A verdade incómoda do profeta Al Gore & a incomodidade da verdade
por Alfonso del Val
[*]
Recordação de algumas atrocidades do duo Clinton-Gore
Apresenta-se nas salas de cinema do mundo inteiro um produto audiovisual
denominado "Uma verdade incómoda". Ele faz parte de uma
extensa campanha propagandística, com base na teoria no aquecimento
global do planeta, do senhor Al Gore, exvice-presidente dos Estados
Unidos da América.
Com o seu computador Macintosh e graças à Internet e à
informação obtida pela sua privilegiada situação
política, Gore conseguiu elaborar um livro com o mesmo título,
com publicação próxima em Espanha. Com mais de 700 mil
cópias vendidas só na edição inglesa, às
quais há que juntar as que foram vendidas em 23 edições em
outros tantos idiomas, o livro de Gore, juntamente com o filme e o DVD (um
milhão de cópias vendidas só nos Estados Unidos),
conseguiu formar um verdadeiro corpo diplomático de carácter
mediático que lhe abre as portas dos grandes salões e
fóruns mundiais.
Al Gore foi recebido a 6/Fevereiro/2007 em Madrid pelo presidente do
governo espanhol no Palácio da Moncloa [e no dia 8 em Lisboa pelo
primeiro-ministro português]. Vários ministros e outras
personalidades acorreram à sua primeira conferência em Espanha:
"O maior problema actual da humanidade e a nossa
contribuição para travá-lo". Conferência que se
anuncia nos media com o subtítulo: "debate aberto com Al
Gore". Esta conferência permitiu a presença daqueles que
pagaram 470 + IVA, quantia que não dava direito a tirar
fotografias nem a gravação audiovisual, nem tão pouco a
formular qualquer pergunta ao senhor Gore, proibição que
também afectou os jornalistas. Apesar da oferta de lugares gratuitos
às organizações ecologistas, algumas destas receberam
resposta negativa à sua presença se não desembolsassem a
quantia mencionada.
Al Gore apresenta-se no filme como um enviado da Natureza, de origem
norte-americana, mas que também se dirige aos norte-americanos (o
produto há-de vender-se no mundo inteiro). O novo profeta, seguindo a
metodologia bíblica das sete pragas do Egipto, anuncia-nos a oitava
praga do aquecimento global que arrasaria de novo o planeta. Com um discurso
americano para norte-americanos, Gore maneja habilmente a
informação que lhe parece oportuna e nesta linha elabora as
conclusões sobre o terrível futuro que se nos avizinha e as
soluções que já conhecemos.
Assim, os dados que oferece sobre a situação actual do
aquecimento global do planeta provém dos "cientistas" em que
ele confia e que dizem a verdade, e não dos maus que a escondem por
dinheiro. Al Gore de modo algum cita os cientistas (cerca de 2500) que desde
2001 e com mandato da ONU trabalham no Painel Intergovernamental para as
Alterações Climáticas (IPCC na sigla inglesa) que,
certamente, oferecem uma informação mais rigorosa e menos
catastrofista que a expressa pelo exvice-presidente. Al Gore só
nos fala do CO
2
(anidrido carbónico ou dióxido de carbono) como o único
gás com efeito de estufa, ignorando deliberadamente os outros gases,
como o metano, responsáveis por um efeito muito maior ainda que estejam
presentes em menor quantidade. Este esquecimento terá algo a ver com a
política do presidente Bush de desprestígio da ONU e da recusa de
ratificação do Protocolo de Quioto?
O senhor Gore parece que gosta mais do simples CO
2
do que das dioxinas, dos furanos, dos PCB e outras de substâncias
complexas, de reciclagem impossível na natureza ao
contrário do CO
2
(que poderia ser convertido em biomassa, se não desflorestassem o
planeta) , sobre os quais existe um acordo absoluto quanto à sua
extrema periculosidade. Por esta razão, identificadas as doze
substâncias mais letais existentes na atmosfera, nos solos, nos nossos
corpos e na maioria dos seres vivos, que hão-de manter-se durante
gerações, se assinou em 2001 e se ratificou em 2004 a
Convenção de Estocolmo. Mas nos processos de
incineração, nos quais se geram a maioria destes compostos, para
além do CO
2
em que só se fixa o discurso de Al Gore, continuam e pouco ou nada
sabemos da sua evolução, se exceptuarmos a
informação dos investigadores médicos, sobre a sua maior
presença nos tecidos e órgãos humanos.
No seu filme, podemos ver como vai sofrer a Natureza, a obra de Deus, com maior
precisão e crueldade do que os seus próprios habitantes. Ao
referir-se aos efeitos das alterações climáticas em
África mostra-nos um pobre mapa com o lago Chade sem imagem alguma do
sofrimento dos seus habitantes. A única imagem que oferece para nos
mostrar a sua angústia e o seu sofrimento que o leva até à
morte é a de um urso polar que nada, durante 100 km, à procura de
gelo e que morre. Talvez a visita a Espanha lhe pudesse servir para que alguns
ministros e outras autoridades lhe sugerissem que mudasse o urso por africanos
que, em muito maior número, morrem ao tentar o atravessamento do
estreito de Gibraltar à procura de uma vida melhor. Saberá ele,
ou os seus assessores audiovisuais, que os africanos não são
brancos como o urso?
Sem dúvida, na película, não podemos ver as causas que
provocaram a ruína económica e social desse gigantesco continente
que contém uma grande parte dos recursos naturais do planeta e que,
talvez, por isso se encontre na actual situação de ruína.
Simplesmente, ao mostrar-nos o lago de Chade seco (com uma seta que diz Darfur
à direita e Níger à esquerda), indica-nos que o
exvice-presidente não lhe interessa os outros problemas que
existem por lá. E, por isso, não nos diz como
solucioná-los.
Tão pouco nos diz o senhor Gore qual é a causa verdadeira da
situação no mundo sobre o esgotamento dos recursos, a
degradação ambiental e a actual desigualdade económica e
social. Apesar de que em 1972 já se tenha feito um estudo exaustivo
("Os limites do crescimento", estudo apresentado pelo Clube de Roma,
sobre a avaliação da situação humanitária,
feito por Donella H. Meadows, Denis L. Meadows, Jorgen Randers et William
Berens III), ao qual se seguiram outros estudos que deram ocasião
à declaração da Cimeira da Terra (Rio de Janeiro, 1992)
sobre a necessidade da conservação dos recursos; o senhor Gore
não nos fala nas soluções para a redução do
consumo de alguns recursos naturais, energéticos ou outros. Só
nos fala de energia e CO
2
. Não se preocupa com o sofrimento actual das pessoas devido à
destruição dos seus territórios, às
migrações e mortes como consequência da
depredação dos recursos, mas só se mostra compungido ao
pensar na sua quinta na qual passou a sua idílica infância.
Preocupa-o não saber em que condição ficará com o
dito aquecimento global. O consumismo é intocável, como alma
mater e motor da nossa civilização actual que transforma recursos
naturais em resíduos na proporção de 93%. Só 7% dos
recursos naturais que utilizamos (minerais energéticos e não
energéticos, alimentos, etc) são transformados em bens
úteis para o nosso exagerado consumo. Al Gore indica-nos que a
solução está na mudança de automóvel por
outro sem nos dizer se na fabricação e utilização
deste novo automóvel se consome mais ou menos recursos e se a
eficiência transformadora (maior aproveitamento dos recursos) será
maior ou menor. O mesmo acontece com a energia, mostrando-nos painéis
fotovoltaicos (transformam a luz solar em corrente eléctrica) que, hoje
por hoje, necessitam no seu processo de projecto, fabricação e
montagem, mais energia do que aquela que vão produzir na sua vida
útil. Diz-nos o senhor Gore que se exija das empresas eléctricas
o fornecimento de energia limpa e verde. A que novas formas de energia se
refere o senhor Gore quando nos diz que se pode atingir a emissão zero
de CO
2
? Alcançar este objectivo no uso intensivo da energia num país
como os EUA, e no mundo, significa não queimar matéria
orgânica (petróleo, gás natural, carvão, biomassa,
etc). Só a energia nuclear de fusão, o sonho do reactor
reprodutor (ITER), pode fornecer garantidamente as gigantescas procuras
actuais, e maiores ainda no futuro, que a nossa civilização exige
no consumo-destruição-fabricação-consumo. Só
uma fonte inesgotável de energia eléctrica poderia garantir a
disponibilidade do hidrogénio para substituir os combustíveis
fósseis nos processos de combustão. Coincidências entre Al
Gore e Jeremy Rifkin.
QUAL O AUTOMÓVEL DE JESUS CRISTO?
Uma vez mais, Al Gore recorda-nos que é norte-americano e, no
fundamental, fala para os norte-americanos. Só se refere ao resto do
mundo nas partes menos importantes do seu discurso. Diz-nos que devemos reduzir
a dependência do petróleo estrangeiro, não a mobilidade
compulsiva. Esquece-se que se deslocam, constantemente, cada vez mais, mais
depressa e mais longe materiais, produtos e pessoas. Diz-nos que devemos
reduzir a extracção do petróleo do nosso país. A
que país se refere? A maioria não tem petróleo. Esta meta
de redução da dependência, com a ideia da segurança
nacional, traduz-se num verdadeiro dilema pois torna-se necessária a
importação do petróleo, tanto para os militaristas
(guerras territoriais para controlar o petróleo) como para os
falcões do fisco (repercussão das importações no
valor do dólar) e para os sectores económicos do
neoconservadorismo que apoiam o presidente Bush. Também parece que
pretende satisfazer os desejos das prédicas de poderosas seitas
evangelistas que falam na necessidade de o homem conservar a Terra que Deus nos
deu. Ainda que Al Gore não responda à pergunta chave para estas
seitas: Que automóvel conduziria Jesus Cristo nos dias de hoje?
Al Gore, definitivamente, pretende assustar-nos (o medo é o instrumento
mais subtil e útil do poder) ao responsabilizar-nos a todos, mas sem
mostrar-nos um gráfico ou uma tabela que indique a responsabilidade que
corresponderia a cada um de nós (pessoas, grupos económicos e
sociais, países). E mais, no fundo, ele tão pouco sabe porque nos
acusa. Assim, lamenta-se como alguém que em nome de Deus tenha passado
por aqui, ao referir-se aos desastres produzidos pelo furacão Katrina.
Al Gore não exige responsabilidades aos conhecidos causadores da
situação actual e futura, cujo enriquecimento material é
ainda maior do que o aumento do desastre ambiental que produziram (só a
Exxon-Mobil obteve, em 2006, 30,36 mil milhões de dólares de
lucros, o maior jamais alcançado por uma empresa na história do
capitalismo), mas exige que aceitemos esta situação como o pecado
de toda a humanidade e que trabalhemos todos juntos no futuro para nos
salvarmos do perigo que está para acontecer.
Tão pouco nos indica quanto CO
2
se emitiu para a atmosfera como consequência da
fabricação, ensaios, transporte e utilização do
desproporcionado exército do seu país que não representa a
humanidade no seu conjunto. Nem o do emitido nas sucessivas guerras para o
controlo do petróleo (bombardeamentos, explosões de poços
de petróleo e refinarias, roturas de oleodutos e gasodutos).
Para emitir este discurso simples e sustentado já existe o republicano
Schwarzenegger, talvez com maior experiência cinematográfica. Mas,
no seu estado da Califórnia, supostamente avançado do ponto de
vista ambiental, ainda ninguém consegue comprar o tal automóvel
capaz de ser conduzido por Jesus Cristo.
Como conclusão, a propaganda de Al Gore não oferece nada de novo
e rigoroso (melhor escrito e estudado, ainda que não apresentado com
tais parangonas, existe no primeiro relatório do Clube de Roma de 1972;
mais rigoroso e aparentemente científico encontra-se na
informação fornecida pelo IPCC, órgão da ONU, em
2001). Segue a Bíblia na sua apresentação simplista da
análise das causas e da formulação das medidas,
recomendando a reza aos que sejam seus crentes. Para cobrar os
benefícios do desastre e os que se derivam da sua
divulgação, incluído o próprio, existem nomes e
apelidos. Para pagar os danos ambientais devemos estar todos juntos e irmanados
e ao que nos toca mais concretamente devemos perguntar-lhe como a Deus:
"porquê nós e aqui?" Al Gore desaproveita nesta
magnífica, talvez irrepetível, ocasião, a oportunidade de
nos oferecer o seu currículo pessoal no que respeita aos trabalhos, aos
sacrifícios e aos resultados obtidos durante a sua carreira
política incluindo o seu período como vicepresidente dos
EUA. Talvez assim tivesse ganho as eleições e fosse hoje
presidente em vez de andar a vender livros e DVDs, ainda que então
talvez não fosse iluminado por Deus para andar a fazer prédicas
sobre o desenvolvimento sustentável, algo que, segundo manifesta o
próprio, só aconteceu depois de ter perdido as
eleições presidenciais. Eis agora o que o novo profeta ecologista
manifesta: "vi claramente a missão que me estava destinada".
Vejam, leiam e julguem vós, sobretudo os privilegiados que puderam ouvir
e ver o profeta, por 470 + IVA, se não se assiste a um
fenómeno global, ecológico, económico e religioso, que
atrai por igual as crianças e os mais crescidos, orientais e ocidentais,
plebeus (como eu que só vi o DVD que nos emprestou um amigo) e
aristocratas (que lhe pagaram os 200 mil dólares por conferência e
têm a possibilidade de vê-lo ao vivo e inclusive falar-lhe). Para
terminar, umas últimas perguntas:
O que terão aprendido, quer o presidente do Governo quer os
ministros e outras autoridades, com as suas conferências?
Pagaram as suas entradas?
Se sim, fizeram-no com o dinheiro dos nossos impostos?
Pagaram-lhe pelos seus méritos?
Ou por outros "méritos" que não conhecemos?
Ser-lhe-á dado o próximo prémio Príncipe das
Astúrias de 2007?
O senhor Gore alguma vez terá a oportunidade de ler este artigo e
outros semelhantes?
Dir-nos-á, finalmente, qual é o automóvel que Jesus
Cristo conduziria hoje? Em Madrid não o podemos averiguar.
1- Pedro Prieto. Editor de Crisis energética. Al Gore en España.
¿El huevo del calentamiento global o la gallina del agotamiento
fósil? Disponible en Crisis energética:
http://www.crisisenergetica.org/article.php?story=20070205190147543
2- Una verdad antigua. Marcela Çaldumbide. Advogado.
3- Quando Al Gore exercia seu papel de vendedor de drogas ao serviço das
multinacionais.
Recordação de algumas atrocidades do duo dinâmico
Clinton-Al Gore durante o período em que suportámos do seu mandato
por Alfredo Embid
Os actuais apóstolos de causas humanitárias, como a SIDA e o
Aquecimento Global, o duo dinâmico Clinton-Al Gore, têm uma
história bastante sinistra. Para começar a opinar sobre as suas
actuais cruzadas há que ter senso comum. Há que recordar o que
fizeram quando eram dirigentes do estado mais poderosos do planeta:
desde 20 de Janeiro de 1993 até 20 de Janeiro de 2001. Albert Gore, Jr.
vice-presidente da administração Clinton e este último
como presidente, estiveram implicados e foram responsáveis por diversos
crimes e atrocidades, incluindo intervenções em diversos
países de todo o mundo, e pelo apoio ao terrorismo e à guerra da
Jugoslávia. Além disso são responsáveis pelo
bombardeamento com armas radioactivas na guerra da Jugoslávia, na
Somália e, provavelmente, também no bombardeamento do Iraque e do
Afeganistão.
Os acontecimentos:
IRAQUE,
1993-2001. Durante toda a Administração Clinton-Gore continuou
o bombardeamento do Iraque (com a colaboração da França e
da Grã-Bretanha). A justificação dos bombardeamentos foram
desculpas que mais tarde se revelaram fraudulentas
[1]
. Por exemplo, em 26 de Junho de 1993 (5 meses depois da tomada de posse de
Clinton-Gore), os EUA bombardearam Bagdad com 23 mísseis Tomahawk com a
desculpa de uma conspiração para matar Bush. Os Estados Unidos
financiaram com milhares de dólares o Acordo Nacional Iraquiano para
desestabilizar o regime de Saddam Hussein com atentados terroristas
[2]
. Além disso, mantiveram o embargo e doaras sanções
económicas que custaram a vida a mais de milhão e meio de
iraquianos, na sua maioria crianças
[3]
.
SOMÁLIA,
1993. Bombardeamento com mísseis das forças do general Mohamed
Aidid que se opunha à entrada de tropas americanas no seu país. A
operação foi apresentada como álibi de ajuda
humanitária com amplo envolvimento de meios. Mas na realidade é
que por detrás estava "a merda do diabo" que é como os
africanos chamam ao petróleo, o "ouro negro" como chamamos
nós. Há provas de que se utilizou armamento radioactivo
[4]
.
JUGOSLÁVIA,
1992-94. Estabeleceu-se um bloqueio marítimo dos EUA e da NATO contra
a Jugoslávia: Sérvia e Montenegro. A Jugoslávia estava na
agenda.
JUGOSLÁVIA, BÓSNIA,
1993. Estabeleceu-se uma zona de exclusão aérea patrulhada,
fomentou-se a guerra civil, abateram-se aviões, bombardearam-se alvos
civis. Aumentou-se a tensão sobre os objectivos que explicaremos.
HAITI,
1993-94. Ocupação do Haiti por uma força multinacional
encabeçada pelos EUA. Em 19 de Setembro de 1994 apoiaram as
forças internas que derrubaram o presidente Aristides que fora eleito
legitimamente. Os ocupantes dos EUA prenderam os líderes do
exército do Haiti pelos seus crimes. Mas, em vez de os julgar,
premiaram-nos com garantias de segurança e milionárias reformas.
O padre cristão Aristides, que havia sido derrubado por um golpe militar
poucos meses depois de ter sido eleito, em 1991, é reconduzido à
chefia do governo depois de ter sido obrigado pelos EUA a prometer que iria
portar bem. Isto é, que deixaria de ajudar os pobres e se submeteria a
uma agenda política favorável aos ricos e à classe
dirigente do país. Desde então, os EUA impedem o castigo dos
responsáveis pelas violações dos direitos humanos e
negam-se a devolver os documentos oficiais roubados durante a invasão
que poderiam estabelecer as suas responsabilidades.
JUGOSLÁVIA, BÓSNIA,
1994-1995. Aqui permito-me estender mais além para tornar
compreensível o contexto porque o duo dinâmico é totalmente
responsável por ter provocado uma guerra aparentemente
incompreensível na Europa. A Jugoslávia negava-se terminantemente
a que o Ocidente lhe impusesse o seu modelo e a entrada na NATO. Algo
especialmente grave quando era uma região geoestratégica
importante para a passagem das vias energéticas da Ásia Central e
além disso possuía importantes recursos minerais. A
Jugoslávia era além disso um exemplo de convivência
interétnica como comprovei pessoalmente em duas viagens em que a cruzei,
em 1967. Assim, inicialmente, fiquei profundamente incrédulo como fora
possível uma guerra civil. Mas foi um efeito da estratégia do
império que se baseou justamente em atiçar as diferenças
étnicas, tal como o fez Hitler quando invocou a
autodeterminação étnica contra a Checoslováquia e a
Polónia como desculpa para invadi-las em 1938-39. A
autodeterminação étnica é um princípio que
agora se esconde debaixo do tapete dos "direitos humanos" para
conseguir o mesmo objectivo: estimular as insularidades e dividir. Assim, os
EUA orquestraram a demonização dos sérvios que já
havia sido iniciada pela Alemanha nos princípios dos anos 90
[5, 6]
.
Desde 1994 os EUA desenvolveram uma operação secreta similar
à que fizeram anteriormente e que resultou no escândalo
Irão-contra, mas esta ainda permanece oculta
[7]
.
Os EUA, encobertamente (financiando grupos islâmicos) violaram o embargo
do Conselho de Segurança da ONU na venda de armas a qualquer grupo
armado no conflito da Jugoslávia. Como resultado formou-se um arrede
secreta de venda de armas através da Croácia
[8]
.
Não se trata de uma teoria da conspiração, os EUA
utilizaram os islamitas para armar os muçulmanos da Bósnia,
ex-Jugoslávia, segundo um relatório governamental holandês
que inclusive provocou a demissão do governo
[9]
.
Para compreender a participação dos islamitas nas guerras da
Jugoslávia e de Bin Laden, financiados pelos EUA, é especialmente
interessante o trabalho de Jurgen Elsasser que explica como os combatentes
muçulmanos recrutados pela CIA para lutar contra os soviéticos no
Afeganistão e que estavam praticamente sem ocupação, foram
utilizados sucessivamente na Jugoslávia (e na Chechénia) sempre
com o apoio dos EUA. Ao acabar a guerra no Afeganistão, Osama Bin Laden
recrutou esses mesmos militantes
jihadistas,
treinou-os, em parte com o apoio da CIA, e deslocou-os para a Bósnia
com soldos de 3000 dólares mensais para servir o exército
bósnio. O seu lugar tenente na Bósnia Herzogovina, Al Zawahiri,
que ra o braço direito de Bin Laden, foi o chefe de
operações nos Balcãs em princípios dos anos 90,
viajou para os >EUA com um agente dos US Special Command para recolher
dinheiro para uam nova guerra
[10]
.
CHECHÉNIA,
1995. Os EUA não aparecem como actores nesta primeira guerra mas
existem provas de que também participaram ao financiar grupos
islâmicos desocupados, desde a guerra do Afeganistão, e os
separatistas, tal como fizeram na Jugoslávia e se explica no livro
"Comment le Djihad est arrivé en Europe"
[11]
.
CUBA,
1996. Em 18 de Outubro um avião norte-americano foi encontrado a
fumigar algo na província cubana de Matanzas. Seguiu-se uma praga de
insectos
thrips palmi
que nunca antes se haviam encontrado na ilha e que devoraram milho, pepinos e
outros alimentos. Este acto de guerra biológica foi denunciado perante a
ONU
[12]
.
ZAIRE (CONGO),
1996-97. Intervenção de tropas
marines
dos EUA tal como na LIBÉRIA em 1997 e na ALBÂNIA também em
1997.
SUDÃO,
1998. Imposição de um embargo económico e bombardeamento
do país. Incluindo um ataque com mais de uma dezena de mísseis
Tomawak
à única fábrica de medicamentos humanos e
veterinários com a desculpa de que fabricavam armas químicas e de
terrorismo
[13]
. Foi algo que nunca se demonstrou e se reconheceu inclusive que se tratava de
um erro
[14]
. A consequência foi uma penúria de 90% dos medicamentos que
estavam a produzir. Estes medicamentos eram fabricados e consumidos localmente.
Portanto, a consequência do bombardeamento do duo dinâmico foi
sobretudo a destruição da autonomia farmacêutica do
país relativamente às multinacionais da medicina. Como
consequência também, milhares de desgraçados somalis
morreram ao não se poderem tratar com medicamentos eficazes para as
doenças endémicas. Isto é, assassinatos e despovoamento.
Curiosamente, é o mesmo que promove a ortodoxia da SIDA, da qual Clinton
se converteu num apóstolo com a colaboração de Al Gore
[15]
.
ÁFRICA,
1998. Nesse mesmo ano criava-se a Iniciativa Norte-americana de Resposta
às Crises Africanas (ACRI). Com a desculpa de realizar
"missões humanitárias" desenvolveu-se um amplo programa
de treinamento militar em vários países africanos cujo
prolongamento consequente é a actual invasão da Somália
[16]
.
AFEGANISTÃO,
1998. Ataque com mísseis sobre antigos campos de treino da CIA
utilizados por grupos fundamentalistas islâmicos aos quais se acusa de
ter atacado embaixadas
[17]
.
IRAQUE,
1998-99. Bombardeamento intenso com mísseis durante quatro dias de
ataques aéreos. Só nos primeiros 8 meses de 1999, os EUA e a
Grã-Bretanha realizaram 10 mil voos sobre o Iraque, lançando mais
de mil bombas e mísseis sobre 400 lugares
[18]
.
ÁFRICA DO SUL,
1999. Al Gore, que estava ligado à indústria farmacêutica
[19]
, tenta vender AZT com descontos ao governo sul-africano. Mas este afasta a
"ajuda" ao dar-se conta que o AZT é uma mezinha para a SIDA.
JUGOSLÁVIA,
1999. Sob a liderança dos EUA, a NATO bombardeou Kosovo e a
Sérvia numa operação denominada
"Intervenção Humanitária Anjo da Guarda" de 24
de Março a 10 de Junho de 1999.
Como no caso da Bósnia Herzegovina, apontaram o fundamentalismo
islâmico para desestabilizar a região. Por artes mágicas,
numa questão de meses, as milícias da UCK qualificadas pelos EUA
como terroristas, em Fevereiro de 1998, converteram-se em seus aliados no
Kosovo
[20]
.
A intervenção montou-se uma vez mais (como na Bósnia) a
partir da informação falsa e manipulada, fornecida pelos EUA e a
NATO, sobre presumíveis massacres cometidos pelos sérvios para
demonizá-los. Esta montagem sem provas foi difundida vergonhosamente por
todos os meios de desinformação durante meses para preparar a
invasão.
Depois os EUA apresentaram umas negociações fraudulentas com umas
condições surrealistas que se pode resumir no seguinte: a NATO
(isto é, os EUA) apropriar-se-á do Kosovo e terá acesso
livre a toda a Jugoslávia e além disso vocês têm que
pagar os custos da governação da NATO. Estas exigências,
inaceitáveis para qualquer estado, foram, evidentemente, recusadas
[21, 22]
.
Como consequência veio a operação humanitária
"anjo da guarda" durante a qual se lançaram 25 mil toneladas
de explosivos, numas 25 mil incursões aéreas. Foram empregues
bombas de estilhaçamento assim como munições radioactivas.
O comandante das forças aéreas francesas da NATO, General
Joffret, afirmou: "As forças aéreas receberam ordens para
destruir a vida na Sérvia"
[23]
. Segundo as suas declarações nesta missão
"humanitária", mulheres, crianças, maiores, passageiros
de comboios e de autocarros, transeuntes sobre pontes, foram aniquilados.
Perderam a sua vida 2500 pessoas das quais 30% eram crianças. Ficaram
feridas mais de 10 mil pessoas dos quais 40% eram crianças. Durante o
ataque realizaram-se bombardeamentos maciços de objectivos civis,
alojamentos residenciais, pontes, estradas, vias-férreas, refinarias,
instalações químicas, estruturas empresariais vitais,
estações transmissoras de rádio e de televisão.
Muitas instituições sanitárias e educativas, monumentos
culturais, igrejas, mosteiros, cemitérios, também foram
totalmente arrasadas. Destruíram deliberadamente a estação
de televisão (como é habitual fazê-lo, com o último
exemplo em Bagdad no Iraque) e inclusive a embaixada da China, em Belgrado, que
os EUA (com os seus sofisticados meios de detecção por
satélite) "não sabiam" donde estava (o que era evidente
num qualquer mapa turístico). Causou-se uma perda maciça de vidas
numa catástrofe humanitária, económica e ambiental, cujas
trágicas consequências não podem ser limitadas em termos de
espaço e de tempo. Nesta agressão dos EUA e da NATO contra
República Federal da Jugoslávia, cometeu-se uma grave
violação dos princípios fundamentais nas
relações internacionais, do Direito Internacional
Humanitário. A NATO violou os mandatos do Conselho de Segurança
das Nações Unidas assim como a Acta da sua própria
fundação
[24]
. Em Março de 1999, juristas de vários países incluindo
dos EUA, apresentaram queixas perante o Tribunal Internacional de Haia,
acusando os crimes de guerra cometidos pela NATO, mas o tribunal processou os
Sérvios
[25]
.
Como se fosse pouco, os EUA e a NATO admitiram oficialmente ter lançado
no Kosovo mais de 30 mil projécteis com urânio empobrecido, mais
de 2500 no resto da Sérvia e 300 em Montenegro. Recordamos que estas
armas, além de serem de "urânio empobrecido", são
consideradas como "armas de destruição maciça"
pela Subcomissão para a Protecção e Promoção
dos Direitos Humanos e que violam numerosas convenções
internacionais como já se explicou.
O General G. Robertson, na sua carta de 7 de Fevereiro de 2000, confirmou que
em todo o território da província de Kosovo e Metohija, em
aproximadamente 100 incursões aérea, se utilizaram 31 mil
cartuchos de munições contendo urânio (o que é
equivalente a 10 toneladas de urânio empobrecido). Nos meses que se
seguiram, soldados da NATO que tiveram o privilégio de participar neste
genocídio começaram a adoecer e a morrer. Especialmente os que
haviam sido colocados estrategicamente em zonas de máxima
contaminação como os espanhóis.
Há que recordar que as tropas dos privilegiados que pertencem ao clube
nuclear foram posicionadas fora dessa zona. Os mapas mostram a
situação das tropas invasoras decidida pela NATO tornando claro
que os espanhóis foram enviados para as zonas de máximo risco
enquanto os membros do clube nuclear (EUA, Inglaterra e França) se
situaram estrategicamente nas de menos risco de contaminação
radioactiva.
Além disso, os EUA retiveram, ocultaram e sonegaram
informação, obstruindo as investigações sobre os
perigos do urânio com o objectivo de evitar responsabilidades morais e
materiais. O porta-voz do Pentágono teve o desplante de afirmar que
"os projécteis de urânio empobrecido não são
danosos do ponto de vista ambiental nem apresentam um impacto significativo
sobre a saúde"
[27]
.
Javier Solana foi ainda mais longe sugerindo que inclusive poderia ser
benéfico para a saúde. O programa da UNEP sobre
contaminação radioactiva é uma fraude e o relatório
da Organização Mundial da Saúde também, já
que desde 1957 está submetida à Agência Internacional de
Energia Atómica, isto é, ao
lobby
nuclear
[28]
. Os meios de comunicação seguiram a voz do dono e censuraram
toda a informação a este respeito, especialmente quando se
detectou plutónio na Jugoslávia. O plutónio é o
elemento radioactivo artificial mais tóxico que se produz. O
plutónio não faz parte do urânio fraudulentamente chamado
empobrecido, como tão pouco outro elemento radioactivo artificial, o
U236, que também se encontrou no Iraque e no Afeganistão
[29]
. Eram novas provas de que os EUA e a NATO mentem contra a nossa saúde.
O balanço da guerra da Jugoslávia foi de 200 mil mortos e mais de
um milhão de refugiados.
[30]
. É o que se contabiliza, já que as consequências da
radioactividade ficam presentes para sempre.
CHECHÉNIA,
1999. Na segunda guerra na Chechénia, tal como na primeira, os EUA
aparentemente não intervieram. Mas segundo muitos analistas estavam por
detrás estimulando o conflito. Utilizando, como no Afeganistão e
na Jugoslávia, as milícias islâmicas. Estas eram armadas
por países aliados dos EUA como a Arábia Saudita, a Turquia e a
Jordânia. Refugiavam-se no Azerbaijão que também é
seu aliado. Além disso, eram descaradamente apoiadas pelas rádios
da CIA:
Radio Free Europe
e
Radio Liberty.
Inclusive há provas de que o então agente da CIA Bin Laden
financiou e apoiou os rebeldes chechenos
[31]
.
1999.
Os EUA negam-se a assinar o Acordo Internacional para a
proibição de utilização de minas antipessoais (cuja
definição inclui as bombas de estilhaçamento) que entrou
em vigor em 1 de Março de 1999. E com razão, já que nesse
mesmo ano haviam lançado na Jugoslávia 1100 bombas de
estilhaçamento cada uma das quais contém 202 bombas simples. Isto
é, despejou 222.200 bombas naquele país
[32]
.
1999.
Os EUA reconhecem que estão a formar um grupo para manipular a
opinião pública internacional relativamente à sua
política externa
[33]
.
TIMOR ORIENTAL,
1999. Os EUA apoiam, com ajuda militar, o massacre perpetrado pelo
exército indonésio sobre a população que reclama a
independência
[34]
. Certamente, o mesmo que fez com Israel durante a guerra do Líbano.
ÁFRICA DO SUL,
2000. Apesar dos esforços dos EUA, das instituições
sanitárias como a OMS e a UNICEF e, até, das multinacionais
farmacêuticas, a guerra dos EUA contra a epidemia da SIDA inventada em
África, vai mal. As vendas do tóxico AZT recuam, e inclusive a
própria hipótese oficial de que a SIDA é causada por um
vírus é questionada. Em Janeiro, Al Gore preside a uma
reunião excepcional do Conselho de Segurança da ONU sobre o
problema da SIDA em África. Mas, na realidade, sobre a ameaça da
crescente dúvida acerca da hipótese oficial em África. Em
Maio, os EUA ameaçam a África do Sul declarando que a SIDA
é uma ameaça para a segurança nacional dos EUA
[35]
.
COLÔMBIA,
2000. Com o falso argumento da "Guerra às Drogas", os EUA
lançam o Plano Colômbia, um programa de ajuda maciça que na
sua maior parte é um plano militar. A guerrilha é classificada de
narcotraficante, mas o próprio administrador da DEA (Drug Enforcement
Agency) num testemunho do ano anterior perante a Câmara do Comité
Judicial, Subcomité do Crime, disse que "não havia chegado
à conclusão de que as FARC e o ELN fossem entidades que se
dedicassem ao tráfico de drogas". Pelo contrário, havia
provas de que o exército colombiano sim, é que estava implicado
no tráfico de drogas e não só de cocaína, mas
também de heroína. O mesmo pode dizer-se do exército
mexicano e peruano apoiados pelos EUA
[36]
.
O Plano Colômbia, apresentado em 1998 pelo presidente Andrés
Pastraña como um programa de desenvolvimento económico sem
drogas, é na realidade uma cortina para a implantação de
forças estado-unidenses no país, como o demonstra o efeito de que
depois de 5 anos de combates, a Colômbia continua a ser o primeiro
produtor mundial de cocaína
[37]
. Não se trata de nenhum fracasso. O petróleo colombiano
encontra-se sob controlo dos EUA e a dissidência interna também. A
hipocrisia da luta contra a droga ficou bem esclarecida anteriormente (para os
que tiverem alguma dúvida) mediante a exposição de um
facto. Atrás da invasão do Afeganistão, cuja
produção de ópio havia sido reduzida em 90%, antes da
invasão com a desculpa de combate ao terrorismo, depois da democracia
imposta pelos EUA, o país voltou a consagrar-se como o principal
produtor mundial de ópio
[38]
.
1993 2001.
Durante todo o seu mandato também lutou contra o próprio povo
norte-americano. O analista Nat Hentoff afirma que a
Administração Clinton-Al Gore "é a que infligiu
maiores danos aos nossos direitos e liberdades constitucionais"
[39]
.
Toda esta galeria de atrocidades não pretende ser exaustiva. O duo
dinâmico de cruzadas humanitárias Clinton-Al Gore é
responsável pelos seguintes crimes globais:
1 Ter fomentado, durante a sua permanência no poder do país
mais poderoso do mundo uma ordem internacional injusta que assassina
silenciosamente por si mesma a grande maioria dos seus semelhantes ao
privá-los de água potável e dos alimentos mínimos
que necessitam, para benefício de uma leite de que eles fazem parte.
2 Ocultar que os mais graves problemas da humanidade não
são as suas rentáveis e oportunistas cruzadas sobre a SIDA ou
sobre o aquecimento global. Estas servem para nos entreter com a
criação do medo e impedir que enfrentemos os autênticos
problemas que temos: o esgotamento dos recursos petrolíferos, o aumento
da contaminação química e radioactiva, o aumento das
guerras e das desigualdades entre ricos e pobres, etc, etc. Manipular o
problema do aquecimento global, cujas consequências poderemos
experimentar dentro de um indefinido número de anos, ocultando as
consequências da contaminação radioactiva (que eles
próprios contribuíram para o aumento com as suas guerras) cujos
efeitos se fazem sentir desde há décadas na forma do aumento de
enfermidades da civilização. O aquecimento global apresentado
como "a principal ameaça que enfrentamos" oculta e fomenta a
deterioração do nosso património genético provocado
pela crescente contaminação radioactiva.
Notas:
]
1- Michel Collon. "Attention media" ed. EPO Bélgica.
Pág. 284.
http://www.michelcollon.info
2- Independent. Londres, 26 Março 1996.
3- Ver nosso relatório detalhado sobre as consequências
sanitárias do bloqueo para a população do Iraque no
nº 69 da revista. Alfredo Embid "Aumento de cánceres,
malformaciones y otras enfermedades en Iraq". E entrevista com o ministro
da Saúde Pública iraquiano.
4- Para mais informação sobre a Somália e a guerra actual
ver o nº 142 do Boletín Armas contra las guerras. Alfredo Embid
"La puerta de las lágrimas de nuevo ensangrentada por la mierda del
diablo". Cuya publicación hemos retrasado para recibir a Al Gore.
5- Michel Collon: " Yougoslavie: a nouveau la demonisatión. Pour
cacher quoi?." postsciptum enero 2004 "Attention Medias"
ediciones EPO Bélgica.
6- Michel Collon "Poker menteur". Ediciones Epo Bélgica do
qual também existe uma tradução espanhola da editorial
Hiru. Na minha opinião um, livro imprescindível para entender a
guerra da Jugoslávia.
www.hiru-ed.com
7- Ver a respeito da operação Irão-Contra e das suas
actuais repercussões o boletim nº 122.
8- The Guardian,
http://www.guardian.co.uk/yugo/article/0,2763
9- The Guardian op.cit.
10- Silvia Cattori entrevista a Jurgen Elsasser: "La CIA reclutó y
entrenó a los yihadistas" , Voltaire 28 junio, 2006
]
11- Jurgen Elsasser "Comment le Djihad est arrivé en Europe",
prólogo de Jean-Pierre Chevènement. Ediciones Xenia (Suiza).
12- Documento de la Asamblea General de la ONU, A/52/128, 29 abril, 1997.
13- Noam Chomsky "11/09/2001" RBA editores. Barcelona 2001.
14- William Blum. "El estado agresor". La esfera de los libros.
Madrid 2006.
15- ver boletín nº 140.
16- ver boletín nº 142.
17- Sobre a criação dos grupos islamicos no Afeganistão
ver entre outros nossos editoriais da revista Medicina Holística nº
64, 65 e o boletim nº 89.
18- W. Blum. Op. cit.
19- John Judis "K.Street Gore" The American prospect, julio-agosto
1999. Ver boletim nº 140.
20- Michel Collon "Monopoly" ed Hiru.
]
21- Addict to war. Joel an dreas. www. adictedtowar.com Excelente
síntese da historia dos EUA coM algumas objecções sobre o
11S
22- Michel Collon Poker menteur op cit
23- Citado numa carta de Michel Fontanie, Presidente de ASFED FRANCE
(Association pour la suvegarde des familles et enfants de disparus),
Estrasburgo, 27 Mayo 1999.
24- Facts on consequences of the use of depleted uranium in the nato
agresión against the federal republic of yugoslavia in 1999. Catherine
Euler. publicado en agosto de 2000 por el Ministerio de Asuntos Exteriores de
la República Federal de Yugoslavia.
25- William Blum op. cit.
26- The trojan horses of nuclear war. Conferencia de Hamburgo Octubre 2003.
www.uranimweaponsconfeence.de
27- Reuters, 23 de marzo del 2000
28- Ver nº 64 da revista Medicina Holística.
29- Ver trabalhos do UMRC publicados em boletins anteriores.
30- Le livre noir du capitalisme. Le temps des cerises.1998.
]
31- Michel Collon. "Monopoly, la OTAN a la conquista del mundo".
Hiru.
32- William Blum. Op. cit.
33- Washington Times 28 Julio 1999.
34- Allan Naim "US complicityin Timor" The observer. Londres 19
septiembre 1999.
35- Ver boletim nº 140 e a secção de artigos gratuitos,
apartado SIDA y outros publicados na nossa revista.
36- William Blum. Op. cit.
37- El Plan Colombia. Cocaína, petróleo y mercenarios. Red
Voltaire. 14 de febrero de 2005.
38- Ver detaljes no boletim nº 89.
39- Washington Post. 2 enero 1999.
[*]
Alfonso del Val. Sociólogo Fundador da revista
El Ecologista
no ano 1979
e co-autor do "Libro del reciclaje", Ed. Integral, e do
"Guía del consumo responsable"
O original encontra-se em
http://www.rebelion.org/noticia.php?id=46653
Estes artigos encontram-se em
http://resistir.info/
.
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