Os satélites Starlink estão sendo usados pela infraestrutura militar das Forças Armadas da Ucrânia — o que faz cair por terra a balela (comprada por ingênuos e incautos analistas de todos os matizes) de que os interesses por trás do ambicioso projeto do magnata Elon Musk seria garantir acesso a internet em qualquer lugar do mundo (com segurança e independência do sistema) para qualquer pessoa:
Por outro lado, agora com o anúncio da compra do Twitter, as motivações por trás dos interesses “altruístas”, “democráticos” e até mesmo comerciais do bilionário vão revelando imbricadas relações e articulações com as manobras do imperialismo, orientadas para impactar diretamente os rumos da política e da economia em diversos países, bem como a configuração geopolítica do planeta.
Não é à toa a euforia com que representações da direita e ultradireita em todo o mundo receberam a notícia da aquisição da rede social feita por Musk — e a questão por trás dos “ambiciosos projetos” por ele capitaneados esconde, na verdade, uma confluência de interesses relacionados ao controle e manutenção de poder do grande capital no planeta:
O golpe de estado financiado pelo próprio Elon Musk na Bolívia, por causa da concessão do lítio à Alemanha:
Portanto, não são apenas negócios, muito menos são a “democratização do acesso a internet” ou a “preocupação com a liberdade de expressão” o que motiva os movimentos perpetrados por Musk:
Dessa forma, diante das declarações públicas de Musk sobre priorizar a “livre expressão” no Twitter, a grande imprensa burguesa empreendeu uma forte campanha no sentido de manter tudo como está, afinal de contas, a máxima “em equipe que está ganhando não se mexe” também pode ser aplicada no jogo em que se envolvem os grandes capitalistas (ou não?):
Enfim, não restam dúvidas de que as questões econômicas ou de outra ordem não são os principais aspectos relacionados ao interesse na compra do Twitter — e a complexidade do tema nos leva a inferir que Elon Musk parece está querendo ser detentor de mais poder no pesado jogo do imperialismo, ao controlar um dos mais importantes amplificadores de opiniões do mundo.