"A Justiça reconhece o fascismo em meu adversário"
Na TV Educativa da Bahia Haddad condenou a retirada de faixas em
universidades
Fernando Haddad, candidato à Presidência da República pelo
PT, comentou na noite desta sexta-feira (26) a
perseguição judicial e policial a universidades que estenderam faixas anti-fascistas em suas fachadas
. Para ele, as ordens de Tribunais reconhecem implicitamente que Jair Bolsonaro
é autoritário.
"Por que a justiça veste a carapuça de Bolsonaro? Quando a
Justiça manda retirar faixas anti-fascistas de universidades, a
Justiça reconhece em meu adversário o fascismo. Isso
não está de acordo com nossa Constituição. A
ameaça à autonomia universitária é
gravíssima", afirmou em sabatina ao vivo na TV Educativa (TVE) da
Bahia.
O petista não poupou críticas ao adversário,
que não participou de nenhum debate no segundo turno algo
inédito desde a abertura política do país. "Meu
adversário é fraco, se acovarda diante do debate,
preferiu fazer um diálogo de baixo nível pelas redes sociais
e fugiu a todo momento. Se ele tivesse a menor condição de
presidir a República, ele teria me enfrentado. Eu sempre participei de
sabatinas e debates", ressaltou.
Haddad também lamentou a postura da Rede Globo, que cancelou o debate
por conta da recusa de Bolsonaro em participar. O ex-ministro citou a
medida tomada pela emissora no Distrito Federal, que manteve a entrevista
com Rodrigo Rollemberg (PSB), candidato à reeleição para
governador, a despeito da ausência de Ibaneis (MDB).
O presidenciável aproveitou a oportunidade para reforçar a
diferença entre o projeto que representa e as posições
políticas de Bolsonaro.
"O PT nasceu na base, no movimento sindical, nas Comunidades Eclesiais de
Base, na intelectualidade progressista. Nasceu com dois compromissos: o
primeiro é a liberdade, refutando qualquer regime de força, de
esquerda ou direita. O segundo é o combate à desigualdade. Esses
compromissos originais foram mantidos até hoje. Não nós
desviamos dele. Aprendemos com nossos erros, mas não abandonaremos nosso
legado", ponderou.
Do ponto de vista econômico, o petista enfatizou a proposta
de baixar o preço do botijão de gás para menos de R$
50,00. Em seguida, foi direto ao afirmar que seu adversário
que teria uma personalidade "doentia, que está sendo adocicada
pelo
establishment
" representa uma ameaça à democracia
brasileira.
"Eu não bato continência para os EUA e para torturador.
Não delego para outros as decisões. Bolsonaro não é
mudança, é continuidade do Temer para pior. O medo não
é de Bolsonaro enquanto pessoa, mas do que ele representa. Ele
incita as pessoas a serem violentas", declarou.
Haddad mostrou-se otimista, chamando atenção para a
viragem conquistada em São Paulo
como indício de que o Brasil vive uma onda de
rejeição a Bolsonaro e de defesa do projeto
democrático.
26/Outubro/2018
O original encontra-se em
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