Mercados globais em tumulto:
Guerra financeira contra o trabalho e a indústria
Sexta-feira, 24 de Outubro, a libra esterlina caiu para apenas US$1,53 (desceu
de US$1,73 no início da semana, um enorme mergulho pelos padrões
de câmbios de divisas), e o euro afundou para apenas US$1,25, enquanto o
iene japonês subiu 10%. Estas mudanças ameaçaram
interromper os mercados de exportações e consequentemente os
padrões de vendas industriais. Os mercados globais de
acções mergulharam 5 a 9% no estrangeiro e houve conversas sobre
o encerramento do mercado de Nova Iorque se as acções
caíssem mais de 1000 pontos. As trocas anteriores à abertura
viram a Média Industrial Dow Jones cair para o limite máximo de
550 pontos (maioritariamente em vendas para o estrangeiro), antes de
ricochetear para perdas de "apenas" 312 pontos enquanto o
dólar subia face às moedas europeias.
O tumulto com as divisas e o mergulho dos mercados de acções de
sexta-feira foi um caso de as galinhas voltarem para casa para se abrigarem das
políticas de guerra de classe travadas pelas indústrias e banca
europeias e asiáticas a esmagarem os seus mercados internos de
consumidores isto é, os padrões de vida dos trabalhadores
a favor da produção para exportação para os
Estados Unidos. A contradição interna nesta guerra de classe
industrial e financeira agora é clara:
Na medida em que ela conseguir deprimir o rendimento do trabalho, inibe o
mercado interno de bens de consumo.
Isto contraria a
Lei de Say
o princípio que "a produção cria o sua
própria procura", baseada na suposição de que aos
empregados será (ou deverá) ser pago o suficiente a fim de
comprarem o que produzem.
Há muitos anos que isto não se verifica na Europa e nem na
Ásia. Mas a produção tem sido capaz de continuar sem
vacilações devido a um
deus ex machina
internacional: a procura dos consumidores dos EUA.
Isto não quer dizer que não esteja a ser travada uma guerra de
classe nos Estados Unidos. Na verdade, os padrões de vida para a maioria
dos assalariados nos dias de hoje estão baixos em relação
à "era dourada" do fim dos anos 70. Mas a economia
norte-americana teve o seu próprio
deus ex machina
financeiro para aparar o golpe: a inflação dos preços
dos activos de Alan Greenspan que inundou os bancos com créditos, o qual
foi emprestado a compradores de casa e a aventureiros dos mercados de
acções. A ascensão dos preços das casas foi
aplaudida como "criação de riqueza", como se elas
fossem um puro activo, à semelhança de dividendos subitamente a
serem concedidos para as contas poupança de cada um. Compradores de
casas foram encorajados a "sacar dinheiro" sobre a margem ascendente
da sua "situação líquida", o preço de
mercado (temporariamente) ascendente das suas casas para além da sua
dívida hipotecária (permanente). Por isso, enquanto a maior
parte do dinheiro das hipotecas era usado para aumentar o preço da
propriedade imobiliária, cerca de um quarto das novas concessões
de empréstimos era gasta em bens de consumo. A dívida de
cartões de crédito também subia. Em face do esmagamento
dos seus cheques de pagamento, os consumidores estado-unidenses estavam a
manter os seus padrões de vida incorrendo em mais e mais dívidas.
Isto não podia durar muito tempo. Nunca durou. As bolhas financiadas por
dívidas não podem durar mais que alguns anos, mesmo quando
impelidas por uma auto-suficiente inflação de preços de
activos auto-alimentadora na qual as famílias e as
corporações industriais contraem mais e mais empréstimos
contra o preço ascendente dos seus colaterais. Mas o jogo estava acabado
no momento em que rebentou a bolha habitacional.
Ele acabou não só para a economia estado-unidense como
também para as economias estrangeiras que haviam montado a sua
produção industrial para servir o mercado dos EUA ao invés
dos seus próprios mercados internos. Uma desaceleração
global da indústria é agora uma ameaça, e deve continuar
até que os mercados internos estrangeiros sejam alimentados
exactamente a tendência oposta da recente geração de
políticas neoliberais anti-trabalho.
Para perceber as dinâmicas em funcionamento, é preciso olhar para
a balança de pagamentos não tanto para a própria
balança comercial e sim para a especulação com divisas,
para a concessão de empréstimos internacionais e para a
arbitragem
[1]
que tem dominado as taxas de câmbio ao longo das últimas duas
décadas. As taxas de câmbio já não reflectem mais os
níveis de salários relativos, a "paridade do poder de
compra" ou custos de vida como em tempos passados. Hoje, elas reflectem o
fluxo da contratação de empréstimos internacionais, em que
as taxas de juros estão baixas e a concessão de
empréstimos a uma certa margem de lucro
(markup)
está fixada e portanto ao proteger
(hedging)
esta arbitragem, a maioria dos participantes salta para o "comboio da
alegria" a especular acerca do modo como as divisas irão
comportar-se.
Deste modo as balanças de pagamentos e os valores das divisas foram
"pós-industrializados", tal como o foram as próprias
economias internas. Ao invés de promover o crescimento industrial
baseado num mercado habitacional em expansão, governos por todo o mundo
perseguiram uma estratégia financeira "pós-industrial"
de "criação de riqueza".
A crise do iene japonês reembolsada pelo
carry trade
Em lado algum isto foi mais evidente que no Japão, cuja economia
permaneceu na estagnação desde que a sua primeira bolha
rebentou em 1990. Durante 17 anos consecutivos, trimestre após
trimestre, os preços da terra japoneses caíram, assim como os
preços dos mercados de acções e portanto, os
colaterais comprometidos como apoio aos empréstimos. Isto levou
rapidamente a que os bancos japoneses ficassem com situação
líquida negativa. A resposta do Banco do Japão foi engendrar uma
maneira de eles reconstruírem os seus balanços para os
bancos "conseguirem escapar" dos maus empréstimos que haviam
feito.
A política usada não foi ressuscitar o decadente mercado
doméstico no Japão ou as suas corporações
industriais. Desde 1945 até 1985, os japoneses tiveram um sistema
bancário industrial modelo. Mas em 1985, os diplomatas estado-unidenses
pediram ao Japão para, por favor, cometerem um suicídio
económico. Irritados com o êxito impressionante da
indústria japonesa, responsáveis dos EUA pediram aos seus
submissos interlocutores japoneses para aumentarem a taxa de câmbio do
iene de modo a fazerem com que as suas exportações industriais
ficassem menos competitivos, e a devido tempo para inundarem a sua economia com
crédito assim como para baixar taxas de juros, permitindo assim à
Reserva Federal inundar o mercado dos EUA com bastante crédito barato
para dar uma aparência de prosperidade à
administração Reagan. Esta política anunciada no
Acordo Plaza de 1985 levou o economista David Hale a comentar
jocosamente que o Banco do Japão estava a agir como o Décimo
Terceiro Distrito da Reserva Federal e o governo japonês como um
comité republicano de reeleição.
O Japão inundou a sua economia com crédito, baixou as taxas de
juro e alimentou a maior bolha imobiliária do mundo dos anos 80. O
mercado de acções também inchou para reflectir o aumento
nas vendas e ganhos industriais japoneses. Mas depois de a bolha rebentar, a 31
de Dezembro de 1989, as dívidas de hipotecas e de acções
que os bancos japoneses detinham nas suas reservas capitais caíram
aquém do valor necessário para suportar os suas
obrigações de depósitos. Para ajudar a salvar os bancos, o
governo japonês incentivou-os a empreender aquilo que ficou conhecido
como
"carry trade":
conceder empréstimos de ienes criados liberalmente a
instituições financeiras estrangeiras a taxas extremamente
baixas, para que esses tomadores convertessem-nos em outras divisas a fim de
comprar títulos ou outros activos que rendessem uma taxa mais alta. Se
ao mercado interno japonês faltavam tomadores de crédito dignos de
confiança, passavam a emprestar a estrangeiros. Como uma nova fonte de
rendimento para os bancos, em substituição aos empréstimos
para o imobiliário e a indústria internas, as baixas taxas de
juro permitiram-lhes inundar a economia global com créditos. Isto serviu
as finanças globais pois proporcionou aos especuladores e
"intermediários financeiros" uma oportunidade de obterem uma
rodada de arbitragens gratuitas, em contraste com as exportações
industriais japonesas que ameaçavam destronar as produções
industriais americanas e europeias de automóveis, electrónica de
consumo e outras.
As taxas de empréstimo mantiveram-se altas dentro do próprio
Japão. Tal como descreveu recentemente o veterano observador do
Japão Richard Werner
(autor de
Princes of the Yen
) "enquanto as pequenas firmas japonesas foram
mortas pela contínua recusa dos bancos de expandir o crédito (e
muitos presidentes de pequenas firmas morreram porque tiveram de vender um rim
a agiotas a que se viram obrigados a recorrer), os especuladores estrangeiros
recebiam amplos fundos de ienes por uma pechincha". A desculpa para esta
criação de crédito foi que os exportadores japoneses eram
ajudados pois a conversão do iene em moeda estrangeira baixava a taxa de
câmbio. (O crédito de iene era "fornecido" aos mercados
monetários globais e era gasto para comprar e assim aumentar o
preço de euros, dólares, libras esterlinas e outras divisas.)
Assim o iene manteve-se em baixa, ajudando as vendas japonesas de bens de
consumo, enquanto aos tomadores estrangeiros de empréstimos era
permitido surfar a sua própria onda de inflação de
preços de activos. Os especuladores podiam pedir emprestado a apenas uns
poucos pontos percentuais de juro no Japão e converter a sua
dívida em divisa estrangeira e emprestá-la a outros países
igualmente desesperados, tais como a Islândia, até a mais de 15%.
Ienes no valor de centenas de milhares de milhões de dólares,
euros e libras foram tomados como empréstimo e devidamente convertidos
em divisas estrangeiras a fim de serem emprestados com uma margem de lucro. Os
responsáveis pelas arbitragens fizeram milhares de milhões agindo
como intermediários financeiros e ganhando rendimentos nas margens entre
os baixos custos de empréstimo em ienes e as altas taxas de juros das
divisas estrangeiras. Como escreveu Ambrose Evans-Pritchard há mais de
um ano no
Financial Times,
"O Banco do Japão manteve as taxas de juro a zero durante seis
anos até Julho de 2006 para manter afastada a inflação.
Ainda agora, as taxas ainda estão a apenas 0,5%. Ele também
injectou perto de US$12 mil milhões de liquidez todos os meses,
imprimindo dinheiro para comprar títulos. O efeito líquido foi
uma fuga maciça de dinheiro para a economia global. Confrontados com um
ganho miserável em casa, os fundos do Japão e as avozinhas
poupadoras guardaram o dinheiro no estrangeiro. Bancos,
hedge funds
e a proverbial sra. Watanabe, todos eles foram capazes de tomar emprestado por
quase nada em Tóquio a fim de comprar activos por todo o globo. O BNP
Paribas estima que este
"carry trade"
está próximo dos US$1,2 mil milhões.
Tudo isto estava condicionado à capacidade dos prestamistas em obterem
um benefício contínuo a expensas dos outros. Agora que o
almoço gratuito estava acabado, o modo pós-industrial
japonês de resgatar o seu sector bancário está a voltar
para casa a fim de abrigar-se. E está a fazê-lo de um modo que vai
destacar o conflito inerente entre o capitalismo financeiro e o capitalismo
industrial. Enquanto a expansão industrial é suposta continuar
e pode continuar a fazê-lo desde que os mercados acompanhem o
ritmo da produção as bolhas de dívida acabam,
habitualmente de modo abrupto, como estamos a ver hoje. Agora que a
Islândia entrou na bancarrota, parece que será a Hungria a
segui-la.
Como os mercados globais de divisas já não proporcionam os roubos
fáceis da última década, o
carry trade
do iene está a ser desincentivado. Isto envolve converter a divisa
islandesa, euros, libras e outras divisas não-japonesas outra vez para
ienes a fim de resolver as dívidas aos bancos japoneses. Este
repagamento e a consequente reconversão em iene
está a empurrar o preço do iene para cima. Isso ameaça
tornar as exportações japonesas mais caras em termos de
dólares, euros e libras. Na semana passada a Sony previu que em
consequência os seus rendimentos irão cair, e outras empresas
japonesas enfrentam um aperto semelhante nas vendas, não apenas derivado
da ascensão dos preços iene/dólar, mas também da
desaceleração global resultante de duas décadas de
políticas económicas pro-finanças e anti-trabalho.
Financiando a economia americana com o
"gotejamento"
a partir de baixo
O iene em ascensão e a queda nas taxas das divisas estrangeiras
são o resultado do desfazer da estratégia
"carry trade"
japonesa para salvar os seus bancos. A indústria japonesa pagará
a conta. E apesar da queda da libra e do euro, a política europeia de
enfatizar as suas exportações para o mercado americano ao
invés de vender para a sua própria força de trabalho
interna parece bastante má, tendo em conta o iminente abrandamento
económico esperado. Os gastos e nível de vida dos consumidores
estado-unidenses cairão ao que parece, a pique para
financiar a economia do "gotejamento" para o topo. A actual
política do Tesouro é salvar os credores, não os
devedores. Os bancos estão a ser salvos, mas não a
indústria e certamente não os assalariados/consumidores dos EUA.
Ao invés de prosseguirem um tipo de défice Keynesiano, gastando
de uma maneira que aumente o emprego (gastos governamentais em bens e
serviços, em infra-estruturas e transferências de pagamentos), o
Tesouro e a Reserva Federal estão a providenciar dinheiro para que os
bancos se comprem entre si, consolidando o sistema financeiro dos EUA num
sistema do tipo europeu, com apenas alguns grandes bancos. O sistema financeiro
está a tornar-se monopolizado e a assumir a forma de trusts, revertendo
dois séculos de política económica destinada a impedir a
dominância financeira sobre a economia.
Naturalmente, nada do dinheiro que está a ser dado aos bancos vai
"gotejar". Ao invés disso, verificar-se-á a maior
transferência de dinheiro no sentido ascendente em mais de setenta anos.
A política de dar dinheiro aos sectores mais ricos nos dias de
hoje o sector financeiro transforma a economia do
"gotejamento" num eufemismo para a concentração da
riqueza. A pretensão é que a economia americana precisa da
liderança financeira e da sobrecarga da propriedade a fim de que a
economia "real" descole outra vez. Mas um sector financeiro mais
forte a vender ainda mais dívida à economia como um todo
ameaça deter a recuperação, sem falar de uma nova
descolagem.
Vendo o iminente encolhimento do mercado dos EUA, prestamistas e investidores
estão a descarregar as suas acções, não apenas
aquelas de firmas americanas como também acções em
sectores exportadores europeus e asiáticos. É esta a
"contradição interna" da operação de
salvamento financeiro de hoje. A própria finança não pode
sobreviver diante de uma economia interna "real" em sufoco.
Assim, o mundo pode estar num ponto de viragem ideológica. Mas a
última coisa que a oligarquia europeia quer ver são
padrões de vida mais altos para os trabalhadores. Nem tão pouco a
classe financeira dos EUA. A Europa e a Ásia depositam a sua fé
no mercado de bens de consumo dos EUA em vez de depositá-la nos seus
próprios. O sector financeiro norte-americano considerou isto atraente
na medida em que o consumo era financiado incorrendo em dívida,
não por trabalhadores a ganharem mais dinheiro ou a pagarem menos
impostos. Os líderes industriais e políticos por todo o mundo
têm sido tão anti-trabalho que há muito pouca
reflexão quanto a aumentar os padrões de vida internos
através de salários mais altos e diversão dos impostos dos
trabalhadores e da indústria outra vez para a propriedade, como as
políticas fiscais progressivas costumavam basear-se.
É por isso que é impossível voltar ao passado, como se
este fosse alguma espécie de condição normal que pudesse
ser recuperada. Quando Alan Greenspan inundou o mercado hipotecário com
crédito, os donos das casas emprestaram contra a subida nos
preços das casas (sacaram sobre elas), como se as suas casas fossem um
porquinho mealheiro. A diferença, claro, é que quando
alguém faz retiradas de uma conta bancária fica menos dinheiro
nela, mas nenhuma dívida é envolvida para absorver rendimentos
futuros com um calendário de pagamentos. Os "equity loans"
deixaram uma dívida residual, que agora se tornaram
situação líquida negativa com empréstimos ainda a
precisarem ser reembolsados. Isso deixará menos para o consumo. Assim,
os gastos dos consumidores dos EUA cairão devido a:
(1) fim das hipotecas fáceis e do crédito dos cartões de
crédito
(2) deflação da dívida quando os consumidores reembolsarem
empréstimos passados, eliminando
("crowding out")
[2]
outras formas de despesas e,
(3) reduções de efectivos e perdas de empregos levando à
queda dos rendimentos salariais.
A redução dos gastos dos consumidores significa menos vendas dos
fabricantes dos Estados Unidos e do estrangeiro especialmente aqueles em
países cuja divisa esteja a subir em relação ao
dólar (
e.g.
Japão). Vendas mais baixas significa salários mais baixos, o
que significará preços mais baixos das acções. E
no próprio mercado de acções, os rácios
preço/rendimentos estão a cair, à medida que é
cortada a especulação que alimentava o mercado de
acções, da parte dos hedge funds e outros arbitragistas. Assim,
a combinação de rácios preço/rendimentos cadentes e
de rendimentos em queda significará menos no denominador (rendimentos) a
ser multiplicado pelos preços (rendimentos capitalizados à taxa
de juro em curso).
Os preços em declínio dos mercados de acções
estão a reduzir a cobertura dos fundos de pensões corporativos
(assim como as contas pessoais de reforma), exigindo maiores reservas para
financiar plenamente estas contas. Face ao endurecimento do crédito
bancário, isto cortará novas despesas corporativas em
fábricas e equipamentos, desacelerando mais uma vez a economia.
Quando os exportadores estrangeiros serão rudemente despertados do sonho
da procura americana, quando será atingido o ponto em que a Europa e a
Ásia procurarão construir os seus próprios mercados
internos como uma alternativa?
O primeiro problema é ultrapassar o preconceito ideológico em que
os banqueiros centrais estão doutrinados, num mundo em que os
políticos cederam as políticas económicas a banqueiros
treinados na Escola de Chicago da guerra contra o trabalho e até mesmo
contra a indústria. Provavelmente é demais esperar que os
banqueiros centrais europeus de hoje e administradores económicos afins
abandonem a sua ideologia neoliberal anti-trabalho e vejam que sem um mercado
interno próspero, as suas próprias firmas industriais
definharão. A solução deve vir de um sector
político renascido que represente os interesses do trabalho, e
até da própria indústria quando ela vir a necessidade de
ressuscitar os mercados internos.
26/Outubro/2008
[1] Arbitragem: Compra de divisas, títulos de crédito ou
quaisquer outros valores num mercado e venda simultânea dos mesmos
valores noutro mercado onde se verifique, em determinado momento,
cotações ou preços mais elevados.
[2] Crowding out: Tomada de empréstimos em grande escala pelo governo
que eleva taxas de juro e impede os negócios e os consumidores de
obterem empréstimos à vontade.
[*]
Antigo economista da Wall Street especializado em balança de pagamentos
e imobiliário no Chase Manhattan Bank (agora JPMorgan Chase & Co.),
Arthur Anderson, e posteriormente no Hudson Institute (nenhum parentesco). Em
1990 ajudou a estabelecer o primeiro fundo de dívida soberana do mundo
para a Scudder Stevens & Clark. Foi Conselheiro Económico Chefe de
Dennis Kucinich
na recente campanha primária presidencial dos democratas, e aconselhou
os governos americano, canadiano, mexicano e lituano, bem como o United
Nations Institute for Training and Research (UNITAR). Professor
Investigador Emérito da Universidade do Missouri Kansas City
(UMKC), autor de muitos livros, incluindo
Super Imperialism: The Origin and Fundamentals of U.S. World Dominance
. Email:
mh@michael-hudson.com
O original encontra-se em
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=10695
.
Traduzido por João Camargo.
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/
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