De Lúcio e Lula a Duarte
- Frustrações e esperança
no combate dos povos
por Miguel Urbano Rodrigues
A eleição de Nicanor Duarte no Paraguai foi interpretada nos
EUA como mais uma derrota da estratégia para a América
Latina definida no chamado Consenso de Washington.
O voto do povo paraguaio teve o significado de uma condenação do
neoliberalismo. O novo Presidente demonstrou no seu discurso de posse estar
consciente de que os eleitores se pronunciaram mais contra uma política
do que por ele como candidato.
É a quinta derrota que num período breve a direita sofre no
continente em eleições presidenciais. No movimento de fluxo e
refluxo da historia, as forças progressistas avançam, as
conservadoras recuam.
A eleição de Duarte ocorre, aliás, num momento em que os
EUA
reforçam as pressões para impor a ALCA, cuja
implantação significaria a recolonização
política, económica e cultural da América Latina. A
contradição entre a vontade dos povos e o projecto de
recolonizador é transparente.
A situação criada justifica uma reflexão que apenas se
iniciou.
Ao escolherem dirigentes que nas suas campanhas condenaram a ordem
sócio-económica existente e se comprometeram a realizar
políticas que a modifiquem profundamente, as grandes maiorias
manifestaram pelo voto a convicção de que isso será
possível.
A esperança marcou as campanhas dos candidatos na Venezuela, no Equador,
no Brasil, na Argentina e no Paraguai.
Entretanto, o único denominador comum nos cinco casos encontramo-lo num
discurso político que tinha de comum a promessa de combater os
efeitos do neoliberalismo no respeito pelas instituições. As
situações existentes, os homens e as perspectivas diferem
muitíssimo. Mas Chavez como Lúcio, Lula, Kirchner, e agora
Duarte persuadiram aqueles que os elegeram e apoiam de que os seus governos
estão em condições de reformar a sociedade no
âmbito da democracia representativa, por meios constitucionais.
A eleição desses cinco presidentes foi correctamente
interpretada em Washington como expressão do descontentamento profundo
dos povos da América Latina. Combater a ascensão das
forças de esquerda do Rio Bravo à Patagónia, impedir por
todos os meios que os programas progressistas dos novos chefes de Estado
sejam levados à prática passou a ser uma prioridade da
estratégia estadunidense para o Hemisfério.
A sua aplicação exigirá imaginação e
flexibilidade. Mas é cedo para se proceder a um balanço da
resposta norte-americana ao avanço das esquerdas. Derrotas e vitorias
assinalam o desenvolvimento da contra-ofensiva dos EUA .
O OPTIMISMO DE CHAVEZ
E A CAPITULAÇÃO DE LÚCIO
A Venezuela bolivariana apresenta-se como o osso mais duro de roer para o
imperialismo.
O golpe de Abril do ano passado foi derrotado, bem como o ambicioso
lock out
que quase paralisou o país durante dois meses. Ambos foram apoiados
por Washington.
A táctica do imperialismo e da oligarquia local é agora outra.
Sendo evidente que não podem contar com o apoio do corpo de oficiais
para uma nova intentona, as forças que exigem a demissão de
Chavez voltaram em massa às ruas para exigir o chamado referendo
revogatório.
Embora não o confessem, o seu objectivo é criar o caos.
A situação económica do país é grave. Os
medias locais, controlados pela direita, avaliam em 29% a queda do PIB no
primeiro semestre e afirmam que a taxa de desemprego se aproxima dos 19%,
enquanto a fuga clandestina de capitais para o estrangeiro prossegue.
Os métodos a que as forças anti-Chavez recorrem para sabotar a
economia lembram os utilizados no Chile em 1973 pelos partidos que
conspiravam contra a Unidade Popular.
Hugo Chavez, entretanto, radicalizou nos últimos meses a sua
política.
A condenação frontal da ALCA é acompanhada de iniciativas
concretas que apresentam como alternativa a integração da
América Latina num projecto bolivariano.
Na Argentina, dirigindo-se às mães da Praça de Maio, o
Presidente da Venezuela, reconhecendo as enormes dificuldades a ultrapassar,
mostrou-se optimista. Talvez excessivamente.
A «América Latina afirmou está em tempo de
parto». Com essa metáfora pretendeu valorizar o significado da
ascensão do movimento dos povos contra o neoliberalismo globalizado.
Mas o respeito pela coragem e dignidade de Chavez não implica uma
subestimação dos desafios que se colocam no Continente
às forças progressistas.
Cabe perguntar qual será o resultado do parto.
A análise do panorama político e económico dos
países onde as esquerdas alcançaram importantes vitórias
exige uma reflexão serena.
No Equador, Lúcio Gutierrez, antes mesmo de tomar posse, iniciou uma
política de cedências aos EUA incompatível com os
compromissos assumidos durante a campanha.
Hoje, do seu programa nada resta. O povo protesta nas ruas, colando ao
presidente o labéu de traidor.
Conheci Lúcio em San Salvador, durante uma Conferencia Internacional,
em Julho de 2001. Pronunciou então discursos inflamados.
Atravessámos uma madrugada trocando ideias sobre o mundo, a
América Latina e a vida. Recordou então as horas
difíceis mas emocionantes da insurreição indígena
em que assumiu papel destacado.
Para onde caminharia aquele homem, que se definia há dois anos como
um revolucionário? interroguei-me.
A resposta decepcionou o seu povo.
Hoje, na Presidência, fala e actua como um dócil instrumento de
Washington. Identifica em Bush o melhor dos aliados, amplia as facilidades
concedidas às bases militares estadunidenses, faz a apologia da ALCA,
estabelece punições para funcionários que critiquem a
dolarização, afasta do governo os ministros que representavam o
movimento indígena, e define como terroristas as
organizações guerrilheiras da Colômbia.
Lúcio Gutierrez, eleito para combater o neoliberalismo e levar adiante
uma política progressista, traiu os milhões de equatorianos que
o levaram à Presidência.
INCÓGNITAS
Nestas semanas a esperança volta à Argentina e ao Paraguai.
Espera-se muito de Nestor Kirchner e de Nicanor Duarte.
Talvez demasiado, na tradição latino-americana de subordinar a
solução dos grandes problemas nacionais à
acção de lideres providenciais.
Com frequência se esquece que a sobrestimação do papel
dos dirigentes políticos tem sido uma das causas de crises graves e
grandes decepções.
Tanto Kirchner como Duarte chegaram á presidência com
trajectórias muito diferentes do equatoriano. Mas a história
não é construída por santos milagreiros. Aliás
não é a investidura na Presidência que transforma de
repente num revolucionário alguém que, antes, não o era.
É um facto que os presidentes da Argentina e do Paraguai se apresentam
com mensagens que, por responderem a aspirações populares e
pelo radicalismo verbal que as marca, contribuem para inspirar
confiança, reforçando a sua base social de apoio.
Mas em ambos o discurso de reformadores sociais, para produzir efeitos, exige
como complemento indispensável medidas económicas que o traduzam
na praxis.
Kirchner fez a sua carreira como um peronista de esquerda moderada, mas dentro
do sistema. Manteve à frente da Economia Lavagna, um homem de
confiança de Duhalde e aceitou como vice um reaccionário com o
qual, alias, já entrou em choque. No diálogo com o imperialismo
tem procurado adoptar uma posição de defesa dos interesses
nacionais.
Cabe recordar que o discurso político progressista, por si só,
não abalará o poder da oligarquia portenha. Os homens mudam,
para melhor e para pior, mas seria ingénuo acreditar que o futuro
próximo da Argentina será muito influenciado pela
oratória do Presidente. Ele dependerá não das
intenções e promessas de Kirchner, mas da evolução
de um processo complexo e contraditório no qual os actos do seu
governo serão determinantes para abrir ou travar a
participação do povo como sujeito da história.
O veemente discurso contra o neoliberalismo do novo presidente do Paraguai
também não antecipa o futuro. Para adquirir significado
concreto, Duarte terá de passar da condenação à
demonstração prática. Aí surgirão as
dificuldades.
Foi uma surpresa positiva para milhões de latino americanos o
discurso progressista, quase desafiador do chefe de Estado paraguaio. Mas
será capaz de se manter-se nessa posição um
político que foi ministro dos dois últimos governos
reaccionários do seu pais?
Uma certeza: o imperialismo tudo fará no seu relacionamento com os
presidentes da Argentina e do Paraguai para impedir que os seus governos
desenvolvam políticas que sejam a concretização
possível dos compromissos assumidos perante os respectivos povos.
O balanço decepcionante do inicio do Governo de Lula constitui um
tema para reflexão. Poucas vezes na América Latina um presidente
recebeu as insígnias de Chefe de Estado numa atmosfera de entusiasmo e
confiança popular comparável.
No amplo leque de forças políticas que apoiou a sua
candidatura existia a consciência de que o novo Presidente iria
encontrar no caminho enormes obstáculos. Mas a
percepção dessa realidade era compatível com a
convicção de que, apesar das pressões internas
resultantes de uma coligação muito heterogénea e da
extrema dificuldade do diálogo com o imperialismo, o governo Lula tinha
condições para desenvolver uma política muito diferente
das tradicionais e iria levá-la adiante. E isso não aconteceu.
Transcorridos oito meses, apesar da participação no governo de
partidos e personalidades com um passado revolucionário, o povo
brasileiro assiste, com surpresa e crescente mal estar, à
continuação da política de Fernando Henrique Cardoso.
Em postos chave do Estado, como o Ministério da Fazenda e o Banco
Central, permanecem com a confiança de Lula e da
direcção do PT António Palloci e Meirelles (este
ex-presidente do Bank of Boston). O chefe da Casa Civil, José Dirceu,
dá o seu pleno aval à aplicação rotineira de uma
estratégia económica neoliberal. Quanto ao presidente do
Partido dos Trabalhadores, José Genoíno, comporta-se como um
bombeiro político, tentando apagar focos de indignação
com um discurso eticamente indefensável. No campo da política
externa, Lula tem, em intervenções pessoais, acumulado alguns
desacertos imperdoáveis, desde as suas declarações em
Davos sobre a possível conciliação entre o capital e o
trabalho, ao recente elogio ao grande papel que a ONU estaria a desempenhar no
Iraque, passando pela aceitação do convite de Tony Blair para
participar em Londres num debate sobre a Terceira Via.
Os factos demonstram que a evolução da conjuntura no Brasil,
contrariando a vaga esperança que a vitoria de Lula levantou,
é hoje acompanhada pelas forças progressistas com crescente e
justificada apreensão.
PERIGOS E FRAGILIDADES
Parece-me útil acrescentar algumas palavras sobre uma das
questões menos estudadas, mas nem por isso menos importantes, que
pesam no rumo e no desfecho das experiências que têm por
cenário a América Latina.
É uma questão que coloca em causa os homens (e as mulheres)
como agentes da transformação das sociedades.
O problema, aliás, é mundial e não apenas do
Hemisfério.
Quem se propõe mudar os sistemas económicos e sociais são
dirigentes com as fragilidades próprias da condição
humana. Muitos transformam-se ao longo da vida num sentido oposto à
ideologia que defendem.
No século passado essas metamorfoses político-ideológicas
foram particularmente frequentes na esquerda. Não obedecem a um modelo
único.
Conheci deputados italianos que apoiaram o processo de destruição
do PCI, afirmando-se sempre como comunistas, mesmo depois de a sua
direcção haver renegado o marxismo, aderindo à social
democracia. Tinham uma percepção confusa dos acontecimentos.
Em França, velhos militantes do PCF acompanharam a
«mutação» de Robert Hue apreensivos, mas acreditando
que as coisas iriam mudar para melhor no Partido.
Vitali Vorotnikov, no seu livro
Mi Verdad
[1]
recorda que muitos membros do Comité Central do PCUS discordavam do
rumo imprimido à
Perestroika
por Gorbatchov, mas não reagiam. A tradição segundo a
qual os dirigentes têm sempre razão e trabalhavam para bem do
povo inibia-os de actuar. Permaneciam mudos, embora angustiados.
Na América Latina, a rejeição do neoliberalismo e a
pressão do sentimento anti-imperialista permitiram as vitórias
eleitorais que, como já salientei, levaram à Presidência
dirigentes com programas progressistas, gerando uma vaga de esperança.
Independentemente da personalidade e capacidade dos presidentes, produziu-se
então um fenómeno de grande complexidade.
Muitos políticos, técnicos e quadros partidários que
durante anos actuaram com espírito militante, na fidelidade aos
princípios e valores que conferiam significado à sua luta,
são afectados quando os seus partidos ou organizações
deixam de ser oposição e se tornam parcela do poder
político, assumindo responsabilidades no Estado.
Se o governo se desvia do programa inicial e envereda pelo caminho das
concessões, garantindo que assim procede por motivos tácticos e
que na altura própria retomará o seu projecto progressista
numerosos quadros partidários enfrentam problemas de
consciência. E o seu comportamento não é uniforme.
É um facto que a maioria analisa e questiona uma
orientação que choca as bases. São muitos os matizes.
Mas a tendência para aquilo que é fatal para qualquer
organização revolucionária manifesta-se com
frequência
em quadros que passaram a desempenhar funções no Estado.
Quando começam a justificar projectos e medidas
injustificáveis do governo, incompatíveis com a ideologia e a
linha do seu partido, então, por vezes sem tomarem consciência
disso, iniciaram o caminho da renúncia ao ideário
revolucionário. Quando a evolução da história os
faz
abrir os olhos, pode ser tarde para eles e o seu partido. Apoiar a campanha de
Lula para a Presidência foi uma opção lúcida.
Defender hoje
a política do seu governo não é uma atitude
revolucionária.
OS LIMITES DA VIA INSTITUCIONAL
Nos últimos dois anos tentei sintetizar em diferentes artigos o meu
cepticismo quanto à possibilidade, no actual contexto histórico,
da transformação radical de sociedades do Terceiro Mundo
exclusivamente pela via institucional.
Significa isso que as forças progressistas devam renunciar à
luta pelo Poder, através dos canais disponíveis, usando os
mecanismos eleitorais e outros criados pelas burguesias para melhor atingirem
os seus objectivos?
Não, mil vezes não.
Mais de uma vez critiquei as posições de intelectuais como o
subcomandante Marcos e Ignacio Ramonet que atribuem um papel subalterno
à luta pelo poder e pela conquista do Estado. Igualmente me
distancio das teses do escocês John Holloway, que considero
desmobilizadoras e neoanarquistas.
Estou convicto, pelo contrário, de que as forças consequentes
da esquerda se devem bater em todas as frentes legais. A nível
nacional e local.
Foram extremamente importantes as vitórias eleitorais alcançadas
nos últimos três anos. Elas demonstram que a política
do Consenso de Washington fracassou totalmente no Hemisfério. As
grandes derrotas infligidas às oligarquias apoiadas pelo imperialismo
traduziram uma importante alteração na relação de
forças.
Foi correcto o apoio dos partidos e organizações de esquerda
aos candidatos vencedores.
No caso específico da Venezuela o apoio a Chavez dessas forças
não é somente justificável, apresenta-se como um dever
revolucionário. O presidente da Venezuela cometeu muitos erros ao
longo destes três primeiros anos do seu mandato. Mas é um acto
de justiça reconhecer que, sobretudo desde o
lock out,
tem enfrentado com muita firmeza e coragem a ofensiva permanente de uma
direita fanatizada que, com o apoio maciço do sistema mediático,
tenta derrubá-lo. O país mais ameaçado pelo imperialismo
pela sua riqueza em petróleo é na América do Sul
o único que ousa recusar sem rodeios a ALCA.
Chavez merece respeito por se situar na fronteira do possível no seu
diálogo com o gigante do Norte. Não é o que acontece
com o governo Lula. Obviamente que o Brasil não é a Venezuela.
Mas entre reclamar o fim do FMI, como faz Chavez, e impor uma política
monetária como a de Lula, que recebe os elogios entusiásticos do
FMI e de Bush medeia uma distância enorme.
A luta pela conquista de parcelas do poder no quadro institucional
como a Presidência da Republica deve ser permanente e ter como
objectivo último abalar os alicerces do sistema capitalista, criar-lhe
dificuldades, ampliando a participação das forças
populares através de medidas que atendam a aspirações
inquestionáveis e nunca desenvolver políticas
ambíguas que fortalecem o sistema de exploração.
O cepticismo perante a via institucional como instrumento decisivo para a
transformação da sociedade não implica a
conclusão de que a alternativa seria a luta armada.
Colocar a questão nesses termos é uma atitude simplista.
O mundo atravessa uma crise de civilização sem precedente. A
irracionalidade da estratégia do sistema de poder imperial dos EUA, de
contornos neofascistas, ameaça a própria sobrevivência da
humanidade.
A resposta aos males da globalização capitalista terá
de ser também, por isso mesmo, também global
[2]
.
É nessa perspectiva que, na minha opinião, devemos encarar o
problema das lutas pelo Poder na América Latina. A resistência
dos povos do Iraque e do Afeganistão aos ocupantes estrangeiros, tal
como o combate contra o sionismo neonazi do Estado de Israel são
inseparáveis da grande maré popular que na América Latina
levou à Presidência Chavez e Lula.
A via institucional, por si só, não atingirá as metas
transformadoras que se propõe. Mas pode e deve cumprir uma
função importantíssima sem miragens esquerdistas
nem concessões à direita se for orientada no sentido de
abalar as bases do sistema.
A mudança da relação de forças em curso na
América Latina não se manifesta, aliás, somente em
êxitos
eleitorais. Kirchner não estaria hoje na Casa Rosada sem a repulsa
provocada pelas políticas de Menem e De La Rua, que mobilizaram as
massas contra a engrenagem exploradora. No Peru, na Bolívia, no
Uruguai o povo enfrenta com coragem governos tutelados por Washington.
No Chile o êxito da greve geral anuncia uma intensificação
das lutas sociais naquele país.
Em El Salvador, a FMLN, o partido nascido de uma frente guerrilheira, tem
fortes possibilidades de levar à Presidência, em Março de 2004,
Shafick Handal, uma figura legendaria das esquerdas latino americanas.
Cuba resiste há 44 anos a todos os esforços do Imperialismo
para destruir a sua Revolução.
E na Colômbia, uma guerrilha heróica, transformada em
Exército do Povo, faz a demonstração convincente de que a
luta armada, em determinadas circunstancias e lugares, não somente
continua a ser possível o Iraque e o Afeganistão
reactualizam essa evidencia como pode representar um desafio para o
qual o imperialismo não tem solução.
Conclusão: as formas de luta e as vias para a conquista do poder
político e a transformação da sociedade não devem
ser encaradas como modelos excludentes, nem como receitas mágicas.
Neste ano dramático, a globalização das lutas contra o
imperialismo toma forma como imperativo da história. E ela desmente os
profetas da direita. A era das grandes revoluções não
findou. Elas esboçam-se num futuro nevoento, sem datas.
Havana, 23 de Agosto de 2003
____________
NOTAS
[1] Vitali Vorotnikov,
Mi Verdad,
487 pgs, Ed. Abril, La Habana, 1995. Vorotnikov foi presidente do Conselho de
Ministros da Federação Russa e membro do Politburo durante a
Perestroika .
[2] Esta posição é aprofundada numa
comunicação que apresentarei em Santiago no Seminário
Internacional que ali se realizará integrado nos actos ligados ao
30º aniversário do golpe de 11 de Setembro de 73.
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info
.
|