A Google é a NSA
Não se deixe espiolhar:
Duckduckgo
, o motor de pesquisa que não rastreia
O Google quer ser os olhos do Big Brothers fitos sobre si. Todos os gurus da
Internet sabem isto mesmo antes de a NSA ser descoberta a espionar tudo. Mas
agora os rapazes da Moutain View [sede da Google] estão mais
determinados do que nunca a filtrar a sua informação e a eliminar
qualquer resquício de confiabilidade.
Se eu tivesse iniciado um artigo com o parágrafo acima há cinco
anos atrás, instantaneamente teria sido etiquetado como um
"teórico da conspiração" ou pior ainda. O que
pensa disso, caro leitor? Será a ideia de tecnocratas e dos seus
manipuladores enormemente endinheirados enlouquece-lo? Penso que sim. Mas
se precisa de prova para além do óbvio, o
manual de 160 páginas
do Google conta-nos exactamente como eles planeiam alimentar-nos só com
as "suas" notícias. O extenso manual é uma leitura
pesada para a pessoa média, mas o livro fornece pormenores de uma
maquinação orwelliana diferente de qualquer coisa já vista
desde o aparelho de propaganda nazi. Preste muita
atenção à "instrutiva" página 108 onde a
Google dita quem cumpre e não cumpre seus critérios de
classificação. A secção Falha de Cumprimento
(Fails to Meet, FailsM)
é um cilindro compressor da imprensa livre e sugere a
ocultação de certas espécies de sítios web:
"Páginas que contradigam directamente factos históricos bem
estabelecidos (ex.: infundadas teorias da conspiração), a menos
que a consulta indique claramente que o utilizador está à procura
de um ponto de vista alternativo".
Como de costume, a Google obscurece suas intenções reais com a
ideia de que algum algoritmo super inteligente está a "filtrar" ou
"aprender" resultados para ajudá-lo a ter uma vida melhor.
Mais uma vez, a Google supõe fazer "o que é bom para
nós" através da destruição de algumas fontes e
a promoção de outras. Utilizando termos como "graduando
linhas orientadoras para pesquisa de qualidade" e "graduando linhas
orientadores para páginas de qualidade" os pequenos Maquiaveis da
Google providenciam justificação para controlar o que você
vê e lê na web. Censura e monopolização da
informação e dos negócios na internet esta é
acusação contra os rapazes da Mountain View.
Há também a secção que se refere ao modo como a
Google classifica o melhor dentre os melhores sítios de notícias
intitulado "Um alto nível de perícia/ autoridade/
fidedignidade"
("A High Level of Expertise/ Authoritativeness/ Trustworthiness",
EAT).
O acrónimo EAT ("comer") deveria servir de pista acerca do
facto de os utilizadores da pesquisa Google estarem prestes a serem comidos por
alguma verdade trapalhona. Para os oligarcas da Google, "Páginas de
alta qualidade" significam ou que o dono da página paga à
Google ou que o sítio em causa serve muito bem aos mestres da Google
ponto. No topo da matriz de fontes estão jornais (High News 1)
como
The Washington Post
e
New York Times,
seguidos por artigos no interior desses sítios (High News 2). A seguir
na lista das páginas de autoridade estão sítios
governamentais como o Departamento de Estado dos EUA e a Casa Branca e depois
páginas categorizadas (acredite ou não) como "Grande
Humor"
("High Humor").
Dessa forma, a Google excluiu a importância da verdade ou mesmo a
importância da própria notícia em favor de "quem"
a escreveu e da "realidade" que a Google quer que você aceite
a rede do Big Brother.
Melissa Dykes, da
Truth Stream Media
fez um vídeo acerca do novo esforço do Big Brother e o sítio web
Escravos do governo
também fez a sua parte. Estes últimos sugerem mesmo
alternativas à utilização da Google Search àqueles
que recusam as tendências totalitárias a que agora assistimos.
Para pessoas que preferem boicotar o mal iminente tais como [os motores de
pesquisa]
Yandex
e
DuckDuckGo
. Os escravos do governo também listam 400 sítios para
noticiário independente fora da MATRIX da Google. Meu conselho para toda
a gente é começar já a fazer a transição
para longe da Google e do Facebook. A minha própria vasta
experiência em tratar com pessoas voltadas para a técnica revelou
serem gente sem qualquer moral, desejosas de fazer seja o que for para
perpetuarem a sua dominação no digital. A Google destruiu
milhões de profissões, rompeu o seu próprio código,
seus juristas contornaram regras anti-trust e de práticas justas,
evitaram impostos e colaboraram com as agências de inteligência
contra o povo dos Estados Unidos. Todas estas afirmações
não são apenas divagações do autor deste artigo.
Remontando a 2014,
John W. Whitehead
escreveu acerca da NSA e do Google no
Huffington Post
:
"Simplesmente olhe em torno. Isto já está a acontecer.
Graças a uma parceria insidiosa entre a Google e a National Security
Agency (NSA) que se torna cada vez mais invasiva e mais subtil a cada dia que
passa, "nós o povo" tornámo-nos pouco mais do que
consumidores de dados mercantilizados a serem comprados, vendidos e pagos
repetidamente".
Em 29 de Agosto o famoso criador do Zero Hedge, Tyler Durden, escreveu uma
peça intitulada "Porque a Google fez a NSA", a qual revelava
um projecto chamado
INSURGE INTELLIGENCE
, um projecto de jornalismo de investigação financiado
colectivamente que havia divulgado um artigo sobre como a comunidade de
inteligência dos Estados Unidos financiou, alimentou e cultivou a Google
como parte de uma iniciativa para dominar o mundo através do controle da
informação. Leu isto correctamente. Minhas
afirmações anteriores de que Sergey Brin e Larry Page foram
"ascendidos" por dinheiro desconhecido provavelmente estavam
correctas. Apesar de eu ter presumido que George Soros ou Rockfeller estivessem
por trás, é concebível que o Tio Sam fosse o fantasma na
retaguarda. A notícia do Zero Hedge investiga um "estado
profundo" nunca imaginado nos nossos piores pesadelos. A reportagem revela
como o grupo do
Pentagon Highlands Forum's
está a capturar gigantes tecnológicos como a Google a fim de
prosseguir a vigilância em massa. Além disso, a reportagem mostra
como a comunidade de inteligência desempenhou um papel chave em
esforços secretos para manipular os media e o público. As crises
e guerra infindáveis com que nos deparamos são, em grande medida,
devidas aos esforços da Google e de outras instituições
tecnocráticas. O autor enquadra o modo como a
administração Obama realmente consolidou este controle do
"Big Brother":
"Com Obama, o nexo do poder corporativo, industrial e financeiro
representados pelos interesses que participam no Pentagon Highlands Forum
consolidou-se num grau sem precedentes".
Estas pessoas referem-se a sim próprias como "os guardas da
portaria"
("the gatekeepers").
A sua arrogância só é ultrapassada pelo seu agnosticismo
moral. Os êxito da era da informação, as dúbias
minas de ouro do capital de risco de Sillicon Valley, os caminhos misteriosos
pelos quais inovadores razoavelmente comuns foram impulsionados para as luzes
dos holofotes advertem-nos quanto ao pântano subjacente descrito por
Donald Trump. Mas é a imensidade da rede que deveria servir-nos de
pista. Imagine o novo presidente a tomar posse e a defender-se de ataques
tão bem quanto pode, só para descobrir que toda a máquina
do governo dos EUA está influenciada por este controle. Depois de saber
tudo isto é fácil teorizar sobre como Trump fez meia volta acerca
de muitas questões. Ele deve ter sido subjugado. Ou fazia parte do plano
desde o princípio.
Finalmente, se nos estendermos acerca destas notícias e incluirmos
outros tecnocratas como Bill Gates ou Jeff Bezos, então o entendimento
das crises mundiais provocadas pela má política dos EUA torna-se
mais simples. Trata-se de uma corporação tudo isto
é uma corporação para a guerra e o atrito. Bezos a passear
com o antigo general dos Fuzileiros Navais e actual secretário da
Defesa, "Cão Louco" Mattis, na Amazon é
simbólico. O posicionamento de Trump para com Israel, os sauditas ou
mesmo a política interna diz-nos que aquelas promessas da campanha
afundam na esteira da nau do estado profundo a pleno vapor. Se permitirmos
à Google e aos demais actores continuarem sem controle...
Bem, vocês são tão capazes quanto eu de completar a
sentença. Só rezo para que não seja demasiado tarde.
[*]
Investigador e analista político.
O original encontra-se em
journal-neo.org/2017/09/04/we-told-you-so-google-is-nsa/
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/
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