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								A agenda oculta de Copenhaga
							
							O comércio multibilionário em derivativos do carbono
							 Arquitecta dos Credit Default Swaps por trás dos "Derivativos
							do Carbono"
						
								
									por Washington's Blog
								
							 Em cima de uma impostura desenha-se uma nova impostura. À apregoada
									impostura de um mítico aquecimento global seguiu-se a impostura de
									atribuir todas as culpas desse não-acontecimento ao diabolizado
									dióxido de carbono (CO2).
 E agora temos o culminar disso tudo, ou seja,
									a impostura da impostura da impostura (seria melhor dizer impostura ao cubo) em
									que banqueiros trapalhões esfregam as mãos de contentes
									a arquitectar novas negociatas com o dito carbono.
 Neste momento, politiqueiros de todo o mundo, abrigados nos hotéis de
									luxos de Copenhaga, fingem estar a defender o
									"ambiente" e preparam-se para dar o sinal verde para
									estas novas negociatas do capital financeiro.
 resistir.info
 
							 Mostrei anteriormente como os derivativos especulativos (especialmente os
							 Credit Default Swaps
							, CDSs) são uma 
							 causa primária da crise económica
							. 
 E 
							 destaquei
							 que: 1) os bancos gigantes farão uma fortuna com o
							comércio de carbono; 2) que o principal cientista que faz campanha
							contra o aquecimento global afirma que isso não funcionará; e 3)
							que há uma probabilidade muito alta de fraude maciça e
							comércio de iniciados nos mercados de comercialização do
							carbono.
 
 Agora, a Bloomberg 
							 observa
							 que o esquema do comércio de carbono estará 
							
								centrado em torno de derivativos:
 
								
								Os bancos estão a preparar-se para fazer com o carbono o que fizeram
								antes: conceber e mercadejar contratos de derivativos que ajudarão
								companhias clientes a protegerem o seu risco de preço no longo prazo.
								Eles também estão prontos para vender produtos financeiros
								relacionados com o carbono a investidores externos.
								
 [Blythe] Masters afirma que deve ser permitido aos bancos liderar o processo se
								um sistema obrigatório de comercialização do carbono tiver
								de ajudar a salvar o planeta ao mais baixo custo possível. E os
								derivativos relativos ao carbono devem ser parte do conjunto, afirma ela. Os
								derivativos são títulos cujo valor é derivado do valor de
								uma mercadoria subjacente  neste caso, o CO2 e outros gases com efeito de
								estufa...
 
							Quem é Blythe Masters?
							
 Ela é a empregada do JP Morgan que inventou os credit default swaps e
							está agora a dirigir os esforços da JPM na
							comercialização do carbono. Como observa a Bloomberg (isto e
							todas as restantes citações são do artigo da Bloomberg com
							o link acima):
 
								
								Masters, 40, superintende os negócios ambientes do banco de Nova York
								como a chefe global da firma de commodities...
								
 Como jovem banqueira londrina no princípio da década de 1990,
								Masters fez parte da equipe de desenvolvimento de ideias da JPMorgan para a
								transferência de risco para partes terceiras. Ela continuou a administrar
								risco de crédito para o banco de investimento da JPMorgan.
 
 Dentre os derivativos de crédito que se desenvolveram a partir dos
								primeiros esforços do banco estava o credit-default swap.
 
							Alguns membros do Congresso estão a combater os derivativos do carbono:
							 
								
								"As pessoas estão em vias de fazer truques com os futuros de
								carbono e teremos perturbações", afirma Maria Cantwell, uma
								senadora democrata do estado de Washington. "Você não pode
								permanecer à frente da ferramenta seguinte que eles estão em vias
								de criar".
								
 Cantwell, 51, propôs em Novembro que aos governos estaduais dos EUA seja
								dado o direito de proibir produtos financeiros não regulamentados.
								"O mercado de derivativos tem feito muito dano à nossa economia e
								é nada mais do que um casino de apostas muito altas  excepto que
								os casinos têm de obedecer a regulamentações",
								escreveu ela numa comunicado de imprensa...
 
							Contudo, o Congresso pode dobrar-se à pressão da indústria
							para permitir a venda livre no comércio de derivativos de carbono
							 
								
								A lei de fixação de limites máximos e intercâmbio de
								direitos de emissão 
								
									(cap-and-trade)
								
								 proíbe a venda livre de derivativos, exigindo que todo o
								comércio de carbono seja feito por meio de correctores 
								
									(on exchanges)
								
								... Os banqueiros dizem que uma tal lei seria um erro... Os bancos e companhias
								podem abrir o seu caminho nos derivativos de carbono numa
								legislação separada agora a ser trabalhada no Congresso...
							 
							Peritos financeiros também se opõem ao 
							
								cap-and-trade:
							
							 
								
								Mesmo George Soros, o multimilionário operador de hedge fund, diz que
								administradores de dinheiro descobririam meios para manipular mercados 
								
									cap-and-trade.
								
								 "O sistema é passível de apostas", observou Soros, 79,
								num seminário na London School of Economics em Julho último.
								"Eis porque tipos financeiros como eu gostam disso  porque há
								oportunidades financeiras"...
								
 O administrador de hedge fund Michael Masters, fundador do Masters Capital
								Management LLC, com sede em St. Croix, U.S. Virgin Islands [e não
								relacionado com Blythe Masters] afirma que os especuladores acabarão por
								controlar os preços do carbono nos EUA e a participação
								deles poderia disparar o mesmo tipo de ciclos de altos-e-baixos que tem
								afligido outras commodities...
 
 O administrador deste hedge fund diz que os bancos tentarão inchar o
								mercado do carbono com o recrutamento de investidores de hedge funds e fundos
								de pensão.
 
 "A Wall Street está em vias de vender isto como um produto de
								investimento para pessoas que nada têm a ver com o carbono", afirma
								ele. "Então, subitamente, administradores de investimento
								estão a dominar esta classe de activos e nada está relacionado
								com a oferta e procura real. Já vimos este filme antes".
 
							Na verdade, como destaquei anteriormente, muitos ambientalistas opõem-se
							também ao cap-and-trade. Por exemplo:
							 
								
								Michelle Chan, analista política sénior dos Amigos da Terra de
								San Francisco, não está convencida. 
								
 "Deveríamos realmente criar um novo mercado de US$2 milhões
								de milhões quando ainda não acabámos o trabalho de
								relançar e testar nova regulamentação financeira?,
								pergunta ela. Chan diz que, dado o seu recente historial, a capacidade dos
								bancos para transformar a alteração climática num novo
								mercado de commodities deveria ser restringida...
 
 "Aquilo para que acabámos de ser despertados na crise de
								crédito  de uma forma estridente e chocante  é o que
								acontece no mundo real", afirma...
 
 Chan dos Amigos da Terra está a trabalhar arduamente para impedir os
								bancos de acrescentarem o carbono ao seu repertório. Ela intitulou um
								relatório de Março dos Amigos da Terra como "Subprime do
								carbono?" Num depoimento no Capitoll Hill, ela advertiu: "A Wall
								Street não fará apenas a corretagem nos derivativos do carbono
								 eles os tornarão criativos".
 
							Sim, eles os tornarão "criativos" e já vimos este
							filme antes ... um boom de derivativos do carbono inadequadamente regulamentado
							desestabilizará a economia e levará a um outro crash.
							
 
								08/Dezembro/2009
							O original encontra-se em
								 www.washingtonsblog.com/2009/12/woman-who-invented-credit-default-swaps.html
								 e
								 globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=16449 
 Este artigo encontra-se em
								 http://resistir.info/
								.
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