No âmbito da Campanha Nacional do PCP "Por uma Política
Alternativa, Patriótica e de Esquerda", realizou-se o debate
"O euro e a dívida défices estruturais", em Lisboa, a
19/Março/2013.
Nele participaram Agostinho Lopes, João Ferreira do Amaral, José Lourenço, Octávio Teixeira, entre outros,
e Jerónimo de Sousa, Secretário-Geral do PCP.
Intervenção de Jerónimo de Sousa
Secretário-Geral
Tal como ainda recentemente o afirmámos em Congresso é
obrigação de um futuro governo que assuma efectivamente a defesa
dos interesses nacionais, dos trabalhadores e do nosso povo preparar o
país para a saída do Euro. Num processo que pressupõe ser
considerado também na articulação com outros
países, a braços com os mesmos problemas.
Intervenção de Agostinho Lopes
Membro do Comité Central
Este debate é ainda o esforço do PCP para aprofundar, para ver
mais claro, os caminhos, as propostas, as medidas para, num quadro
político, económico e social extremamente complexo, a
recuperação pelo Estado Português de atributos de Estado de
um País soberano e independente há mais de 8 séculos.
Naturalmente, sem qualquer pretensão de um futuro autárcico,
isolados na Europa ou à margem da comunidade das nações.
Intervenção de João Ferreira do Amaral
Economista
Com a saída do euro ganharíamos instrumentos que precisamos, taxa
de câmbio que é hoje um instrumento essencial para incentivar os
sectores produtores de bens transaccionáveis e a emissão
monetária própria porque se o estado dispuser deste instrumento
nunca terá uma bancarrota interna e será é essencial para
gerir a saída do euro de forma a defender as famílias que estejam
endividadas.
Intervenção de Octávio Teixeira
Economista
O país tem de proceder a uma forte desvalorização para
sair da crise, com os estudos a apontarem para uma desvalorização
ao nível dos 30% e só há duas opções, ou
desvalorização interna ou desvalorização cambial.
Intervenção de José Lourenço
Membro da Comissão para os Assuntos Económicos (CAE)
A saída do Euro sendo uma condição necessária para
a nossa sobrevivência como país independente e soberano,
não é no entanto só por si uma condição
suficiente par tal.