A quinta coluna golpista reaparece na PDVSA
A acção da "quinta coluna" está a golper
áreas tão sensíveis no interior da
Petroleos de Venezuela
como o fluxo de petróleo para o exterior e o abastecimento de
gás, denunciou Guillermo García Ponce, integrante do Comando
Político da Revolução.
Segundo aquele dirigente político, os recentes atentados terroristas
contra as instalações da PDVSA puseram em relevo como era
profunda a penetração dessa "quinta coluna" no interior
dessa instituição. Assinalou, contudo, que ela ainda não
está vencida pois "os seus agentes ainda detêm importantes
posições e são capazes de provocar um enorme dano à
jovem revolução venezuelana".
Dentro da Petróleos de Venezuela continua a existir uma rede de
células comprometidas com o plano terrorista da mafia sindical e da
cúpula da Fedecamaras e "não há nada de estranho que,
através de diversas pressões e mediante toda espécie de
subterfúgios, tentem burlar as ordens do presidente da República
a fim de tornar a introduzir na PDVSA os mesmos personagens culpáveis de
atrocidades e os mesmos esquemas do ex-presidente desse organismo, Luis Guisti.
Denunciou sectores como o eléctrico, especialmente na Edelca e no
transporte público, onde o golpe está destinado a paralizar o
Metro, que são objectivos destinados a participar activamente das
próximas acções desestabilizadoras.
"A quinta coluna controla gerencias decisivas na Edelca e na Cadafe. Ali,
há muito tempo, os "asquerosos"
(escuálidos)
dominaram níveis chave em Guayana, onde gente da velha política
repartiu os cargos dirigentes das empresas do Estado como se se tratasse do seu
feudo exclusivo", denunciou. No entender de García Ponce, o
governo conseguiu poucas mudanças porque as disputas e intrigas
partidárias permitiram inflitrações e
manipulações dos integrantes dessa "quinta coluna".
Deu a conhecer como por exemplo no Metro de Caracas ainda se mantem um conjunto
de gerentes, supervisores e executivos que se pronunciaram publicamente em
favor dos golpistas no passado 16 de Dezembro, os quais continuam a exercer os
seus cargos e "executam uma actividade sistemática com o
propósito de fechar as portas do Metro quando a mafia sindical e a
Fedecameras tomar a decisão".
García Ponce finalizou assinalando que um atentado na Edelca seria
catastrófico porque afectaria a energia nas principais cidades do
país e que no Metro provocaria um caos no transporte público.
Assembleia Nacional do Povo Soberano Dono da PDVSA
No próximo sábado, 22 de Fevereiro, será efectuada a
primeira "Assembleia Nacional do Povo Soberano Dono da PDVSA", a qual
contará com a participação de 700 delegados provenientes
de todos os estados do país, com o objectivo de propor linhas diretrizes
para a indústria petroleira.
Germán Ferrer, portavoz oficial do evento, destacou que "a ideia
desta assembleia é a preocupação da presidencia da PDVSA
em vincular-se às organizações sociais e
comunitárias, bem como procurar o reconhecimento das pessoas que
participam e a expressão das comunidades na defesa da indústria
petroleira". Além disso, Jesús Serna, da equipe
organizadora, acrescentou que "A ideia é que através das
mesas de trabalho previstas na jornada se possa desenvolver um novo paradigama
que sirva realmente os interesses do povo venezuelano, uma vez que os recursos
antes desviados para operações comerciais e políticas
contrárias ao interesse nacional sejam revertidos para o desenvolvimento
da República Bolivariana da Venezuela".
O comité promotor da Assembleia é formado por líderes
comunitários, representantes de sindicatos petroleiros, estudantes
universitários, círculos bolivarianos, redes sociais, ONGs e
medias alternativos.
Além disso, Ferrer e Sema consideraram importante consultar a
opinião das comunidades em todos os estados e dar respostas às
perguntas: Como a PDVSA se coloca ao serviço do povo? e como o povo
soberano defende a PDVSA? Pretende-se aprovar resoluções para
conseguir a construção da nova PDVSA.
Os delegados reunir-se-ão em Caracas para fazer um exercício de
articulaçáo comunitária que possa ter referências e
conseguir que a assembleia se converta em permanente. Além disso,
será reproduzida em várias regiões, até conseguir
uma constituinte petroleira e que haja uma interacção entre a
indústria petroleira e o povo venezuelano. Depois de eleger os
delegados que representarão cada um dos estados do país, estes
terão que elaborar propostas com a intenção de elaborar um
documento único, o qual será apresentados ao Presidente da PDVSA,
Alí Rodríguez Araque.
Empresas não podem transferir perdas para os trabalhadores
José Echenique, inspector regional do Ministério do Trabalho,
afirmou que 60 empresas do estado Aragua solicitaram o regime especial para os
trabalhadores. Entretanto, a Inspectoria não permitirá que os
comerciantes que se somaram à paralização transfiram suas
perdas para os seus empregados. Informou que a empresa McDonald's, a loja de
ferragens EPA e outros estabelecimentos no estado Aragua pretendem descontar
25% do salário dos trabalhadores, adiantar férias não
remuneradas aos empregados por um intervalo de tempo de até 60 dias a
fim de colmatar as perdas resultantes da paralização dita
"cívica".
Nesse sentido, a Inspectoria do Trabalho publicou determinações
recusando frontalmente que as perdas da paralização tenham que
ser cobertas pelos trabalhadores, pois foi uma paralização
patronal, uma vez que os empregados sempre quiseram reincorporar-se aos seus
postos de trabalho e os proprietários das empresas não permitiram
o acesso dos mesmos às instalações.
Afirmou que a Inspectoria do Trabalho é uma órgão
administrativo sujeito à ministra do Trabalho, Maria Cristina Iglesias,
que em 5 de Dezembro manifestou por resolução ministerial que
todas aquelas empresas que aderiram à paralização
estão obrigadas a pagar aos seus trabalhadores o salário completo
da jornada de trabalho, bem como suas férias e qualquer tipo de
remuneração correspondente à relação laboral.
Por esse motivo, a Inspectoria pronunciou-se contra um grupo de empresas que
estão a aplicar uma série de princípios pelos quais
pretende piorar as condições dos trabalhadores. Precisou que na
semana passada os funcionários do Ministério do Trabalho
inspecionaram as empresas Sanitarios Maracay, Bellota, Fiação
Flexilón e outras que pretendem transferir suas perdas aos trabalhadores.
Echenique esclareceu que existem duas situações: aquelas
empresas cujos patrões aderiram à paralização e
outras que não acataram a convocatória da Confederacion de
Trabajadores de Venezuela e da Fedecamaras mas que se viram afectadas
indirectamente. É o caso da Nestle da Venezuela, que teve de reduzir os
turnos de trabalho, já que sua produção diminuiu pois para
elaborar os produtos precisa de uma glucose fabricada na empresa Alfonso &
Rivas, que aderiu ao lockout durante o mes de Dezembro e Janeiro.
Assim, a Inspectoria abriu um inquérito de averiguação
à Nestle, de modo que quando tiver que fazer uma reduçao ou
suspensão entrar em vigor, com audição prévia das
partes envolvidas, o Ministério do Trabalho avalie a
redução de pessoal. Muitas outras empresas, como a de
embalagensde Maracay, de fertilizantes, de plástico e de produtos
farmacêuticos, viram-se afectadas pela paralização da
Petróleo da Venezuela pois a matéria-prima que utilizam
são produtos derivados do petróleo.
Fonte:
Resumen Latinoamericano
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