Informação aos associados do Montepio
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Nela podem participar todos os associados. NÃO FALTES. Não pode dizer depois que não foi avisado ou que não sabia. Só participando na assembleia geral é que ficarás a conhecer a verdadeira situação do Montepio e poderás defender as tuas poupanças e contribuir para a mudar a situação existente na Associação Mutualista. É de prever que Tomás Correia e o padre Melícias não informem a esmagadora maioria dos associados da realização da assembleia, como tem acontecido em assembleias anteriores. Apelo a que ajudem a informar o maior numero de associados da realização da assembleia e levá-los a estar presentes na assembleia. Só unidos é que poderemos mudar isto. Os documentos da assembleia estão disponíveis no site do MONTEPIO-Assembleias gerais em: https://www.montepio.pt/... |
Face às numerosas notícias divulgadas pelos media sobre o
Montepio, muitas delas negativas, muitos associados têm-me enviado
emails informando-me que têm as suas poupanças no Montepio e
perguntando se elas estão seguras. Na impossibilidade de responder a
todos que
desejam ser esclarecidos, e como mais uma vez Tomás Correia, nas
declarações que tem feito e nos comunicados que tem emitido, faz
afirmações que revelam ou ignorância ou o propósito
de esconder a verdade, decidi, com o objetivo de cumprir o compromisso que
tomei nas últimas eleições em que participei
informar com verdade os associados divulgar esta
informação.
O ATIVO DA ASSOCIAÇÃO MUTUALISTA (aquilo que possui e tem a
haver)
JÁ ERA INFERIOR AO SEU PASSIVO (o que deve e tem a pagar)
EM 107 MILHÕES EM 2015
A primeira coisa que importa esclarecer, até porque as dúvidas de
muitos associados continuam, é que a Caixa Económica- Montepio e
a Associação Mutualista- Montepio são duas entidades
distintas. Quem tenha as suas poupanças na Caixa Económica elas
estão garantidas por titular até 100.000 pelo Fundo de
Garantia de Depósitos, como em qualquer banco. A Caixa
Económica-Montepio, embora enfrentado dificuldades, fruto da pesada
herança deixada pela administração de Tomás Correia
e da conjuntura económica, e embora a situação continue a
ser difícil está minimamente controlada pois existe agora um
conselho de supervisão que fiscaliza o conselho de
administração, que "recomenda", até à sua
efetivação, a anulação de operações
quando o interesse da entidade, dos associados ou clientes o exige, o que
não acontece na Associação Mutualista onde Tomás
Correia impera, como dono de tudo aquilo.
A noticia com o titulo "Banco de Portugal arrasa o Montepio" que saiu
no
Expresso
de 11/3/2017, tem como base uma avaliação feita pelo supervisor
com data de referência de 31 de Dezembro de 2015. No entanto o
leitor não é alertado para o facto de a avaliação
incidir no período até Dez/2015, levando a pensar que é
referente ao período atual. E após a avaliação do
Banco de Portugal, a Caixa Económica foi recapitalizada com 270
milhões , o que aumentou o rácio do capital (Fundos
Próprios Principais) de 8,8% para 10,4% melhorando a sua
situação
(o rácio de 8,8% era um ponto fraco importante apontado pelo Banco de
Portugal que influenciava, de uma forma determinante, a situação
geral da CEMG e a apreciação do supervisor até 31/12/2015).
Tudo isto foi "ignorado" pelo
Expresso.
Só no
Expresso
de
18/3/2017 é que é referido e apenas o facto da
avaliação do Banco de Portugal ter como referencia 31/12/2015,
mas nada é dito sobre o aumento de capital. O mal está feito mas
assim vai o jornalismo dito de qualidade em Portugal. Por isso a serenidade
é necessária até porque a Caixa Económica tem agora
um conselho de supervisão que funciona e fiscaliza.
Neste momento, o maior problema está na Associação
Mutualista.
Temos vindo a alertar os associados e o supervisor (Mistério do
Trabalho) há já vários anos (desde 2012) para as
consequências da administração desastrosa e incompetente de
Tomás Correia. Infelizmente as consequências
já estão à vista de todos e não podem ser mais
ignoradas. As contas consolidadas de 2015 confirmam isso. Depois de muita
pressão, e contrariado, Tomás Correia foi obrigado a divulgar as
contas consolidadas de 2015 da Associação Mutualista-Montepio
Geral. E de acordo com essas contas e segundo a
declaração da empresa que faz a auditoria, que é a KPMG,
anexa a essas contas, o auditor conclui textualmente o seguinte, com enfase:
"
chamamos a atenção que à data de 31 de Dezembro de 2015, o
Montepio Geral Associação Mutualista apresenta capital
próprio negativo atribuível aos associados no montante de 107,5
milhões ".
O que isto significa que Tomás Correia parece ou teima em
não entender?
Significa que o ATIVO da Associação Mutualista, ou seja,
tudo aquilo que possui e tem a haver, era, no fim de 2015, já inferior
ao seu PASSIVO, que é aquilo que deve e tem pagar, que inclui as
poupanças dos associados, em 107,5 milhões .
É isto o que afirma a KPMG, uma conhecida multinacional de auditoria.
Tomás Correia tem procurado baralhar e iludir o significado da
declaração da KPMG sobre a situação da
Associação Mutualista. Por ignorância ou pensando que
consegue enganar mais uma vez quem o ouve, tem procurado dar ideia que aquela
declaração não tem importância nem corresponde a uma
situação grave.
Num comunicado que a sua administração divulgou afirma que a
Associação Mutualista é uma IPSS, pelo que não se
rege pelo Código das Sociedades Comerciais, por isso não tem
capital social, pelo que quaisquer conclusões são abusivas
( refere nomeadamente à noticia de um "buraco" de 107,5
milhões divulgada pelo
Publico
).
No entanto, a verdade é diferente daquela que Tomás Correia e a
sua administração tentam fazer passar. E a verdade confirmada
pela KPMG, é que os prejuízos causados pela
administração de Tomás Correia determinaram que o
ATIVO
da Associação Mutualista, ou seja, tudo aquilo que ela possui
mais o que tem a haver, fosse no fim de 2015 já
INFERIOR AO SEU PASSIVO
, ou seja, a tudo que deve e tem a pagar. E no passivo que tem a pagar
estão as poupanças dos associados. E isto é verdade tanto
para uma sociedade comercial, como para uma IPSS, como para a
Associação Mutualista. Tomás Correia não compreende
ou parece não compreender isto, talvez por pensar que assim consegue
enganar os associados.
O ATAQUE ÀS CONTAS CONSOLIDADAS, E A INCOMPETÊNCIA E O DESEJO DE
TOMÁS CORREIA EM OCULTAR AOS ASSOCIADOS AS CONSEQUÊNCIAS DA SUA
GESTÃO
Durante o ano de 2016, Tomás Correia e a sua administração
recusaram-se a divulgar as contas consolidadas da Associação
Mutualista - Montepio de 2015 dizendo que ia sair uma lei que iria
desobriga-los de publicar contas consolidadas, apesar do decreto-Lei 36-A-2011
e do decreto-Lei 158-2009, em vigor, como consta da nota "Bases de
apresentação do relatório e contas certificado pela KPMG,
obrigar a Associação Mutualista a publicar as contas
consolidadas.
Para ficar clara a falta de senso desta justificação basta dizer
o que se pensaria de uma pessoa que se recusasse a cumprir a lei que
está em vigor (por ex. pagar os seus impostos, não roubar, etc.)
com a justificação que iria sair uma lei que deixaria de
considerar tais atos como crimes. Certamente diriam que estava desequilibrado.
Mas esta era a justificação que a administração de
Tomás Correia apresentou durante todo o ano de 2016 para não
divulgar as contas consolidadas de 2015, perante a passividade do supervisor,
que é o Ministério do Trabalho, que não cuidou da
segurança das poupanças dos associados, o que dá bem uma
ideia da sua arrogância e falta de bom senso de quem se julga de
"Dono de Todo Montepio", e com força para não cumprir a
lei. Mas o verdadeiro objetivo da administração de Tomás
Correia ao não querer divulgar contas consolidadas é outro. A
verdadeira razão, é tentar ocultar aos associados as
consequências da sua gestão desastrosa.
Sendo o Montepio constituído por um grupo de empresas, em que a
Associação Mutualista é a entidade mãe, só
as contas consolidadas é que dão uma informação
sobre a capacidade da Associação Mutualista para cumprir as suas
obrigações, nomeadamente em relação aos associados.
Num grupo de empresas, à semelhança do que sucedeu no grupo
BES/GES, é fácil ocultar os prejuízos nesta ou naquela
empresa e fazer aparecer lucros ilusórios em outras. Só as contas
consolidadas e têm que ser verdadeiras é que dão uma
informação completa e clara. As contas individuais da
Associação Mutualista não dão uma
informação verdadeira e completa sobre as suas responsabilidades.
Os associados se analisarem apenas as contas individuais poderão ficar
com a falsa ideia de que a Associação Mutualista está bem
quando a sua verdadeira situação é outra, porque ela tem
mais de 2300 milhões de poupanças dos associados aplicados
nos capitais sociais das empresas e muitos mais milhões em outras
aplicações também nessas empresas, e se estas empresas
acumularem prejuízos todo este dinheiro dos associados ou parte dele
perde-se É isto que Tomas Correia quer ocultar quando defende que a
Associação Mutualista não seja obrigada a divulgar contas
consolidadas. Para ele, a falta de transparência é um biombo para
ocultar a sua má gestão e a delapidação.
Se alguma vez o governo aceitar a pretensão da
administração de Tomas Coreia de não ter de divulgar as
contas consolidadas da Associação Mutualista- Montepio Geral,
alerto já os associados que a Associação Mutualista
passará a será um lugar menos seguro para colocar
poupanças, e ainda menos confiável do que é atualmente, e
o governo passará a ser responsável pela ainda maior falta de
transparência na Associação Mutualista e dos perigos que
isso encerra. O que é preciso é que o supervisor, que é o
governo, obrigue a administração da Associação
Mutualista a publicar rapidamente as contas consolidadas de 2016, pois a
situação da Associação Mutualista deve-se ter
agravado e exige, por isso, medidas imediatas por parte do supervisor para
inverter a situação, alterando os Estatutos, etc.. Não
venha depois dizer que não foi avisado atempadamente, como infelizmente
tem acontecido no nosso país.
AS CONTAS INDIVIDUAIS DA ASSOCIAÇÃO DE MUTUALISTA DE 2016, E COMO
FOI CONSTRUÍDO O LUCRO DE 7,3 MILHÕES QUE NELA APARECEM
Procurando apagar as consequências da gestão desastrosa que levou
a Associação Mutualista-Montepio Geral à
situação difícil em que se encontra, Tomás Correia
tem afirmado que a situação já está em
recuperação tendo a AM apresentado em 2016 já um excedente
(lucro) de 7,3 milhões . No entanto, esquece-se de informar que
este resultado nestas contas individuais e foi conseguido principalmente
à custa de uma mais-valia de 46 milhões obtida pela venda
da maior parte das instalações onde está a funcionar a
Caixa Económica, venda essa no montante de 154 milhões
feita pela Associação Mutualista à própria Caixa
Económica como consta da nota 23 do Relatório e Contas
(individuais) de 2016. Uma venda-compra no seio do próprio grupo
Montepio, que nas contas consolidadas é eliminada pois não
dá origem a qualquer aumento de valor para o grupo, mas ao ser eliminado
transforma o "lucro" de 7,3 milhões num
prejuízo. É por isso, que Tomas Correia não quere
apresentar contas consolidadas.
AS DECLARAÇÕES DO MINISTRO DE VIEIRA DA SILVA QUE NÃO
TRANQUILIZARAM OS ASSOCIADOS.
Em declarações aos órgãos de
informação Vieira da Silva afirmou: "
que está a acompanhar a essência do trabalho
" da Associação Mutualista Montepio Geral, e que "
do ponto vista do acompanhamento que o Ministério tem feito, os
rácios de cobertura para produtos que são avaliados, como em
qualquer outra mutualidade, têm-se mantido em níveis
confortáveis"
. Será que Vieira da Silva ainda não compreendeu que o problema
não são os rácios de cobertura, mas sim a
utilização das poupanças dos associados, portanto
incluindo as reservas matemáticas, para cobrir os elevados
prejuízos de empresas resultantes da má gestão o que
determinou que as contas consolidadas apresentem um "
capital próprio negativo atribuível aos associados no montante de
107,5 milhões
"", como declara a própria KPMG na certificação
de contas. E que tem de intervir rapidamente? Depois não diga que
não foi avisado e não sabia.
UM APELO A SERENIDADE E PARTICIPAÇÃO DOS ASSOCIADOS, E À
INTERVENÇÃO DO SUPERVISOR, QUE É O MINISTÉRIO DO
TRABALHO, E DA SEGURANÇA SOCIAL
Muitos associados têm-me perguntado se é seguro manter as suas
poupanças na Associação Mutualista. A resposta que posso e
devo dar é a seguinte: a situação da
Associação Mutualista é difícil, mas é
importante manter a serenidade e não tomar decisões precipitadas
até porque a Associação Mutualista apesar de apresentar, a
nível de contas consolidadas, capitais próprios negativos como
afirma a KPMG, isso não significa que ela vai desaparecer assim como o
seu património, e que não seja possível inverter a
situação. O problema mais grave da Associação
Mutualista é a manutenção de uma
administração e de um presidente que se considera Dono de Todo o
Montepio (DTM) que é surdo e cego à realidade, que ao longo dos
últimos anos só tem acumulado elevados prejuízos, com
negócios ruinosos
(compra da companhia de seguros Real ao BPN, OPA sobre o FINIBANCO por um valor
muito superior ao que valia, etc.)
e com má gestão, e que tem revelado incompetência e uma
falta de profissionalismo para inverter a situação, e para
recuperar o Montepio, que não dá qualquer garantia de mudar, e
que destruiu o património de confiança que a
Associação Mutualista gozava na sociedade portuguesa.
Esta situação é agravada pelo facto desta
administração funcionar sem qualquer fiscalização
interna, já que o órgão que existe no Montepio, que
poderia fiscalizar o conselho geral não tem poderes para o
fazer e tem no seu seio, como membros, o próprio conselho de
administração (o absurdo do órgão que deve
fiscalizar ter no seu próprio
seio o órgão que é fiscalizado, o que determina que
não fiscaliza nada e esteja capturado). Esta falta de
fiscalização interna associada à
ausência de fiscalização por parte do supervisor
(Ministério do Trabalho) cria uma situação grave no
Montepio que urge alterar. Mudar tudo isto e rapidamente, para inverter a
situação de destruição , e dar segurança
associados é urgente.
Isso só possível com a participação ativa dos
associados e a intervenção do supervisor criando as
condições para a substituição rápida da
administração de Tomás Correia.
POR ISSO NÃO FALTES À ASSEMBLEIA DE 30/3/2017.
SÓ JUNTOS É QUE PODEREMOS MUDAR TUDO ISTO