Carta aberta de cientistas brasileiros
A fraude do aquecimento global de origem antropogénica
A fraude do aquecimento global de origem antropogénica continua a
grassar, tanto em Portugal como no Brasil.
Felizmente a comunidade
científica começa a reagir à impostura propalada por
políticos ignorantes que confundem clima com ambiente; banqueiros
corruptos interessados no business da compra/venda de direitos de
emissões de CO
2
; pseudo-ambientalistas que fazem terrorismo
climático a fim extorquir verbas; e jornalistas incultos que confundem a
opinião pública repetindo como papagaios as tretas
aquecimentistas.
As classes dominantes precisam inventar falsos problemas como o do
suposto aquecimento global a fim de ocultar os verdadeiros.
Chama-se a
isso diversionismo.
Esta carta aberta de cientistas brasileiros é um esforço
saudável para travar a enxurrada de sandices postas em
circulação por essa gente, bem como um alerta contra o gigantesco
desperdício de recursos provocado pela ideologia aquecimentista.
resistir.info
Carta aberta ao Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação
São Paulo, 26 de janeiro de 2015
Exmo. Sr.
José Aldo Rebelo Figueiredo
Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação
As posições críticas de V.Exa. sobre a tendência
prevalecente nas questões climáticas, que atribui às
atividades humanas uma suposta e não comprovada influência na
dinâmica do clima nos últimos dois séculos, são de
domínio público e têm motivado questionamentos à
vossa nomeação para o Ministério da Ciência,
Tecnologia e Inovação (MCTI), tanto no Brasil como no exterior.
Assim sendo, os signatários da presente reiteram que as
discussões e a formulação das políticas
públicas sobre as questões climáticas têm sido
pautadas, predominantemente, por equivocadas e restritas
motivações ideológicas, políticas, econômicas
e acadêmicas o que as têm afastado não apenas dos
princípios basilares da prática científica, mas
também dos interesses maiores das sociedades de todo o mundo, inclusive
a brasileira.
Estamos conscientes de que a extensão de tais interesses
específicos e dos compromissos internacionais assumidos pelo País
com a agenda da "descarbonização" da economia mundial
faz com que qualquer tentativa de reorientação da pauta
climática nacional, para fora do cenário
"antropogênico" das mudanças climáticas, tende a
gerar uma forte oposição dos setores articulados em torno desse
cenário, aí incluídos o poderoso movimento ambientalista
internacional e grande parcela da mídia, dotados de considerável
influência sobre a opinião pública interna e externa.
Não obstante, acreditamos que algumas necessárias
correções de rumo sejam factíveis, no sentido de se
atribuir uma prioridade maior a certas iniciativas de importância
fundamental, tanto na alçada do MCTI como na de outros
ministérios (casos nos quais a influência do MCTI poderia ser
determinante), para proporcionar uma melhora do conhecimento da dinâmica
climática e um aumento da capacidade geral da sociedade para fazer
frente aos fenômenos meteorológicos e climáticos. Estamos
convencidos de que tais iniciativas representariam aplicações
melhores para grande parte dos recursos humanos e financeiros que têm
sido equivocadamente orientados para a agenda da
"descarbonização".
Por conseguinte, oferecemos-lhe as considerações a seguir, com a
expectativa de que possam aportar subsídios relevantes para a
atuação do MCTI nessa área.
1) Não há evidências físicas da influência
humana no clima global
Em termos estritamente científicos, a questão climática
pode ser sintetizada em um único parágrafo:
As mudanças constituem a característica fundamental do clima,
como demonstram as evidências referentes a toda história
geológica da Terra ou seja, o clima está sempre em
mudança. Quanto à alegada influência humana no clima
global, supostamente atribuída às emissões de compostos de
carbono das atividades humanas, com a industrialização e a
urbanização, ela teria que, forçosamente, amplificar as
taxas de variação (gradientes) das temperaturas
atmosféricas e oceânicas e dos níveis do mar, registradas
desde a Revolução Industrial do século XVIII. Como
não há qualquer evidência de que estas
variações sejam anômalas, em relação
às registradas anteriormente, no passado histórico e
geológico, simplesmente, a propalada influência humana não
pode ser comprovada.
Todos os prognósticos que indicam elevações exageradas das
temperaturas e dos níveis do mar nas décadas vindouras,
além de outros impactos negativos atribuídos ao lançamento
de carbono "antropogênico" na atmosfera, baseiam-se em
projeções de modelos matemáticos, que constituem apenas
simplificações limitadas do sistema climático. Portanto,
tais prognósticos não devem ser usados para fundamentar
políticas públicas e estratégias de longo alcance, com
grandes impactos socioeconômicos, tanto em âmbito nacional como
global.
A influência humana no clima
[NR]
restringe-se às áreas urbanas e seus entornos, em
situações específicas de calmarias, sendo esses impactos
muito localizados e sem influência na escala planetária.
Segundo o quinto relatório do Painel Intergovernamental sobre
Mudanças Climáticas (IPCC), divulgado em 2014, as temperaturas
médias globais aumentaram 0,85 C no período 1880-2012,
enquanto o nível médio do mar subiu 0,19 m entre 1901 e 2010.
Na história da Terra há registros de situações bem
mais dramáticas. Ao longo do Holoceno, a época geológica
correspondente aos últimos 12.000 anos em que a
civilização humana se desenvolveu, houve diversos períodos
com temperaturas mais altas que as atuais. No Holoceno Médio, há
6.000-8.000 anos, as temperaturas médias chegaram a ser 2 C a
3 C superiores às atuais, enquanto os níveis do mar
atingiram até 3 metros acima do atual. Igualmente, nos períodos
quentes conhecidos como Minoano (1500-1200 a.C.), Romano (séc. III
a.C.-V d.C.) e Medieval (séc. X-XIII d.C.), as temperaturas foram mais
de 1ºC superiores às atuais.
Entre 12.900 e 11.600 anos atrás, no período frio denominado
Dryas Recente, as temperaturas atmosféricas caíram cerca de
8 C em menos de 50 anos e, ao término dele, voltaram a subir na
mesma proporção em pouco mais de meio século.
Quanto ao nível do mar, ele subiu cerca de 120 metros, entre 18.000 e
6.000 anos atrás, o que equivale a uma taxa média de 1 metro por
século, suficientemente rápida para impactar visualmente as
gerações sucessivas das populações que habitavam as
margens continentais. No período entre 14.650 e 14.300 anos
atrás, há registros de uma elevação ainda mais
acelerada, atingindo cerca de 14 metros em apenas 350 anos, média de 4
metros por século.
Ou seja, tais variações representam valores de uma ordem de
grandeza superior às observadas desde o século XIX. Por
conseguinte, estas últimas se enquadram com muita folga dentro da faixa
de oscilações naturais dos parâmetros climáticos e,
portanto, não podem ser atribuídas ao uso dos combustíveis
fósseis ou a qualquer outro tipo de atividade vinculada ao
desenvolvimento humano.
Embora evidências como essas possam ser encontradas em, literalmente,
milhares de estudos realizados em todos os continentes por cientistas de
dezenas de países, devidamente publicados na literatura
científica internacional, é raro que algum destes estudos ganhe
repercussão na mídia, quase sempre mais inclinada à
promoção de um alarmismo sensacionalista e desorientador.
2) A hipótese "antropogênica" é um
desserviço à Ciência e um risco para as políticas
públicas
A boa prática científica pressupõe uma
correspondência entre hipóteses e dados observados que as
comprovem. Como a hipótese das mudanças climáticas
"antropogênicas" não se fundamenta em evidências
físicas observadas no mundo real, a insistência na sua
preservação representa um grande desserviço à
Ciência e à sua necessária colocação a
serviço do bem estar da humanidade. Apesar de agregar um certo
número de cientistas, a construção dessa hipótese
passa ao largo da metodologia científica.
A História registra numerosos exemplos dos efeitos nefastos do
atrelamento da Ciência a ideologias e outros interesses restritos. O
empenho prevalecente na imposição da hipótese
"antropogênica" sem as evidências correspondentes tem
custado caro à humanidade, em recursos humanos, técnicos e
econômicos desperdiçados com um problema inexistente. O Brasil
não está alheio a essa situação. Ao
contrário, manifesta-se no País um despropositado empenho em
colocá-lo em uma questionável posição de
"liderança" nas negociações internacionais sobre
o clima.
Vale lembrar que países como o Canadá, Japão,
Austrália e Rússia, já manifestaram a sua
posição contrária em prosseguir pelo caminho da
"descarbonização", de forma a não permitir que
uma premissa não comprovável sirva para nortear políticas
públicas de tão amplo espectro e de mudanças radicais em
suas economias.
Ademais, ao conferir ao dióxido de carbono (CO2) e outros gases
produzidos pelas atividades humanas o papel de principais protagonistas da
dinâmica climática, a hipótese
"antropogênica" simplifica e distorce processos naturais
extremamente complexos, nos quais interagem fatores astrofísicos,
atmosféricos, oceânicos, geológicos, geomorfológicos
e biológicos, que a Ciência apenas começa a entender em sua
abrangência.
Um exemplo dos riscos dessa simplificação para a
formulação das políticas públicas relevantes
é a possibilidade real de que o período até a
década de 2030 experimente um considerável resfriamento da
atmosfera, em vez de aquecimento, devido ao efeito combinado de um
período de baixa atividade solar (Ciclo 25) e de uma fase de
resfriamento do Oceano Pacífico (Oscilação Decadal do
Pacífico-ODP), em um cenário semelhante ao observado entre 1947 e
1976. Vale observar que, naquele período, o Brasil experimentou uma
redução de 10-30% nas chuvas, o que acarretou problemas de
abastecimento de água e geração elétrica,
além de um aumento das geadas fortes, que muito contribuíram para
erradicar o cultivo do café no oeste do Paraná. Se tais
condições se repetirem, no futuro imediato, o País
poderá ter sérios problemas, inclusive nas áreas de
expansão da fronteira agrícola das regiões Centro-Oeste,
Norte e Nordeste, e na geração hidrelétrica
(particularmente, considerando a proliferação de
reservatórios "a fio d'água", impostos pelas
restrições ambientais). E, embora sejam necessários
estudos aprofundados para comprová-la, não pode ser descartada a
possibilidade de a atual seca que atinge o Sudeste estar relacionada a um novo
estado climático semelhante ao de 1947-1976.
Além disso, a obsessão com o CO2 desvia as atenções
das emergências e prioridades ambientais reais, cuja
solução requer iniciativas e investimentos públicos. Um
exemplo é a indisponibilidade de sistemas de saneamento básico
para mais da metade da população mundial, cujas
consequências constituem, de longe, o principal problema ambiental do
planeta e do próprio Brasil, onde os números são
semelhantes. Outro é a falta de acesso à eletricidade, que atinge
mais de 1,5 mil mihões de pessoas, principalmente na Ásia,
África e América Latina.
A propósito, o decantado limite de 2 C para a
elevação das temperaturas sobre os níveis
pré-industriais, que, supostamente, não poderia ser superado e
tem justificado todas as restrições propostas para os
combustíveis fósseis, em âmbito internacional,
também não tem qualquer base científica. Trata-se de uma
criação "política" do físico Hans-Joachim
Schellnhuber, diretor do Instituto Potsdam para a Pesquisa de Impactos
Climáticos (PIK) e assessor científico do governo alemão,
como admitido por ele próprio, em uma entrevista à revista
Der Spiegel
(publicada em 17/10/2010).
3) Prioridades reais: melhor conhecimento da dinâmica climática e
maior resiliência da sociedade
Em lugar do alarmismo sobre o aquecimento global e da pseudo-panaceia do
"baixo carbono", a política setorial brasileira teria muito a
ganhar com uma reorientação de prioridades, que favoreça:
a) um melhor conhecimento da dinâmica climática, com ênfase
nos estudos paleoclimáticos do território brasileiro; e b) um
aumento da
resiliência
da sociedade para fazer frente aos eventos meteorológicos extremos
e a quaisquer tendências climáticas que se manifestem no futuro.
O estudo das mudanças climáticas do passado histórico e
geológico (paleoclimas) constitui a base mais sólida para o
entendimento da dinâmica climática e as suas
projeções para o futuro. Uma atenção especial deve
ser dada ao período Quaternário (os últimos 2,6
milhões de anos), no qual o gênero
Homo
surgiu e tem evoluído. Dentro do Quaternário, os
últimos 800 mil anos têm sido marcados por uma sucessão de
ciclos glaciais (mais frios), com duração média de 90-100
mil anos, e interglaciais (mais quentes), com duração
média de 10-12 mil anos. Atualmente, o planeta se encontra em uma fase
interglacial, que teve início há cerca de 11.600 anos, dentro da
qual toda a civilização humana tem se desenvolvido. De forma
significativa, pelo menos os três interglaciais anteriores foram mais
quentes que o atual, e não há qualquer evidência de que
este possa deixar de ser sucedido por uma nova glaciação. A
explicação mais aceita sobre os fatores causadores dessa
dinâmica se baseia em alterações de parâmetros
orbitais terrestres que variam ciclicamente, como mudanças na
inclinação do eixo de rotação e na forma da
órbita terrestre ao redor do Sol. Portanto, é evidente que o
homem é incapaz de causar qualquer ínfima influência nos
fatores e forças cósmicas que a regem.
No Brasil, os estudos do Quaternário, apesar de importantes e da
existência de um número razoável de
instituições de pesquisa e pesquisadores dedicados a eles, ainda
são esparsos e insuficientes para permitir a configuração
de um quadro paleoclimático do território nacional e do seu
entorno continental, com a profundidade necessária para subsidiar um
modelo consistente de mudanças climáticas a ser definido para o
País, que possa proporcionar dados relevantes para subsidiar um modelo
global. Portanto, esta é uma lacuna que precisa ser devidamente
considerada, na formulação da política climática
nacional, em que o MCTI poderia atuar em consonância com os
órgãos específicos do Ministério de Minas e Energia
(MME).
Quanto à resiliência, esta pode ser entendida como a flexibilidade
das condições físicas de sobrevivência e
funcionamento da sociedade, além da sua capacidade de resposta às
emergências, permitindo-lhe reduzir a sua vulnerabilidade aos
fenômenos meteorológicos extremos, às
oscilações climáticas e a outros fenômenos naturais
potencialmente perigosos que já ocorreram no passado e certamente
ocorrerão no futuro.
Neste aspecto, destacamos dois conjuntos de fatores, dentro da alçada
direta do MCTI:
1. um aprimoramento da capacidade de previsão meteorológica
nacional;
2. estímulo de pesquisas referentes às seguranças
alimentícia e hídrica, assim como a novas fontes
energéticas, que contribuam para reduzir a vulnerabilidade da sociedade
às adversidades climáticas.
No primeiro item, uma iniciativa primordial seria tirar do papel o projeto de
um satélite meteorológico próprio, imprescindível
para um país que ocupa a metade da América do Sul e tem a
responsabilidade de distribuir informações meteorológicas
sobre grande parte do Oceano Atlântico Sul (a chamada METAREA-V), nos
termos da Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida
Humana no Mar (SOLAS). Na edição de 2012 do Programa Nacional de
Atividades Espaciais (PNAE), o satélite está previsto para 2018,
mas os atrasos recorrentes do programa tornam tal prazo improvável,
além de imprevisível.
Outros exemplos poderiam incluir:
-
a ampliação e melhor distribuição territorial da
rede de estações meteorológicas, inferior aos
padrões recomendados pela Organização Meteorológica
Mundial (OMM) para um território com as dimensões do brasileiro,
com ênfase especial no trabalho que vem sendo desenvolvido pelo Instituto
Nacional de Meteorologia (INMET);
-
o aumento do número de radares meteorológicos e a sua
interligação aos sistemas de defesa civil;
-
a aceleração da consolidação da base nacional de
dados meteorológicos, boa parte dos quais ainda não foi
digitalizada;
-
o estabelecimento de uma rede efetiva de divulgação de dados
meteorológicos e oceanográficos para a METAREA-V.
No segundo item, poderíamos destacar:
-
a ampliação das pesquisas com sementes geneticamente modificadas
para todo tipo de condições climáticas, em curso na
Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e outras
instituições do gênero;
-
o estabelecimento de linhas de pesquisa de novas fontes energéticas
não-renováveis, como o uso de tório em reatores nucleares,
e fontes baseadas em novos princípios físicos, como
magnetohidrodinâmica, reações nucleares quimicamente
assistidas (a chamada "fusão a frio"), energia do vácuo
quântico e outras, que têm sido contempladas no exterior, mas
são praticamente ignoradas no País;
-
dentre as energias renováveis, a geração de bioenergia,
como maior eficiência na queima de resíduos vegetais, etanol de
segunda geração e óleos de palmáceas nativas (OVP),
muito abundantes no País, e que podem ser queimados diretamente em
motores diesel convencionais sem necessidade de modificação dos
motores ou dos óleos vegetais.
Para tais pesquisas energéticas, o Brasil dispõe dos
necessários recursos humanos qualificados, distribuídos entre
centros de pesquisa acadêmicos, de empresas estatais (Cenpes, Cepel
etc.), militares (IME, CTA, CTEx, IPqM) e um número considerável
de empresas privadas de tecnologia.
Todas essas iniciativas poderiam se beneficiar com a disponibilidade de parte
dos recursos financeiros que têm sido alocados a programas vinculados
às mudanças climáticas, segundo o enfoque equivocado da
redução das emissões de carbono (como muitos dos projetos
contemplados no âmbito do chamado Fundo Clima, gerido pelo MCTI e o
Ministério do Meio Ambiente, MMA).
Um grupo adicional de iniciativas relevantes para a "resiliência
climática" envolve a infraestrutura física, em especial, a
capacidade de armazenamento de alimentos, infraestrutura de transportes,
energia e comunicações, além de outros tópicos,
não diretamente na alçada do MTCI, mas potencialmente
influenciados pelas diretrizes e programas do Ministério.
Em síntese, o caminho mais racional e eficiente para aumentar a
resiliência da sociedade, diante das mudanças climáticas
inevitáveis aquecimento ou resfriamento , é a
elevação geral dos seus níveis de desenvolvimento humano e
progresso aos patamares permitidos pela Ciência e pelo avanço do
conhecimento e o processo de inovação.
4) A "descarbonização" é desnecessária e
deletéria
Uma vez que as emissões "antropogênicas" de carbono
não provocam impactos verificáveis no clima global, toda a agenda
da "descarbonização" ou "economia de baixo
carbono" se torna desnecessária e contraproducente sendo, na
verdade, uma pseudo-solução para um problema inexistente, pelo
menos no tocante ao clima (programas de incentivo à mobilidade urbana,
inclusos no Fundo Clima, por exemplo, se justificam por si próprios). A
insistência na sua preservação, por força da
inércia do
status quo,
não implicará em qualquer efeito sobre o clima, mas
tenderá a aprofundar os numerosos impactos negativos de tais diretrizes.
O principal deles é o encarecimento desnecessário de uma
série de atividades econômicas, em razão de:
-
os subsídios concedidos à exploração de fontes
energéticas de baixa eficiência, como a eólica e solar,
já em retração na União Europeia (UE), que investiu
fortemente nelas;
-
a imposição de cotas e taxas vinculadas às emissões
de carbono, como fez a UE para viabilizar o seu mercado de créditos de
carbono, e a Austrália, onde a grande rejeição popular
à taxa imposta levou o atual governo do país a retirá-las;
-
a imposição a várias atividades econômicas de
medidas de captura e sequestro de carbono (CCS), totalmente inúteis sob
o ponto de vista climático e de saúde pública, uma vez que
o CO
2
não é um gás tóxico e poluente.
Os principais beneficiários de tais medidas têm sido os
especuladores, fornecedores de equipamentos e serviços de CCS e
participantes dos intrinsecamente inúteis mercados de carbono, que
não têm qualquer fundamento econômico real e se sustentam
tão-somente em uma demanda artificial criada a partir de uma necessidade
inexistente.
5) No futuro, menos alarmismo e mais Ciência e bom senso
Pela primeira vez na História, a humanidade detém um acervo de
conhecimentos e recursos físicos, técnicos e humanos, para prover
a virtual totalidade das necessidades materiais de uma população
ainda maior que a atual. Esta perspectiva viabiliza a possibilidade de se
universalizar de uma forma inteiramente sustentável os
níveis gerais de bem estar usufruídos pelos países mais
avançados, em termos de infraestrutura de água, saneamento,
energia, transportes, comunicações, serviços de
saúde e educação e outras conquistas da vida civilizada
moderna. A despeito dos falaciosos argumentos contrários a tal
perspectiva, os principais obstáculos à sua
concretização, em menos de duas gerações,
são mentais e políticos, e não físicos e ambientais.
Aproveitamos o ensejo para lhe desejar sucesso em sua gestão, esperando
que ela contribua de forma decisiva para consolidar na sociedade brasileira a
conscientização do papel estratégico do conhecimento e da
inovação para o desenvolvimento socioeconômico do
País. E, da mesma forma, esperamos que ela sinalize uma inflexão
determinante para que, em um futuro próximo, a agenda climática
nacional venha a ser posicionada, definitivamente, no terreno sólido das
evidências científicas reais e do bom senso.
Kenitiro Suguio
. Geólogo, Doutor e Livre-docente em Geologia;
Professor Emérito do Instituto de Geociências da Universidade de
São Paulo (USP); Membro titular da Academia Brasileira de Ciências
Luiz Carlos Baldicero Molion
. Físico, Doutor em Meteorologia e Pós-doutor em Hidrologia de
Florestas; Pesquisador Sênior (aposentado) do Instituto Nacional de
Pesquisas
Espaciais (INPE); Professor Associado (aposentado) da Universidade Federal de
Alagoas (UFAL)
José Carlos Parente de Oliveira
. Físico, Doutor em Física e Pós-doutor em Física da
Atmosfera; Professor Associado (aposentado) da Universidade Federal do
Ceará (UFC);
Professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia do Ceará (IFCE)
Fernando de Mello Gomide
. Físico, Professor Titular (aposentado) do Instituto Tecnológico
da Aeronáutica (ITA); Co-autor do livro
Philosophy of Science: Brief History
(Amazon Books, 2010, com Marcelo Samuel Berman)
José Bueno Conti
. Geógrafo, Doutor em Geografia Física e Livre-docente em
Climatologia; Professor Titular do Departamento de Geografia da Universidade de
São
Paulo (USP)
Francisco Arthur Silva Vecchia
. Engenheiro de Produção, Mestre em Arquitetura e Doutor em
Geografia; Professor Associado do Departamento de Hidráulica e
Saneamento da Escola
de Engenharia de São Carlos (EESCUSP); Diretor do Centro de
Ciências da Engenharia Aplicadas ao Meio Ambiente
(CCEAMA) da EESCUSP
Gildo Magalhães dos Santos Filho
. Engenheiro eletrônico, Doutor em História Social e Livre-docente
em História da Ciência e Tecnologia; Professor Associado
do Departamento de História da Universidade de
São Paulo (USP)
Lucia Helena Tavares Viegas.
Engenheira Química, Mestra em Administração de Empresas e
Doutora em Gestão e Inovação Tecnológica
Paulo Cesar Soares.
Geólogo, Doutor em Ciências Geológicas e Livre-docente em
Estratigrafia; Professor Titular da Universidade Federal do Paraná (UFPR)
Marco Antonio Sacilotti.
Físico, Mestre em Física Aplicada e Doutor em Engenharia
Elétrica; Professor das universidades UFR-Sciences et
Tecnhologies/Université de
Bourgogne (França); Professor Visitante do Departamento de Física
da Universidade Federal de
Pernambuco (DF-UFPE)
Ricardo Augusto Felicio.
Meteorologista, Mestre e Doutor em Climatologia; Professor do Departamento de
Geografia da Universidade de São Paulo (USP)
Fulvio Cupolillo.
Geógrafo, Mestre em Meteorologia Agrícola e Doutor em Geografia;
Professor Titular do Instituto Federal de Educação, Ciência
e Tecnologia de Minas Gerais (IFMG)
Gustavo Macedo de Mello Baptista.
Geógrafo, Mestre em Tecnologia Ambiental e Recursos Hídricos e
Doutor em Geologia;
Diretor do Centro de Estudos Avançados Multidisciplinares da
Universidade de Brasília (UnB); Autor do livro
Aquecimento Global: ciência ou religião?
(Hinterlândia, 2009)
João Bosco A. de Morais.
Geólogo, Mestre em Hidrogeologia e Doutorando em Vulnerabilidade de
Aquíferos na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE); Assessor para
Meio Ambiente do Governo do Estado do Ceará
Cássio Roberto da Silva.
Geólogo, Especialista em Geologia Ambiental, Mestre em Geologia
Econômica e Doutor em Geologia Médica;
Pesquisador em Geociências (Sênior) e chefe do Departamento de
Gestão Territorial do Serviço Geológico do Brasil
CPRM
Ricardo Moacyr de Vasconcellos.
Engenheiro de Minas, Especialista em Geofísica;
Pesquisador em Geociências (Sênior) do Serviço
Geológico do Brasil CPRM
Paulo Cesar Martins Pereira de Azevedo Branco.
Geólogo; Pesquisador em Geociências (Sênior) do
Serviço
Geológico do Brasil CPRM
Maria Angélica Barreto Ramos.
Geóloga, Mestra em Geociências;
Pesquisadora em Geociências (Sênior) do Serviço
Geológico do Brasil CPRM
Ginaldo Caldas Raymundo.
Geólogo, Mestre em Geologia de Engenharia;
(Empresa privada de engenharia consultiva)
Daniela de Souza Onça.
Geógrafa, Mestra e Doutora em Climatologia;
Professora da Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC)
Gustavo Zen de Figueiredo Neves.
Geógrafo, Mestre em Ciências da Engenharia Ambiental;
Professor da Universidade Estadual de Goiás (UEG)
Marcos José de Oliveira.
Engenheiro Ambiental, Mestre e Doutorando em Ciências da Engenharia
Ambiental na Universidade de São Paulo (USP)
Elis Dener Lima Alves.
Geógrafo, Mestre em Física Ambiental e Doutorando em
Ciências da Engenharia Ambiental na Universidade de São Paulo (USP)
Igor Vaz Maquieira.
Biólogo, Especialista em Gestão Ambiental
Geraldo Luís Saraiva Lino.
Geólogo; Coeditor do sítio Alerta em Rede;
Autor do livro
A fraude do aquecimento global: como um fenômeno natural foi convertido numa falsa emergência mundial
(Capax Dei, 2009)
Carlos Eduardo Osório Ferreira.
Mestre em Geologia de Engenharia e Ambiental UFRJ;
Pesquisador em Geociências (sênior)do Serviço
Geológico do Brasil
Sandra Fernandes da Silva.
Geóloga, Especialista em Risco Geológico e Doutora em Geotecnia;
Pesquisadora em Geociências do Serviço Geológico do Brasil
CPRM
[NR] Nesse caso trata-se de influência no ambiente, não de clima.
Pode-se falar em ambiente urbano mas não em "clima urbano". O
clima é um assunto de ordem planetária (vai até à
estratosfera) e o ambiente é um assunto de ordem local.
Ver também:
Aquecimento global: uma impostura científica
A impostura global
O original encontra-se em
fakeclimate.wordpress.com/...
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/
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