Tratado de Lisboa:
Será que o criminoso de guerra Tony Blair se tornará presidente
da UE?
A inversão do sentido de voto dos irlandeses foi um dos mais tenebrosos
casos modernos de condicionamento da opinião pública.
Foi descomunal o recurso a meios de propaganda e pressão
utilizados pelo governo irlandês e o
grande patronato. Por sua vez, a burocracia de Bruxelas explorou a crise
económica e financeira que
atingiu em cheio a Irlanda a fim de recuperar o Tratado de Lisboa,
lesivo para os trabalhadores e para a democracia na Europa.
Os media principais, desde a
BBC britânica
à
RTE irlandesa
estão agora a relatar que o Sim obteve uma estrondosa vitória no
referendo de sexta-feira na Irlanda acerca do Tratado de Lisboa. Com a
ratificação do tratado, os obstáculos que impediam a
federalização total do super-estado UE estão agora
removidos.
Como
relatou o Daily Mail
esta semana, uma das primeiras medidas para a UE pós Lisboa será
nomear Tony Blair como o primeiro presidente da União Europeia. Este
movimento era aguardado desde a
altamente suspeita conversão de Tony Blair ao catolicismo
dois anos atrás. Naturalmente, os muitos textos
laudatórios
(e mesmo adversos)
que provavelmente leremos acerca do sr.
Blair nas próximas semanas deixarão de mencionar que ele foi
acusado de numerosos
crimes de guerra e crimes contra a humanidade
, incluindo:
- Contínuas sanções económicas impostas ao Iraque
desde 1990 até à sua invasão às mãos do seu
governo em 2003 que resultou nas mortes de 500 mil crianças iraquianas.
- Conspiração para participar com outra potência numa
guerra de agressão (o supremo crime de guerra internacional).
- Alta traição ao forjar um motivo para a guerra (incluindo o
infame
Downing Street Memorando
).
- Participação numa coligação político e
militar com os EUA no Iraque que utilizou armas transgressoras como o
fósforo branco.
Naturalmente, o eleitorado irlandês não permitiu apenas que Blair
se tornasse o presidente da UE. De acordo com o National Platform EU Research
and Information Centre, o qual compilou uma lista de
13 factos acerca do Tratado de Lisboa
, eles também criaram um tratado que se auto-emenda e
que não mais permitirá vetos nacionais sobre questões
chave como harmonização fiscal, crime, transporte, energia,
saúde pública e serviços. Como explicou o
responsável da Plataforma Nacional, Anthony Coughlan, numa
entrevista anterior à votação acerca do significância do tratado
: "O Tratado de Lisboa estabeleceria uma espécie de
Federação Europeia a qual teria com efeito todos os poderes de um
estado tradicional. E esta nova Federação UE assinaria
então tratado com outros estados em todas as áreas dos seus
poderes e teria a sua própria voz nas Nações Unidas e os
seu próprio ministro dos Negócios Estrangeiros e o seu
próprio serviço diplomático e assim por diante".
Ouçam a entrevista [
aqui
].
Agora que a UE "venceu" ao forçar o público
irlandês a votar o Tratado de Lisboa até que ele o fizesse
"correctamente", as pessoas com mente livre do mundo todo
terão a experiência inconfortável de assistir à
expansão deste vasto novo super-estado tirânico encabeçado
por incontáveis burocratas. Naturalmente, uma vez que a UE foi frustrada
nas suas tentativas de minar a soberania nacional
mútiplas
,
reiteradas
e
repetidas vezes
quando foi
dado ao povo uma oportunidade de pronunciar-se, só podemos esperar que
agora todo o empreendimento da UE tenha sido tão desacreditado que a
oposição política a esta elevação a
Federação continuará a crescer.
As próximas semanas e meses serão os mais críticos para a
criação desta inchada super-potência regional. Pode-se
apenas esperar que a cidadania europeia redobre os seus esforços para
travar a inevitável captura do poder antes que ela se solidifique porque
as consequência para todo o mundo se for criada esta
monstruosidade regional,
inspirada nos nazis
e
organizada por Bilderberg
são simplesmente demasiado odiosas para contemplar.
03/Outubro/2009
Assine a
petição contra a nomeação de Tony Blair como Presidente da União Europeia
O original encontra-se em
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=15528
e em
http://www.corbettreport.com/articles/20091004_lisbon_yes.htm
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/
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