Análise chocante de um perito alemão:
O MH17 malaio foi abatido por caças do regime de Kiev
"O avião não foi atingido por um míssil"
A tragédia do MH 017 malaio continua a confundir. Os registos do voo
estão na Inglaterra e são agora avaliados. O que pode vir
daí? Talvez mais do que se suporia. Será especialmente
interessante a gravação de voz depois de se examinar a foto do
cockpit fragmentado. Como perito em aviação examinei atentamente
as imagens dos destroços do
avião malaio que estão a circular na Internet .
Primeiro, fiquei admirado de quão poucas fotos dos destroços
podem ser encontradas com o Google. São todasde baixa
resolução, excepto uma: A do fragmento do cockpit abaixo da
janela do lado dos pilotos. Contudo, esta imagem é chocante. Em
Washington podem-se agora ouvir pontos de vista que falam de um "erro /
acidente potencialmente trágico" em relação ao MH
017. Dada esta imagem particular do cockpit isso não me surpreende de
todo.
Buracos de entrada e saída de projécteis na área do cockpit
Recomendo
clicar sobre a pequena foto à direita.
Pode descarregá-la como ficheiro PDF, com boa resolução.
Isto
é necessário porque permitirá entender o que estou aqui a
descrever.
Os factos falam claro e alto e estão para além do âmbito da
especulação: O cockpit mostra traços de disparos
(shelling)
! Podem-se ver os buracos de entrada e saída. O bordo de uma parte dos
buracos está inclinado para dentro. Estes são buracos mais
pequenos, redondos e limpos, mostrando os pontos de entrada a maior parte
provavelmente de um projéctil com calibre de 30 milímetros.
O bordo dos outros, os buracos de saída maiores e ligeiramente
desgastados
(frayed)
mostram fragmentos de metal indicando projécteis produzidos pelo mesmo
calibre. Além disso, é evidente que estes buracos de
saída da camada exterior da estrutura reforçada de
alumínio duplo estão retalhados ou inclinados para fora!
Além disso, podem ser vistos cortes menores, todos inclinados para fora,
os quais indicam que estilhaços
(shrapnel)
saíram com força através da face externa
(outer skin)
a partir do interior do cockpit. Os rebites abertos também estão
inclinados para fora.
Verificando as imagens disponíveis há uma coisa que se destaca:
Todos os destroços das secções por trás do cockpit
estão em grande medida intactos, excepto pelo facto de que restaram
apenas fragmentos do avião. Só a parte do cockpit mostra estas
marcas peculiares de destruição. Isto dá ao examinador uma
pista importante.
Este avião não foi atingido por um míssil na sua parte
central. A destruição é limitada à área do
cockpit. Agora é preciso considerar que esta parte é
construída de material especialmente reforçado.
Isto é assim porque o nariz de qualquer avião tem de resistir ao
impacto de um grande pássaro a altas velocidades. Pode-se ver na foto
que nesta área estavam instaladas ligas de alumínio
significativamente mais fortes do que no restante da camada externa da
fuselagem. Pode-se recordar o crash da Pan Am sobre Lockerbie. Houve um grande
segmento do cockpit que, devido à sua arquitectura especial, sobreviveu
ao crash numa peça inteira. No caso do voo MH 017 torna-se absolutamente
claro que também houve uma explosão no interior do avião.
Destruição de tanque por um mix de munições
Então o que poderia ter acontecido?
A Rússia publicou recentemente registos de radar que confirmam [a
presença de] pelo menos um SU 25 ucraniano em estreita proximidade
(close proximity)
do MH 017.
Isto corresponde à declaração do agora ausente
controlador espanhol "Carlos" que viu dois aviões caças
ucranianos na vizinhança imediata do MH 017.
Se agora considerarmos o armamento de um típico SU-25 aprenderemos isto:
Ele está equipado com uma arma de cano duplo de 30 mm, tipo GSh-302 /
AO-17A, equipada com: um pente de 250 tiros de projécteis
incendiários
(incendiary shells)
anti-tanque e projécteis de estilhaçamento explosivo
(splinter-explosive)
(dum-dum), dispostos em ordem alternada. Evidentemente dispararam sobre o
cockpit do MH 017 de ambos os lados: os buracos de entrada e de saída
são encontrados no mesmo de segmento de cockpit!
Agora considere o que acontece
quando uma série de projécteis incendiários anti-tanque e
projecteis de estilhaçamento explosivo atingem o cockpit. Afinal de
contas eles são concebidos para destruir um tanque moderno.
Os projécteis incendiários anti-tanque atravessaram parcialmente
o cockpit e saíram do outro lado numa forma ligeiramente deformada.
(Peritos forenses em aviação possivelmente poderiam
encontrá-los no solo presumivelmente controlado pelos militares
ucranianos do regime de Kiev o tradutor). Afinal de contas, o seu
impacto é calculado para penetrar a blindagem sólida de um
tanque. Além disso, os projécteis de estilhaçamento
explosivo, devido aos seus numerosos impactos, também deverão
provocar explosões maciças no interior do cockpit, uma vez que
são concebidos para assim fazer. Dada a rápida sequência de
disparo do canhão GSh-302, isto provocará uma rápida
sucessão de explosões dentro da área do cockpit num curto
espaço de tempo. Recorde: cada um deles é suficiente para
destruir um tanque.
Que "erro" foi realmente cometido e por quem?
Porque o interior de um avião comercial é uma câmara
pressurizada selada hermeticamente, as explosões, numa
fracção de segundo, aumentarão a pressão no
interior da cabine para níveis extremos ou ao ponto de ruptura. Um
avião não está equipado para isto, ele explodirá
como um balão. Isto explica um cenário coerente.
Os fragmentos em grande medida intactos das secções traseiras
romperam-se no meio do ar nos pontos mais fracos da construção,
mais provavelmente sob extrema pressão interna do ar.
As imagens do campo de resíduos espalhado amplamente e o segmento
brutalmente danificado do cockpit ajustam-se como uma mão na luva.
Além disso, um segmento da asa mostra traços de um tiro rasante,
o qual em extensão directa leva ao cockpit. Curiosamente, descobri que
tanto a foto de alta resolução do fragmento de bala que perfurou
o cockpit como o segmento da asa com esfoladura nesse ínterim
desapareceram das imagens Google. Não se pode virtualmente encontrar
mais fotos dos destroços, excepto as bem conhecidas ruínas
fumegantes.
Se ouvir as vozes de Washington que agora falam de um "erro / acidente
potencialmente trágico", tudo o que resta é a pergunta de o
que pode ter sido a natureza deste "erro" aqui perpetrado. Não
me inclino a divagar muito no âmbito da especulação, mas
gostaria de convidar outras pessoas a considerarem o seguinte:
O MH 017 parecia semelhante no seu desenho tricolor àquele do
avião do Presidente russo.
O avião com o Presidente Putin a bordo estava ao mesmo tempo
"próximo" do Malaysia MH 017. Em círculos da
aviação "próximo" seria considerado algo
entre 150 a 200 milhas [241 a 328 km}. Também, neste contexto, podemos
considerar o depoimento da Sra. Tymoshenko, a qual queria abater o Presidente
Putin com uma Kalashnikov.
Mas isto é pura especulação. Contudo, definitivamente,
os disparos sobre o cockpit do Air Malaysia MH 017 não são
especulação
.
30/Julho/2014
[*]
Comandante da aviação com 30 anos de experiência. Trabalhou com o B727, DC8,
B747, B737, DC10 e A340. Desde 2004 tem trabalhado como escritor e
jornalista.
Resumo biográfico
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O original em alemão encontra-se em
www.anderweltonline.com/...
e a versão em inglês em
www.globalresearch.ca/...
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/
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