Condenar os ataques mortíferos a Gaza:
apelo à mobilização internacional
por PCI
O
Partido Comunista de Israel
(PCI) e o
Hadash
(a Frente Democrática para a
Paz e a Igualdade) condenam o ataque mortífero de hoje [27/Dezembro] da
Força Aérea Israelense à Faixa de Gaza, o qual resultou na
matança de mais de 150 palestinos. O PCI apela aos partidos comunistas
e de trabalhadores e aos movimentos sociais de todo o mundo para se mobilizarem
contra estes crimes de guerra israelenses e exigirem que a comunidade
internacional imponha sanções contra Israel e processem Tzipi
Livni, Ehud Barak e outros da liderança política e militar
israelense por estes brutais crimes de guerra, cometido como parte do processo
eleitoral de Israel.
O ataque militar de hoje é parte do cerco em curso da Faixa de Gaza.
Israel está a explorar os últimos momentos da
administração Bush para implementar a política
mortífera mas inútil de utilizar a força militar para
efectuar mudança política. Manifestações contra o
assalto israelense à Faixa de Gaza estão planeadas nas principais
cidades israelenses e serão efectuadas hoje à noite em Tel Aviv,
Haifa e Nazaré. Ontem (sexta-feira), centenas de manifestantes
compareceram a um comício no centro de Tel Aviv para protestar contra a
esperada operações militar israelense contra ataques de foguetes
palestinos a partir de Gaza. O comício foi organizado pela
Coligação contra o Sítio de Gaz e o Hadash.
"Sugiro irmos noutra direcção", disse
Dov Khenin
, membro do Hadash no Knesset e da direcção do Partido Comunista
de Israel.
"O nosso poder é a nossa tragédia. Uma pancada forte
não trará o fim. Eles responderão com foguetes e
finalmente embarcaremos numa guerra geral. Ir noutra direcção
significa reforçar a calma, assegurar o cessa fogo e levantar o
sítio que só serve para unir a população em torno
do Hamas".
"Um processo de paz genuíno será iniciado num face a face
com a Autoridade Palestina", afirmou. "O trágico aqui
é isto é possível. Só é preciso
querer".
Khenin acrescentou que é "essencial assegurar uma troca de
prisioneiros que incluiria Gilad Shalit". Quando perguntado porque poucos
israelenses objectam à guerra em Gaza, disse: "As pessoas perderam
a esperança. Elas percebem que o que está a acontecer é
mau, mas pensam que não há outra opção. Mas
não estamos destinados a sermos vítimas da história".
Outro participante no comício, Tamar Gozansky, disse: "Dois anos
atrás protestámos neste mesmo lugar, antes da Segunda Guerra do
Líbano. Fomos proscritos e apresentados como traidores. Mas
vários meses mais tarde, todas as pessoas que fizeram troça de
nós carregaram os seus próprios cartazes para a Praça
Rabin e protestaram contra a política de Olmert. Espero realmente que
não tenhamos razão para dizer 'Nós lhe dissemos' ".
Em declaração anterior, Khenin disse: "Uma guerra
abrangente em Gaza é perigoso e desnecessário e colocará
em risco as vidas de milhares de habitantes de Gaza e de residentes no Negev
ocidental". "A guerra não é a solução
para problema dos foguetes Kassam", continuou. "Há outro
caminho: um acordo real de trégua. Não apenas um cessar fogo,
mas também acabar com o bloqueio de Gaza e aliviar o extremo sofrimento
de um milhão e meio de pessoas".
Liderança do PCI encontra-se em Ramalá com representantes da
esquerda palestina
Membros da liderança do PCI encontraram-se em Ramalá com
representantes de facções da esquerda palestina, incluindo a
Frente Democrática para Libertação da Palestina, a Frente
Popular para a Libertação da Palestina e o Partido do Povo
Palestino. Militantes dos quatro partidos encontraram-se na quinta-feira (25
de Dezembro de 2008) em Ramalá para coordenar passos futuros e
considerar meios para fortalecer a cooperação entre si. O PCI
foi representado na reunião pelo secretário-geral, Mohammed
Nafa'h, e o presidente do Hadash, M. M. Mohammed Barkeh. Esta é a
primeira vez em que ocorre uma reunião com o comparecimento de todos os
quatro partido. "A arena palestina está hoje na necessidade
desesperada de um diálogo de unidade progressista e de esquerda",
disse Barakeh.