Quem domina a América?
A elite do poder na era Trump
por James Petras
Nos últimos meses, vários sectores políticos,
económicos e militares competidores ligados a diferentes grupos
ideológicos e étnicos emergiram claramente como os centros
de poder.
Podemos identificar alguns dos competidores chave e centros entrelaçados
da elite do poder:
1. Propagandistas do mercado livre, com a presença generalizada do grupo
"Israel First".
2. Capitalistas nacionais, ligados a ideólogos de direita.
3. Generais, ligados à segurança nacional e ao aparelho do
Pentágono, bem como à indústria da defesa.
4. Elites dos negócios, ligadas ao capital global.
Este ensaio tenta definir os detentores do poder e avaliar a amplitude e
impacto do seu poder.
A elite do poder económico:
Israel-Firsters
e presidentes da Wall Street
Os
Israel Firsters
dominam as posições económicas e políticas de topo
dentro do regime Trump e, de modo interessante, estão entre os
opositores mais vociferantes da administração. Estes incluem: a
presidente do Federal Reserve, Janet Yellen, bem como seu vice-presidente,
Stanley Fischer, um cidadão israelense e antigo (sic) governador do
Banco de Israel.
Jared Kushner, genro de Trump e judeu ortodoxo, actua como seu conselheiro
principal em Assuntos do Médio Oriente. Kushner, um magnata
imobiliário de Nova Jersey, posicionou-se como o arqui-inimigo dos
nacionalistas económicos do círculo próximo de Trump. Ele
defende todo o poder israelense e a captura de terra no Médio Oriente e
trabalha estreitamente com David Friedman, embaixador dos EUA em Israel (e
apoiante fanático dos colonatos ilegais judeus) e Jason Greenblatt,
representante especial para negociações internacionais. Com
três Israel-Firsters a determinar a política do Médio
Oriente, não há sequer uma folha de figueira para equilibrar.
O secretário do Tesouro é Steven Mnuchin, antigo executivo da
Goldman Sachs, que lidera a ala neoliberal de livre mercado do sector da Wall
Street dentro do regime Trump. Gary Cohn, durante muito tempo influente na Wall
Street, encabeça o National Economic Council. Eles constituem o
núcleo dos conselheiros de negócios e lideram a
coligação neoliberal anti-nacionalista de Trump comprometida a
minar políticas económicas nacionalistas.
Uma voz influente no gabinete da Procuradoria-Geral é Rod Rosenstein, o
qual nomeou Robert Mueller como investigador chefe, o que conduz à
remoção de nacionalistas da administração Trump.
O padrinho visionário da equipe anti-nacionalista de Mnuchin-Cohn
é Lloyd Blankfein, presidente da Goldman Sachs. Os "Três
banksters Israel First" estão a encabeçar o combate para
desregulamentar o sector bancário, o qual tem devastado a economia,
levou ao colapso de 2008 e ao arresto de milhões de lares e
negócios americanos.
A elite
"Israel First"
do livre mercado estende-se por todo o espectro político dominante,
incluindo democratas no Congresso, liderados pelo líder da minoria no
Senado, Charles Schumer e o responsável democrata do Comité de
Inteligência da Câmara, Adam Schiff. Os
Israel Firsters
do Partido Democrata aliaram-se aos seus irmãos do livre mercado para
pressionar por investigações e campanhas de mass media contra
apoiantes do nacionalismo económico de Trump e o seu expurgo final da
administração.
A elite do poder militar: Os generais
A elite do poder militar tomou do presidente eleito o poder de tomar as grandes
decisões. Outrora os poderes de guerra permaneciam com o presidente e o
Congresso, hoje uma colecção de militaristas fanáticos faz
e executa a política militar, decide zonas de guerra e pressiona por
maior militarização do policiamento interno. Trump entregou
decisões cruciais àqueles que afectuosamente chama os
"meus generais"
enquanto continua a esquivar-se a acusações de
corrupção e racismo.
Trump nomeou o general de quatro estrelas James "Mad Dog" Mattis
(reformado do US Marine Corps) um general que conduziu a guerra no
Afeganistão e no Iraque como secretário da Defesa. Mattis
(cujas "glorias" militares incluíram bombardear uma grande
festa de casamento no Iraque) está a conduzir a campanha para escalar a
intervenção militar dos EUA no Afeganistão uma
guerra e uma ocupação que Trump condenou abertamente durante a
sua campanha. Como secretário da Defesa, o general "Mad Dog"
("Cão Louco") pressionou o não entusiástico
Trump a anunciar um aumento das tropas estado-unidenses no terreno e ataques
aéreos por todo o Afeganistão. Confirmando seu muito publicitado
nome de guerra, o general é um raivoso advogado de um ataque nuclear
contra a Coreia do Norte.
O tenente-general H. R. McMaster (um general de três estrelas na activa e
por longo tempo proponente da expansão de guerras no Médio
Oriente e Afeganistão) tornou-se Conselheiro de Segurança
Nacional após o expurgo do aliado de Trump, ten.-general Michael Flynn,
o qual opôs-se à campanha de confrontação e
sanções contra a Rússia e a China. McMaster tem sido
instrumental na remoção de
"nacionalistas"
da administração Trump e junta-se ao general "Mad Dog"
Mattis na pressão por uma maior acumulação de tropas dos
EUA no Afeganistão.
O ten.-general John Kelly (reformado do USMC), outro veterano de guerra no
Iraque e entusiastas das
mudanças de regime
no Médio Oriente, foi nomeado Chefe de Equipe da Casa Branca
após o despejo de Reince Priebus.
A
Troika de três generais
da administração partilha com os conselheiros Israel First
neoliberais de Trump, Stephen Miller e Jared Kushner, uma profunda hostilidade
em relação ao Irão e endossa plenamente a exigência
do primeiro-ministro israelense Netanyahu de que o Acordo Nuclear de 2015 com
Teerão seja sucateado.
O
directorado militar
de Trump garante que os gastos para guerras além-mar não
serão afectados por cortes orçamentais, recessões ou mesmo
desastres nacionais. Os
"generais",
os adeptos do livre mercado Israel First e a elite do Partido Democrata
conduzem o combate contra os nacionalistas económicos e têm tido
êxito em assegurar que a construção do império
militar e económico da Era Obama permaneçam em vigor e mesmo que
se expandam.
A elite económica nacionalista
O principal estratega e ideólogo nacionalistas económicos aliados
de Trump na Casa Branca foi Steve Bannon. Ele foi o arquitecto político
chefe e o conselheiro de Trump durante a campanha eleitoral. Bannon concebeu
uma campanha eleitoral em favor da indústria manufactureira interna e
dos trabalhadores americanos contra os adeptos do livre mercado na Wall Street
e nas corporações multinacionais. Ele desenvolveu o ataque de
Trump aos acordos de comércio global, os quais levaram à
exportação de capital e à devastação do
trabalho manufactureiro nos EUA.
De modo igualmente significativo, Bannon carpinteirou a oposição
pública inicial aos 15 anos de intervenção dos generais no
Afeganistão, com um custo de milhões de milhões
(trillion)
de dólares e as séries de guerras ainda mais custosas no
Médio Oriente favorecidas pelos
Israel-Firsters,
incluindo a guerra em curso de mercenários proxy para derrubar o
governo nacionalista leigo da Síria.
Em oito meses de administração Trump, as forças combinadas
da elite económica do livre mercado e militar, os líderes do
Partido Democrata, militaristas abertos no Partido Republicano e seus aliados
nos mass medida conseguiram expurgar Bannon e marginalizar a base de
apoio de massa da sua agenda económica nacionalista "America
First" e da agenda anti-"mudança de regime".
A
"aliança"
anti-Trump irá agora alvejar os poucos nacionalistas económicos
que restam na administração. Estes incluem: o director da CIA
Mike Pompeo, que favorece o proteccionismo através do enfraquecimento
dos acordos de comércio asiático e do NAFTA e Peter Navarro,
presidente do Conselho de Comércio da Casa Branca. Pompeo e Navarro
enfrentam forte oposição da troika sionista-neoliberal em
ascensão que agora domina o regime Trump.
Além disso, há o secretário do Comércio, Wilbur
Ross, um bilionário e antigo director da Rothschild Inc., o qual
aliou-se a Bannon ao ameaçar quotas de importação para
tratar do maciço défice comercial dos EUA com a China e a
União Europeia.
Outro aliado de Bannon é o representante comercial dos EUA, Robert
Lighthizer, antigo analista militar e de inteligência com laços
à newsletter Breitbart. Ele é um forte oponente aos neoliberais e
globalizadores, dentro e fora do regime Trump.
O
"Conselheiro Sénior"
de Trump e redactor dos seus discursos, Stephen Miller, promove activamente a
proibição de viagem a muçulmanos e
restrições mais estritas à imigração. Miller
representa a ala Bannon do entusiástico grupo pró-Israel de Trump.
Sebastian Gorka, vice-assistente de Trump em assuntos militares e de
inteligência, era mais um ideólogo do que um analista, o qual
escrevia para Breitbart e passou ao gabinete nas pegadas de Bannon. Logo depois
de remover Bannon, os
"generais"
expurgaram Gorka, nos princípios de Agosto, com acusações
de
"anti-semitismo".
Seja quem for que permaneça entre os nacionalistas económicos de
Trump, estarão significativamente diminuídos com a perda de Steve
Bannon, o qual dava liderança e direcção. Contudo, a maior
parte tem antecedentes sociais e económicos, o que também os liga
à elite do poder militar sobre algumas questões e com os adeptos
do mercado livre pró Israel sobre outras. Contudo, suas crenças
nucleares foram moldadas e definidas por Bannon.
A elite do poder nos negócios
O presidente da Exxon Mobile, Rex Tillerson, o secretário de Estado de
Trump, e o ex-governador do Texas Rick Perry, secretário da Energia,
lideram a elite dos negócios. Enquanto isso, a elite dos negócios
associada à manufactura e indústria dos EUA tem pouca
influência directa em política interna ou externa. Se bem que em
política interna sigam os adeptos do livre mercado da Wall Street, eles
estão subordinados à elite militar em política externa e
não são aliados ao núcleo ideológico de Steve
Bannon.
A elite dos negócios de Trump, a qual não tem
ligação aos nacionalistas económicos no regime Trump,
proporciona uma faces amistosa a aliados e adversários económicos
além-mar.
Análise e conclusão
O poder da elite atravessa filiações partidárias, ramos de
governo e estratégias económicas. Ele não é
restringindo por qualquer partido político, republicano ou democrata.
Isto inclui adeptos do livre mercado, alguns nacionalistas económicos,
correctores da Wall Street e militaristas. Todos competem e combatem por poder,
riqueza e dominância dentro desta administração. A
correlação de forças é volátil, mudando
rapidamente em curtos períodos de tempo o que reflecte a falta de
coesão e coerência no regime Trump.
Nunca a elite do poder nos EUA foi sujeita a tais mudanças monumentais
na sua composição e direcção durante o primeiro ano
de um novo regime.
Durante a presidência Obama, a Wall Street e o Pentágono
partilhavam o poder confortavelmente com bilionários de Silicon Valley e
a elite dos mass media. Eles estavam unidos na busca de uma estratégia
imperial "globalista", enfatizando múltiplos teatros de guerra
e tratados multilaterais de livre comércio, os quais estavam em processo
de reduzir milhões de trabalhadores americanos à servidão
(helotry)
permanente.
Com a posse do presidente Trump, esta elite do poder enfrentou desafios e a
emergência de uma nova configuração estratégica, a
qual pretendia mudanças drásticas na política
económica e política militar dos EUA.
O arquitecto da campanha e estratégia de Trump, Steve Bannon, procurou
deslocar a elite económica e militar global com a sua aliança de
nacionalistas económicos, trabalhadores manufactureiros e elites de
negócios proteccionistas. Bannon pressionou por uma grande ruptura com a
política de Obama de guerras múltiplas e permanentes para
expandir o mercado interno. Ele propôs retiradas de tropas e o fim das
operações militares dos EUA no Afeganistão, Síria e
Iraque, enquanto aumentava uma combinação de pressão
económica, política e militar sobre a China. Ele tentou acabar as
sanções e confrontação contra Moscovo e moldar
laços económicos entre os produtores gigantes de energia nos EUA
e a Rússia.
Se bem que Bannon fosse inicialmente o estratega chefe na Casa Branca, ele
rapidamente viu-se confrontado com rivais poderosos dentro do regime,
além de oponentes ardentes entre globalistas democratas e republicanos e
especialmente entre os sionistas neoliberais que sistematicamente
manobraram para ganhar posições de estratégia
económica e política dentro do regime. Ao invés de ser uma
plataforma coerente a partir da qual seria formulada uma nova estratégia
económica radical, a administração Trump tornou-se um
"terreno de luta"
caótico e vicioso. A estratégia económica de Bannon mal
saiu do terreno.
Os mass media e os operacionais dentro do aparelho de estado, ligados à
estratégia de guerra permanente de Obama, primeiro atacaram a proposta
de Trump de reconciliação económica com a Rússia.
Para minar qualquer "desescalada", eles fabricaram a
conspiração dos espiões russos e manipulação
das eleições. Seus primeiros tiros com êxito foram
disparados contra o ten.-general Michael Flynn, aliado de Bannon e proponente
chave da reversão da política de confrontação
militar de Obama/Clinton com a Rússia. Flynn foi rapidamente
destruído e ameaçado abertamente com processo quando um
"agente russo"
estimulou uma histeria que recordava o apogeu do senador Joseph McCarthy.
Os postos económicos chave no regime Trump foram divididos entre os
neoliberais adeptos do
Israel-First
e os nacionalistas económicos. O
"negociante"
Trump tentou atrelar sionistas neoliberais filiados à Wall Street aos
nacionalistas económicos, ligados à base eleitoral de Trump na
classe trabalhadora, formulando novas relações comerciais com a
UE e a China, as quais favoreceriam a indústria manufactureira dos EUA.
Dadas as diferenças irreconciliáveis entre estas forças, o
ingénuo
"acordo"
de Trump enfraqueceu Bannon, minou sua liderança e arruinou sua
estratégia económica nacionalista.
Apesar de Bannon ter assegurado vários importantes nomeados
económicos, os neoliberais sionistas enfraqueceram sua autoridade. O
grupo Fischer-Mnuchin-Cohon estabeleceu com êxito uma agenda competitiva.
Toda a elite do Congresso de ambos os partidos uniu-se para paralisar a agenda
Trump-Bannon. Os mass media corporativos gigantes serviram como um megafone
histérico e carregado de rumores para excitados investigadores do
Congresso e do FBI que ampliavam cada nuance das relações de
Trump entre os EUA e a Rússia em busca de conspirações. O
aparelho combinado do Congresso e dos media esmagou a desorganizada e
despreparada base de massa da coligação eleitoral de Bannon que
elegera Trump.
Totalmente derrotado, Trump, o presidente sem dentes, recuou numa busca
desesperada por uma nova configuração de poder, transferindo suas
operações do dia-a-dia para os
"seus generais".
O presidente civil eleito dos Estados Unidos adoptou a busca dos
"seus generais"
de uma nova aliança militar globalista e de escalada de ameaças
militares acima de tudo contra a Coreia do Norte, mas incluindo a Rússia
e a China. O Afeganistão foi imediatamente designado para uma
intervenção expandida.
Trump efectivamente substituiu a estratégia económica
nacionalista de Bannon por um ressuscitar da abordagem militar multi-guerra de
Obama.
O regime Trump relançou os ataques ao Afeganistão e à
Séria ultrapassando o uso de ataques com drones de Obama a
militantes muçulmanos suspeitos. Ele intensificou sanções
contra a Rússia e o Irão, abraçou a guerra da
Arábia Saudita contra o povo do Iémen e entregou toda a
política do Médio Oriente ao seu conselheiro político
ultra-sionista (magnata imobiliário e genro) Jared Kushner e ao
embaixador dos EUA em Israel, David Friedman.
A retirada de Trump transformou-se numa derrota grotesca. Os generais
abraçaram os sionistas neoliberais no Tesouro e os militaristas globais
no Congresso. O director de comunicações Anthony Scaramucci foi
despedido. O chefe de Estado-Maior de Trump, general Joe Kelly, expurgou Steve
Bannon. Sebastian Gorka foi chutado para fora.
Os oito meses de luta interna entre os nacionalistas económicos e os
neoliberais acabaram. A aliança sionista-globalista com os
generais de Trump
agora domina a Elite do Poder.
Trump está desesperado para adaptar à nova
configuração, aliada aos seus próprios adversários
do Congresso e aos mass media raivosamente anti-Trump.
Tendo quase dizimado os nacionalistas económicos de Trump e o seu
programa, a Elite do Poder montou então uma série de eventos
mediáticos exagerados centrados em torno de um espancamento em
Charlottesville, Virgínia, entre partidários da "supremacia
branca" e "anti-fascistas". Depois de a
confrontação ter levado a mortos e feridos, os media utilizaram a
inepta tentativa de Trump de culpar ambos os lados que empunhavam "tacos
de beisebol" como prova de ligações do presidente a
neo-nazis e à KKK. Neoliberais e sionistas, dentro da
administração Trump e nos seus conselhos de negócios,
juntaram-se todos no ataque ao presidente, denunciando sua falha ao
imediatamente e unilateralmente culpar extremistas de direita pela desordem.
Trump está a voltar-se para sectores dos negócios e para a elite
do Congresso numa tentativa desesperada de reter seu apoio em declínio
através de promessas de por em prática cortes fiscais
maciços e desregulamentar todo o sector privado.
A questão decisiva não é mais sobre esta ou aquela
política ou mesmo estratégia. Trump já perdeu em todos os
tabuleiros. A
"solução final"
para o problema da eleição de Donald Trump está a andar
passo-a-passo o seu impeachment e possível prisão por
todos os meios possíveis.
O que nos diz a ascensão e destruição do nacionalismo
económico na "pessoa" de Donald Trump é que o sistema
político americano não pode tolerar quaisquer reformas
capitalistas que possam ameaçar a elite do poder imperial globalista.
Escritores e activistas costumavam pensar que só regimes socialistas
eleitos democraticamente seriam alvo de golpe de estado sistemático.
Hoje as fronteiras políticas são muito mais restritivas. Apelar
ao
"nacionalismo económico",
completamente dentro do sistema capitalista, e procurar acordos comerciais
recíprocos é convidar ataques políticos selvagens,
conspirações inventadas e capturas militares internas que acabam
em "mudança de regime".
O expurgo dos nacionalistas económicos e dos anti-militaristas efectuado
pela elite global-militarista foi apoiado por toda a esquerda dos EUA, apenas
com algumas poucas excepções. Pela primeira vez na
história a esquerda tornou-se uma arma organizacional daqueles
pró guerra, pró Wall Street, pró direita sionista na
campanha de expulsão do presidente Trump. Movimentos e líderes
locais, no entanto, funcionários sindicais, políticos dos
direitos civis e da imigração, liberais e sociais democratas
juntaram-se no combate para a restauração do pior de todos os
mundos: a política Clinton-Bush-Obama/Clinton de guerras
múltiplas permanentes, escalada de confrontos com a Rússia,
China, Irão e Venezuela e a desregulamentação de Trump da
economia estado-unidense e cortes maciços de impostos para o big
business.
Andámos um longo caminho para trás: de eleições
para expurgos e de acordos de paz para investigações de estado
policial. Os nacionalistas económicos de hoje são etiquetados
como
"fascistas"
e trabalhadores deslocados são
"os deploráveis"!
Os americanos têm um bocado a aprender e a desaprender. Nossa vantagem
estratégica pode estar no facto de que a vida política nos
Estados Unidos não pode ficar pior realmente chegámos ao
fundo e (a menos que haja uma guerra nuclear) só podemos melhorar.
Ver também:
Chaos of the Trump era is never-ending
, M.K. Bhadrakumar
O original encontra-se em
petras.lahaine.org/?p=2153
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/
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