Com um comício impressionante em Atenas, bem como em dúzias de
cidades, os trabalhadores e trabalhadoras, os estratos populares pobres,
responderam ao apelo do PAME à participação no primeiro
dia da greve geral de 48 horas (10-11/Fevereiro/2012).
As forças do PAME, num movimento decisivo, ocuparam o Ministério
do Trabalho e penduraram uma enorme bandeira na qual estava escrito:
"Não ao novo massacre do povo Abaixo o Governo A
Troika deve ir-se Desligamento da UE". Esta ocupação
realçava que o governo-Troika-plutocracia têm um plano para
erradicar todos os direitos do trabalho, avançar com selvagens medidas
anti-trabalhadores neste período, com o pretexto do novo
empréstimo que o governo grego quer receber. Dentre outras coisas, as
novas medidas preparam:
-Novas reduções no salário mínimo de 22% para todos
os trabalhadores e 32% para os que serão agora contratados no sector
privado e isto nas condições em que as perdas dos
trabalhadores desde 2009 ultrapassam a marca dos 45%.
-
Abolição dos acordos sectoriais de negociação
colectiva.
-
Novas reduções dramáticas nas pensões
básicas e suplementares.
-
Demissões em massa de milhares de empregados no sector público e
nas antigas indústrias estatais, subversão de
relações laborais, novas reduções de
salários no sector público.
-
Novos cortes drásticos em serviços sociais, no sector da
saúde e medicamentos, os quais estão mesmo a colocar mais vidas
em perigo.
-Nova incursão fiscal contra vastos estratos populares a fim de suportar
as isenções fiscais do grande capital.
As forças classistas mantiveram sua greve desde o nascer do sol em
incontáveis fábricas e outros lugares de trabalho contra esta
tempestade de medidas.
Ocupações de outros edifícios públicos e
organizações estatais foram executadas pelo PAME, MAS, PASEVE,
PASY, OGE em outras cidades por toda a Grécia.
Aleka Papariga, secretária-geral do CC do KKE, participou no
impressionante comício do PAME em Atenas e fez as seguintes
declarações aos media: "Mesmo se o trabalhadores dessem a
sua própria carne para liquidar a dívida, a bancarrota selvagem
não seria impedida. Consequentemente, há uma só
solução: Desligamento da UE e cancelamento unilateral da
dívida. Isto é a solução, qualquer outra coisa
constituirá uma tragédia para os trabalhadores".
O orador central no impressionante comício do PAME foi G. Sifonios,
Presidente do Sindicato dos Trabalhadores da "Greek Steelworkers" que
tem estado em greve desde há 103 dias. Ele afirmou a
determinação dos trabalhadores do aço em responderem ainda
mais dinamicamente agora quando está a tornar-se cada vez mais claro que
as medidas tomadas pelo patrão específico da Steelworks (Elliniki
Halivourgia) hoje estão a ser generalizadas pelo governo e a Troika com
salários de fome para todos os trabalhadores. O Presidente do Sindicato,
o qual está a conduzir a mais longa greve dos últimos anos,
agradecer ao PAME e a outras forças, tanto na Grécia como no
exterior, que têm apoiado a luta grevista. Deveria ser notado que o PAME
começou uma campanha de levantamento de fundos para o apoio financeiro
desta greve.
Após o comício houve uma marcha majestosa para o
Ministério do Trabalho, o qual foi ocupado. Os manifestantes exigiram:
-
Eleições agora!
-
Cancelamento unilateral da dívida, desligamento da União
Europeia!
Não devemos nada! Não pagaremos! A dívida não
é nossa! Ela deve ser paga por aqueles que a criaram, pela plutocracia!
Esta é a verdade que foi proclamada pelos manifestantes contra as
mentiras do governo da Frente Negra (centro-esquerda, centro-direita,
nacionalistas) e as calúnias desencadeadas por vários media
internacional que apresentam o povo trabalhador grego como preguiçoso.
Os 52 comícios em bairros populares e da classe trabalhadora por toda a
Ática foram programados para o segundo dia da greve de 48 horas, assim
como outras mobilizações multifacéticas por toda a
Grécia. Além disso, outra manifestação está
programada para o dia em que as medidas bárbaras forem votadas no
Parlamento.
O grupo parlamentar do KKE enfatiza na sua declaração que
"contribuirá com toda a sua força para que o povo se
levante, para que as fábricas, negócios, bairros populares se
tornem fortalezas da luta. O grupo parlamentar do KKE aplica todas as suas
forças para impedir as assassinas medidas anti-povo. Ele pedirá
uma votação nominal sobre o novo memorando que o governo da
Frente Negra procura aprovar através de procedimentos de
emergência como um roubo durante a noite. Cada membro do Parlamento tem
uma responsabilidade pessoal. Nenhum membro do Parlamento é desculpado,
em nome da disciplina, por votar o massacre dos direitos do povo", nota a
declaração do grupo parlamentar do KKE.
Deveria ser observado que os mecanismos provocatórios executaram a sua
missão bem conhecida empenhando-se em conflitos sem significado
lançando pedras à polícia de choque. Mais uma vez estes
incidentes encenados na praça Syntagma pretendem dar aos media a
oportunidade de esconder a mensagem clara de milhares de trabalhadores, os
quais manifestaram-se e exigir a queda do governo da Frente Negra e o
afastamento da Troika, de modo a abrir o caminho para o poder do povo e o
desligamento do país da UE imperialista.
10/Fevereiro/2012
O original encontra-se em
http://inter.kke.gr/News/news2012/2012-02-10-48ori2
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/
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