Boom de construção em Pyongyang
Estará a Coreia do Norte a derrotar as sanções?
por Henri Féron
O texto abaixo foi escrito por alguém que não é amigo da
RDPC. No entanto, o seu autor é forçado objectivamente a
reconhecer que: 1) O desenvolvimento económico do país
é pujante; 2) A política do imperialismo de
agressão
económica através de sanções,
assim como de intensificação de provocações
militares, revelou-se um fracasso total. O artigo portanto tem o mérito
de não embarcar nos delírios caluniosos constantemente bolsados
pelos presstitutos dos media corporativos.
Deve-se notar que este texto se refere apenas ao sector da
construção civil na RDPC, com apenas umas poucas linhas dedicadas
à produção de bens de consumo. Omite portanto o que
está por trás disso: a produção de bens de
equipamento sem os quais o boom seria impossível. Omite igualmente o
alto nível técnico e científico já atingido pelos
trabalhadores da RDPC graças ao seu sistema educativo e de
planificação central. Tudo isto merece ser destacado e estudado.
Este texto é um desmentido categórico a toda a enxurrada de
desinformação papagueada pelos pseudo especialistas que peroram
nas TVs e jornais, todos eles alinhados com a "voz do dono". O
imperialismo adquiriu hoje uma enorme proficiência na
orquestração de campanhas mediáticas por todo o mundo, com
a utilização ampla de jornalistas servis. É o que se passa
actualmente em relação à RDPC e à Venezuela. E
é também o que não se vê devido ao
silenciamento feito daquilo que não convém ao império
como a afundamento da Ucrânia governada pelos neo-nazis instalados em
Kiev ou a actual guerra criminosa contra o Iémen.
resistir.info
O boom de construção em Pyongyang, juntamente com outros
indicadores de melhoria do desempenho económico tais como
produção de alimentos e comércio externo, proporciona
evidência adicional sobre a ineficácia das atuais
sanções económicas. A economia da Coreia do Norte parece
estar a vencer as sanções graças à ajuda e ao
comércio com a China bem como à realocação de
gastos com a defesa para a economia civil.
O edifício vazio de 105 andares do Hotel Ryugyong permaneceu durante
décadas no centro de Pyongyang como uma recordação das
perturbações económicas após o fim da URSS.
[1]
Hoje esta narrativa de indigência é desmentida pela impressionante
velocidade do desenvolvimento arquitectónico no resto da cidade tal como
o da prestigiada Rua Ryomyong.
Há tantos novos edifícios resplandecentes em Pyongyang que a
cidade está irreconhecível em relação ao que era
há uma dezena de anos.
[2]
Este boom de construção contradiz a convicção de
que as sanções iriam enfraquecer a economia da Coreia do Norte
até ao ponto crítico da desnuclearização. Mas
serão os novos edifícios com muitos pisos uma fachada escondendo
os últimos espasmos de uma república agonizante, como apregoam os
críticos? Ou serão o símbolo de um novo
"amanhecer" e o triunfo sobre o cerco económico, como o
governo argumenta? Terá a política
byungjin
[NR]
de Kim Jong Un de simultâneo desenvolvimento nuclear e económico
tido sucesso nos seus objetivos de libertar fundos da defesa convencional e
redistribui-los para melhorar as condições de vida do povo? Ou
será apenas refinada propaganda?
Quando 18 torres com até 48 pisos se levantaram no coração
da cidade, em 2012, diplomatas estrangeiros deram-lhes a alcunha de
"Pyonghattan" e foi geralmente assumido como sendo uma manobra
publicitária. Porém em seguida Kim Jong Un inaugurou um
magnífico complexo de apartamentos a cada ano desde que assumiu o poder.
Em 2013 e 2014 viu completarem-se projetos de alojamentos dedicados aos
investigadores e técnicos que desenvolveram o lançador de
veículos espaciais Unha (Rua dos Cientistas Unha) e satélites
Kwangmyongsong (Rua dos Cientistas Wisong).
Em 2015 Kim Jong Un honrou os "cientistas do futuro" com 2 500 novos
apartamentos na Rua dos Cientistas Mirae, por ocasião do 65º
aniversário dos Partido dos Trabalhadores da Coreia (PTC). Finalmente em
2017 celebrou o 105º aniversário do fundador da nação
Kim Il Sung com mais 3 000 unidades no novo complexo da Rua Ryomyong.
Edifícios funcionais têm surgido também, tais como o Teatro
do Povo Mansudae (2012) o Parque Aquático Munsu (2013), o Aeroporto
Sunan (2015) e o Centro de Ciência e Tecnologia (2015), apenas para citar
algumas realizações. Mesmo grandes projetos residenciais
prevê-ae serem concluídos em menos de um ano e os slogans da
propaganda ostentam a velocidade "Malima", a velocidade das 10 mil
milhas, recordando a velocidade "
Chollima
" das 1 000 milhas que estimulou a reconstrução após
a guerra da Coreia.
Os observadores da Coreia do Norte têm ficado perplexos quanto à
forma como o
Estado pode suportar tais custos de construção dada a amplitude
das sanções económicas impostas contra o país.
Claro que a noção de custo numa economia planificada difere
consideravelmente daquela da economia de mercado. Qual o custo real do trabalho
se a maior parte é feito pelo Exército Popular da Coreia? E quais
são os custos reais dos materiais de construção se
são na maioria fornecidos por empresas estatais? Por exemplo, a Coreia
do Norte aparece como auto-suficiente em cimento graças às
abundantes reservas calcárias e fábricas estatais como o Complexo
Cimenteiro de Sunchon que produz de seis a sete milhões de toneladas
anualmente.
[3]
Entretanto, por muito que a noção de custo difira numa economia
planificada, o Estado não pode simplesmente criar alguma coisa a partir
do nada. Terá de haver um custo originado algures, para além do
"custo de oportunidade" de dirigir recursos e mão-de-obra para
o rejuvenescimento de Pyongyang. Pelo menos devem ser contabilizados os
equipamentos da construção, a energia humana e mecânica
utilizada e os materiais de construção importados.
Será esta construção possível graças
à ultrapassagem de normas, ao capital privado, à despesa
deficitária ou apenas tornando a economia mais eficiente? Mas é
possível que estas fachadas escondam interiores frustrantes. O
Daily NK,
por exemplo, protestava por quatro quintos dos apartamentos da Rua dos
Cientistas Mirae permanecerem vazios há pelo menos três meses
devido ao facto de a construção estar inacabada.
[4]
Mais preocupante, os edifícios poderão ter fallhas de
integridade estrutural. Em 2014 a agência central de notícias
coreana relatava que um edifício de 23 apartamentos havia colapsado
durante a construção devido a "construção
descuidada" e "supervisão e controlo
irresponsáveis"
[5]
Métodos e materiais pouco seguros podem continuar a ser utilizados
noutros locais tal como suspeitam certos especialistas ocidentais.
[6]
Contudo o governo central tem fortes incentivos para assegurar que a
tragédia de 2014 permaneça um caso isolado, dada a
importância que tem o rejuvenescimento arquitectónico de Pyongyang
para a propaganda do Estado. Isto pode explicar porque foi tão
publicamente reconhecida a sua responsabilidade em 2014, com desculpas das
autoridades envolvidas e visitas do próprio Kim Jong Un ao hospital.
[7]
Portanto o argumento de que a expansão da construção de
edifícios é feita através do corte despesas é na
melhor das hipóteses apenas uma explicação parcial.
É também possível que o rejuvenescimento
arquitectónico de Pyongyang se baseie em contribuições de
capital privado norte coreano. A Reuters por exemplo noticiava que
"investidores locais conhecidos como
"donju"
ou "donos do dinheiro" que enriqueceram com a crescente economia de
mercado na Coreia do Norte haviam investido conjuntamente com o Estado na
construção de apartamentos.
[8]
Os
donjus
supostamente contribuem com as designadas contribuições de
lealdade.
[9]
Dependendo das relações dos
donju
com o governo e a legalidade dos seus negócios a sua
contribuição pode garantir favores tais como obter um bom
apartamento, ampliar os seus direitos de comércio ou permissão
para operarem ilegalmente.
Infelizmente não existe informação credível acerca
do peso dos
donjus
na economia norte coreana e não há forma de avaliar o seu papel
na dinamização da construção em Pyongyang. Uma
avaliação objetiva é adicionalmente mais complicada dada a
tendência dos relatos externos darem foros de sensacionalismo aos
donju
como precursores do colapso norte coreano, o que se arrisca a sobrestimar o
peso dos
donju
e a subestimar o peso do Estado. Esta narrativa do colapso é muitas
vezes baseada mais na imagem de contrabandistas a prosperarem com a
corrupção dos guardas na fronteira com a China, do que nos
donju
em empresas sancionadas pelo Estado e a prosperarem graças aos lucros
das empresas estatais numa economia em visível crescimento.
[10]
Se as empresas estatais estão funcionando bem então o Estado
está igualmente a funcionar bem e a proliferação de
donju
não é por si uma evidência de Estado fraco. Por
último, embora o papel dos
donju
certamente mereça investigação posterior, a
sugestão de que são a principal fonte dos fundos de
construção permanece nesta altura uma hipótese não
confirmada.
Uma terceira explicação para o furor de construção
é que está a realizar gastos excessivos e a exaurir as suas
reservas externas para importar materiais de construção.
Rüdiger Frank propôs esta ideia em 2013 no início do governo
de Kim Jong Un estabelecendo um paralelo com o insustentável
desenvolvimento fundado na dívida nos últimos anos da RDA.
[11]
Contudo os relatórios do orçamento nacional mostram um
crescimento estável do investimento público em infraestruturas:
+4,3% para 2014; +8,7% para 2015 e 13,7% para 2016.
[12]
Está a Coreia do Norte cada vez mais imprudente do ponto de vista
financeiro ou encontrou uma maneira de superar o obstáculo das reservas
em moeda estrangeira? Talvez as relações especiais de
comércio da Coreia do Norte com a China a tornem menos dependente de
tais reservas do que é frequentemente assumido. A China é de
longe o mais importante parceiro comercial da Coreia do Norte e portanto a sua
mais importante fonte de divisas. O puzzle aqui é que de acordo com as
alfândegas chinesas Pyongyang tem um pesado défice comercial com
Pequim (cerca de mil milhões de dólares em 2014), o que deve por
si só esgotar as reservas norte coreanas.
[13]
Como o comércio não tem sido equilibrado desde há anos,
alguns comentadores acreditam que ao aceitar esta situação a
China esconde que de facto está a subsidiar o Estado norte coreano.
[14]
Tais "subsídios" podem vir sob a forma de mercadorias pelos
quais o pagamento não é na realidade esperado por razões
políticas, ou os exportadores chineses aceitam o pagamento em won norte
coreanos reinvestindo-os localmente, tal como no Centro Comercial Kwangbok,
cofinanciado por uma empresa exportadora chinesa.
[15]
Talvez a expansão da construção na Coreia do Norte tenha
sido facilitada pela reduzida necessidade de reserva de divisas baseada nas
peculiaridades das suas relações com a China.
Finalmente a economia do país pode simplesmente não estar
tão má. O preconceito comum de que a Coreia do Norte seria um dos
mais pobres países do mundo baseia-se nas altamente especulativas e
igualmente politizadas estimativas do PIB.
[16]
Em comparação, os mais fiáveis indicadores são a
produção de alimentos e as estatísticas comerciais e ambos
indicam que a Coreia do Norte tem um muito melhor desempenho que nos anos 90 do
século passado, durante a crise económica
pós-soviética.
[17]
Os dados recolhidos localmente pelo World Food Programme indicam que a Coreia
do Norte está agora sensivelmente ao nível de
auto-suficiência nutricional dos anos 80 (produção de
cereais cerca de 5 milhões de toneladas em 2012 em
comparação com apenas 2 milhões em 1996) e decresceram
consideravelmente os indicadores chave de desnutrição atraso e
desperdício.
[18]
Entretanto as estatísticas de comércio externo da China mostram
que o comércio entre a RPC e a RPDC passou de 370 milhões de
dólares em 1999 para 5,37 mil milhões em 2016 (ver
gráfico).
[19]
É também relatado que no primeiro trimestre de 2017 o
comércio cresceu 40% em comparação com o mesmo
período em 2016 (ver gráfico), apesar das violentas
sanções da ONU em 2016 (resoluções 2270 em
março e 2321 em novembro)
[20]
. Estes números são dificilmente conciliáveis com uma
economia em colapso, para não mencionar que subestimam o real montante
da atividade económica na Coreia do Norte. Os números em geral
não mostram o comércio de certas mercadorias politicamente
sensíveis ou certamente a ajuda e investimento da China.
[21]
Porque efetivamente da parte da China há um incentivo político
para mostrar menos comércio do que realmente é realizado,
demonstrando cumprimento das sanções da ONU.
Para além do comércio, o programa nuclear da Coreia do Norte pode
estar a beneficiar a sua economia permitindo ao governo transferir fundos da
defesa convencional para o desenvolvimento do nível de vida da
população. Isto parece ser a lógica por detrás da
política
byungjin
de ter simultaneamente desenvolvimento nuclear e económico. O dilema da
segurança da Coreia do Norte é que não pode assegurar a
segurança nacional através da defesa convencional porque o seu
orçamento militar dito ser entre 1,2 e 10 mil milhões de
dólares
[22]
é irremediavelmente ultrapassado pelo da Coreia do Sul (36 mil
milhões) e pelo dos EUA (606 mil milhões)
[23]
A única forma de desenvolver o país sem sacrificar a
segurança, a lógica assim o dita, é focar-se numa
capacidade militar assimétrica dissuasiva relativamente eficaz em termos
de custo. Porém, não podemos confirmar se os cálculos
são reais dada a falta de credibilidade das estimativas acerca dos
gastos com o programa nuclear da Coreia do Norte, que apontam números
entre os 700 milhões e os 3,4 mil milhões de dólares
[24]
Dito isto, o aumento de despesa com a melhoria das condições de
vida do povo explica a presença por toda a parte dos novos bens de
consumo produzidos no país como bens alimentares, cosméticos ou
eletrónicos, e a queda para metade do número dos que abandonam o
país desde que Kim Jong Un assumiu o poder.
[25]
Por agora pelo menos parece que a economia da Coreia do Norte está a
progredir e, o que pode ser o mais importante fator em Pyongyang, a conseguir
renovação. Em que medida a vida fora de Pyongyang está a
mudar permanece pouco clara porque temos menos testemunhos diretos, mas novas
estradas estão a ser construídas através do país
[26]
e há grandes desenvolvimentos urbanos pelo menos em Wonsan
[27]
e Rason
[28]
Uma Pyongyang cheia de brilho com novos edifícios desmente a
afirmação de que a economia da Coreia do Norte está em
colapso sob o peso das sanções. Embora possa haver algumas
preocupações válidas acerca da robustez destas
construções que nascem como cogumelos, há demasiados e
são demasiado centrais na propaganda de Kim Jong Un para descarta-los
como conchas vazias à semelhança do Hotel Ryugyong. Ao
contrário do seu avô que obteve a sua legitimidade pelos feitos
militares e do seu pai que a obteve pela ligação direta ao
fundador, Kim Jong Un depende muito mais do desempenho do seu governo e da
aprovação popular para a sua legitimidade. Não deve ser
surpresa que ele se foque em aspetos altamente visíveis da melhoria das
condições de vida, tais como prestigiosos complexos residenciais.
Este desenvolvimento parece ter sido permitido pelo progresso económico
e impulsionado em parte pelo comércio e ajuda chinesa bem como pelo
redireccionamento de despesas militares convencionais.
Se esta interpretação do ressurgimento económico estiver
correta então o boom de construção em Pyongyang é
mais uma razão para duvidar da eficácia das atuais
sanções.
[1] Eric Talmadge, "Huge But Empty Pyramid Hotel a Sphinx-Like N. Korean
Mystery," Associated Press, December 22, 2016
bigstory.ap.org/article/eb5d809b58bb4a08a6142a9334bb1ec3
[2] For a journalistic description of Pyongyang's new architectural
developments, see for instance: Oliver Wainwright, "The Pyonghattan
Project: How North Korea's Capital Is Transforming Into a 'Socialist
Fairyland'," Guardian, September 11, 2015,
www.theguardian.com/...
[3] U.S. Geological Survey, 2013 Minerals Yearbook: Asia and the Pacific
[Advance Release], 1.16,
minerals.usgs.gov/minerals/pubs/country/2013/myb3-sum-2013-asia-pacific.pdf
[4] Sang Yong Lee, "Apartments on Mirae Scientists' Street 'Frozen
Solid'," Daily NK, January 29, 2016,
www.dailynk.com/english/read.php?num=13725&cataId=nk01500
[5] Sang Hun Choe, "North Korea Reports 'Serious' Collapse at Building
Project Believed to House Dozens," New York Times, May 18,2014,
www.nytimes.com/2014/05/19/world/asia/north-korea-building collapse.html r=0
[6] Chad O'Caroll, "Analysis: Photos Reveal 'Shocking' State of North
Korean Construction Industry,"NK News, May 28, 2014,
www.telegraph.co.uk/...
[7] "N. Korean Leader Visits Hospital After Deadly Apartment
Collapse," Yonhap News Agency, May 19, 2015,
english.yonhapnews.co.kr/...
[8] James Pearson and Damir Sagolj, "Despite Sanctions and Isolation,
Pyongyang Skyline Grows,"Reuters, May 5, 2016,
www.reuters.com/article/us-northkorea-congress-construction-idUSKCN0XW1A0
.
[9] Seol Song Ahn, "Authorities Shake Down Trading Companies for Extra
Loyalty Funds," Daily NK,
www.dailynk.com/english/read.php?cataId=nk01500&num=13860
[10] See below for a discussion of the state of North Korea's economy. Sang-hun
Choe, "As Economy Grows, North Korea's Grip on Society is Tested,"
New York Times, April 30, 2017,
www.nytimes.com/2017/04/30/world/asia/north-korea-economy-marketplace.html? _r=0
[11] Rüdiger Frank, "Exhausting Its Reserves? Sources of Finance for
North Korea's 'Improvement of People's
Living'," 38 North, December 12, 2013,
38north.org/2013/12/rfrank121213/
.
[12] Rüdiger Frank, "The 2016 North Korean Budget Report: 12
Observations," 38 North, April 8, 2016,
38north.org/2016/04/rfrank040816/
[13] Rüdiger Frank, "North Korea's Foreign Trade," 38 North,
October 22, 2015,
38north.org/2015/10/rfrank102215/
[14] See, generally, James Reilly, "The Curious Case of China's Aid to
North Korea," Asian Survey, Vol. 54, Number 6, p. 1172.
[15] Rüdiger Frank, "Consumerism in North Korea: The Kwangbok Area
Shopping Center," 38 North, April 6, 2017,
38north.org/2017/04/rfrank040617/
[16] On the reasons for unreliability, see Marcus Noland, "The Black Hole
of North Korea," Foreign Policy, March 7, 2012,
foreignpolicy.com/2012/03/07/the-black-hole-of-north-korea/
[17] Henri Féron, "Doom and Gloom or Economic Boom? The Myth of the
'North Korean Collapse,'"The Asia-Pacific Journal, Vol. 12, Issue 18, No.
3, May 5, 2014,
apjjf.org/2014/12/18/Henri-Feron/4113/article.html
[18] Food and Agricultural Organization/World Food Programme, Crop and Food
Security Assessment Mission to the Democratic People's Republic of Korea,
November 28, 2013,
http://documents.wfp.org/stellent/groups/public/documents/ena/wfp261353.pdf
[19] Note that the official figures for PRC-DPRK trade reported by Chinese
customs are lower than those reported by the South Korean KOTRA, because KOTRA
adds an estimated value of commodities not included in the Chinese figures.
[20] Jane Perlez and Yufan Huang, "China Says Its Trade With North Korea
Has Increased," New York Times, April 13, 2017,
www.nytimes.com/2017/04/13/world/asia/china-north-korea-trade-coal-nuclear.html
[21] See e.g. Chris Buckley, "China hides North Korea trade in
statistics," Reuters, October 26, 2009,
in.reuters.com/article/2009/10/26/idINIndia-43430320091026
[22] Elizabeth Shim, "North Korea underreporting defense spending, analyst
says," UPI, March 31, 2016,
www.upi.com/...
; "N. Korean military spending nearly 30% of S. Korea's," Dong-a Ilbo, May 5,
2016,
english.donga.com/Home/3/all/26/533532/1
"N. Korea spends quarter of GDP on military from 2002-2012: US data," The
Korea Times, January 4, 2016,
www.koreatimes.co.kr/www/news/nation/2016/01/485_194556.html
[23] Stockholm International Peace Research Institute, "SIPRI Military
Expenditure Database,"
www.sipri.org/databases/milex
[24] James Pearson and Ju-min Park, "North Korea Overcomes Poverty,
Sanctions with Cut-Price Nukes," Reuters, January 11, 2016,
www.reuters.com/article/us-northkorea-nuclear-money-idUSKCN0UP1G820160111
[25] John Power, "North Korean Defectors to South Korea Hit 13-Year
Low," The Diplomat, January 15, 2016,
thediplomat.com/2016/01/north-korean-defectors-to-south-hit-13-year-low/
[26] Jack Kim and James Pearson, "Kim Jong Un is Leading a North Korean
Construction Boom,"Reuters, November 23, 2013; Curtis Melvin, "North
Korea Building New Transport Corridor and Border Crossing," 38 North, May
4, 2015,
http://www.38north.org/2015/05/cmelvin050415/
[27] See e.g. Nicole Low, "Inside North Korea's Newest Airport,"
Daily Mail, September 28, 2015,
/www.dailymail.co.uk/...
[28] See e.g. JH Ahn, "Multiple High-Rises and Office Buildings Under
Construction in Rason City," NK News, October 19, 2016,
www.nknews.org/...
; "Rason Trade Zone Bustle Exposes Limits of North Korea Sanctions,"
Associated Press, September 14, 2016,
www.asahi.com/ajw/articles/AJ201609140032.html
,
www.38north.org/2017/07/hferon071817/
[NR]
Byungjin:
Literalmente a palavra significa em tandem, ou em conjunto. No contexto da
RDPC esta política proclama a necessidade simultânea tanto de
armas nucleares como de desenvolvimento económico.
O original encontra-se em
www.38north.org/2017/07/hferon071817/
. Tradução de DVC.
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/
.
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