Parlamento obtém voto de confiança do povo turco

No 1º de Março de 2003 a Grande Assembleia Nacional da Turquia disse
"NÃO À GUERRA" — o que equivale a dizer "SIM" à vontade do povo.


Quando um Parlamento comporta-se com dignidade, o povo o apoia. Com os seus votos, os nossos deputados também disseram "NÃO" a

  • Despachar os nossos filhos para a morte;
  • Aniquilar nossos vizinhos, o povo do Iraque;
  • Submeter-se às ameaças dos EUA;
  • Transformar a Turquia de um país relativamente dependente num país totalmente dependente
  • Degradar o nosso país levando-o a tornar-se um assunto de canhões.

    Nós os agradecemos

    Agradecemos os membros do Parlamento que mostraram a dignidade de tomar esta decisão e o Presidente do Estado e Porta-voz do Parlamento que reiteradamente enfatizou o princípio da "legitimidade internacional", e pedimos que continuem a manter esta determinação nos dias que se seguirem.

    Aqueles que optam pela guerra apregoam que o resultado desta votação provocou uma borrasca séria para o governo o qual deveria, portanto, pedir um voto de confiança ao Parlamento. Somos categoricamente contra todas as tentativas de utilizar esta histórica decisão do Parlamento nas quezílias da pequena política interna. Se vamos falar acerca do voto de confiança, podemos confiantemente dizer que "A Grande Assembleia Nacional da Turquia obteve um voto de confiança do povo".

    Não pode haver um segundo memorando

    Cem mil cidadãos turcos manifestaram-se em Ancara contra a agressão imperialista ao Iraque. Sabemos que os esforços para arrastar o nosso país para esta guerra serão incessantes. Pois há pessoas que consideram que a decisão do Parlamento foi mal tomada. Primeiramente, apresentar um segundo memorando com o mesmo conteúdo será o equivalente a repudiar a resolução do Parlamento de 1º de Março e passará por cima da vontade do Parlamento. Ninguém está autorizado a fazer isto. Tal acção seria inaceitável tanto em termos legais como éticos e seria uma violação da Constituição e do Código do Parlamento.

    Os povos fazem a História. Partilharemos nosso pão

    A resistência a todas estas pressões pela guerra pode ter consequências económicas. E tais consequências podem ser muito severas. Mas como uma sociedade com dignidade, estamos prontos a pagar este preço. Os recursos da Turquia serão suficientes para todos nós. Aqueles que têm pão estão prontos a partilhá-lo com os que não têm. Para os cidadãos da Turquia amantes da paz ter a honra de serem cidadãos de um país amante da paz, livre e dignificado vale muito mais do que dinheiro.

    Agora estamos mais próximos da UE

    Diz-se que a decisão danificou as relações americano-turcas. Que seja assim, enquanto os EUA marcharem no caminho da beligerância, da agressão e da guerra. Não nos esqueçamos que a Turquia deu um passo importante na direcção da UE com esta decisão. E, ainda mais importante, a Turquia agora posicionou-se ao lado de milhões de activistas da paz que anunciam um novo mundo.

    A solução da Questão Curda está na Turquia

    Quanto a usar a fundação de um "Estado Curdo" como um risco... Sem relacionar com a fundação de um Estado Curdo no Norte do Iraque, a Turquia tem de tratar dos problemas de identidade, bem estar e liberdade dos seus cidadãos de origem curda através de meios pacíficos. Esta solução não pode ser alcançadas fora das nossas fronteiras, por meio da guerra no Norte do Iraque, mas só pelo estabelecimento da paz social na Turquia.

    Ancara tornou-se a capital da paz no dia 1º de Março.
    Vamos manter-nos neste caminho.

    03/Mar/2003


    O original deste documento encontra-se em
    http://lists.econ.utah.edu/pipermail/a-list/2003-March/024039.html


    Este documento encontra-se em http://resistir.info .
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