A batalha de Idleb que Washington, Paris & Londres querem impedir
por Kharroubi Habib
Depois de ter limpo o Sul e Sudeste da Síria da presença dos
grupos armados jihadi-terroristas, as autoridades de Damasco não
ocultaram que as forças governamentais iriam preparar-se para
lançar a ofensiva sobre a província de Idleb, a última do
país a estar ainda sob a férula destes grupos.
Os observadores que acompanham os movimentos do exército sírio
ficaram com a certeza, devido à amplitude do reposicionamento que
efectua nos seus corpos de batalha, que o desencadeamento da ofensiva sobre
Idleb está iminente.
Uma iminência que agita as capitais ocidentais e regionais, para as quais
a retomada da província de Idleb pelas forças governamentais
seria o dobre de finados para a rebelião armada anti-regime e por
consequência do sonho que acariciaram de uma vitória militar que
levasse à queda do regime de Bachar El Assad. Sua agitação
assumiu a forma de advertências acerca das consequências
humanitárias dramáticas que esta ofensiva não deixaria,
segundo elas, de provocar para a população civil da
província engrossada pela massa de refugiados que ali acorreram a
fugirem das zonas retomadas pelo exército sírio. Se elas fazem
tanta pressão para tentar dissuadir Damasco de empreender a reconquista
da província, não há nenhuma que se tenha mostrado
disposta a usar sua influência sobre alguns dos grupos armados ali
estão entrincheirados a fim de levá-los a fazer um acordo com o
governo sírio que isolasse os extremistas entre eles. Ao
contrário, são ouvidos a confortar estes últimos por meio
declarações ameaçadoras contra Damasco e pelo trabalho de
sapa diplomático que fazem contra os esforços desenvolvidos pelos
patrocinados dos processos de Astana e Sochi que visam alcançar um tal
acordo.
Washington, Paris e Londres vão ainda mais longe para desviar os grupos
armados da negociação com Damasco e seus aliados. Eles com efeito
incitam estes grupos armados, em caso de ofensiva do exército
sírio, a
reincidir o cenário sinistro de um pretenso ataque com armas
químicas que daria pretexto à sua intervenção
militar
tendo em vista inverter a relação de força entre eles e
as forças governamentais. Assiste-se igualmente, por parte destes
capitais, a uma tentativa de alcançar aquilo que não puderam
obter militarmente na Síria, a saber a partida de Bachar El Assad e uma
mudança de regime por um processo diplomático que tornaria
caducos os avanços registados por este em Astana e Sochi. Daí a
súbita saída de letargia do secretário-geral onusiano
quanto ao dossier sírio, que se apressou a anunciar o
relançamento sob sua égide das negociações de
Genebra sobre a Síria.
Este mesmo secretário-geral da ONU que Moscovo recentemente acusou de
conivência com as potências ocidentais para entravar o
lançamento da reconstrução do campo de ruínas em
que se tornou a Síria, com a intenção evidente de colocar
o poder na Síria numa situação de impossibilidade de
enfrentar as necessidades elementares para a sobrevivência dos
cidadãos e assim reforçar a sua oposição ao mesmo.
A conivência flagrante das ONU foi incessante. Quando a vitória
militar de Damasco era difícil de imaginar, ela pedia a abertura de
corredores humanitários para benefício das
populações civis das zonas sob o controle dos grupos rebeldes
armados e ela subitamente acabou com esta exigência quando estas zonas
voltaram à autoridade de Damasco. A chantagem económica e
financeira assim como a demonização mediática são
as duas únicas armas que restam à coligação
anti-regime sírio para poder continuar a pesar no processo sírio.
27/Agosto/2018
Ver também:
US plans to use fake chemical weapons attack to strike Syria
The Wall Will Fall
US Poised to Hit Syria Harder
SYRIAN WAR REPORT AUGUST 27, 2018: FOREIGN SPECIALISTS PREPARE TO STAGE CHEMICAL ATTACK IN IDLIB
Possível cenário do avanço do Exército Sírio em Idlib:
O original encontra-se em
www.legrandsoir.info/...
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/
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