Ao camarada Lenine, no seu 150º aniversário
Vladimir Ilyich Ulyanov (1870-1924) era conhecido por seu pseudônimo
Lenin. Ele era, assim como seus irmãos, um revolucionário,
o que no contexto da Rússia tsarista significou, para ele, passar muitos
anos na prisão e no exílio. Lenin ajudou a construir o Partido
Operário Social-Democrata russo (POSDR) com seu trabalho intelectual e
organizativo. Os escritos de Lenin não estão presentes apenas em
suas palavras, mas também na somatória da atividade e do
pensamento dos milhares de militantes cujos caminhos cruzaram com o dele. Foi
notável a habilidade de Lenin para desenvolver as experiências de
militantes no reino teórico. Não por acaso, o marxista
húngaro György Lukács considerou Lenin "o único
teórico à altura de Marx até agora já produzido no
interior da luta de libertação proletária".
[2]
Construindo uma revolução
Em 1896, quando greves espontâneas irromperam nas fábricas de
São Petersburgo, os socialistas-revolucionários foram apanhados
de surpresa. Eles não sabiam o que fazer; estavam desorientados. Cinco
anos depois, V. I. Lenin escreveu: os "revolucionários atrasaram-se
em relação a esse movimento ascencional tanto nas suas 'teorias'
quanto na sua atividade, não conseguiram criar uma
organização permanente que funcionasse continuamente, capaz de
dirigir
todo o movimento".
[3]
Lenin sentiu que esse atraso deveria ser corrigido.
A maior parte dos principais escritos de Lenin seguiram essa ideia. Ele
explorou as contradições do capitalismo na Rússia
(O desenvolvimento do capitalismo na Rússia,
1896),
[4]
que lhe permitiu compreender como o campesinato no vasto império
tsarista possuía um caráter proletário. Foi baseado nisso
que Lenin defendeu a aliança operário-camponesa contra o tsarismo
e os capitalistas. Quando a Revolução Russa de 1905 estourou,
Lenin foi ao
Novaya Zhizn
[5]
(12 de novembro de 1905) para argumentar que "resquícios da
servidão" impunham "um fardo cruel a toda massa do
campesinato"; os "proletários sob sua bandeira vermelha",
ele escreveu, "declararam guerra contra este fardo". Não foi
suficiente, segundo Lenin, os trabalhadores da cidade lutarem pelas demandas
camponesas, e não foi suficiente as demandas independentes do
campesinato por terra serem atendidas; o que era necessário era
aprofundar a unidade entre os trabalhadores do campo e da cidade na luta
"contra o domínio do capital" e pelo socialismo. Não
havia sentido em ser ingênuo com relação ao fato de que
havia relações de classe no interior do "campesinato",
e que os pequenos proprietários tinham seus interesses de classe
inerentes a suas pequenas empresas privadas. O estudo de Lenin enfatizou a
diferenciação do campesinato para entender que os pequenos
proprietários tinham uma lealdade de classe mais próxima aos
senhores de terra em termos de defesa da propriedade privada e do direito de
explorar os trabalhadores rurais sem terra. Lenin viu com uma claridade
cristalina que o desenvolvimento da unidade operário-camponesa tinha de
compreender as complexidades do campo, caso contrário o movimento pelo
socialismo se desviaria para uma direção pequeno-burguesa.
Outros adversários do tsarismo, além dos bolcheviques (como os
social-democratas, os
narodiniks
, os socialistas-revolucionários [eseristas] e os mencheviques),
não avançaram até o projeto socialista. Lenin entendeu, a
partir do seu compromisso com a luta de massas e com suas leituras
teóricas, que os social-democratas como a fração
mais liberal da burguesia e dos aristocratas não eram capazes de
dirigir uma revolução burguesa, quem diria um movimento que
levaria à emancipação do campesinato e dos
operários. Sua contribuição teórica foi elaborada
em
Duas táticas da social-democracia na revolução
democrática
(1905).
[6]
As
Duas táticas...
talvez seja o primeiro grande tratado marxista que demonstra a necessidade de
uma revolução socialista, mesmo em um país
"atrasado", onde os trabalhadores e os camponeses precisariam se unir
para derrubar as instituições da servidão e levar a
sociedade ao socialismo.
Estes dois textos, o de 1896 e o de 1905, mostram Lenin evitando a visão
de que a Revolução Russa poderia saltar sobre o desenvolvimento
capitalista (como os populistas
narodiniks
sugeriam) ou que ela deveria passar pelo capitalismo (como os
democratas-liberais os
kadetes,
por exemplo defendiam). Nenhuma das duas vias era possível ou
necessária. O capitalismo já havia se introduzido na
Rússia, um fato que os populistas não reconheciam; e podia ser
superado por uma revolução operário-camponesa, um fato do
qual os democratas-liberais discordavam. A revolução de 1917 e a
experiência soviética demonstraram a correção do
argumento de Lenin.
Tendo estabelecido que as elites liberais não seriam capazes de dirigir
uma revolução operário-camponesa, ou sequer uma
revolução burguesa, Lenin voltou sua atenção
à situação internacional. Em seu exílio na
Suíça, Lenin assistiu como os social-democratas capitularam ao
belicismo em 1914 e levaram a classe trabalhadora para a guerra. Rosa
Luxemburgo, igualmente desapontada, escreveu: "trabalhadores do mundo
unem-se em tempos de paz; em tempos de guerra cortam as gargantas uns dos
outros".
[7]
Frustrado pela traição dos social-democratas, Lenin escreveu um
importante texto
Imperialismo: estágio superior do capitalismo
(1916)
[8]
que desenvolve uma compreensão lúcida do crescimento do
capital financeiro e de empresas monopolistas, assim como os conflitos
intercapitalistas e interimperialista. Foi neste texto que Lenin explorou as
limitações dos movimentos socialistas no Ocidente, com a
aristocracia operária fornecendo uma barreira à militância
socialista; e o potencial da revolução no Oriente, onde o
"elo mais débil" na corrente imperialista poderia ser
encontrado. Os cadernos de Lenin mostram que ele leu 148 livros e 213 artigos
em inglês, francês, alemão e russo para esclarecer o seu
pensamento sobre o imperialismo contemporâneo. Uma compreensão
lúcida do imperialismo deste tipo garantiu que Lenin desenvolvesse uma
posição marcada sobre o direito das nações à
autodeterminação, tanto fazia se estas nações
estivessem dentro do império tsarista ou em qualquer outro
império europeu. O núcleo do anticolonialismo da URSS
desenvolvido na Internacional Comunista (Komintern) situa-se aí.
[9]
O termo "imperialismo", tão central para a expansão da
tradição marxista por parte de Lenin, se refere ao
desenvolvimento desigual do capitalismo em uma escala global e ao uso da
força para manter essa desigualdade. Determinadas partes do planeta
principalmente aquelas que tiveram um passado colonial permanecem
em uma posição de subordinação, com sua habilidade
para construir uma agenda de desenvolvimento nacional independente restringida
pelos tentáculos do poder político, econômico, social e
cultural internacional. Em nossos dias, surgiram novas teorias que sugerem que
as novas condições não podem mais ser compreendidas pela
teoria do imperialismo leninista. Antonio Negri e Michael Hardt, por exemplo,
argumentam que não há mais rivalidade geopolítica
restante, que há apenas uma extensão da soberania da
constituição dos EUA em escala mundial. Isso é o que eles
chamam de Império. O que o povo a multidão deve
fazer, eles sugerem, é contestar sobre os termos desta
constituição, mas não o fato de sua
aspiração global. Outros argumentam que o mundo se achatou,
então já não há mais um Norte global que oprime um
Sul global, e que as elites de ambas as regiões são partes da
ordem capitalista global. Esse é o tipo de teoria que Karl Kautsky
desenvolveu sob o nome de "ultraimperialismo". Lenin respondeu
certeiramente a Kautsky e a esta teoria do "ultraimperialismo"
dizendo que este notou que "a dominação do capital
financeiro
atenua
a desigualdade e as contradições da economia mundial, quando, na
realidade, as
acirra".
[10]
Elementos do texto de Lenin são, é claro, datados foi
escrito há 100 anos e precisariam ser cuidadosamente
retrabalhados. Mas a essência da teoria é válida: a
insistência na tendência das empresas capitalistas em se tornarem
monopólios, a crueldade com que o capital financeiro drena a riqueza do
Sul global e o uso da força para conter as ambições dos
países do Sul em planejar sua própria agenda de desenvolvimento.
Por fim, entre 1893 e 1917, Lenin estudou cuidadosamente as
limitações do partido de velho tipo o partido
social-democrata. Se você dedicar algum tempo às
Obras escolhidas
[11]
de Lenin durante as décadas antes da Revolução Russa de
1917, você encontrará milhares de artigos e relatórios
sobre como fortalecer o trabalho de massa e a construção do
partido. Em "Nosso programa"
[12]
texto de Lenin de 1899 , ele enfatiza que o partido deve estar
envolvido em atividade contínua e não depender de
explosões espontâneas ou iniciais. Essa atividade contínua
traria o partido para um contato íntimo e orgânico com a classe
trabalhadora e o campesinato, bem como ajudaria a germinar os protestos que
então poderiam assumir um caráter de massas. Foi esta
consideração que levou Lenin a desenvolver sua compreensão
do partido revolucionário em
Que fazer? Problemas candentes do nosso movimento
(1902).
[13]
Lenin desenvolveu ideias fundamentais para a construção de um
partido operário-camponês, incluindo o papel dos operários
com consciência de classe como a vanguarda do partido e a
importância da agitação política entre os
trabalhadores para desenvolver uma consciência política
genuinamente poderosa contra
toda
tirania e
toda
opressão. Os trabalhadores precisam
sentir
a intensidade da brutalidade do sistema e a importância da solidariedade.
Estes textos de 1896 a 1916 prepararam o terreno para que os
bolcheviques e Lenin compreendessem como funcionar durante as lutas em 1917.
É como uma medida da confiança de Lenin nas massas e em sua
própria teoria que ele escreveu sua audaciosa brochura "Os
bolcheviques devem conservar o poder de Estado?"
[14]
poucas semanas antes da tomada do poder. E, conforme os acontecimentos se
desenrolaram em 1917, Lenin constantemente tentou teorizar a dinâmica da
transformação. A Revolução de Fevereiro de 1917
derrocara o tsar e levara ao poder os liberais. Lenin identificou dois
desenvolvimentos de igual importância: primeiro, que os liberais
sob Kerensky estavam se preparando para trair os objetivos
revolucionários e levar a Rússia novamente para a guerra, e,
consequentemente, manter todo o sistema tsarista; segundo, que o proletariado
revolucionário e seus principais partidos permaneceram
alertas e ativos, e haviam fortalecido sua forma política por meio dos
sovietes. Os sovietes, controlados por operários e camponeses, se
tornaram um centro do "poder dual" contra a Duma (parlamento)
controlada pelos liberais. Isso significou para Lenin como ele escreveu
em diversos textos neste período que os sovietes tinham de
defender os objetivos revolucionários e tomar o poder. Em setembro de
1917, Lenin escreveu que, para o marxismo, a "insurreição
é uma arte"; Lenin e os bolcheviques organizaram suas
forças; em outubro de 1917 eles atacaram e levaram a cabo a
Revolução Russa de 1917.
Construindo um Estado
Nenhuma revolução está "completa" apenas tomando
o poder. Havia muito trabalho a ser feito imediatamente depois de Lenin e seus
camaradas assumirem o controle do Estado tsarista derrocado. Uma leitura detida
de
O Estado e a revolução
(1918),
[15]
de Lenin, antecipa os problemas enfrentados pelos sovietes em sua nova tarefa
eles podiam herdar a estrutura de Estado, mas tinham de "demolir o
Estado", construir um novo conjunto de instituições e uma
nova cultura institucional, criar uma nova atividade dos funcionários
com relação ao Estado e à sociedade.
O texto mais importante aqui é
As tarefas imediatas do poder soviético
(abril de 1918),
[16]
que desenha a agenda da URSS em seus primeiros anos. Os outros textos mostram a
atitude geral de Lenin com relação à
construção do Estado e os desafios enfrentados pela URSS
cercados pelos poderes hostis neste período. O "Melhor
pouco, porém bom" (1923),
[17]
de Lenin, escrito já no fim de sua vida, é um dos mais honestos e
sensatos textos sobre os problemas enfrentados pelo novo governo e pela
sociedade. Em sua última aparição pública no
soviete de Moscou em 20 de novembro de 1922 é possível ver
a personalidade de Lenin por inteiro. Há a confiança de Lenin e
sua humanidade; há a honestidade de Lenin e sua ambição:
Ainda temos a antiga máquina, e nossa tarefa agora é
remodelá-la com novos contornos. Não podemos fazê-lo de uma
vez, mas devemos fazê-lo de modo que os comunistas que temos estejam bem
distribuídos. O que nós necessitamos é que eles, os
comunistas, controlem a máquina para a qual foram designados, e
não, como costuma acontecer conosco, que a máquina os controle.
Não devemos guardar segredo em relação a isso e devemos
falar disso francamente. Tais são as tarefas e as dificuldades diante de
nós e isso em um momento quando tivermos iniciado nosso caminho
prático, quando não devemos abordar o socialismo como se ele
fosse um ícone pintado em cores festivas. Devemos tomar a
direção correta, devemos assegurar que tudo está
verificado, que as massas toda a população vejam o
caminho que nós seguimos e digam: 'Sim, isso é melhor que o
antigo sistema'. Essa é a tarefa que nos colocamos. Nosso partido, um
pequeno grupo de pessoas em comparação com a
população total do campo, assumiu essa tarefa. Esse pequeno
núcleo se colocou a tarefa de refazer tudo, e o fará. Nós
provamos que isso não é uma utopia, mas uma causa pela qual o
povo vive. Todos vimos isso. Isso já está sendo feito. Devemos
refazer as coisas de tal modo que a maior parte das massas, os camponeses e os
operários dirão: 'Não são vocês que se
elogiam, somos nós. Nós dizemos que vocês alcançaram
resultados esplêndidos, após o que nenhuma pessoa inteligente
jamais sonhará em voltar para o antigo'. Nós ainda não
chegamos a esse ponto [...] o socialismo já não é mais
algo de um futuro distante, ou uma pintura abstrata, ou um ícone. Nossa
opinião com relação a ícones é a mesma
bastante negativa. Nós trouxemos o socialismo para a vida
cotidiana e devemos ver aqui como as questões se mantêm. Essa
é a tarefa de hoje, a tarefa de nossa época.
[18]
Em 1921, a saúde de Lenin havia se deteriorado de forma
dramática. Em maio de 1922, ele sofreu seu primeiro infarto. Ele morreu
em 21 de janeiro de 1924 aos 53 anos. Mais de um milhão de pessoas
vieram homenagear Lenin por três dias frios em janeiro, antes dele ser
posto em um mausoléu na Praça Vermelha, onde seu corpo permanece.
Tudo o que Lenin escreveu há 100 anos não deve ser tomado como um
evangelho. É um guia. As circunstâncias mudam, os desenvolvimentos
devem ser estudados cuidadosamente. Foi Lenin quem nos ensinou que "o
fundamental, a alma viva do marxismo [é] a análise concreta de
uma situação concreta".
[19]
O que aprendemos com Lenin é o seu método e sua disciplina, sua
aguda consciência de classe em termos de sua compreensão da
política. As revoluções não se repetem em todas as
suas particularidades, nem os processos revolucionários. Diferentes
conjunturas históricas e situações concretas necessitam
diferentes dinâmicas revolucionárias históricas.
Temos Lenin sobre nossos ombros; ele é nossa inspiração e
modelo.
2 G. Lukács.
Lenin.
Um estudo sobre a unidade de seu pensamento. São Paulo: Boitempo, 2012,
p. 33.
3 V. I. Lenin.
Que fazer?
Problemas candentes do nosso movimento. São Paulo: Expressão
Popular, 2015, p. 105-10.
4 V. I. Lenin. Desenvolvimento do capitalismo na Rússia. São
Paulo: abril cultural, 1982.
5
Nova Vida
, jornal editado pelos bolcheviques durante novembro e dezembro de 1905. Foi o
primeiro jornal legal do Partido Social-Democrata Russo, seu editor foi Maxim
Litvinov. Posteriormente, em 1917-1918 uma publicação com o mesmo
nome voltou a ser editado, primeiro em Petrogrado e depois em Moscou pelos
mencheviques.
6 Disponível em:
https://www.marxists.org/portugues/lenin/1905/taticas/index.htm
7 Rosa Luxemburgo.
Rebuilding the International
[A reconstrução da internacional], 1915.
8 V. I. Lenin.
Imperialismo, estágio superior do capitalismo
. São Paulo: Expressão Popular, 2012
9 Riddell, John; Prashad, Vijay and Mollah, Nazeef (eds.).
Liberate the Colonies. Communism and Colonial Freedom, 1917-1924
(Libertar as colônias. Comunismo e Liberdade colonial).
New Delhi: LeftWord Books, 2019.
10 V. I. Lenin.
Imperialismo, estágio superior do capitalismo.
São Paulo: Expressão Popular, 2012, p. 131. Ver também
Karl Kautsky, 'Ultraimperialismo. Disponível em:
https://www.marxists.org/portugues/kautsky/1914/09/11-1.htm
.
11 As Obras escolhidas em português foram editadas, em Portugal, pela
editora Avante!, e no Brasil pela editora Alfa-Omega. Alguns dos textos desta
seleção, conforme a edição portuguesa, estão
disponíveis em
www.marxists.org/portugues/lenin/escolhidas/index.htm
12 Disponível em:
www.marxists.org/portugues/lenin/1899/09/programa.htm
13 V. I. Lenin.
Que fazer?
Problemas candentes do nosso movimento. São Paulo: Expressão
Popular, 2015.
14 Disponível em:
www.marxists.org/portugues/lenin/1917/10/14.htm
15 V. I. Lenin.
O estado e a revolução.
São Paulo: Expressão Popular, 2007.
16 Cf. em V. I. Lenin.
Lenin e a revolução de outubro.
Textos no calor da hora (1917-1923). São Paulo: Expressão
Popular, 2017, p. 307-355. Também disponível em:
www.marxists.org/portugues/lenin/1918/04/26.htm
17 Cf. em
Ibid.,
p. 571-589
18 V. I. Lenin, "Discurso no Plenário do Soviete de Moscou".
Em: V. I. Lenin.
Obras escolhidas,
vol. 3.
19 V. I. Lenin "Kommunismus", periódico da Internacional
Comunista. Junho de 1920.
[*]
Historiador, indiano, director do Tricontinental: Instituto de Pesquisa
Social e editor chefe da
LeftWord Books
(Delhi). É editor de
Lenin: Selected Writings
(Lenin: obras escolhidas).
New Delhi: LeftWord Books, 2018. V.
en.wikipedia.org/wiki/Vijay_Prashad
O original está incluído no livro
Lenin 150,
publicado no Brasil pela editora Expressão Popular. A obra pode
ser
descarregada
aqui
.
Este artigo encontra-se em
https://resistir.info/
.
|