Três poderes atados à política uribista e dos seus cúmplices
por Manuel Marulanda Vélez
Carta enviada pelo líder histórico das
FARC
da Colômbia a Álvaro Leyva, candidato às
Eleições Presidênciais marcadas para 24 de Maio de 2006.
Nenhum governo do bipartidarismo, liberal ou conservador, procurou uma
solução política efectiva para o conflito social e armado.
As negociações havidas foram utilizadas para que nada mudasse de
facto, para que tudo ficasse na mesma. Elas centraram-se na entrega de armas,
desmobilização e incorporação na vida civil, mas
sem nenhuma espécie de garantia.
É conveniente perspectivar o futuro e analisar o passado vivido na
Colômbia, com todo os seus antecedentes. Só isso permitirá
identificar, sem preconceitos, as causas e os motivos que originaram a troca de
uma política de paz por uma outra de guerra total por parte do actual
governo. Uma política seguida também por personalidades que
até agora não conseguiram entender os obstáculos ao
processo de Diálogos e Negociação mantido com
Pastraña. No entanto, na sua maioria são intelectuais de todos
os quadrantes, versados em diferentes matérias da problemática
nacional, assessorados por politólogos, partidos, intelectuais,
agremiações, igreja, etc.
O objectivo deve ser conhecer a verdade dos acontecimentos e não cair na
armadilha da guerra como aconteceu por se pensar mais nos desejos do que
na realidade do país.
Naturalmente, esta análise deve ser feita sem tomar partido por qualquer
das partes: o Estado ou a Insurreição. Isto para que possamos
ser realistas e objectivos no exame dos fenómenos políticos,
económicos e sociais que levaram ao confronto armado na Colômbia.
Há que procurar uma solução política adequada e
não com fórmulas irreais, que de forma mal intencionada pretendem
responsabilizar-nos,. Os nossos actos são resposta à
violência do Estado ligado ao paramilitarismo, que massacra
indiscriminadamente o povo por este não pactuar com a política de
fome e miséria. Procuramos também responder à falta de
vontade oficial para encontrar os caminhos da paz com a
participação de todos os extractos sociais, sem exclusão,
para poder reconciliar a família colombiana.
Se o senhor não tivesse conhecimento de todos os esforços feitos
para ajudar a conseguir a paz e das nossas propostas políticas e
programáticas poderia pensar do mesmo modo daqueles que aqui critico.
Felizmente, para bem dos colombianos, o senhor tem uma concepção
realista de como efectuar mudanças a favor da paz e da
reconciliação da família colombiana.
No nosso caso, para sermos realistas, a perspectiva que seguimos é de
duas concepções sobre duas estratégias diferentes com um
mesmo objectivo. A negociação de paz dirigida por
Pastraña e a guerra dirigida por Uribe, tiveram como finalidade testar
na Colômbia ambas as concepções para ver que efeitos
provocavam na insurreição das FARC por
comparação com outros processos anteriores seguidos em
relação à insurreição do M-19, EPL,
Renovación Socialista do ELN, Quintín Lame e PRT,
encabeçados pelos partidos tradicionais com o aval dos industriais,
criadores de gado, transportadores e comerciantes, os quais financiam campanhas
de pacificação ou de guerra conforme lhes convém ou
conforme vêem ameaçados os seus interesses e privilégios de
classe.
Duas experiências, o mesmo fracasso
A bandeira da paz agitada através de uma ruidosa campanha eleitoral pelo
Presidente Pastraña e seus assessores peritos em matérias
constitucionais foi um facto político de grande importância para o
país. Mas não o foi na condução da política
de Diálogo e Negociação com a Insurreição
para procurar a paz nos encontros planeados e executados pelo próprio
Presidente, durante mais de três anos e meio, em busca de uma
possível negociação com as FARC.
Os resultados não foram satisfatórios para o Governo, seus
ministros e colaboradores de ambos os partidos, e muito menos o foram para o
Movimento Guerrilheiro e para o povo, que desejava a paz com justiça
social para os trabalhadores da cidade e do campo.
Nos planos político, social, reivindicativo, nas questões
respeitantes aos paramilitares, intercâmbio humanitário,
subsídios para desempregados e financiamento para obras de utilidade
pública nos cinco municípios, como era desejo das FARC, assim
como quanto ao cessar-fogo bilateral, as negociações não
frutificaram devido aos contínuos massacres cometidos pelos
paramilitares com a cumplicidade de uma parte das Forças Armadas em
vários departamentos, tal como foi denunciado pelos negociadores das
FARC em La Mesa.
O bloqueio económico aos quatro municípios Vista Hermosa,
Macarena, Mesetas e Uribe foi denunciado em várias oportunidades,
sem resultados favoráveis para os seus habitantes. O levantamento do
bloqueio teria sido um elemento indispensável para dar outros passos
importantes na vida política, económica, social, e cultural. E
também para a substituição das culturas ilícitas
através de um plano piloto para o qual nem o Governo nem os seus
representantes estavam preparados. Tenha-se em conta que, a princípio,
apenas nos queriam utilizar como polícias sem soldo na luta contra as
culturas ilícitas e o narcotráfico.
Não foi possível alcançar o objectivo desejado quanto
às mudanças políticas e económicas apresentadas na
Agenda Comum para serem estudadas e analisadas em La Mesa por representantes de
ambas as partes, uma vez que o Chefe e os seus negociadores não pensavam
noutra coisa que não fosse a desmobilização das FARC. O
mesmo aconteceu com as recomendações das Audiências
Públicas, que tão-pouco foram tomadas em
consideração pelo Governo e os seus ministros, nas quais os
colombianos de boa fé depositavam as suas esperanças a fim de
terminar o conflito interno e resolver as suas carências mais prementes
com os financiamentos do Plano Colômbia.
A tentativa da paz verbal e por escrito que partiu dos Estados Unidos e da Casa
de Nariño, para ser executada primeiro por Victor G. Ricardo e mais
tarde por Camilo Gómez, não cumpriu o seu objectivo porque
não permitiu mudanças fundamentais nas velhas estruturas do
Estado e seu Regime Político. Deste modo, acabou num processo de
diálogo e negociação que se converteu num fracasso para a
política de paz do Governo. Esta tinha como finalidade exclusiva
conseguir a desmobilização da insurreição a troco
de nada, com o famoso argumento de que a Constituição e as leis
não permitiam ao Governo efectuar qualquer mudança enquanto a
insurreição não se desmobilizasse e entregasse as armas.
Assim, o intercâmbio humanitário com o Governo não foi
possível.
Foram suspensos os diálogos e abertas as portas à
confrontação com a declaração de guerra do
Presidente Pastraña no dia 20 de Fevereiro de 2002 às 21 horas,
notificando de imediato os Altos Comandos Militares para dar início ao
ataque à meia-noite. Violou assim o acordo Pastraña-FARC de dar
um aviso prévio para retomar posições no caso de um
eventual entrave inultrapassável nas negociações.
A Agenda Comum foi discutida em esgotantes jornadas de trabalho nos Llanos del
Yarí, Los Pozos e outros locais e deve servir de experiência ao
futuro governante para apurar as razões porque não chegaram a
acordo com as FARC e preferiram terminar o processo e deixar as promessas de
mudança nos gabinetes oficiais. Nada foi feito; nem estradas
pavimentadas, pontes, postos de saúde, electrificação,
reconstruções, poços de água potável para os
cinco municípios. Tudo isto ficou por cumprir pelo Presidente
Pastraña e a sua equipa governante.
Se nem estas pequenas reivindicações foram atendidas, muito menos
podíamos esperar transformações de grande envergadura para
o país.
Enquanto isto se passava em La Mesa, o Governo, através do Plano
Colômbia, apoiado pelas direcções dos partidos,
agremiações patronais, Altos Comandos Militares, Polícia
Nacional e pelos paramilitares, criava condições para fortalecer
o aparelho de guerra do Estado e todas as suas instituições, com
a ajuda dos Estados Unidos, a fim de subjugar pela força a
Insurreição que não aceitou desmobilizar-se e
incorporar-se na vida civil.
O Presidente, numa segunda entrevista com as FARC em Caquetania, começou
por ameaçar, sem admitir contestação, com o argumento de
que fora eleito por seis milhões de colombianos e tinha como governante
obrigação de resolver os problemas políticos,
económicos e sociais do país sem pressão da
Insurreição. Para nós, o sinal foi claro: o Governo
não pretendia introduzir alterações nas
instituições como determinava a Agenda Comum e a plataforma de 10
pontos.
Porque isto poderia abrir portas a novas correntes independentes e
progressistas contrárias ao pensamento oficial, o governo estava mais
interessado em criar mecanismos para fortalecer os partidos tradicionais em vez
de os deixar desmoronar, como vem acontecendo na actualidade, e assim evitar
mudanças.
Nos encontros com os partidos, agremiações e parlamentares em
Caquetania e Los Pozos, nunca manifestaram o desejo de introduzir
mudanças através de projectos de lei tendentes a melhorar o
ambiente político, social e económico. Só se empenhavam em
arrancar à Insurreição compromissos públicos, como
gestos de boa vontade, suspendendo as acções militares enquanto
que os paramilitares com as suas moto-serras faziam o que lhes passava pela
cabeça com a população civil. Isto foi um elemento lesivo
para os nossos propósitos de paz e mudança com justiça
social.
Durante os quarenta anos de existência das FARC, e até o onde o
conhecimento histórico alcança, nenhum governo do bipartidarismo,
liberal ou conservador, procurou uma solução política
efectiva para o conflito social e armado com outros movimentos anteriores.
Todo o esquema político dos governantes para as
negociações assentou na utilização da
Constituição e das leis como barreira, sem que nada mude para que
tudo continue na mesma.
As negociações centraram-se na entrega das armas,
desmobilização e integração na vida civil dos
guerrilheiros, sem nenhumas garantias de qualquer espécie. Resolvido
isto, então que cada um procurasse o seu sustento como pudesse,
não deixando aos desmobilizados outra alternativa que não fosse a
de engrossar as filas de desempregados nos campos e nas cidades, dispostos a
passarem fome a suportar a miséria.
Estas questões são parte integrante da análise da
política de paz que não resultou em benefício dos
colombianos porque faltou vontade política e interesse em investir na
paz.
Acresce ainda que, não obstante os seus bons ofícios, as
Nações Unidas, França, Suíça, Espanha,
México, Cuba, Canadá, etc não tiveram, na hora da verdade,
a força suficiente para impedir a ruptura do diálogo e da
negociação entre o Governo e as FARC.
Agora surge uma nova experiência do Estado apoiada por todos os
desiludidos de todos os matizes com a política de paz de Pastraña
porque não atingiram o objectivo de desmobilizar as FARC.
E abre-se um novo capítulo de guerra total contra o povo que luta por
melhores condições de vida, não apenas desde agora, mas
como sempre aconteceu no passado na história da Colômbia.
Convencido o governo, os desiludidos e os belicistas de gabinete consideraram
que esta era a única forma de acabar com a guerrilha e solucionar,
não só o conflito social e armado, mas também toda a
problemática nacional de ordem política, económica,
social, cultural e ambiental, através da contribuição do
Parlamento pela via da aprovação das Reformas e leis
anti-democráticas. Reformas e leis que permitiram a Uribe governar sem
dificuldades durante quatro anos, com aspirações a governar
outros quatro, utilizando todos os recursos do Estado para subornar e instalar
nas províncias e nos municípios os seus agentes incondicionais,
os paramilitares e a rede de colaboradores ao serviço da sua campanha
eleitoral, para continuar uma guerra que não existe, segundo as suas
próprias declarações em diversos fóruns nacionais e
internacionais.
Agora devemos perguntar aos três poderes e aos governantes onde
está a independência das suas decisões políticas
para adoptarem mudanças ao arrepio do seu eleitorado e a que novas
experiências vão deitar mão no momento em que Uribe termine
este quadriénio e avance para outro e a confrontação
continue à escala nacional com as FARC, apoiadas por outras correntes
políticas descontentes e adeptas das transformações.
O que deve ficar claro como resultado de ambas as experiências é o
rotundo fracasso da política belicista e de repressão do Estado,
incapaz de introduzir mudanças nas velhas estruturas estatais em
benefício das novas gerações.
Pontos de Convergência
Entenda-se que um próximo Governo de ampla coligação que
dê expressão às aspirações do povo em ver
satisfeitas as suas necessidades não pode ignorar estes fenómenos
que originaram a confrontação e terá de procurar
alternativas diferentes à guerra contra a Insurreição e
dar uma saída política e democrática ao conflito social e
armado.
O vencedor das eleições tem de analisar a fundo a necessidade de
introduzir mudanças democráticas e conseguir a paz, tendo em
linha de conta as alterações que se verificam na
situação internacional depois da queda das ditaduras instaladas
pelos Estados Unidos para impedirem os povos de conseguirem
modificações através de acções de protesto,
acções armadas e mobilizações gerais que afectam os
interesses de classe dos governantes.
Face ao exposto e analisados os antecedentes destes três anos do
Plano Patriota, podemos mostrar com clareza os resultados da
gestão Pastraña, que utilizou grande parte do dinheiro do
Plano Colômbia e do orçamento nacional nos
preparativos de guerra:
1. O fortalecimento do exército em todas as suas armas de maior
expressão durante o seu governo foi adoptado como política de
Estado e estratégia contra-insurreccional com os seus planos de
aniquilamento de todas as tendências de oposição civil
à aplicação do Plano Colômbia.
2. Criou Forças Especiais e equipou com armamento moderno de todo o tipo
novas brigadas móveis de alta montanha e de contra-guerrilha urbana.
3. Aumentou o número de assessores norte-americanos de 500 para 1500.
Uma parte considerável foi colocada nas zonas de Três Esquinas e
Montañitas em Caquetá para dirigir o Plano Patriota, monitorar as
comunicações, fazer espionagem aérea, controlar navios de
guerra, dirigir balões de observação, espiões,
campanhas de suborno da população civil, tudo contra as
organizações sociais, populares e a Insurreição.
4. Ampliou os serviços secretos do Estado no quadro do Plano
Colômbia e reforçou o aparelho governamental, incluindo a
polícia nacional com o apoio de infiltrados.
5. Deixou ao Presidente Uribe, a começar pelo Sumapaz, tudo pronto para
dar continuidade à repressão da autêntica
oposição política e armada, como de facto vem acontecendo
com as suas operações em todo o país com as
consequências conhecidas.
6. O plano de operações desenvolvido por Uribe contra todos os
sectores das FARC e das organizações populares de massas, cujo
ponto essencial é, e será, eliminar fisicamente as
direcções das organizações e, de passagem, todo o
movimento de massas descontente com a actual política do Governo.
7. Os três poderes ficaram amarrados à política uribista e
coniventes com a militarização total do país, mas
não com uma solução política do conflito social e
armado.
8. Cerca de 45 por cento das organizações de massas foram
fisicamente golpeadas, deslocadas das suas terras, cercadas e colocadas sob
suspeita, com muitas mortes pelo meio nos diversos sectores por
acção dos paramilitares, do exército, da polícia e
dos serviços secretos do Estado, durante operações
militares e sem que estes factos tenham chegado ao conhecimento da
opinião pública devido à censura na rádio e na
imprensa.
9. Os comunicados oficiais, enquanto isto ocorre, afirmam estar a
Insurreição à beira da derrota. Porém, o Governo de
Uribe continua a pedir mais dinheiro aos Estados Unidos para o sustentar a
guerra.
10. Os meios de comunicação não noticiam, entretanto, os
motivos que levaram o presidente Uribe a suspender das suas
funções vários generais integrantes do Plano Patriota:
uns por serem ineficazes e outros por discordarem da estratégia militar
e da subalternização das Forças Armadas com a
criação dos Comandos Conjuntos.
11. Os membros do Estado-Maior foram deixados como simples administradores,
pagando deste modo quem por mais de 30 anos prestou os seus serviços ao
sistema governante bipartidarista de liberais e conservadores a fim de
impedirem mudanças estruturais do Estado.
12. A economia nacional foi colocada ao serviço da guerra, com altos
impostos sobre os combustíveis, a ausência de investimentos
sociais, a limitação das pensões, etc.
13. Faz também parte integrante da guerra contra a economia nacional, em
detrimento dos sectores mais carenciados da sociedade colombiana e em
benefício do capital nacional e estrangeiro, apoiados num
exército violento contra o povo, o conceito de que os homens e as ideias
se podem destruir com bombas e balas de todos calibres, assassinando um ou
outro membro do secretariado das FARC e não com mudanças
progressistas e democráticas que beneficiem os milhões de
colombianos desamparados pelo Estado.
14. Não será como sonha o actual grupo governamental. Ele
não tem em conta as novas gerações de colombianos e dos
comandos das FARC, muitos deles com profundos conhecimentos de táctica,
estratégia e teoria militar, capazes de desenvolver a luta contra o
Estado com o apoio das massas populares.
15. Temos também uma justiça parcial que autoriza
extradições de cidadãos nacionais incluindo guerrilheiros
e incapaz de aplicar as leis colombianas.
16. Temos governantes complacentes com os paramilitares e a entrega da
soberania nacional aos Estados Unidos, a troco de dólares para
reforçar o aparelho governamental. Eles querem impedir o
desenvolvimento de novas forças políticas independentes surgidas
de movimentos cívicos e dos partidos tradicionais, em luta contra o
estado de violência, corrupção, desigualdades sociais. Mas
têm de ser substituídos por um novo governo que conte com o apoio
popular.
17. Subsiste a ausência de uma política de Estado de paz com a
Insurreição em conformidade com a realidade nacional,
procurando-se, antes, a reeleição de Uribe.
18. Estes são os pontos a ter em consideração nas nossas
propostas resumidas na Plataforma política para a conseguir a unidade de
acção com outras forças progressistas e independentes,
interessadas em levar a cabo, mudanças políticas,
económicas, sociais e em defesa da soberania nacional
19. Estes factos agravam a crise do Governo, que procura impedir outras
forças, de diferentes posições, de unificar
critérios e esforços contra o fascismo de Uribe.
20. Um parlamento na sua maioria uribista, subornável, com artes de
camaleão, sem norte, desgastado e baseado em velhos esquemas
antidemocráticos, sem projectos de leis progressistas ou
democráticos, não tem independência perante a
política de reeleição de Uribe em direcção a
uma ditadura fascista. Um parlamento complacente com a
intervenção dos Estados Unidos contra os povos e nos assuntos
internos da Colômbia, como a extradição de cidadãos
nacionais, sem que diga uma única palavra. Tal parlamento tem como
única finalidade assegurar os compromissos bilaterais e de boa
vizinhança com os Estados Unidos e ao mesmo tempo agradar Uribe.
21. São acções bem calculadas e tranquilamente executadas
para declarar guerra ao povo com o aval dos três poderes como aconteceu
com a aprovação da possibilidade de reeleição de
Uribe pelo Tribunal Constitucional.
22. Estes são os pontos que as novas gerações de
colombianos independentes, progressistas, democratas, indígenas,
negros, intelectuais, camponeses, estudantes, operários e guerrilheiros
devem ter presentes se queremos viver em paz, com justiça social
e soberania.
Temos de encontrar pontos programáticos coincidentes entre uns e outros
para unificar critérios e concentrar esforços em candidatos de
convergência que possibilitem as alterações nos três
poderes e nas Forças Armadas para que seja viável uma
estratégia de defesa nacional a favor do povo e dos trabalhadores.
Sem mais, cordialmente
Manuel M. Velez
27/Fevereiro/2006
O original encontra-se em
ANNCOL
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Tradução de Ricardo Teixeira.
Este carta encontra-se em
http://resistir.info/
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