Sócrates só agora descobriu que existe injustiça fiscal em
Portugal
RESUMO DESTE ESTUDO
Sócrates só agora se lembrou da "classe média" e
promete, se ganhar as próximas eleições, que vai reduzir a
carga fiscal que incide sobre ela. Para isso, tenciona baixar as
deduções fiscais referentes a despesas de saúde,
educação, etc, das famílias que ele considere que
têm rendimentos elevados e, com a poupança obtida, reduzir a
carga fiscal sobre a "classe média".
Apesar destas declarações, o governo de Sócrates tem
agravado a injustiça fiscal. No período 2005-2008, em todos anos,
os escalões do IRS aumentaram menos que a taxa de inflação
e a subida de salários, o que contribuiu para agravar a injustiça
fiscal. Mesmo em 2009, em cada 100 euros de impostos que o governo pretende
arrecadar, 57,8 têm como origem impostos indirectos, que são
mais injustos, quando em 2008 foi de 56,9 em cada 100 de impostos.
A maior parte da receita que o Estado perde é devido a benefícios
fiscais concedidos a empresas e nestes Sócrates não pretende
tocar, apesar de muitos deles serem injustificáveis. No período
2005-2009, o Estado, devido aos benefícios fiscais concedidos,
perderá um volume de receita fiscal que deverá tingir os 13.739,1
milhões de euros, segundo o próprio governo. Deste total, 9.861,6
milhões de euros de receitas perdidas, ou seja, 71,8%, resultam de
benefícios fiscais concedidos às empresas, nomeadamente a grandes
empresas. Só a receita fiscal perdida devido à zona franca da
Madeira atinge 8.335,6 milhões de euros no mesmo período, o que
corresponde a 60,7% da receita total perdida. Se a análise for feita
só em relação a 2009, conclui-se que a
situação agravar-se-á, pois a receita fiscal que o Estado
prevê perder este ano, devido aos benefícios fiscais,
deverá atingir 3.151,9 milhões , sendo a dos
benefícios concedidos a empresas 73,8% daquele total. Bastaria reduzir
uma parte dos elevados benefícios fiscais às empresas, muitos
deles sem qualquer justificação económica, e pôr
limites nas deduções a nível do IRS por parte de
contribuintes com rendimentos muito elevados, para aumentar significativamente
as receitas fiscais e reduzir a carga fiscal que incide sobre os trabalhadores
e a "classe média", introduzindo assim uma maior
justiça fiscal. Mas isso, Sócrates recusa fazer.
As empresas, nomeadamente as grandes empresas, também conseguem reduzir
o IRC que pagam, através da dedução nos lucros obtidos dos
prejuízos que eventualmente tiveram nos 6 anos anteriores. De acordo com
dados do Ministério das Finanças, os prejuízos
apresentados pelas empresas, só no período 2005-2007, totalizaram
26.098 milhões de euros, e os prejuízos deduzidos nos lucros, no
mesmo período, somaram 11.620 milhões de euros. Isto significa
que o Estado perdeu, apenas neste período e devido à
dedução dos prejuízos, um montante de receita fiscal que
estimamos em 2.905 milhões de euros e, no futuro, perderá, se se
mantiver a mesma disposição do artº 47º do
Código do IRC, mais 3.619 milhões de euros de receita fiscal,
apenas referente a prejuízos declarados pelas empresas relativos ao
período 2005-2007. Até os bancos, que têm sempre
apresentado elevados lucros, também têm utilizado o mesmo
estratagema para reduzir o IRC que têm de pagar, deduzindo
prejuízos. Assim, de acordo com uma informação fornecida
à Assembleia da República, só no período
2005-2007, os próprios bancos deduziram nos seus lucros 1.762,9
milhões de prejuízos, e as empresas de seguros 351,2
milhões de prejuízos nos lucros obtidos, pagando assim
menos IRC. Bastaria reduzir o período de dedução dos
prejuízos dos 6 anos actuais para 4 anos, para o Estado obter um aumento
de receita que estimamos em cerca de 1.450 milhões de euros por ano, que
contribuiria realmente para implementar uma maior justiça fiscal. Mas
também isto Sócrates recusa fazer.
Em Março de 2008, este governo aprovou a Resolução do
Conselho de Ministros (RCM) nº 55/2008, que concedeu à GALP uma
beneficio fiscal, que vai custar ao Estado, em termos de receita perdida, 211
milhões de receitas de IRC. E não se pense que é
apenas a GALP que tem sido beneficiada com estas benesses do governo de
Sócrates dadas através de RCM. Em 2008, só até
Outubro, de acordo com uma pesquisa que fizemos no Diário da
República, encontramos 18 resoluções de conselho de
ministros que concederam elevados benefícios fiscais e outros às
empresas Amorim Industrial, Labosal, Euroglava, Solar Plus, Faurecia, Estradas
de Portugal, SAFEBAG, Lear, NOKIA, EMBRAER, LATOGAL, TMG, Quimonda, etc.. Estes
benefícios concedidos às grandes empresas terminava no ano 2010.
No entanto, mesmo antes de terminar, o governo de Sócrates fez aprovar
uma autorização legislativa na Lei 64-A/2009 (artº106º)
que lhe permite alterar aquele artigo do Estatuto de Benefícios Fiscais
com o objectivo de prolongar esses benefícios concedidos às
grandes empresas até 2020.
De acordo com dados fornecidos à Assembleia da República pelo
governo, no inicio de 2008, as dividas dos contribuintes à
Administração Fiscal atingiam 13.344 milhões ,
tendo aumentado 395 milhões de euros entre 2006 e 2008. E a subida
só não foi maior porque em 2006 e 2007 o valor dos impostos
prescritos foi de 1.021 milhões . Tudo isto contribui para o
agravamento da injustiça fiscal, porque uns pagam e outros não.
Mas disto Sócrates também se recusa falar. A juntar a tudo isto,
50% dos dividendos recebidos pelos grandes grupos económicos de empresas
que foram privatizadas continuam isentos de IRS e IRC, e Sócrates
recusa-se a acabar com isso.
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Uma das propostas que Sócrates apresentou durante a recente campanha
para a eleição a secretário geral do PS, segundo os
órgãos de informação, muito mediatizada, foi a de
que, se formar governo na próxima legislatura, iria implementar em
Portugal uma maior justiça fiscal. E a medida que se propõe
tomar, segundo os media, consistiria apenas em reduzir as
deduções na saúde, na educação, etc., a
nível do IRS, dos contribuintes com rendimentos mais elevados. Com a
poupança assim obtida, afirma Sócrates, iria reduzir a carga
fiscal que incide sobre a "classe média" implementando assim
uma maior justiça fiscal em Portugal.
Alguns órgãos de comunicação, no seu entusiasmo
pelo 1º ministro, até lhe chamaram o novo Robin dos Bosques, pois
iria tirar aos ricos para dar aos pobres. Este entusiasmo faz lembrar a chamada
"taxa Robin Bosques" que ele também anunciou sobre os lucros
especulativos das petrolíferas. Desta taxa ninguém mais ouviu
falar e, durante o debate do Orçamento do Estado para 2009, o
próprio governo foi incapaz de informar a Assembleia da República
de qual era o montante de receita obtida. Mas a medida foi importante para a
propaganda governamental.
SÓCRATES RECUSA-SE A MEXER NOS BENEFICIOS FISCAIS, UMA CAUSA DA
INJUSTIÇA
Sócrates recusa-se a alterar os elevados benefícios fiscais que
são uma das principais causas da injustiça fiscal em Portugal. O
quadro seguinte, construído com dados constantes dos Relatórios
dos OE deste governo, no período 2005-2009, revela que a maior parcela
da receita fiscal perdida pelo Estado se deve aos benefícios concedidos
às empresas e não às famílias.
No período 2005-2009, o Estado, devido aos benefícios fiscais
concedidos, deverá perder um volume de receita fiscal que se prevê
atinja os 13.739,1 milhões de euros, segundo o próprio governo.
Deste total, 9.861,6 milhões de euros de receitas perdidas pelo Estado,
ou seja, 71,8%, resultam de benefícios fiscais concedidos às
empresas, nomeadamente grandes empresas. Só a receita fiscal perdida
devido à zona franca da Madeira atinge 8.335,6 milhões de euros
no mesmo período, o que corresponde a 60,7% da receita total perdida. E
é sabido que a esmagadora maioria das empresas que utilizam o
"offshore" da Madeira para não pagar ou pagar muito menos
impostos são grandes empresas, incluindo bancos.
A receita fiscal perdida devido a todos os outros benefícios fiscais
concedidos pelo Estado representa apenas 28,2% da receita perdida pelo Estado
naquele período e, no âmbito do IRS, somente 12,1%. Se a
análise se limitar a 2009, conclui-se que se observa até um
agravamento da situação, pois a receita fiscal que se prevê
que o Estado perca deverá atingir 3.151,9 milhões de euros,
representando a parcela das empresas 73,8% do total de receita perdida pelo
Estado devido aos benefícios fiscais e os restantes benefícios
somente 26,2%, sendo os no âmbito do IRS apenas 11,4%. É evidente
que a medida anunciada por Sócrates, a concretizar-se, embora podendo
afectar alguns rendimentos elevados não atinge o núcleo duro dos
grandes benefícios fiscais que determinam que o Estado perca, todos os
anos, um montante muito elevado de receita fiscal e que são uma das mais
importantes causas da injustiça fiscal em Portugal.
OS BANCOS DEDUZIRAM EM TRÊS ANOS 1.762,9 MILHÕES DE EUROS DE
PREJUÍZOS O QUE CONTRIBUIU PARA QUE TENHAM PAGO UMA TAXA DE IRC INFERIOR
À TAXA LEGAL DE 25%
Para além dos elevados benefícios fiscais de que gozam as
empresas, nomeadamente as grandes empresas, estas também conseguem
reduzir significativamente o IRC que têm de pagar, através da
dedução dos prejuízos que eventualmente tenham tido em
anos anteriores.
De acordo com o artº 47º do Código do IRC "os
prejuízos fiscais apurados em determinado exercício são
deduzidos aos lucros tributáveis, havendo-os, de um ou mais
exercícios posteriores". Portanto, se uma empresa teve
prejuízos num ano, poderá deduzir esses prejuízos nos
lucros dos seis anos seguintes, e assim reduz o IRC que tem pagar ao Estado.
O quadro seguinte, construído com dados fornecidos pelo
Ministério das Finanças, dá bem uma ideia da perda de
receita que o Estado tem devido a este facto.
De acordo com dados fornecidos pelo Ministério das Finanças, os
prejuízos apresentados pelas empresas, só no período
2005-2007, totalizaram 26.098 milhões de euros, e os prejuízos
deduzidos nos lucros, no mesmo período, somaram 11.620 milhões de
euros. Isto significa que o Estado perdeu, apenas neste período e devido
à dedução dos prejuízos, um montante de receita
fiscal que estimamos em 2.905 milhões de euros e, no futuro,
perderá, se se mantiver a mesma disposição do
Código do IRC, mais 3.619 milhões de euros de receita fiscal,
apenas referentes a prejuízos declarados pelas empresas relativos ao
período 2005-2007.
Interessa ainda referir que os próprios bancos, que têm
apresentado todos os anos elevados lucros, também têm utilizado o
mesmo expediente para reduzir o IRC que têm de pagar, deduzindo
prejuízos. Assim, de acordo com uma informação fornecida
à Assembleia da República como resultado de um requerimento que
fizemos, só no período 2005-2007, os bancos deduziram nos seus
lucros 1.762,9 milhões de euros de prejuízos, naturalmente de
outras empresas do grupo pois os bancos não têm tido
prejuízos, e as empresas de seguros também deduziram um montante
de 351,2 milhões de euros de prejuízos nos lucros obtidos,
pagando assim menos IRC.
Durante o governo de Guterres, Pina Moura, que era o seu ministro das
Finanças, aumentou o período em que as empresas podem deduzir
prejuízos de 5 anos, que era o período que vigorou até a
essa data, para 6 anos, o que significou mais um beneficio importante para as
empresas. Bastava reduzir esse período para 4 anos e introduzir limites,
para o Estado obter um acréscimo de receita fiscal que estimamos em
1.450 milhões de euros por ano, que seria mais que suficiente para
actualizar adequadamente os escalões do IRS e as deduções
que beneficiariam os trabalhadores e a "classe média" de que
se lembrou agora o 1º ministro, e reduzir a grave injustiça fiscal
existente. No entanto, esta redução do período de
dedução do IRC dos prejuízos de 6 anos para 4 anos,
fazendo-a coincidir com o número de anos (para trás) que as
Finanças, por lei, podem analisar as contas das empresas, o governo de
Sócrates sempre se opôs.
COM SÓCRATES OS BENEFICIOS FISCAIS ÁS GRANDES EMPRESAS ATÉ
AUMENTARAM E A CLASSE MÉDIA NEM OBTEVE AUMENTOS DOS ESCALÕES DO
IRS IGUAL À SUBIDA DE PREÇOS
Em 6 de Março de 2008, este governo aprovou a Resolução do
Conselho de Ministros nº 55/2008, que concedeu à GALP uma elevado
benefício fiscal. De acordo com o nº2 dessa
resolução, como "premio" pelo investimento que esta
empresa está a realizar na modernização das refinarias de
Sines e Matosinhos, foram concedidos à GALP, pelo governo de
Sócrates, " os benefícios fiscais em sede de IRC que constam
do contrato de investimento e do contrato da concessão de
benefícios fiscais, sob proposta do Ministro de Estado e das
Finanças, atento o disposto do artº 39 do Estatuto de
Benefícios Fiscais, tendo, em sede de IRC , sido atribuída pelo
conselho de Ministros a majoração de relevância excepcional
do projecto para a economia nacional", ou seja, um crédito de
imposto correspondente a 20% do valor do investimento que a empresa
realizará, o que determinará uma redução de 221,8
milhões de euros no valor do IRC que esta empresa terá de pagar.
Portanto, um quinto de todo o investimento que a a GALP está a realizar
neste momento nas suas refinarias será pago com o IRC que
deixará de pagar, ou seja, com dinheiros públicos, revertendo
depois o investimento realizado na sua totalidade para os seus accionistas. E
isto em relação a uma empresa que, devido à
inexistência de qualquer controlo efectivo de preços no mercado de
produtos petrolíferos em Portugal, tem imposto preços dos
combustíveis superiores aos preços médios da União
Europeia, embolsando assim elevadíssimos lucros à custa dos
consumidores.
E não se pense que é apenas a GALP que tem sido beneficiada com
estas benesses do governo de Sócrates dadas através de
resoluções do conselhos de ministros, ou seja, de decisões
individuais do governo. Em 2008, só até Outubro, de acordo com
uma pesquisa que fizemos no Diário da República, encontramos 18
resoluções de conselho de ministros que concederam
benefícios fiscais e outros às empresas Amorim Industrial,
Labosal, Euroglava, Solar Plus, Faurecia, Estradas de Portugal, SAFEBAG, Lear,
NOKIA, EMBRAER, LATOGAL, TMG, Quimonda, etc.
Durante o debate do Orçamento do Estado de 2009, pedimos directamente ao
ministro das Finanças que informasse a Assembleia da República
qual era o custo, em termos de perda de receita fiscal, destas
resoluções que concediam benefícios fiscais nomeadamente a
grandes empresas , mas ele recusou-se a responder.
De acordo com o artº 41º do Estatuto de Benefícios Fiscais a
possibilidade do governo poder conceder elevados benefícios fiscais
às grandes empresas (investimentos superiores a 5 milhões de
euros) terminava no ano 2010. No entanto, mesmo antes de terminar, o governo de
Sócrates introduziu na Lei do OE 2009 (Lei 64-A/2009) um artigo
(106º) em que obteve uma autorização legislativa para
alterar aquele artigo do Estatutos de Benefícios com o objectivo de
prolongar esses benefícios concedidos às grandes empresas,
à custa da redução das receitas fiscais, pelo menos
até 2020.
Enquanto Sócrates revela esta preocupação em
relação às grandes empresas, em todos os anos da sua
governação ele nunca teve a preocupação de aumentar
os escalões do IRS e de actualizar muitas outras deduções
que beneficiam os trabalhadores e a "classe média" pelo menos
de acordo com a subida da taxa de inflação e dos salários,
o que contribuiu para o aumento da carga fiscal sobre estes grupos
populacionais.
Em 2005, o governo actualizou os escalões do IRS em 2% e a taxa de
inflação subiu 2,3%; em 2006 os escalões subiram 2,3% e os
preços 3,1%; em 2007, os escalões foram aumentados em 2,3% e a
taxa de inflação foi de 2,4%; e, em 2008, os escalões do
IRS subiram 2,1% e a taxa de inflação aumentou em 2,6%. Portanto,
em todos os anos do governo de Sócrates, os escalões do IRS
subiram menos que a taxa de inflação. É evidente que esta
actualização insuficiente dos escalões determinou, para
muitos milhares de trabalhadores e elementos da "classe media"
próximos dos limites dos escalões, a passagem para o
escalão seguinte, o que provocou o salto de escalão, ou seja, uma
parte do seu rendimento começou a ser sujeito a uma taxa de IRS superior
à que tinha sido aplicada no ano anterior. E apesar de alertado quer na
Assembleia da República quer fora dela para esta situação
que estava a agravar a injustiça fiscal em Portugal, Sócrates
nunca se preocupou: Só agora, naturalmente porque as
eleições estão próximas, é que se lembrou da
"classe média" em relação a uma
situação provocada precisamente pela politica do seu governo.
Antes de terminar interessa chamar a atenção para mais uma
situação de grave injustiça fiscal que tem sido mantida
pelo governo de Sócrates. De acordo com o artº 67º do Estatuto
dos Benefícios Fiscais os dividendos de acções de empresas
que foram privatizadas estão isentos em 50% do pagamento de IRC e IRS. A
esmagadora maioria destas acções pertencem a grandes grupos
económicos nacionais e estrangeiros que se apoderaram dessas empresas.
Este beneficio fiscal injustificável nomeadamente o concedido aos grupos
económicos determina uma perda de receita fiscal superior a 5
milhões de euros por ano. Em todos os debates do Orçamento do
Estado temos defendido a eliminação deste beneficio. O governo de
Sócrates tem-se recusado em fazê-lo. Os comentários parecem
inúteis perante a evidência dos factos.
A DIVIDA À ADMINISTRAÇÃO FISCAL ATINGIA, EM 2008, 13.344
MILHÕES DE EUROS E AS PRESCRIÇÕES, SÓ EM 2006 E
2007, SOMARAM 1.021 MILHÕES DE EUROS
De acordo com dados fornecidos pelo governo à Assembleia da
República, aquando do debate do OE2009, a um requerimento que fizemos,
entre o inicio de 2006 e de 2008, as dividas dos contribuintes aumentaram de
12.965 milhões de euros para 13.344 milhões de euros. A subida
só não foi maior porque, só em 2006 e 2007, foram anulados
1.021 milhões de euros devido a impostos que prescreveram devido
à incapacidade do Fisco. A conclusão imediata que se tira
é a que a divida está a aumentar mais rapidamente do que aquilo
que o governo consegue recuperar, apesar das campanhas feita sobre a
redução da divida. Tudo isto também contribui para o
agravamento da injustiça fiscal em Portugal, porque uns pagam impostos e
outros não.
15/Fevereiro/2009
[*]
Economista,
edr@mail.telepac.pt
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