Rumo a um cenário de III Guerra Mundial?
O papel de Israel no desencadear de um ataque ao Irão
Parte II O roteiro militar
por Michel Chossudovsky
A acumulação e instalação de sistemas de armas
avançadas dirigidos contra o Irão começaram imediatamente
após o bombardeamento e invasão do Iraque em 2003. Desde o
princípio, estes planos de guerra foram dirigidos pelos EUA, em
ligação com a NATO e Israel.
A seguir à invasão do Iraque de 2003, a
administração Bush identificou o Irão e a Síria
como a etapa seguinte "do roteiro para a guerra". Fontes militares
estado-unidenses sugeriram que um ataque aéreo ao Irão podia
envolver um desdobramento em grande escala comparável aos raids de
bombardeamento "pavor e choque" sobre o Iraque em Março de
2003.
"Os ataques aéreos americano ao Irão ultrapassariam
amplamente o âmbito do ataque israelense de 1981 contra o centro nuclear
Osiraq, no Iraque, e assemelhar-se-ia mais aos dias iniciais da campanha
aérea de 2003 contra o Iraque. (Ver
Globalsecurity
)
"Theater Iran Near Term" (TIRANNT)
Denominado em código pelos planeadores militares dos EUA como TIRANNT,
("Teatro do Irão a curto prazo"), foram iniciadas em Maio de
2003 simulações de um ataque ao Irão "quando
modeladores e especialistas de inteligência puseram juntos os dados
necessários para a análise do cenário do Irão ao
nível de teatro (o que significa grande escala". (William Arkin,
Washington Post,
16 April 2006).
Os cenários identificaram vários milhares de alvos dentro do
Irão para uma blitzkrieg "Pavor e choque":
"A análise, chamada TIRANNT, foi complementado com um
cenário simulado para uma invasão do Marine Corps e uma
simulação da força iraniana de mísseis. Planeadores
estado-unidenses e britânicos efectuar um jogo de guerra no Mar
Cáspio aproximadamente ao mesmo tempo. E Bush ordenou ao U.S. Strategic
Command que concebesse um plano de guerra global para um ataque contra armas de
destruição em massa iranianas. Tudo isto foi finalmente serviu
para um novo plano de guerra para "grandes operações de
combate" contra o Irão que fontes militares confirmam agora [Abril
2006] existir em forma de minuta.
... No âmbito do TIRANNT, planeadores do Exército e do Comando
Central dos EUA tem estado a examinar tanto cenários a curto prazo como
para anos vindouro para a guerra com o Irão, incluindo todos os aspectos
de uma grande operação de combate, de mobilização e
deslocação de forças ao longo de operações
de estabilização pós-guerra após a mudança
de regime". (William Arkin,
Washington Post,
16 April 2006)
Foram contemplados diferentes "cenários de teatro" para um
ataque total ao Irão: "O exército, marinha e força
aérea e fuzileiros navais prepararam, todos eles, planos de batalha e
passaram quatro anos a construir bases e treinar para a "Operation Iranian
Freedom". O almirante Fallon, o novo chefe do US Central Command, herdou
planos computorizados com o nome TIRANNT (Theatre Iran Near Term)." (
New Statesman,
February 19, 2007)
Em 2004, aproveitando os cenários iniciais do TIRANNT, o vice-presidente
Dick Cheney instruiu o USSTRATCOM a elaborar um "plano de
contingência" de uma operação militar em grande escala
dirigida contra o Irão "para ser utilizado em resposta a um outro
ataque terrorista tipo 11/Set contra os Estados Unidos" sob a
presunção de que o governo em Teerão estaria por
trás da conspiração terrorista. O plano incluía
utilização antecipativa
(pre-emptive)
de armas nucleares contra um estado não nuclear:
"O plano inclui um assalto aéreo em grande escala ao Irão
empregando tanto armas convencionais como nucleares tácticas. Dentro do
Irão há mais de 450 alvos estratégicos importantes,
incluindo numerosos sítios suspeitos de desenvolvimento de programa de
armas nucleares. Muitos dos alvos são revestidos ou enterrados
profundamente e não poderiam ser removidos com armas convencionais,
daí a opção nuclear. Tal como no caso do Iraque, a
resposta não está condicionada ao Irão estar realmente
envolvido no acto de terrorismo dirigido contra os Estados Unidos.
Vários oficiais superiores da Força Aérea envolvidos no
planeamento estão confirmadamente estarrecidos com as
implicações do que estão a fazer que o Irão
está a ser configurado para um ataque nuclear não provocado
mas não estão preparados para prejudicar as suas carreiras
colocando quaisquer objecções". (Philip Giraldi,
Deep Background
,
The American Conservative
August 2005)
O roteiro militar: "Primeiro o Iraque, então o Irão"
A decisão de alvejar o Irão sob o TIRANNT faz parte de um
processo mais vasto de planeamento e sequenciamento de operações
militares. Já sob a administração Clinton, o US Central
Command (USCENTCOM) havia formulado "planos em teatro de guerra" para
invadir primeiro o Iraque e a seguir o Irão. O acesso ao petróleo
do Médio Oriente era o objectivo estratégico declarado:
"Os interesses amplos da segurança nacional e os objectivos
expressos na National Security Strategy (NSS) do presidente e a National
Military Strategy (NMS) constituem o fundamento da estratégia de teatro
do Central Command dos Estados Unidos. O NSS direcciona a
implementação de uma estratégia de contenção
dual dos estados vilões (rogue states) do Iraque e do Irão na
media em que aqueles estados apresentem uma ameaça aos interesses dos
EUA, a outros estados na região e aos seus próprios
cidadãos. A contenção dual é concebida para manter
o equilíbrio de poder na região sem depender do Iraque ou do
Irão. A estratégia de teatro do USCENTCOM é baseada em
interesses e centrada em ameaças. O objectivo dos EUA, tal como exposto
na NSS, é proteger os interesses vitais dos Estados Unidos na
região acesso ininterrupto e seguro dos EUA/aliados ao
petróleo do Golfo". (USCENTCOM,
http://www.milnet.com/milnet/pentagon/centcom/chap1/stratgic.htm#USPolicy, o
link
já não está activo)
A guerra ao Irão foi encarada como parte de uma sucessão de
operações militares. De acordo com o (antigo) comandante geral da
NATO, Wesley Clark, o roteiro do Pentágono consistia de uma
sequência de países: "[O] plano de campanha de cinco anos
[incluía]... um total de sete países, principiando pelo
Irão, a seguir a Síria, Líbano, Líbia, Irão,
Somália e Sudão". Em "Winning Modern Wars" (pg.
130) o general Clark declara o seguinte:
"Quando retornei ao Pentágono em Novembro de 2001, um dos oficiais
militares superiores teve tempo para uma conversa. Sim, ainda estamos na trilha
para avançar contra o Irão, disse ele. Mas havia mais. Isto
estava a ser discutido como parte de um plano de campanha de cinco anos, disse
ele, e havia um total de sete países, a principiar pelo Iraque e
então Síria, Líbano, Líbia, Irão,
Somália e Sudão. (Ver
Secret 2001 Pentagon Plan to Attack Lebanon
, Global Research, July 23, 2006)
O papel de Israel
Tem havido muito debate quanto ao papel de Israel no desencadear de um ataque
contra o Irão.
Israel faz parte de uma aliança militar. Tel Aviv não é um
prime mover
não tem uma agenda militar separada e distinta.
Israel está integrado no "plano de guerra para
operações de combate principais" contra o Irão
formulado em 2006 pelo US Strategic Command (USSTRATCOM). No contexto de
operações militares em grande escala, uma acção
militar unilateral e não coordenada por parte de um parceiro da
coligação, nomeadamente Israel, é de um ponto de vista
militar e estratégico quase uma impossibilidade. Israel é um
membro de facto da NATO. Qualquer acção de Israel exigiria um
"sinal verde" de Washington.
Um ataque por parte de Israel podia, entretanto, ser utilizado como "o
mecanismo disparador" o qual desencadearia uma guerra total contra o
Irão, bem como retaliação do Irão contra Israel.
Em relação a isto, há indicações de que
Washington pode encarar a opção de um ataque inicial (apoiado
pelos EUA) por Israel ao invés de uma operação militar
directa dos EUA contra o Irão. O ataque israelense embora feito
em estreita ligação com o Pentágono e a NATO seria
apresentado à opinião pública como uma decisão
unilateral de Tel Aviv. Ele seria então utilizado por Washington para
justificar, aos olhos da opinião pública mundial, uma
intervenção dos EUA e da NATO tendo em vista "defender
Israel", ao invés de atacar o Irão. Sob os acordos de
cooperação militar existentes, tanto os EUA como a NATO seria
"obrigados" a "defender Israel" contra o Irão e a
Síria.
Vale a pena notar, a este respeito, que no início do segundo mandato de
Bush, o (antigo) vice-presidente Dick Cheney sugeriu, em termos não
incertos, que o Irão estava "no topo da lista" dos
"inimigos malditos" da América e que Israel, por assim dizer,
"estaria a bombardear por nós", sem o envolvimento militar
estado-unidense e sem nos pressionar a "fazer isso" (Ver Michel
Chossudovsky,
Planned US-Israeli Attack on Iran
, Global Research, May 1, 2005):
According to Cheney:
"Uma das preocupações que as pessoas têm é que
Israel possa fazer isso sem lhe ser pedido... Dado o facto de que o Irão
tem uma política declarada de que os seu objectivo é a
destruição de Israel, os israelenses podem bem decidir actuar
primeiro e deixar ao resto do mundo a preocupação acerca da
limpeza com as consequências diplomáticas da
confusão", (Dick Cheney, citado numa entrevista à MSNBC,
January 2005)
Comentando a afirmação do vice-presidente, o antigo conselheiro
de Segurança Nacional Zbigniew Brzezinski, numa entrevista à PBS,
confirmou com alguma apreensão: sim, Cheney quer o primeiro-ministro
Ariel Sharon a actuar por conta da América e "fazer isso" para
nós:
"O Irão penso que é mais ambíguo. E aqui a
questão certamente não é tirania; é armas
nucleares. E o vice-presidente hoje numa espécie de estranha
declaração paralela a esta declaração de liberdade
sugeriu que os israelenses podem fazer isso e de facto utilizou uma linguagem
que soa como uma justificação ou mesmo um encorajamento para os
israelenses fazerem isso".
Do que estamos a tratar é de um operação militar conjunta
EUA-NATO-Israel para bombardear o Irão, o qual tem estado na etapa de
planeamento activo desde 2004. Oficiais no Departamento da Defesa, sob Bush e
Obama, têm trabalhado persistentemente com militares e de oficiais
inteligência israelenses, identificando cuidadosamente objectivos dentro
do Irão. Em termos militares práticos, qualquer
acção de Israel teria de ser planeada e coordenada aos mais altos
níveis da coligação conduzida pelos EUA.
Um ataque de Israel também exigiria apoio logístico coordenado
dos EUA-NATO, particularmente em relação ao sistema de defesa
aérea de Israel, o qual desde Janeiro de 2009 está plenamente
integrado no dos EUA e NATO. (Ver Michel Chossudovsky,
Unusually Large U.S. Weapons Shipment to Israel: Are the US and Israel Planning a Broader Middle East War?
Global Research, January 11,2009)
O sistema de radar de banda X de Israel estabelecido no princípio de
2009 com apoio técnico dos EUA "integrou as defesas de
mísseis de Israel com a rede de detecção global de
mísseis dos EUA [com base na espaço], a qual inclui
satélites, navios Aegis no Mediterrâneo, Golfo Pérsico e
Mar Vermelho e radares Patriot baseados em terra e interceptores".
(
Defense Talk.com, January 6, 2009
)
O que isto quer dizer é que em última análise Washington
é que manda. Os EUA e não Israel controlam o sistema de defesa
aérea. "Isto é permanecerá um sistema de radar
estado-unidense", disse Geoff Morrell, porta-voz do Pentágono.
Assim, isto não é algo que estejamos a dar ou a vender aos
israelenses e sim algo que provavelmente exigirá pessoal dos EUA no
terreno para operar". (Citado em Israel National News, January 9, 2009,
emphasis added).
Os militares dos EUA supervisionam o sistema de Defesa Aérea de Israel,
o qual está integrado no sistema global do Pentágono. Por outras
palavras, Israel não pode lançar uma guerra contra o Irão
sem o consentimento de Washington. Daí a importância da chamada
legislação "sinal verde" no Congresso patrocinada pelo
Partido Republicano sob a Resolução 1553 da Casa, a qual
explicitamente apoia um ataque israelense ao Irão.
"A medida, proposta pelo republicano do Texas Louie Gohmert e 46 dos
seus colegas, endossa a utilização por Israel de "todos os
meios necessários" contra o Irão "incluindo a
utilização de força militar". ... "Damos
permissão para que isto seja feito. Precisamos mostrar nosso apoio a
Israel. Precisamos deixar de jogar jogos com este aliado crítico numa
área tão difícil". (Ver Webster Tarpley,
Fidel Castro Warns of Imminent Nuclear War; Admiral Mullen Threatens Iran; US-Israel Vs. Iran-Hezbollah Confrontation Builds On
, Global Research, August 10, 2010)
Na prática, a legislação proposta é um "Sinal
verde" mais para a Casa Branca e o Pentágono do que para Israel.
Constitui uma autorização automática a uma guerra ao
Irão patrocinada pelos EUA que utiliza Israel como uma plataforma de
lançamento conveniente. Também serve como
justificação para travar guerra tendo em vista defender Israel.
Neste contexto, Israel poderia realmente arranjar pretexto para travar guerra,
em resposta a alegados ataques do Hamas ou do Hezbollah e/ou o disparar de
hostilidades na fronteira de Israel com o Líbano. O crucial é que
um "incidente" menor poderia ser utilizado para desencadear uma
grande operação militar contra o Irão.
Como é bem conhecido dos planeadores militares estado-unidenses, Israel
(e não os EUA) seria o primeiro alvo da retaliação militar
do Irão. Falando em termos gerais, os israelenses seriam as
vítimas das maquinações tanto de Washington como do seu
próprio governo. É, por isso, absolutamente crucial que os
israelenses se oponham vigorosamente a qualquer acção para atacar
o Irão da parte do governo Netanyahu.
Guerra global: O papel do US Strategic Command (USSTRATCOM)
Operações militares globais são coordenadas a partir da
sede do US Strategic Command (USSTRATCOM) na base da Força Aérea
de Offutt, no Nebraska, em ligação como os comandos regionais dos
comandos combatentes unificados (ex. (e.g.. US Central Command na Florida, o
qual é responsável pela região Médio
Oriente-Ásia Central, ver mapa abaixo) bem como unidades de comando da
coligação em Israel, Turquia e Golfo Pérsico e na base
militar de Diego Garcia no Oceano Índico. O planeamento e a
decisão militar feita ao nível de país por aliados
individuais dos EUA-NATO bem como "países parceiros" é
integrado dentro de uma concepção militar global incluindo o
armamento do espaço.
Sob o seu novo mandato, o USSTRATCOM tem a responsabilidade de
"supervisionar um plano de ataque global" consistindo tanto de armas
convencionais como nucleares. Em jargão militar, está destinado a
desempenhar o papel de "um integrador global encarregado de missões
de Operações no Espaço, Operações de
Informação; Defesa Míssil Integrada; Comando Global &
Controle; Inteligência, Vigilância e Reconhecimento; Ataque Global
e Dissuasão Estratégia..."
As responsabilidades do USSTRATCOM incluem: "conduzir, planear & executar
operações de dissuasão estratégica" a um
nível global, "sincronizando planos globais de defesa míssil
e operações", "sincronizar planos de combate
regional", etc. O USSTRATCOM é a agência condutora na
coordenação da guerra moderna.
Em Janeiro de 2005, no início dos preparativos militares contra o
Irão, o USSTRATCOM era identificado como "o principal Comando
Combatente para integração e sincronização dos
vastos esforços do DoD no combate a armas de destruição em
massa". (Michel Chossudovsky,
Nuclear War against Iran
, Global Research,
January 3, 2006).
O que isto significa é que a coordenação de um ataque em
grande escala ao Irão, incluindo os vários cenários de
escalada e para além na região mais vasta do Médio
Oriente-Ásia Central, seria coordenado pelo USSTRATCOM.
Mapa: Área de jurisdição do US Central Command
Armas nucleares tácticas contra o Irão
Como confirmado por documentos militares bem como por declarações
oficiais, tanto os EUA como Israel contemplam a utilização de
armas nucleares contra o Irão. Em 2006, U.S. Strategic Command
(USSTRATCOM) anunciou que havia alcançado capacidade operacional para
atingir alvos rapidamente em todo o global utilizando armas nucleares ou
convencionais. Este anúncio foi feito após a
condução de simulações militares relativas a um
ataque nuclear dos EUA contra um país fictício. (David Ruppe,
Preemptive Nuclear War in a State of Readiness: U.S. Command Declares Global Strike Capability
, Global Security Newswire, December 2, 2005)
Continuidade em relação à era Bush-Cheney: o presidente
Obama endossou amplamente a doutrina da utilização antecipativa
de armas nucleares formulado pela administração anterior. Sob a
2010 Nuclear Posture Review, a administração Obama confirmou
"que está reservando o direito de utilizar armas nucleares contra o
Irão" pelo seu não cumprimento de exigências dos EUA
respeitantes ao seu alegado (não existente) programa de armas nucleares.
(
U.S. Nuclear Option on Iran Linked to Israeli Attack Threat
- IPS ipsnews.net,
April 23, 2010). A administração Obama também confidenciou
que utilizaria ogivas nucleares no caso de uma resposta iranina a um ataque
israelense ao Irão. (Ibid). Israel também concebeu o seus
próprios "planos secretos" para bombardear o Irão com
armas nucleares tácticas:
"Comandantes militares israelenses acreditam que ataques convencionais
podem já não ser suficientes para aniquilar
instalações de enriquecimento cada vez mais bem defendidas.
Várias foram construídas debaixo de pelo menos 70 pés
[21,3 m] de betão e rocha. Contudo, os destruidores de bunkers
(bunker-busters) nucleares seriam utilizados só se um ataque
convencional fosse descartado e se os Estados declinassem intervir, disseram
fontes senior". (Revealed: Israel plans nuclear strike on Iran - Times
Online, January 7, 2007)
Declarações de Obama sobre a utilização de armas
nucleares contra o Irão e a Coreia do Norte são consistentes com
a doutrina estado-unidense das armas nucleares pós 11/Set, a qual
permite a utilização de armas nucleares tácticas no teatro
de guerra convencional.
Através de uma campanha de propaganda que contou com o apoio de
cientistas nucleares "abalizados", as mini-ogivas nucleares
são apresentadas como um instrumento de paz, nomeadamente um meio de
combater "terrorismo islâmico" e de instalar
"democracia" estilo ocidental no Irão. As ogivas de baixo
rendimento
(low-yield)
foram limpas para "utilização no campo de batalha".
Elas são destinadas a serem utilizadas contra o Irão e a
Síria na etapa seguinte da "guerra ao terrorismo" da
América juntamente com armas convencionais.
"Responsáveis da administração argumentam que armas
nucleares de baixo rendimento são necessárias como um dissuasor
crível contra estados vilões [Irão, Síria, Coreia
do Norte]. A sua lógica é que as armas nucleares existentes
são demasiado destrutivas para serem utilizadas excepto numa guerra
nuclear em plena escala. Os inimigos potenciais percebem isto, portanto
não consideram crível a ameaça da retaliação
nuclear. Contudo, armas nucleares de baixo rendimento são menos
destrutivas, portanto podem serem utilizadas de modo concebível. Isto as
tornaria mais efectivas como um dissuasor". (Opponents Surprised By
Elimination of Nuke Research Funds Defense News November 29, 2004)
As armas nucleares preferenciais a serem utilizadas contra o Irão
são armas nucleares tácticas (Made in America), nomeadamente
bombas destruidoras de bunkers com ogivas nucleares (ex. B61.11), com uma
capacidade explosiva entre um terço a seis vezes uma bomba de Hiroshima.
A
B61-11
é a "versão nuclear" da
BLU 113
"convencional" ou da Guided Bomb Unit GBU-28. Ela pode ser entregue
do mesmo modo como a bomba convencional destruidora de bunkers. (Ver Michel
Chossudovsky,
http://www.globalresearch.ca/articles/CHO112C.html
, ver também
http://www.thebulletin.org/article_nn.php?art_ofn=jf03norris
) . Se bem que os
EUA não contemplem a utilização de armas termonucleares
estratégicas contra o Irão, o arsenal nuclear de Israel é
em grande medida composto de bombas termonucleares as quais estão de
prontidão e poderia ser utilizada numa guerra com o Irão.
Através do sistema míssil Jericó III de Israel, com um
raio de 4800 a 6500 km, todo o Irão estaria dentro do seu alcance.
Guided Bomb Unit GBU-27, destruidora convencional de bunkers
Bomba destruídora de bunkers B61
Precipitação radioactiva
A questão da precipitação radioactiva e da
contaminação, se bem que displicentemente ignorada pelos
analistas militares dos EUA-NATO, seria devastadora, afectando potencialmente
uma grande área do Médio Oriente em sentido amplo (incluindo
Israel) e da Ásia Central.
Numa lógica absolutamente enviesada, armas nucleares são
apresentadas como um meio de construir paz e impedir "danos
colaterais". As armas nucleares não existentes do Irão
são uma ameaça à segurança global, ao passo que
aquelas dos EUA e Israel são instrumentos de paz "inócuas
para a população civil circundante".
A "mãe de todas as bombas" (Mother of All Bombs, MOAB) destinada a ser usada
contra o Irão
De significado militar dentro do arsenal de armas convencionais dos EUA
está a "arma monstro" de 21500 libras [9.752 kg] alcunhada a
"mãe de todas as bombas". A
GBU-43/B ou Massive Ordnance Air Blast bomb (MOAB)
é classificada "como a mais poderosa arma
não nuclear alguma vez concebida" com o maior rendimento do arsenal
de armas convencionais dos EUA. A MOAB estava em progresso em Março de
2003 antes de ser levada ao teatro de guerra do Iraque. Segundo fontes
militares dos EUA, a Joint Chiefs of Staff aconselhou o governo de Saddam
Hussein antes do lançamento da guerra do potencial de
devastação da MOAB e que a "mãe de todas as
bombas" era considerada para ser usada contra o Iraque. (Houve
informações não confirmadas de que foi utilizada no
Iraque).
O Departamento da Defesa dos EUA confirmou que tenciona utilizar a
"Mãe de todas as bombas" (MOAB) contra o Irão,
destacando o facto de que a MOAB "é o ideal para atingir
instalações nucleares profundamente enterradas como Natanz ou Qom
no Irão" (Jonathan Karl,
Is the U.S. Preparing to Bomb Iran?
ABC News, October 9, 2009). A verdade é que a MOAB, dada a sua
capacidade
explosiva, resultaria em baixas civis extremamente vastas. É uma
"máquina de matar" convencional com uma nuvem em cogumelo de
tipo nuclear.
A encomenda de quatro MOABs foi adjudicada em Outubro de 2009 ao pesado custo
de US$58,4 milhões (US$14,6 milhões por cada bomba). Este
montante inclui os custos de desenvolvimento e teste bem como a
integração das bombas MOAB nos bombardeiros furtivos B-2. (Ibid).
Esta encomenda está ligada directamente aos preparativos de guerra em
relação ao Irão. A notificação estava
contida num "memorando de reprogramação" de 93
páginas, o qual incluía as seguintes instruções:
"O Departamento tem uma Necessidade Operacional Urgente (Urgent
Operational Need. UON) quanto à
capacidade de ataque a objectivos duros
e profundamente enterrados em ambientes de grande ameaça.
A MOP [Mother
of All Bombs] é a arma preferencial para atender às
exigência da UON". Ali mais uma vez se declara que
o pedido é
endossado pelo Comando do Pacífico (o qual tem responsabilidade sobre a
Coreia do Norte) e o Comando Central (o qual tem responsabilidade sobre o
Irão)".
(ABC News, op cit, emphasis added). Para consultar o
pedido de reprogramação (pdf)
clique aqui
.
O Pentágono está a planear um processo de
destruição extensiva da infraestrutura do Irão e de baixas
civis em massa através da utilização combinada de ogivas
nucleares tácticas e bombas convencionais monstras com nuvem em
cogumelo, incluindo a MOAB e a maior GBU-57ª/B ou Massive Ordnance
Penetrator (MOP).
O MOP é descrito como "uma poderosa nova bomba destinada
directamente a instalações nucleares subterrâneas do
Irão e da Coreia do Norte. A bomba gargantuesca mais longa do que
11 pessoas de pé ombro a ombro [ver imagem] ou mais de 20 pés
[6,1 m] desde a base até a ponta" (Ver Edwin Black,
"Super Bunker-Buster Bombs Fast-Tracked for Possible Use Against Iran and North Korea Nuclear Programs"
, Cutting Edge, September 21 2009)
"Mother of All Bombs" (MOAB)
GBU-57A/B Mass Ordnance Penetrator (MOP)
Estado da arte do armamento: "A guerra tornada possível
através de novas tecnologias"
O processo de tomada de decisão militar em relação ao
Irão é apoiado pela Guerra das Estrela, a
militarização do espaço externo e a
revolução em comunicações e sistemas de
informação. Dados os avanços em tecnologia militar e no
desenvolvimento de novos sistemas de armas, um ataque ao Irão podia ser
significativamente diferente em termos de composição de sistemas
de armas, em comparação com a blitzkrieg de Março de 2003
contra o Iraque. A operação Irão está destinada a
utilizar os mais avançados sistemas de armas nos seus ataques
aéreos. Com toda a probabilidade, novos sistemas de armas serão
testados.
O documento do 2000 Project of the New American Century (PNAC) intitulado
Rebuilding American Defenses, delineava o mandato dos militares
estado-unidenses em termos de teatros de guerra em grande escala, a serem
travadas simultaneamente em diferentes regiões do mundo:
"Combater e vencer decisivamente em teatros de guerra múltiplos e
simultâneos".
Esta formulação é equivalente a uma guerra global de
conquista por uma única superpotência imperial. O documento do
PNAC também apelava à transformação das
forças dos EUA para explorar a "revolução em assuntos
militares", nomeadamente a implementação da "guerra
tornada possível através de novas tecnologias". (Ver Project
for a New American Century,
Rebuilding Americas Defenses
, Washington DC,
September 2000, pdf). Esta última consiste em desenvolver e
aperfeiçoar um estado da arte da máquina de matar global baseado
num arsenal de armamento novo refinado, o qual finalmente substituiria os
paradigmas existentes.
"Portanto, pode-se prever que o processo de transformação
será de facto um processo em duas etapas:
primeiro de
transição, a seguir de transformação mais completa.
O ponto de ruptura virá quando uma preponderância de novos
sistemas de armas começar a entrar em serviço,
talvez quando, por
exemplo, veículos aéreos não manejados começarem a
ser tão numerosos quanto aviões manejados. A este respeito, o
Pentágono deveria ser muito cuidadoso ao fazer grandes investimentos em
novos programas tanques, aviões, aviões de carreira, por
exemplo que comprometeria as forças dos EUA aos actuais
paradigmas de guerra durante muitas décadas futuras. (Ibid, ênfase
acrescentada)
Ao guerra ao Irão podia na verdade marcar esta ruptura crucial, com
novos sistemas de armas baseados no espaço a serem aplicados tendo em
visto incapacitar um inimigo que tem capacidades militares convencionais
significativa, incluindo mais de meio milhão de forças terrestres.
Armas electromagnéticas
Poderiam ser utilizadas armas electromagnéticas para desestabilizar os
sistemas de comunicações do Irão, impossibilitar a
produção de electricidade, minar e desestabilizar comandos e
controle, infraestrutura do governo, transportes, energia, etc. Dentro da mesma
família de armas, técnicas de modificações
ambientais (environmental modifications techniques, ENMOD) (guerra
meteorológica) desenvolvidas sob o programa HAARP também podiam
ser aplicadas. (Ver Michel Chossudovsky,
"Owning the Weather" for Military Use"
, Global Research, September 27, 2004). Estes sistemas de armas
estão plenamente operacionais. Neste contexto, o documento AF2025 da US
Air Force reconhece explicitamente as aplicações militares das
tecnologias de modificações meteorológicas:
"A modificação meteorológica tornar-se-á parte
da segurança interna e internacional e poderia ser efectuada
unilateralmente... Ela podia ter aplicações ofensivas e
defensivas e ser utilizada mesmo para objectivos de dissuasão. A
capacidade para gerar precipitação, fog e tempestades sobre a
terra ou modificar o tempo no espaço, melhorar
comunicações através de modificação
ionosférica (a utilização de espelho ionosféricos)
e a produção de tempo artificial fazem parte de um conjunto
integrado de tecnologias que podem proporcionar melhoria substancial nos EUA ou
degradar capacidade num adversário, para alcançar
consciência, alcance poder globais". (
Air Force 2025 Final Report
,
Ver també US Air Force:
Weather as a Force Multiplier: Owning the Weather in 2025
,
AF2025 v3c15-1 | Weather as a Force Multiplier: Owning... | (Ch 1)
em
www.fas.org
).
Radiação electromagnética que permite
"deterioração da saúde remota" também
pode ser encarada no teatro de guerra. (Ver Mojmir Babacek,
Electromagnetic and Informational Weapons
:, Global Research, August 6, 2004). Por sua vez, novas
utilizações armas biológicas pelos militares dos EUA
também podem ser encaradas tal como sugerido pelo PNAC: "Formas
avançadas de guerra biológica que podem "alvejar"
genótipos específicos podem retirar a guerra biológica do
âmbito do terror e transformá-la numa ferramenta politicamente
utilizável" (PNAC, op cit., p. 60).
Capacidades militares do Irão: Mísseis de médio e longo
alcance
O Irão tem capacidades militares avançados, incluindo
mísseis de médio e longo alcance capazes de atingir alvos em
Israel e nos Estados do Golfo. Daí a ênfase da aliança
EUA-NATO-Israel na utilização de armas nucleares, as quais
estão destinadas a serem utilizadas tanto antecipativamente como em
resposta a um ataque de mísseis retaliatório do Irão.
Em Novembro de 2006, testes iranianos de dois mísseis de
superfície foram marcados pelo planeamento preciso numa
operação cuidadosamente encenada. Segundo um perito americano de
mísseis (citado pela Debka), "os iranianos demonstraram tecnologia
de lançamento de mísseis actualizada, a qual o Ocidente
não sabia que possuíam". (Ver Michel Chossudovsky,
Iran's "Power of Deterrence"
Global Research, November 5, 2006) Israel
reconheceu que com "o Sheab-3, cujos 2000 km de alcance abrangem Israel, o
Médio Oriente a Europa estão ao seu alcance" (Debka,
November 5, 2006)
Segundo Uzi Rubin, antigo chefe do programa de mísseis
anti-balísticos de Israel, "a intensidade do exercício
militar foi sem precedentes... Ele estava destinado da fazer impressão
e fez impressão". (
www.cnsnews.com
3 November 2006)
Os exercícios 2006, se bem que criando um conflito politico nos EUA e em
Israel, não modificou a resolução dos EUA-NATO de travar
guerra contra o Irão.
Teerão confirmou em várias declarações que
responderá se for atacado. Israel seria o objecto imediato de ataques
iranianos de mísseis como confirmado pelo governo iraniano. A
questão do sistema de defesa aérea de Israel é portanto
crucial. Instalações estado-unidenses e aliadas nos estados do
Golfo, Turquia, Arábia Saudita, Afeganistão e Iraque
também poderiam ser alvejadas pelo Irão.
Forças terrestres do Irão
Apesar de o Irão estar cercado por bases militares dos EUA e aliados, a
República Islâmica tem capacidades militares significativas. (Ver
mapas) O que é importante reconhecer é a dimensão absoluta
das forças iranianas em termos de pessoas (exército, marinha,
força aérea) em comparação com as forças dos
EUA e NATO no Afeganistão e no Iraque.
Confrontadas com uma insurgência bem organizada, as forças da
coligação já estão demasiado esticadas tanto no
Afeganistão como no Iraque. Será que estas forças seriam
capazes de aguentar se forças iranianas entrassem nos campos de batalha
existentes no Iraque e no Afeganistão? O potencial do movimento da
Resistência à ocupação dos EUA e aliados
inevitavelmente seria afectado.
As forças iranianas são da ordem do 700 mil soldados dos quais
130 mil são profissionais, 220 mil são conscritos e 350 mil
são reservistas. (Ver
Islamic Republic of Iran Army - Wikipedia
).
Há 18 mil homens na Marinha do Irão e 52 mil na força
aérea. Segundo o International Institute for Strategic Studies, "os
Guardas Revolucionários têm uma estimativa de 125 mil homens em
cinco ramos: A sua própria Marinha, Força Aérea e
Forças Terrestres, além da Quds Force (Forças
Especiais)". De acordo com o CISS, a força paramilitar de
voluntários Basij do Irão, controlada pelos Guardas
Revolucionários, "têm uma estimativa de 90 mil membros
uniformizados em serviço activos e a tempo inteiro, 300 mil reservistas
e um total de 11 milhões de homens que podem ser mobilizados se for
necessário" (
Armed Forces of the Islamic Republic of Iran - Wikipedia
). Por outras palavras, o Irão pode mobilizar mais de meio
milhão de tropas regulares e vários milhões de
milícia. As suas forças especiais Quds já estão a
operar no interior do Iraque.
Instalações militares dos EUA e aliados cercando o Irão
Durante vários anos o irão tem conduzido os seus próprios
treinos e exercícios. Seus mísseis intermediários e de
longo alcance estão plenamente operacionais. Os militares do Irão
estão em estado de prontidão. Concentrações de
tropa iraniana estão actualmente a poucos quilómetros da
fronteira iraquiana e da afegã e na proximidade do Kuwait. A Marinha
iraniana está instalada no Golfo Pérsico na proximidade de
instalações militares dos EUA e aliados nos Emirados
Árabes Unidos.
Vale a pena notar que em resposta ao fortalecimento militar do Irão, os
EUA têm estado a transferir grandes quantidades de armas aos seus aliados
não-NATO no Golfo Pérsico, incluindo o Kuwait e a Arábia
Saudita.
Se bem que as armas avançadas do Irão não se comparem
àquelas dos EUA e da NATO, as forças iranianas estariam em
condições de infligir perdas substanciais às forças
da coligação num teatro de guerra convencional, sobre o terreno
do Iraque ou do Afeganistão. Em Dezembro de 2009 tropas terrestres e
tanques iranianos cruzaram a fronteira para dentro do Iraque sem serem
confrontadas ou desafiadas pelas forças militares e ocuparam um
território disputado no campo petrolífero no Maysan Leste.
Mesmo no caso de uma blitzkrieg efectiva, que alveje instalações
militares do Irão, seus sistemas de comunicações, etc
através de bombardeamento aéreo maciço, utilizando
mísseis de cruzeiro, bombas convencionais destruidoras de bunkers e
armas nucleares tácticas, uma guerra com o Irão, uma vez
iniciada, podia finalmente levar a uma guerra no terreno. Isto é algo
que os planeadores militares dos EUA sem dúvida contemplaram nos seus
cenários de guerra simulados.
Uma operação desta natureza resultaria em baixas militares e
civis significativas, particularmente se forem utilizadas armas nucleares.
O orçamento ampliado para a guerra no Afeganistão actualmente
debatido no Congresso dos EUA também está destinado a ser
utilizado na eventualidade de um ataque ao Irão.
Num cenário de escalada, tropas iranianas podiam cruzar a fronteira e
entrar no Iraque e no Afeganistão.
Por sua vez, a escalada militar utilizando armas nucleares poderia conduzir-nos
a um cenário de III Guerra Mundial, estendendo-se para além da
região do Médio Oriente e Ásia Central.
Num sentido muito real, este projecto militar, o qual tem estado na mesa de
desenho do Pentágono durante mais de cinco anos, ameaça o futuro
da humanidade.
O nosso foco neste ensaio foi nos preparativos de guerra. O facto de que os
preparativos de guerra estejam num estado avançado de prontidão
não implica que estes planos de guerra serão executados.
A aliança EUA-NATO-Israel percebe que o inimigo tem capacidades
significativas para responder e retaliar. Este factor em si mesmo tem sido
crucial ao longo dos últimos cinco anos na decisão dos EUA e seus
aliados de adiar um ataque ao Irão.
Outro factor crucial é a estrutura de alianças militares.
Considerando que a NATO tornou-se uma força formidável, o Acordo
de Cooperação de Shangai (SCO), constituído por uma
aliança entre a Rússia, a China e um certo número de
antigas repúblicas soviéticas, foi significativamente
enfraquecido.
As ameaças militares contínuas dos EUA contra a China e a
Rússia estão destinadas a enfraquecer o SCO e desencorajar
qualquer forma de acção militar da parte de aliados do
Irão no caso de um ataque US-NATO-israelense.
O que são as forças contrabalançadoras que podem impedir
esta guerra de verificar-se? Há numerosas forças em andamento
dentro do aparelho de estado e do Congresso dos EUA, do Pentágono e da
NATO.
A força central na prevenção de uma guerra vem em
última análise da base da sociedade, exigindo vigorosas
acções anti-guerra de centenas de milhões de pessoas por
toda a terra, nacional e internacionalmente.
O povo deve mobilizar-se não só contra esta diabólica
agenda militar, a autoridade do Estado e dos seus responsáveis
também deve ser desafiada.
Esta guerra pode ser impedida se os povos vigorosamente confrontarem seus
governos, pressionarem seus representantes eleitos, organizarem-se ao
nível local em cidades, aldeia e municípios, difundirem a
palavra, informar seus concidadãos quanto às
implicações de uma guerra nuclear, iniciarem debates e
discussões dentro das forças armadas.
Manifestações de massa e protestos anti-guerra não
são suficientes. O que é necessário é o
desenvolvimento de uma rede vasta e bem organizada a partir da base que desafie
as estruturas de poder e a autoridade.
O que é necessário um movimento de massa do povo que
vigorosamente desafie a legitimidade da guerra, um movimento popular global que
criminalize a guerra.
Nota do autor:
Caros leitores do Global Research, por favor difundam este texto
amplamente para amigos e familiares, em fóruns na Internet, nos lugares
de trabalho, na sua vizinhança, nacional e internacionalmente, tendo em
vista reverter a maré da guerra. Difundam!
Ver também:
An infographic aiming to raise awareness about post traumatic stress disorder (PTSD) in the military
Parte I
Global Warfare
Parte III Reversing the Tide of War. Criminalizing War (a publicar)
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/
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