A crise económica global. A Grande Depressão do século XXI
por Michel Chossudovsky
[*]
e Andrew Gavin Marshall
[**]
O texto que se segue é o prefácio de
The Global Economic Crisis. The Great Depression of the XXI Century,
de Michel Chossudovsky e Andrew Gavin Marshall (Editores), Montreal, Global
Research, 2010, 416 pgs., ISBN
978-0-9737147-3-9, a ser lançado no fim de Maio.
Em todas as regiões do mundo a recessão económica
está profundamente enraizada, resultando no desemprego em massa, no
colapso de programas sociais do Estado e no empobrecimento de milhões de
pessoas. A crise económica é acompanhada por um processo de
militarização à escala mundial, uma "guerra sem
fronteiras" liderada pelos Estados Unidos da América e seus aliados
da NATO. O comportamento do Pentágono na "longa guerra"
está intimamente relacionado com a reestruturação da
economia global.
Estamos a tratar de uma crise ou recessão económica definida de
modo estreito. A arquitectura das finanças globais sustenta objectivos
estratégicos e de segurança nacional. Por sua vez, a agenda
militar EUA-NATO serve para endossar uma poderosa elite dos negócios a
qual implacavelmente eclipsa e mina as funções do governo civil.
O livro conduz o leitor através dos corredores do Federal Reserve e do
Council on Foreign Relations, por trás das portas fechadas do Bank for
International Settlements, dentro de luxuosos gabinetes de conselho de
administração na Wall Street onde transacções
financeiras de extremo alcance são rotineiramente efectuadas a partir de
terminais de computador ligados aos principais mercados de
acções, ao toque de um botão de rato.
Cada um dos autores aqui reunidos escava por trás da superfície
dourada para revelar uma complexa teia de enganos e distorções
dos media, os quais servem para esconder os trabalhos do sistema
económico global e os seus impactos devastadores sobre as vidas das
pessoas. A nossa análise centra-se no papel de poderosos actores
económicos e políticos num ambiente forjado pela
corrupção, pela manipulação financeira e pela
fraude.
Apesar da diversidade de pontos de vista e de perspectivas apresentados neste
volume, todos os colaboradores acabam por chegar à mesma
conclusão: a humanidade está na encruzilhada da mais grave crise
económica e social da história moderna.
O colapso dos mercados financeiros em 2008-2009 foi o resultado da fraude
institucionalizada e da manipulação financeira. Os
"salvamentos bancários" foram implementados com base nas
instruções da Wall Street, levando à maior
transferência de riqueza monetária da história registada,
enquanto simultaneamente criava uma dívida pública
inultrapassável.
Com a deterioração à escala mundial de padrões de
vida e o afundamento dos gastos de consumo, toda a estrutura do comércio
internacional de mercadorias está potencialmente em risco. O sistema de
pagamentos de transacções em dinheiro está caótico.
Em consequência do colapso do emprego, o pagamento de salários
é rompido, o que por sua vez dispara uma queda nas despesas com bens e
serviços de consumo necessários. Este mergulho dramático
no poder de compra faz ricochete no sistema produtivo, resultando numa cadeia
de despedimentos, encerramentos de fábricas e bancarrotas. Exacerbado
pelo congelamento do crédito, o declínio na procura do consumidor
contribui para a desmobilização de recursos materiais e humanos.
Este processo de declínio económico é cumulativo. Todas as
categorias da força de trabalho são afectadas. Pagamentos de
salários já não são mais cumpridos, o
crédito é interrompido e os investimentos de capital estão
paralisados. Enquanto isso, em países ocidentais, a "rede de
segurança social" herdada do estado previdência, a qual
protege os desempregados durante uma retracção económica,
está também em perigo.
O mito da recuperação económica
A existência de uma "Grande Depressão" na escala da da
década de 1930, se bem que muitas vezes reconhecida, é
obscurecida por um consenso inflexível: "A economia está a
caminho da recuperação".
Apesar de haver conversas acerca de uma renovação
económica, comentadores da Wall Street persistentemente e
intencionalmente têm deixado de lado o facto de que o colapso financeiro
não é simplesmente composto por uma bolha a bolha
imobiliária da habitação que já explodiu. De
facto, a crise tem muitas bolhas, todas as quais superam a explodida bolha
habitacional de 2008.
Embora não haja desacordo fundamental entre os analistas da corrente
dominante acerca da ocorrência de uma recuperação
económica, há debates tempestuosos sobre quando ocorrerá,
se no próximo trimestre ou no terceiro trimestre do próximo ano,
etc. Já no princípio de 2010, a
"recuperação" da economia dos EUA fora prevista e
confirmada através de uma barragem de desinformação dos
media com palavras cuidadosamente escolhidas. Enquanto isso, os problemas
sociais do desemprego agravado na América foram escrupulosamente
camuflados. Economistas viram a bancarrota como um fenómeno
microeconómico.
As informações dos media acerca de bancarrotas, ainda que
revelando realidades a nível local que afectam uma ou mais
fábricas, não apresentam um quadro geral do que está a
acontecer aos níveis nacional de internacional. Quando todos estes
encerramentos simultâneos de fábricas em cidades por toda a terra
são somados, emerge um quadro muito diferente: sectores inteiros de uma
economia nacional estão a fechar.
A opinião pública continua a ser enganada quanto às causas
e consequências da crise económica, para não mencionar as
soluções políticas. As pessoas são levadas a
acreditar que a economia tem uma lógica por si própria a qual
depende da livre inter-actuação de forças de mercado e que
os poderosos actores financeiros, os quais puxam os cordéis nos
gabinetes das administrações corporativas, não poderiam,
sob quaisquer circunstâncias, ter deliberadamente influenciado o curso
dos acontecimentos económicos.
A implacável e fraudulenta apropriação de riqueza é
sustentada como uma parte integral do "sonho americano", como um meio
de difundir os benefícios do crescimento económico. Como foi dito
por Michael Hudson, arraiga-se o mito de "sem riqueza no topo, nada
haveria para gotejar para baixo". Tal lógica enviesada do ciclo de
negócios ofusca o entendimento das origens estruturais e
históricos da crise económica global.
Fraude financeira
A desinformação dos media serve em grande medida os interesses de
um punhado de bancos globais e especuladores institucionais, os quais utilizam
o seu comando sobre mercados financeiros e de commodities para acumularem
vastas quantias de riqueza monetária. Os corredores do Estado são
controlados pelo establishment corporativo, incluindo os especuladores.
Enquanto isso, os "salvamentos bancários", apresentados ao
público como um requisito para a recuperação
económica, facilitaram e legitimaram um processo ulterior de
apropriação de riqueza.
Vastas quantias de riqueza monetárias são adquiridas
através da manipulação do mercado. Mencionada muitas vezes
como "desregulamentação", o aparelho financeiro
desenvolveu instrumentos refinados de manipulação e engano sem
rodeios. Com informação interna e conhecimento antecipado, os
principais actores financeiros, utilizando os instrumentos do comércio
especulativo, têm a capacidade para manipular e burlar os movimentos do
mercado em seu proveito, precipitar o colapso de um competidor e arruinar
economias de países em desenvolvimento. Estas ferramentas de
manipulação tornaram-se uma parte integral da arquitectura
financeira; elas estão incorporadas no sistema.
O fracasso da teoria económica dominante
A profissão das Ciências Económicas, particularmente nas
universidades, raramente trata do funcionamento de mercados no "mundo
real". Construções teóricas centradas em modelos
matemáticos servem para representar um mundo abstracto e ficcional no
qual os indivíduos são iguais. Não há
distinção teórica entre trabalhadores, consumidores ou
corporações, todos eles referidos como "actores
individuais". Nenhum indivíduo isolado tem o poder ou a capacidade
para influenciar o mercado; nem pode haver qualquer conflito entre
trabalhadores e capitalistas dentro deste mundo abstracto.
Ao deixar de examinar a interacção de actores económicos
poderosos na economia da "vida real", os processos de
falsificação do mercado, a manipulação financeira e
a fraude são ignorados. A concentração e
centralização da tomada de decisão económica, o
papel das elites financeiras, os thinks tanks económicos, os gabinetes
dos conselhos de administração das corporações:
nada destas questões é examinada nos programas de ciências
económicas das universidades. A construção teórica
é disfuncional; ela não pode ser utilizada para o entendimento da
crise económica.
A ciência económica é uma construção
(construct)
ideológica que serve para camuflar e justificar a Nova Ordem Mundial.
Um conjunto de postulados dogmáticos serve para preservar o capitalismo
de livre mercado pela negação da existência da desigualdade
social e a natureza orientada para o lucro do sistema é negada. O papel
de actores económicos poderosos e como estes actores são capazes
de influenciar o funcionamento dos mercados financeiros e de commodities
não é um assunto que preocupe os teóricos da disciplina.
Os poderes de manipulação de mercado que servem para a
apropriação de vastas quantias de riqueza monetária
raramente são tratados. E quando são reconhecidos, considera-se
que pertencem ao âmbito da sociologia ou da ciência política.
Isto significa que a estrutura política e institucional por trás
deste sistema económico global, a qual foi moldada no decorrer dos
últimos trinta anos, raramente é analisada pelos economistas da
corrente principal. Segue-se que a teoria económica como disciplina, com
algumas excepções, não proporcionou a análise
necessária para compreender a crise económica. De facto, os seus
principais postulados do livre mercado negam a existência de uma crise. O
foco da teoria económica neoclássica está no
equilíbrio, desequilíbrio e "correcção de
mercado" ou "ajustamento" através do mecanismo de
mercado, como meio de colocar a economia outra vez "dentro do caminho do
crescimento auto-sustentado".
Pobreza e desigualdade social
A política económica global é um sistema que enriquece
muito pouco a expensas da grande maioria. A crise económica global
contribuiu para ampliar desigualdades sociais tanto dentro como entre
países. Sob o capitalismo global, a pobreza que aumenta cada vez mais
não é o resultado de uma escassez ou de uma falta de recursos
humanos e materiais. Exactamente o oposto é que é verdadeiro: a
depressão económica é marcada por um processo de
desligamento de recursos humanos e de capital físico. Vidas de pessoas
são destruídas. A crise económica está
profundamente enraizada.
As estruturas de desigualdade social foram, de modo muito deliberado,
reforçadas, levando não só a um processo generalizado de
empobrecimento como também ao fim dos grupos de rendimento médios
e acima da média.
O consumismo da classe média, sobre o qual este modelo desregrado de
desenvolvimento capitalista está baseado, também está
ameaçado. As bancarrotas atingiram vários dos sectores mais
activos da economia do consumidor. As classes médias no ocidente foram,
durante várias décadas, sujeitas à erosão da sua
riqueza material. Se bem que a classe média exista em teoria, é
uma classe construída e sustentada pala dívida das
famílias..
Os ricos, ao invés da classe média, estão rapidamente a
tornar-se a classe consumidora, levando ao crescimento inexorável do
crescimento da economia de bens de luxo. Além disso, com a secagem dos
mercados de bens manufacturados para a classe média, verificou-se uma
mutação central e decisiva na estrutura do crescimento
económico. Com o fim da economia civil, o desenvolvimento da economia de
guerra da América, suportado por um colossal orçamento de defesa
de quase um milhão de milhões de dólares, atingiu novas
alturas. Quando os mercados de acções despencam e a
recessão se desdobra, as industrias de armas avançadas, os
militares e empreiteiros da segurança nacional e as prósperas
companhias de mercenários (entre outras) têm experimentado uma
expansão e um crescimento estrondoso das suas várias actividades.
Guerra e crise económica
A guerra está inextricavelmente ligada ao empobrecimento do povo,
internamente e por todo o mundo. A militarização e a crise
económica estão intimamente relacionadas. O fornecimento de bens
e serviços essenciais para atender necessidades humanas básicas
foi substituído por uma "máquina de matar" orientada
para o lucro a apoiar a "Guerra global ao terror" da América.
Os pobres são feitos para combater os pobres. Mas a guerra enriquece a
classe superior, a qual controla a indústria, os militares, o
petróleo e a banca. Numa economia de guerra, a morte é um bom
negócio, a pobreza é boa para a sociedade e o poder é bom
para os políticos. Os países ocidentais, particularmente os
Estados Unidos, gastam centenas de milhares de milhões de dólares
por ano para assassinar pessoas inocentes em distantes países
empobrecidos, enquanto internamente o povo sofre as disparidades de pobreza,
classe, género e racial.
Uma "guerra económica" total que resulta em desemprego,
pobreza e doença é executada através do mercado livre.
Vidas de povos estão numa queda livre e o seu poder de compra é
destruído. Num sentido muito real, os últimos vinte anos de
economia global de "livre mercado" terminaram, através da
pobreza e da exclusão social, com as vidas de milhões de pessoas.
Ao invés de tratar de impedir a catástrofe social, os governos
ocidentais, que servem os interesses das elites económicas, instalaram
uma polícia de Estado "Big Brother", com mandato para
confrontar e reprimir todas as formas de oposição e
discordância social.
A crise económica e social não atingiu de forma alguma o seu
clímax e todos os países, incluindo a Grécia e a
Islândia, estão em risco. Basta apenas olhar para a escalada da
guerra no Médio Oriente e Ásia Central e para as ameaças
dos EUA-NATO à China, Rússia e Irão para testemunhar como
a guerra e a economia estão intimamente relacionados.
A nossa análise neste livro
Os colaboradores deste livro revelam as complicações da banca
global e o seu insidioso relacionamento com o complexo militar industrial e os
conglomerados petrolíferos. O livro apresenta uma abordagem
inter-disciplinar e multi-facetada, dando também um entendimento das
dimensões históricas e institucionais. As relações
complexas da crise económica com a guerra, o império e a pobreza
mundial são destacadas. Esta crise tem um alcance verdadeiramente global
e repercussões que se reflectem por todos os países, em todas as
sociedades.
Na Parte I, as causas gerais da crise económica global bem como os
fracassos das teorias económicas dominantes são evidenciados.
Michel Chossudovsky foca a história da desregulamentação
financeira e da especulação. Tanya Cariina Hsu analisa o papel do
Império Americano e o seu relacionamento com a crise económica.
John Bellamy Foster e Fred Magdoff asseguram uma revisão abrangente da
política económica da crise, explicando o papel central da
política monetária. James Petras e Claudia von Werlhof apresentam
uma revisão pormenorizada e crítica do neoliberalismo,
centrando-se sobre as repercussões económicas, políticas e
sociais das reformas do "livre mercado". Shamus Cooke examina o papel
central da dívida, tanto pública como privada.
A Parte II, que inclui capítulos de Michel Chossudovsky e Peter Philips,
analisa a maré ascendente de pobreza e desigualdade social resultante da
Grande Depressão.
Com contribuições de Michel Chossudovsky, Peter Dale Scott,
Michael Hudson, Bill Van Auken, Tom Burghardt e Andrew Gavin Marshall, a Parte
III examine o relacionamento entre crise económica, Segurança
Nacional, a guerra conduzida pelos EUA-NATO e o governo mundial. Neste
contexto, como descrito por Peter Dale Scott, a crise económica cria
condições sociais que favorecem a instauração da
lei marcial.
O foco da Parte IV é o sistema monetário global, sua
evolução e seu papel cambiante. Andrew Gavin Marshall examina a
história da banca central bem como várias iniciativas para criar
sistemas de divisas regionais e global. Ellen Brown foca a
criação de um banco central global e de uma divisa global
através do Bank for International Settlements (BIS). Richard C. Cook
examina o sistema monetário baseado na dívida como um sistema de
controle e apresenta linhas mestras para democratizar o sistema
monetário.
A Parte V foca o funcionamento do Sistema Bancário Sombra, o qual
disparou o colapso de 2008 dos mercados financeiros. Os capítulos de
Mike Whitney e Ellen Brown descrevem em pormenor como o esquema de Ponzi da
Wall Street foi utilizado para manipular o mercado transferir milhares de
milhões de dólares para os bolsos dos banksters.
Estamos em dívida para com os autores pela sua
investigação cuidadosamente documentada, análise incisiva
e, acima de tudo, pelo compromisso inquebrantável para com a verdade:
Tom Burghardt, Ellen Brown, Richard C. Cook, Shamus Cooke, John Bellamy Foster,
Michael Hudson, Tanya Cariina Hsu, Fred Magdoff, James Petras, Peter Phillips,
Peter Dale Scott, Mike Whitney, Bill Van Auken e Claudia von Werlhof
apresentaram, com absoluta clareza, um entendimento dos diversos e complexos
processos económicos, sociais e políticos que estão a
afectar as vidas de milhões de pessoas por todo o mundo.
Temos uma dívida de gratidão para com Maja Romano da Global
Research Publishers, incansavelmente supervisionou e coordenou a
edição e produção deste livro, incluindo a ideia
criativa da capa. Desejamos agradecer a Andréa Joseph pela cuidadosa
fotocomposição do manuscrito e dos gráficos da capa.
Também estendemos nossos agradecimentos e apreciação a
Isabelle Goulet, Julie Lévesque e Drew McKevitt pelo seu apoio na
revisão e correcção do manuscrito.
08/Maio/2010
TABLE OF CONTENTS
Preface Michel Chossudovsky and Andrew Gavin Marshall
PART I THE GLOBAL ECONOMIC CRISIS
Chapter 1 The Global Economic Crisis: An Overview Michel Chossudovsky
Chapter 2 Death of the American Empire Tanya Cariina Hsu
Chapter 3 Financial Implosion and Economic Stagnation John Bellamy Foster and
Fred Magdoff
Chapter 4 Depression: The Crisis of Capitalism James Petras
Chapter 5 Globalization and Neoliberalism: Is there an Alternative to
Plundering the Earth? Claudia von Werlhof
Chapter 6 The Economy’s Search for a “New Normal” Shamus Cooke
PART II GLOBAL POVERTY
Chapter 7 Global Poverty and the Economic Crisis Michel Chossudovsky
Chapter 8 Poverty and Social Inequality Peter Phillips
PART III WAR, NATIONAL SECURITY AND WORLD GOVERNMENT
Chapter 9 War and the Economic Crisis Michel Chossudovsky
Chapter 10 The "Dollar Glut" Finances America's Global Military Build-Up
Michael Hudson
Chapter 11 Martial Law, the Financial Bailout and War Peter Dale Scott
Chapter 12 Pentagon and Intelligence Black Budget Operations Tom Burghardt
Chapter 13 The Economic Crisis “Threatens National Security” in America Bill
Van Auken
Chapter 14 The Political Economy of World Government Andrew Gavin Marshall
PART IV THE GLOBAL MONETARY SYSTEM
Chapter 15 Central Banking: Managing the Global Political Economy Andrew Gavin
Marshall
Chapter 16 The Towers of Basel: Secretive Plan to Create a Global Central Bank
Ellen Brown
Chapter 17 The Financial New World Order: Towards A Global Currency Andrew
Gavin Marshall
Chapter 18 Democratizing the Monetary System Richard C. Cook
PART V THE SHADOW BANKING SYSTEM
Chapter 19 Wall Street’s Ponzi Scheme Ellen Brown,
Chapter 20 Securitization: The Biggest Rip-off Ever Mike Whitney
|
[*]
Michel Chossudovsky: autor premiado, Professor (Emérito) de Teoria
Económica na Universidade de Ottawa e Director do Centre for Research on
Globalization (CRG), Montreal. É o autor de The Globalization of Poverty
and The New World Order (2003) e de America's War on Terrorism
(2005). É também colaborador da Enciclopédia
Britânica. Seus escritos foram publicados em mais de vinte línguas.
[**]
Andrew Gavin Marshall: escritor independente sobre estruturas
contemporâneas do capitalismo e sobre a história da
política económica global. É investigador associado do
Centre for Research on Globalization (CRG).
O original encontra-se em
http://www.globalresearch.ca/index.php?context=va&aid=19025
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/
.
|