MILWAUKEE — Alia Kate, 16, estudante universitária em Milwaukee, queria ir a Washington para participar nos protestos de 20 de Abril. Ela tencionava participar das demonstrações contra a School of the Americas (*) e apoiar o grupo de pressão contra o Plano Colômbia.

Mas ela não pôde embarcar no voo do Midwest Express. Nem, tão pouco, os outros activistas de Wisconsin que deveriam ter embarcado nesse voo. Vinte dos 37 membros do grupo Peace Action Milwaukee — inclusive um padre e uma freira — foram separados e interrogados pelo representante do sheriff de Milwaukee County. Eles não foram libertados a tempo para embarcar e tiveram de partir na manhã seguinte, deixando de comparecer a muitos dos eventos .

O que os impediu de viajar foi uma lista informatizada de pessoas que o governo federal passou a fornecer às companhias de aviação. As companhias são obrigadas a conferir as listas de passageiros com a lista "No Fly".

"Os nomes da pessoas naquele grupo constavam numa lista de observação fornecida pelo governo federal a todo o pessoal de voo", afirmou o Sargento Chuck Coughlin, do Departamento de Polícia de Milwaukee. "O computador procura os nomes coincidentes, semelhantes e alcunhas. Neste caso particular havia nomes semelhantes. Cerca de cinco ou seis individuos estavam na lista. Embora consuma tempo e retarde voos, o sistema realmente funciona".