoio material a uma organização
terrorista" e conspirou para destruir edifícios federais a
acusação mais grave, a qual implica 20 anos de aprisionamento por
cada edifício alvejado.
Qual é a organização terrorista a que serve Ferdaus?
Certamente não a al Qaeda, a qual alegadamente passou a perna a todos os
16 serviços de inteligência, todos os serviços de
inteligência dos EUA, NATO, israelenses, NORAD, o National Security
Council, Air Traffic Control, Dick Cheney e a segurança de aeroportos
estado-unidenses quatro vezes em uma hora na mesma manhã. Uma
organização de terror tão altamente capaz não
estaria envolvida numa trama tão sem sentido como explodir o
Pentágono com um modelo de avião.
Como um americano que esteve no serviço público durante anos e
que sempre defendeu a Constituição, um dever patriótico,
devo esperar que a pergunta já tenha disparado nas cabeças dos
leitores: por que esperam que acreditemos que um pequeno avião modelo
seja capaz de explodir o Pentágono quando um avião 757 carregado
com jet fuel foi incapaz de efectuar a tarefa, fazendo meramente um buraco
não suficientemente grande para um avião de carreira.
Quando observo a credulidade dos meus concidadãos para com as absurdas
"tramas de terror" que o governo dos EUA fabrica, isso leva-me a
perceber que o medo é a mais poderosa arma que tem qualquer governo para
avançar uma agenda não declarada. Se Ferdaus for levado a
julgamento, não há dúvida de que um júri o
condenará por uma trama para explodir o Pentágono e o
Capitólio com aviões modelo. Mais provavelmente ele será
torturado ou coagido a um acordo de cooperação
(plea bargain).
Aparentemente, os americanos, ou a maior parte deles, estão tão
dominados pelo medo que não sofrem remorsos pelo facto de o
"seu" governo assassinar e deslocar milhões de pessoas
inocentes. Na mente americana, mil milhões de "cabeças de
pano"
(towel-heads)
foram reduzidas a terroristas que merecem ser exterminados. Os EUA
estão no caminho de um holocausto que tornam os terrores dos judeus face
ao nacional-socialismo um mero precursor.
Pense acerca disto: Não será admirável que após uma
década (2,5 vezes a extensão da II Guerra Mundial) de
matança de muçulmanos, de destruição de
famílias e das suas perspectivas em seis países não haja
eventos terroristas reais nos EUA?
Pense por um minuto quão fácil seria o terrorismo nos EUA se
houvesse quaisquer terroristas. Será que um terrorista da Al Qaeda, a
organização que alegadamente conseguiu o 11/Set a mais
humilhante derrota sofrida por uma potência ocidental, ainda mais "a
única superpotência do mundo" mesmo face a toda a
filtragem ainda estaria a tentar sequestrar ou explodir um avião?
Certamente não quando há tantos alvos fáceis. Se a
América estivesse realmente infectada por uma "ameaça
terrorista", um terrorista simplesmente entraria nas maciças filas
de espera da "segurança" de aeroportos e largaria ali a sua
bomba. Isso mataria muito mais pessoas do que poderia ser alcançado
explodindo um avião e tornaria completamente claro que
"segurança de aeroporto" não significa que o mesmo seja
seguro.
Seria uma brincadeira de criança para terroristas explodir
subestações eléctricas pois ninguém está
ali, nada excepto um cadeado na cerca de arame. Seria fácil para
terroristas explodirem centros comerciais. Seria fácil para terroristas
despejarem caixas de pregos em ruas congestionadas e auto-estradas durante
horas de ponta, interrompendo o tráfego de artérias importantes
durante dias.
Antes, caro leitor, de me acusar de dar ideias terroristas, pensa realmente que
elas já não teriam ocorrido a terroristas capazes de executar o
11/Set?
Mas nada acontece. Então o FBI prende um rapaz por planear explodir a
América com modelos de aviões. É realmente deprimente
[verificar] quantos americanos acreditarão nisto.
Considere também que neoconservadores americanos, os quais orquestraram
a "guerra ao terror", não tem seja o que for de
protecção e que a protecção do Serviço
Secreto de Bush e Cheney é mínima. Se a América realmente
enfrentasse uma ameaça terrorista, especialmente uma tão
profissional como a que executou o 11/Set, todo neoconservador juntamente com
Bush e Cheney podiam ser assassinados dentro uma hora numa manha ou numa noite.
O facto de neoconservadores tais como Paul Wolfowitz, Donald Rumsfeld, Condi
Rice, Richard Perle, Douglas Feith, John Bolton, William Kristol, Libby,
Addington, et. al., viverem desprotegidos e livres do medo é prova de
que a América não enfrenta ameaça terrorista.
Pense agora acerca da trama do sapato-bomba, da trama do champô
engarrafado e da trama da bomba nas cuecas. Peritos, outros que não as
prostitutas contratadas pelo governo estado-unidense, dizem que tais tramas
não têm sentido. O "sapato-bomba" e a "bomba nas
cuecas" eram fogos de artifício coloridos incapazes de explodir uma
lata de comida. A bomba líquida, alegadamente misturada na toilete de um
avião, foi considerada pelos peritos como fantasia.
Qual a finalidade destas tramas falsas? E recorde que todas as
informações confirmam que a "bomba nas cuecas" foi
trazido para dentro do avião por um oficial, apesar do facto de o
"bombista de cuecas" não ter passaporte. Nenhuma
investigação foi efectuada pelo FBI, CIA ou quem quer que seja
quanto à razão porque foi permitido um passageiro sem passaporte
num voo internacional.
A finalidade destas pretensas tramas é despertar o nível de medo
e criar oportunidade para o ex czar da Homeland Security, Michael Chertoff,
ganhar uma fortuna a vender porno-scanners à Transportation Security
Administration (TSA).
O resultado destes publicitadas "tramas terroristas" é que
todo cidadão americano, mesmo com altas posições no
governo e certificados de segurança, não podem embarcar num voo
comercial sem tirar os sapatos, o casaco, o cinto, submeter-se a um
porno-scanner ou ser sexualmente apalpado. Nada podia tornar as coisas mais
simples do que uma "segurança de aeroporto" que não
pode distinguir um terrorista muçulmano de um entusiástico
patriota americano, de um senador, de um general da Marinha ou de um
operacional da CIA.
Se um passageiro precisa por razões de saúde ou outras
quantidades de líquidos e cremes para além dos limites impostos
à pasta de dente, champô, alimentos ou medicamentos, ele deve
obter previamente autorização da TSA, a qual raramente funciona.
Um dos mais admiráveis momentos da América é o caso,
documentado no UTube, de uma mulher moribunda numa cadeira de rodas, que exige
alimentação especial, tendo o seu alimento jogado fora pela
gestapo TSA apesar da aprovação escrita da Transportation Safety
Administration, com a sua filha presa por protestar e a mulher moribunda
abandonada sozinha no aeroporto.
Isto é a América de hoje. Estes assaltos a cidadãos
inocentes são justificados pela extrema-direita estúpida como
"protegendo-nos contra o terrorismo", uma "ameaça"
que toda evidência mostra que não é existente.
Nenhum americano hoje está seguro. Sou um antigo associado da equipe do
subcomité da House Defense Appropriations. Requeria altas
autorizações
(clearances)
de segurança pois tenho acesso a informação respeitante a
todos os programas americanos de armas. Como economista chefe do House Budget
Committee tenho informação respeitante aos orçamentos
militares e de segurança dos EUA. Quando secretário assistente do
Tesouro dos EUA, era-me fornecida toda manhã o relatório da CIA
ao Presidente bem como infindável informação de
segurança.
Quando deixei o Tesouro, o Presidente Reagan nomeou-me para um comité
super-secreto destinado a investigar a avaliação da CIA da
capacidade soviética. Resumindo, eu era consultor do Pentágono.
Tinha toda espécie de autorização de segurança.
Apesar do meu registo das mais altas autorizações de
segurança e da confiança do governo dos EUA em mim, incluindo
confirmação pelo Senado numa nomeação presidencial,
a polícia aérea não pode distinguir-me de um terrorista.
Se eu brincasse com modelismo de aviões ou comparecesse a
manifestações anti-guerra, há pouca dúvida de que
também seria preso.
Após o meu serviço público no último quartel do
século XX, experimentei durante a primeira década do
século XXI todas as conquistas da América, apesar das suas
falhas, serem apagadas. No seu lugar foi erigido um monstruoso desejo de
hegemonia e de riqueza altamente concentrada. A maior parte dos meus amigos e
concidadãos em geral são capazes de reconhecer a
transformação da América num estado policial belicista que
tem a pior distribuição de rendimento de qualquer país
desenvolvido.
É extraordinário que tantos cidadãos americanos,
cidadãos da única superpotência do mundo, realmente
acreditem que estão a ser ameaçados por povos muçulmanos
que não têm unidade, nem marinha, nem força aérea,
nem armas nucleares, nem mísseis capazes de cruzar os oceanos.
Na verdade, grandes percentagens destas "populações
ameaçadoras", especialmente entre os jovens, estão
enamoradas da liberdade sexual que existe na América. Mesmo os iranianos
tolos da "Revolução Verde" orquestrada pela CIA
esqueceram o derrube por Washington na década de 1950 do seu governo
eleito. Apesar de uma década de acções militares abusivas
contra povos muçulmanos, muitos muçulmanos ainda olham para a
América para a sua salvação.
Seus "líderes" são simplesmente subornados com grandes
somas de dinheiro.
Com a "ameaça terrorista" e a Al Qaeda esvaziada com o alegado
assassínio pelo presidente Obama do seu líder, Osama bin Laden, o
qual fora deixado desprotegido e desarmado pela sua
"organização terrorista de âmbito mundial",
Washington produziu um novo bicho-papão os Haqqanis.
Segundo John Glaser e anónimo responsáveis da CIA, o presidente
do US Joint Chiefs of Staff, Mike Mullen, "exagerou" o caso contra o
grupo insurgente Haqqani quando afirmou, determinando uma invasão
estado-unidense do Paquistão, que os Hagganis eram um braço
operacional do serviço secreto do governo do Paquistão, o ISI. O
almirante Mullen está agora a afastar-se do seu "exagero", um
eufemismo para uma mentira. Seu ajudante, capitão John Kirby, disse que
as acusações de Mullen foram destinadas a influenciar os
paquistaneses a romper a Rede Haqqani". Por outras palavras, os
paquistaneses deveriam matar mais gente do seu próprio povo para salvar
os americanos de perturbações.
Se não sabe o que é a Rede Haqqani, não fique
surpreendido. Você nunca ouviu falar da Al Qaeda antes do 11/Set. O
governo dos EUA cria não importa a que seja de novos bicho-papão
e são necessários incidentes para proover a agenda
neoconservadora de hegemonia mundial e de lucros mais altos para a
indústria de armamentos.
Durante dez anos, a população da "superpotência"
americana sentou aí, sendo apavorada pelas mentiras do governo. Enquanto
americanos assentam no medo de "terroristas" não existentes,
milhões de pessoas em seis países tiveram suas vidas
destruídas. Tanto quanto existe de evidência, a vasta maioria dos
americanos não está perturbada pelo assassínio desumano de outras pessoas em
países que não são capazes de localizar nos mapas.
Realmente, a Amerika é uma luz para o mundo, um exemplo para todos.
30/Setembro/2011
O original encontra-se em
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=26866
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/
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