Carta aberta aos associados do Montepio
Alguns dados para reflexão antes das eleições de 2/12/2015
PEÇO A AJUDA DE TODOS PARA QUE ESTA CARTA CHEGUE AO MAIOR NUMERO DE
ASSOCIADOS
Estimado(a) Associado(a)
O Montepio Associação Mutualista tem enfrentado tempos
difíceis devido aos efeitos da grave crise económica e social que
assola o país a que se juntou uma gestão desastrosa da
administração de Tomás Correia na Caixa Económica
Montepio Geral (CEMG). Neste momento difícil precisa muito da sua
participação ativa.
A administração de Tomás Correia introduziu
alterações estratégicas na gestão da Caixa
Económica, mudando o seu "ADN original". De
instituição financeira assente no crédito à
habitação, às pessoas, às entidades da economia
social, e às PMEs, procurou-se transformá-la num banco de
empresas e, nomeadamente, de grandes empresas. E os resultados foram
desastrosos.
Lançou-se apressadamente uma OPA sobre o FINIBANCO, mal estudada, e
não se prevendo os seus efeitos. Como a CEMG não possuía
meios financeiros para o fazer, foi a Associação Mutualista (AM),
numa operação contrária ao seu "ADN", que teve
de a realizar. E depois a AM teve de recapitalizar a Caixa Económica com
425 milhões de euros de poupanças dos associados, para que esta
pudesse "adquirir" à AM o grupo FINIBANCO. Tudo isto agravou
as dificuldades da Caixa Económica num contexto de grave crise
económica e social. A tudo isto os eleitos pela lista C se opuseram no
conselho geral da AM, mas ninguém deu importância ao nosso alerta.
Com o objetivo de transformar a CEMG num banco, nomeadamente, de grandes
empresas, restringiu-se o credito à habitação, com efeitos
negativos na ocupação de muitos trabalhadores, e pôs-se em
prática uma politica de credito de elevado risco, que causou enormes
imparidades (entre 2011 e o 1º semestre de 2015, a soma das imparidades,
resultantes de mau credito concedido, somou 1.249 milhões ) o que
determinou elevados prejuízos e a delapidação dos capitais
próprios da Caixa Económica- Montepio Geral (CEMG), que obrigou a
Associação Mutualista e associados a recapitalizar a CEMG em
2012, 2013 e 2015. Desde 2010, a Associação Mutualista e os
associados tiveram de recapitalizar a CEMG com 1.100 milhões , que
é ainda insuficiente, já que neste percurso foram delapidados 600
milhões de euros devidos aos prejuízos resultantes dos erros de
gestão de Tomás Correia.
Uma outra consequência para a Associação Mutualista foi ter
de suportar os prejuízos causados pelas empresas em que ela tem
participação no seu capital. Em 2013, a nível de contas
consolidadas que inclui os resultados das empresas, a Associação
Mutualista teve 336 milhões de prejuízos e, em 2014,
prevê-se que tenha tido também prejuízos no montante de 150
milhões , que a administração de Tomás
Correia procura ocultar, recusando-se até agora a divulgar as contas de
consolidadas de 2014, e a prestar contas aos associados.
A tudo isto nos opusemos nos órgãos próprios quer da
Associação Mutualista quer da Caixa Económica-MG, e
só foi quando os nossos alertas se revelaram totalmente inúteis,
e perante o risco de descapitalização não só da
CEMG mas também da própria AM, já que a má
gestão e os prejuízos se continuavam a acumular, o que tornaria
necessário mais recapitalizações, que sentimos a
necessidade de alertar os associados para a gestão desastrosa que estava
a ser seguida que punha em risco não só a CEMG mas a
própria AM, utilizando para isso apenas dados públicos que
constavam dos relatórios e contas publicados.
Tomás Correia e seus apoiantes afirmaram por várias vezes em
reuniões de trabalho dentro do Montepio, e um pouco por todo o
país, de que teríamos sido os mentores de uma campanha contra o
Montepio, quando a verdade é que foi precisamente a sua gestão e
os resultados desastrosos, e a sua recusa em ouvir os nossos alertas, que
alimentaram e facilitaram a campanha na comunicação social de
grupos que estão interessados em controlar do Montepio ou mesmo em
destrui-lo.
Foi necessário, por isso, substituir a administração de
Tomás Correia que se mostrava totalmente incapaz de reverter o caminho
de prejuízos, pois se não se atuasse rapidamente caminhava-se
para uma situação insustentável e sem retorno. E foi o que
aconteceu com a entrada de uma nova administração, que mudou a
estratégia da CEMG, fazendo-a regressar ao seu "ADN" original,
o que defendemos. Esperamos que consiga rapidamente inverter o caminho
desastroso de prejuízos que estava a ser seguido e terá de ser
avaliada com base nos resultados alcançados.
A questão que se coloca nas eleições de 2 de Dezembro de
2015, em que podem participar todos os associados maiores, com mais de dois
anos de associado, é a necessidade de remover também da
Associação Mutualista a administração de
Tomás Correia, para que ela não faça na AM o que fez na
Caixa Económica.
Mas é também necessário impedir que aqueles que só
aparecem nos períodos eleitorais para obter lugares e se servirem do
Montepio, se apoderem da administração da AM.
Assim, as opções que se colocam a todos os associados, e que cabe
a cada um decidir nas eleições de 2 de Dezembro de 2015
são as seguintes:
(1) OU OPTAM
por uma administração de continuidade simbolizada por
Tomás Correia, correndo o risco de ela causar à AM os mesmos
estragos que fez na CEMG;
(2) OU OPTAM
por uma administração cujos membros só aparecem nos
momentos de eleições, sem provas dadas, para obter lugares,
correndo o risco dessa administração, no lugar de servir do
Montepio, se servir do Montepio;
(3) OU OPTAM
por uma administração cujos membros estiveram sempre presentes
opondo-se ao clima de autoritarismo que existia no Montepio e que atingia
trabalhadores e associados, e alertando os associados para atos de má
gestão, que estavam a por em perigo o Montepio e as poupanças dos
associados, enfrentando muitas vezes ameaças de processo em tribunal,
calunias e ataques violentos por parte da administração de
Tomás Correia e dos seus apoiantes por informar os associados.
São as opções que se colocam nas eleições de
02/12/.2015, e que cabe a cada associado e só a ele escolher e decidir
livremente. Nas suas mãos estão a segurança das suas
poupanças e o Montepio. É importante que cada associado tenha
presente o momento difícil do Montepio. A Associação
Mutualista não aguenta mais um período de três anos de
má gestão.
Confiamos na sua decisão e estamos certos que saberá defender o
Montepio, escolhendo a lista que melhor o faça, e que tenha provas dadas.
Saudações Mutualistas
Eugénio Rosa,
membro do Conselho Geral eleito pela Lista C e candidato a presidente
do Conselho de Administração (CA) da Associação
Mutualista agora também na Lista C "SEGURANÇA,
TRANSPARÊNCIA, CONFIANÇA NA GESTÃO DO MONTEPIO. DEFENDER O
MUTUALISMO" Lista C
Maria do Carmo Tavares,
membro do Conselho Geral eleito pela Lista C e candidata ao CA da AM
agora também na Lista C" SEGURANÇA, TRANSPARÊNCIA,
CONFIANÇA NA GESTÃO DO MONTEPIO. DEFENDER O MUTUALISMO"
Lista C.
José Venâncio,
membro do Conselho Geral eleito pela Lista C e candidato ao Conselho
Geral da AM agora também na Lista "SEGURANÇA,
TRANSPARÊNCIA, CONFIANÇA NA GESTÃO DO MONTEPIO. DEFENDER O
MUTUALISMO" Lista C
OS RESULTADOS EM GRÁFICOS DA ADMINISTRAÇÃO DESASTROSA DE
TOMÁS CORREIA
É URGENTE UMA MUDANÇA NO MONTEPIO para parar o ciclo de
prejuizos e de utilização das poupanças dos associados
(1.100 milhões de 2010/2015) para OPAs e para suportar
prejuízos de um gestão desastrosa.
A MUDANÇA JÁ COMEÇOU NA CAIXA ECONÓMICA, com a
substituição da administração de Tomás
Correia por uma outra administração que será avaliada
pelso resultados alcançados (inverter rapidamente o ciclo de
prejuízos).
AGORA É NECESSÁRIO COMPLETAR A MUDANÇA, ALARGANDO À
ASSOCIAÇÃO MUTUALISTA, e expulsando a administração
de Tomás Correia, que já causou enormes prejuízos ao
Montepio.
É TAMBÉM NECESSÁRIO IMPEDIR que se apodere da
Associação Mutualista UMA OUTRA ADMINISTRAÇÃO,
constituida por pessoas que só aparecem nas eleições para
obter lugares e que, no lugar de servir o Montepio, pretendem servir-se do
Montepio.
O FUTURO DO MONTEPIO E A SEGURANÇA DAS POUPANÇAS DOS ASSOCIADOS
ESTÃO AGORA NAS MÃOS DOS ASSOCIADOS. CABE A ELES DECIDIR EM
2/12/2015
CONVITE A TODOS OS ASSOCIADOS PARA PARTICIPAR NAS SESSÕES/DEBATE
REALIZADAS PELA LISTA C
A Lista C, de que faço parte, vai realizar um conjunto de sessões
em várias regiões do país,
para as quais convidamos todos os associados,
com o objetivo de com eles debater as seguintes questões:
-
A SITUAÇÃO DO MONTEPIO E DAS POUPANÇAS DOS ASSOCIADOS
-
APRESENTAÇÃO DO PROGRAMA E DEBATE DAS PROPOSTAS/MEDIDAS DA LISTA C
Estão já marcadas sessões em:
-
Em BRAGA, no dia 9 de Novembro, às 18h00 na Associação
Industrial do Minho
-
No PORTO, no dia 10 de Novembro, às 17h30 na UNICEPE
-
Em COIMBRA, no dia 17 de Novembro, às 17h30 no Hotel Tivoli
-
Em CASTELO BRANCO, no dia 18 de Novembro, às 18h00, na União de
Sindicatos
-
Em ÉVORA, no dia 20 de Novembro, às 18h00, na Universidade de
Évora
-
Em LISBOA, no dia 25 de Novembro, na Casa do Alentejo, às 18h00
Peço que não deixes de participar. E avisa todos os associados
que conheças para estarem presentes.
Saudações Mutualistas
Eugénio Rosa,
Candidato a presidente do Conselho de Administração da
Associação Mutualista pela Lista C
NOTA: Se algum associado considerar que numa região existem
condições para reunir um numero elevado de associados
interessados em debater a situação do Montepio e das
poupanças agradeço que envie um email para
eugeniorosa@zonmail.pt
Esta carta aberta encontra-se em
http://resistir.info/
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