As mentiras acumulam-se com a aproximação da guerra
Com uma fúria demente e uma ilegalidade nunca antes vista na moderna
história mundial, a administração Bush continua a recorrer
a meios desesperados e propaganda loucamente grotesca para desencadear a
próxima e mais violenta fase da sua guerra de conquista
geoestratégica para o controle das últimas reservas de
petróleo remanescentes do planeta.
http://www.fromthewilderness.com/free/ww3/030703_us_intentions.html
http://energycrisis.org/de/lecture.html
http://onlinejournal.com/Special_Reports/031303Heinberg/031303heinberg.html
http://www.fromthewilderness.com/free/ww3/dec2001_files/background_is_oil.html
A agressão evidente de Bush nada tem a ver com terrorismo,
"ditadores bandidos", nem com "armas de destruição
em massa" (de tudo isto o império americano tem sido o principal
fornecedor mundial), mas sim com "o interesse vital dos Estados Unidos na
região ininterrupto e seguro acesso dos EUA/aliados ao
petróleo do Golfo", como cruamente afirmou o presidente da
National Security Strategy.
http://www.milnet.pentagon/centcom/chap1/stratgic.htm#USPolicy
Tal como explicado pelo Professor Peter Dale Scott, a agenda escondida por
trás de uma guerra ao Iraque é, no imediato, uma batalha sobre
petrodólares, OPEP e hegemonia do dólar.
http://socrates.berkeley.edu/~pdscott/iraq.html
Na cimeira sobre o Iraque de 16 de Março, nos Açores (à
qual nenhum dos membros indecisos do Conselho de Segurança da ONU foi
convidado), o brutal George W. Bush, que apregoa que "dorme bem à
noite", emitiu um novo ultimato de 24 horas a Saddam Hussein para
"deixar o Iraque" ou enfrentar a guerra, enquanto ameaçava o
Conselho de Segurança da ONU para que autorizasse uma nova
resolução autorizando a guerra ao Iraque.
Bush está a deixar claro que pretende tomar o Iraque e "redesenhar
o mapa do Médio Oriente" sem o apoio da ONU. Numa particularmente
repugnante contorção irónica, o criminoso de guerra Bush,
cujo império já ceifou as vidas de dezenas de milhares de
pessoas, afirma que pretende julgar altos responsáveis iraquianos por
crimes de guerra. Muitos destes crimes, incluindo alegados gaseamentos e
carnificinas de curdos, foram directa e indirectamente assistidos e financiados
pelas administrações Reagan, Bush e Clinton.
Mesmo quando as tropas americanas passam ao modo de ataque
(
http://www.fromthewilderness.com/free/ww3/ 031703_rolling_start.html
), e o
Iraque prepara-se para o inevitável (
http://www.foxnews.com/story/0,2933,81047,00.html
), os media dos EUA continuam a despejar uma asquerosa
torrente de desinformação destinada a promover a
desorientação e confundir a opinião pública, e
embotar a oposição à sua agenda guerreira.
Para o embaraço da administração Bush, muitas das mentiras
vomitadas pela Casa Branca foram expostas e demolidas.
Tão insípida é a "inteligência" da
administração Bush que o senador Jay Rockfeller, o principal
Democrata no Comité de Inteligência do Senado, está a pedir
ao FBI para investigar documentos forjados que a administração
utilizou para justificar a guerra no Iraque.
(
http://news.findlaw.com/ap_stories/i/1107/3-14-2003/ 20030314123004_03.html
)
(A significância de um descendente dos Rockfeller advogar uma
acção aberta contra Bush não pode ser desprezada.)
Um número cada vez maior de antigos agentes da CIA está a vir a
público para acusar a administração Bush de cozinhar os
livros de inteligência. Veteran Intelligence Professionals for Sanity,
um grupo de oficiais aposentados da CIA liderado por Ray McGovern, está
a apelar aos colegas ainda dentro da CIA para virem a público com
qualquer evidência de que a administração Bush distorceu
relatórios de inteligência para apoiar o seu desejo de guerra com
o Iraque. Tal como revelado num artigo da AP por John J. Lumpkin
("Retired agents say data 'cooked', CIA colleagues urged to come clean on
Iraq", March 14, 2003):
"Membros do grupo sustentam que a administração Bush
divulgou apenas a informação sobre o Iraque favorável aos
seus fins, ao passo que ignorou ou ocultou relatos contrários".
Eles também dizem que a evidência pública da
administração acerca proximidade imediata da ameaça do
Iraque aos Estados Unidos e das suas alegadas ligações com o Al
Qaeda é inconvincente e acusam os decisores políticos de remover
informações que não cumprem um padrão profissional
de prova em inteligência. "Isto foi cozinhado por uma receita, e a
receita é alta política", afirma Ray McGovern, um veterano
com 27 anos de CIA que deu instruções a altos responsáveis
de segurança da administração Reagan antes de se aposentar
em 1990. "É por isso que muitos dos meus antigos colegas
estão levantando os narizes nestes dias".
Durante o seu discurso ao Conselho de Segurança da ONU, o
secretário de Estado Colin Powell citou relatórios de
inteligência alegadamente irrecusáveis contra Saddam Hussein,
declarando, "Isto não são afirmações. O que
estamos a dar são factos e conclusões baseados em
inteligência sólida". A sua apresentação pouco
fez para convencer os líderes mundiais.
Um relatório de inteligência louvado por Powell, e citado como um
documento da inteligência britânica
http://www.channel4.com/news/home/z/stories/20030206/dossier.html
, foi plagiado de um
trabalho de estudante posto na Internet.
(
http://meria.idc.ac.il/journal/2002/issue3/jv6n3a1.html
)
O plágio era tão medíocre que os erros tipográficos
originais do autor foram repetidos. Além disso, outros trechos do
discurso de Powell também se provaram serem falsas ou altamente
suspeitas.
http://globalresearch.ca/articles/RIT302A.html
http://www.wsws.org/articles/2003/feb2003/khur-f08.shtml
Mais Osama, mais Al-Qaeda
Nas últimas semanas, a administração Bush e seus
apaniguados reacenderam mais uma vez o mito de Osama bin Laden e da Al-Qaeda,
desesperados por estabelecer uma ligação entre o regime de Saddam
Hussein em Bagdade com a Al-Qaeda e o 11 de Setembro. Os medias foram minados
com novos e convenientemente atempados "avistamentos", fitas e
prisões de bin Laden e asseclas de bin Laden.
Mas numa conferência de imprensa conjunta Bush-Blair, em Janeiro de 2003,
o próprio Bush negou sem rodeios uma ligação entre
Bagdade, a Al-Qaeda e os ataques do 11 de Setembro
(
http://www.thememoryhole.com/war/no-saddam- qaeda.htm
):
Pergunta: Uma pergunta para ambos: Acreditam que há uma
ligação entre Saddam Hussein, uma ligação directa,
e os homens que atacaram no 11 de Setembro?
Bush: Não posso fazer tal afirmação.
Blair: Isso responde à sua pergunta.
Nenhuma das subsequentes afirmações de conexões de Bagdade
com a Al Qaeda e o 11 de Setembro foram apoiadas sequer por uma
partícula de evidência crível.
Em sua apresentação na ONU, a tentativa de Powell de ligar
Bagdade com terroristas da Al-Qaeda a operarem no norte do Iraque foi
considerada um fracasso, e originadas de fontes pro-EUA incluindo membros de
grupos de oposição curdo-iraquianos ligados a Washington e
à CIA (
http://onlinejournal.com/Special_Reports/Chin103102/chin103102.html
.
http://www.atimes.com/atimes/South_Asia/ DJ30Df01.html
)
Tal como explicado pelo Professor Michel Chossudovsky ("Who is Behind the
'Terror Network' in northern Iraq?", 2/15/03)
http://www.globalresearch.ca/articles/CHO302B.html
:
"Bagdade não tem jurisdição na região
controlada pela etnia curda no norte do Iraque. De facto, a região
está na esfera de influência dos EUA".
"O norte do Irque que está na "zona de não
voo" é virtualmente um protectorado americano. Militares
americanos e observadores de inteligência estacionados na região
curda fecharam os olhos ao influxo de combatentes Al Qaeda do
Afeganistão, assim como a vários actos de terrorismo cometidos na
região curda. Segundo um relatório, "filiados da Al Qaeda
coordenando o movimento de pessoas, dinheiros e abastecimentos para Ansar
al-Islam têm estado a operar livremente na capital [regional]'. (Midland
Independent, 6 February 2003). Com toda a probabilidade, Ansar al-Islam, que
também é integrada por árabes-afegões, é
apoiada através dos mesmos canais de inteligência americana como
outras organizações relacionadas com o Al Qaeda na Ásia
Central e no Médio Oriente".
Ligando os gramofones
Enquanto isso, os media empresariais amigos de Bush continuam a trombetear
continuamente novas ficções de espionagem em formato tabloide, as
quais são longas no drama e nas sugestões, mas vagas nos
pormenores, e esvaziadas de contextos. Tais estórias invariavelmente
citam "fontes não nomeadas", "fontes
anónimas", "e fontes de inteligência" (a CIA e
agências filiadas à CIA). Outros citam "analistas
autorizados", tipicamente antigos responsáveis da
inteligência e do Pentágono ou chefes de thinktanks que são
apoiantes da agenda global da administração Bush. É isto
que vai passando como notícias.
Não é surpreendente que uma nova vaga de prisões da
chamada Al-Qaeda (e seu alegado envolvimento com os ataques do 11 de Setembro)
tenha ocorrido em meio à crescente e cada vez mais dura
oposição pública a uma guerra ao Iraque.
As circunstâncias suspeitas que cercam a muito noticiada prisão do
alegado "cérebro" do 11 de Setembro, Khalid Shiek Mohammed,
envolvendo o ISI do Paquistão (o intermediário da CIA para a
Ásia Central, um ramo virtual de Langley) serve para refocalizar a
atenção directamente sobre a administração Bush e
suas ligações com o ISI.
http://www.cooperativeresearch.org/Sept11/isicia.htm#2
http://www.hvk.org/articles/1001/432.html
bem como sobre o relacionamento entre a administração Bush e o Al
-Qaeda
http://www.globalresearch.ca/articles/CHO303D.html
http://globalresearch.ca/articles/CHO301B.html
A nova prisão desmente anteriores relatórios da
administração Bush de que Khalid Sheik Mohammed fora assassinado
um ano atrás.
http://www.thememoryhole.com/war/khalid-resurrection.htm
.
http://www.atimes.com/atimes/ South_Asia/DJ30Df01.html
Sem considerar se a história é verdadeira ou não, o homem
prisioneiro aparentemente foi removido para longe, para uma
instalação da CIA no Afeganistão, afastado dos media, onde
interrogatórios envolvendo técnicas "não sujeitas
às regras processuais americanas" são utilizadas.
mpl=story2&cid=564&ncid=716&e=12&u=/nm/20030304/ts_nm/pakistan_qaeda_mohammed_dc
O facto importante e documentado, que tem sido tragicamente mal compreendido
mesmo pelos chamados "activistas anti-guerra" é que o nexo
CIA-ISI-terror, e o "fundamentalismo islâmico" criado pela CIA
e pelas administrações americanas que remontam à era
Carter, tem há muito desde a década de 1970
funcionado como uma ferramenta vital para a geoestratégia americana na
Ásia Central, no Médio Oriente, nos Balcãs, nas Filipinas
(e outros pontos quentes geoestratégicos com populações
muçulmanas significativas) (
http://www.globalresearch.ca/articles/CHO111A.html
;
http://globalresearch.ca/articles/CHO109C.html
) e foi um
provável participante na operação do 11 de Setembro. Este
nexo permanece activo hoje em dia.
Só com o entendimento da ligação entre Washington e o
"terrorismo islâmico" poder haver uma compreensão real
da guerra de Bush.
Os incidentes de "terrorismo" que ocorreram no ano passado serviram
quase exclusivamente os objectivos geoestratégicos dos Estados Unidos,
como o bombismo em Bali e nas Filipinas. Além disso, há
evidência de que a CIA tinha conhecimento prévio, se não
envolvimento directo, nestas operações.
http://www.feralnews.com/issues/bali/bali_bombing_analysis.html
Enquanto isso, em agudo contraste com os mal escritos e ridículos
relatos dos media, jornalistas independentes e investigadores continuam a
desmascarar a realidade por trás da "guerra ao terrorismo" e o
seu pretexto, o 11 de Setembro. Dan Hopsicker (www.madcowprod.com), que
durante todo o ano passado rasteou a verdade real por trás dos alegados
sequestradores do 11 de Setembro e as suas conexões com escolas de voo
ligadas à CIA na Florida, descobriu evidência de que o suposto
sequestrador principal, Mohammed Atta, encontrava-se regularmente com o
proprietário da escola de voo, Rudi Dekkers, até Agosto de 2001
refutando a afirmação do FBI de que Atta abandonou a
Florida antes do 11 de Setembro..
A administração Bush e os media empresariais têm mantido um
silêncio sepulcral quanto à evidência cada vez maior que
Hopsicker descobriu, assim como continua a mentir sobre o 11 de Setembro
o qual permanece por investigar, cerca de dois anos após o acontecimento.
"Avance e mate-nos"
Num outro exemplo típico de noticiário da era Bush, a revista
Newsweek publicou um pequeno artigo no seu número de 23/Dez/2002
intitulado: "Vá invadir o meu espaço", destinado a
deixar leitores preguiçosos e desinformados com a impressão de
que os iraquianos saudavam o seu próprio magarefe.
Citando apenas um inquérito conduzido pelo International Crisis Group, o
think tank baseado em Bruxelas
www.intl-crisis-group.org/about/board.cfm
,
Colin Soloway concluiu que "quase toda a gente está contra a guerra
excepto os iraquianos" e "a maior parte dos iraquianos
entrevistados apoiam a ideia de uma invasão, assim como de uma
ocupação americana".
"Os iraquianos tiveram mais de uma década de empobrecimento,
isolamento e medo, diz o estudo do investigador que pediu para não ser
nomeado", escreveu Soloway. "Encontrei muito poucas pessoas
desfavoráveis à intervenção americana", disse
a investigadora. 'Aquela contra a intervenção, diz ela,
desfrutavam privilégios sob o regime, ou temiam que os americanos
apelariam a um levantamento contra Saddam, abandonando-o então (como
após a guerra do Kuwait em 1991)".
Além do altamente questionável "investigador não
nomeado" e de nenhuma análise de como o inquérito do ICG foi
realmente conduzido, o artigo de Soloway não contem
informação sobre o próprio International Crisis Group.
Para apagar quaisquer dúvidas acerca da agenda do ICG (descrito no seu
próprio sítio web como uma "organização de
advocacia privada" que "responde a crises fornecendo análises
imediatas das raízes das suas causas e propondo soluções
práticas"), aqui estão os membros chave do seu conselho de
directores:
-
Zbigniew Brezezinski
-
Saud Nasir Al-Sabah. Da família real do kuwaitiana. Antigo embaixador
nos EUA durante a primeira Guerra do Golfo, antigo responsável do
Ministério do Petróleo do Kuwait. Como documentado pelo
correspondente da UPI Morgan Strong (
http://www.rense.com/general30/sdeee.htm
), a maior parte da propaganda enganadora produzida durante a primeira Guerra
do Golfo foi criado pelo regime Al-Sabah e pela firma de relações
pública (Hill & Knowlton) ligada à administração de
George H. W. Bush. A mulher que apareceu em falsos noticiários
(protestando pelo assassinato de bebés iraquianos) não era outra
senão Nayirah, a filha de Saud Nasir Al-Sabah.
-
El-Hassan bin Talal. Príncipe Coroado da Jordânia. Hassan tem
sido considerado como governante potencial de uma porção do
Iraque pós-Saddam, e reuniu-se com Paul Wolfowitz. A monarquia vigente
na Jordânia, teceu laços estreitos com Washington desde a
década de 1950, quando a CIA socorreu o último rei Hussein
jordaniano no seu trono. A Jordânia é também a sede do
Iraqi National Accord, ligado à CIA, um dos principais grupos de
oposição iraquianos envolvidos ao logo da última
décadas com a derrubada de Saddam Hussein.
-
Stephen Solarz. Antigo congressista dos EUA. Subscritor original do Iraq
Liberation Act de 1998. (
www.fcnl.org/issues/int/sup/iraq_liberation.htm
).
Co-Presidente (com Richard Perle) do Committee for Peace and Security in the
Gulf (CPSG), e membro do Project for a New American Century grupos
neo-conservadores anti-Bagdad que clamam pela remoção do regime
iraquiano.
-
Kenneth Adelman. Antigo assistente do secretário da Defesa americano
Donald Rumsfeld de 1975 a 1977 e embaixador na ONU sob Ronald Reagan, e
convidado frequente da Fox news, de extrema-direita. O falcão Adelman
(
http://www.nationalreview.com/comment/comment- adelman121801.shtml
) tem sido
uma das vozes mais histrionicas a berrarem pela expulsão de Saddam, por
mais assassinatos de palestinos (ele encara as crianças palestinas como
'bombistas homicidas'), e pela eliminação de toda a
oposição islâmica anti-EUA no Médio Oriente
(incluindo a Arábia Saudita e o Egipto).
-
General Wesley Clark. Antigo comandante supremo da NATO.
-
Morton Abramowitz. Antigo assistente do secretário de Estado para a
Inteligência e a Investigação.
-
George Mitchell. Antigo senador dos EUA. Recentemente demitiu-se do cargo de
co-presidente de um painel de investigação do 11 de Setembro
devido a "conflitos de interesse".
-
S. Daniel Abraham. Uma das 400 pessoas mais ricas dos EUA, envolvido com o
Médio Oriente e a política Israel-Palestina durante anos.
-
Henry Luce III
-
Laurance Rockefeller
-
George Soros. Super investidor bilionário, filantropo. Segundo uma
penetrante análise de Heather Cottin (CovertAction Quarterly, Fim de
2002), Soros, membro destacado do Council on Foreign Relations bem como do
Carlyle Group, desempenha um papel de relevo no "endurecimento da
estrangulação ideológica da globalização e
da Nova Ordem Mundial ao mesmo tempo que promove o seu próprio ganho
financeiro". A Open Society de Sores, que habitualmente financia
"grupos de Esquerda alternativa" (
http://questionsquestions.net/feldman/soros.html
) tem estado ligada à CIA.
-
Richard Allen, antigo conselheiro de Segurança Nacional dos EUA. Allen
recrutou Oliver North para o National Security Council de Ronald Reagan, e foi
um participante na operação Irão-Contra
(armas-por-refens). O ultra falcão Allen demitiu-se do gabinete de
Richard Nixon por repugnância pelas políticas "liberais"
de Henry Kissinger.
-
Fidel Ramos. Antigo presidente das Filipinas. Conselheiro senior do Carlyle
Group e responsável pela assembleia consultiva asiática do
Carlyle.
Um grande número de directores do ICG também são membros
do Balkan Action Counsel, American Peace em Chechnya, e de outros grupos
envolvidos com a Ásia Central pós-URSS. Claramente, aquilo que
actualmente passa por notícia nos medias empresariais americanos
é a voz do lobby de guerra americano que tem estado a fazer campanha por
uma "mudanças de regime" no Iraque ao longo de uma
década. (
http://onlinejournal.com/Special_Reports/Chin110702/chin110702.html
).
Preparando para o inevitável
Longe de saudar os EUA por "invadirem o seu espaço", como
conclui o artigo da Newsweek, os cidadãos iraquianos, que aguentaram uma
década de morte lenta, bombardeamentos e devastação
económica às mãos dos EUA e da CIA durante mais de dez
anos, estão a preparar-se outra vez para a morte.
De facto, a opinião pública do Médio Oriente acerca da
administração Bush é uniformemente negativa.
http://www.guardian.co.uk/elsewhere/journalist/story/0,7792,661807,00.html
http://www.commondreams.org/headlines02/1205-04.htm
http://www.washingtoninstitute.org/pubs/exec/polexec.htm
Uma visão do Iraque mais exacta e actual, no terreno, pode ser
encontrada no correspondente Jeremy Schahill do Iraq Journal.
(
www.iraqjournal.org
).
Um relato de 16/Mar/03 do correspondente da Reuters Samia Nakhoul
("Jittery Iraqis prepare for war") mostra as seguintes visões
de cidadãos comuns do Iraque:
* "É como se estivéssemos na última hora antes da
guerra. A atmosfera de guerra está em toda a parte. É muito
deprimente e triste. Não sabemos o que fazer", disse Souad Saleh,
42, uma dona de casa.
* "Isto é uma vida miserável. Gastamos toda a nossa vida
comprando para guerras ou escondendo-nos de bombas", disse Ahmed, um
motorista.
* "Antes de irmos para a escola meu filho de 10 anos perguntou-me se Bush
atacará hoje", disse Ibrahim Khalaf, 42, que toma conta de uma
sapataria em Bagdad. "É uma pergunta que faz frequentemente
após as notícias da noite passada em que nos ouviu a conversar e
foi a primeira coisa que perguntou esta manhã. A guerra tornou-se a
obsessão do nosso filho".
* "Nossas crianças ficam terrificadas quando ouvem trovões.
Imagine o que acontecerá quando ouvirem o embate das bombas
americanas", disse uma mulher que não disse o seu nome.
Lucrando com a morte
Há naturalmente aqueles que realmente dão as boas vindas e
estão famintos pela destruição do Iraque. São
aqueles que se preparam para os ganhos com os lucrativos contratos de
exploração e "reconstrução".
Num artigo intitulado "Torcedores da guerra"
(
http://sfweekly.com/issues/2003-01-22/bayview.html/1/ index.html
), o exilado
iraquiano John Kanno do Assyrian National Congress, um dos grupos de
oposição anti-Saddam apoiados pelos EUA, apregoa que a
"General Electric fabricará as turbinas. A Siemens e a
Westinghouse estarão nisto. Vinte mil milhões de dólares
trarão o sistema eléctrico de volta ao nível anterior
à Guerra do Golfe. Será uma mina de ouro".
Mesmo antes de as bombas serem despejadas, a administração Bush
arrogantemente solicitou ofertas de cinco companhias americanas para
reconstruir o Iraque. Não surpreendentemente, as companhias há
muito ligadas à inteligência e a trabalhos relacionados com o
Pentágono, tais como a Haliburton e a Bechtel.
(
http://www.saudia-online.com/news2003/ newsmar03/news22.shtml
;
http://www.washingtonpost.com/wp-dyn/articles/A7939-2003Mar10.html
)
Gritando "Ai meu Deus"
No momento em que este texto vai ser publicado, a nação
está a preparar-se para outro "grave" discurso de George W.
Bush. Salvo milagres, uma guerra que ameaçará o futuro da
humanidade começará a sério, dentro de horas, conduzida
por um niilista que já é o mais brutal vilão da
história mundial.
Finalizo esta peça com citações do livro de Robert Payne,
"A vida e a morte de Adolf Hitler". (Adequadamente, o Terceiro Reich
de Hitler foi financiado principalmente por nenhum outro senão o
avô de George W. Bush, Prescott Bush e o banco de investimento Brown,
Brothers, Harriman):
"Uma vez eleito, ou logo que capturou o poder, ele está em
posição de perverter a riqueza do Estado para o seu
próprio uso e de empregar as armas da propaganda para servir os seus
próprios interesses. Seu poder é quase absoluto, pois sem muita
dificuldade ele pode sempre convencer as pessoas de que ele é essencial
para o seu bem estar e que sem ele o Estado dissolver-se-ia na anarquia.
Ninguém espera a verdade de políticos ou de soldados. Pela
própria natureza da sua profissão, eles devem mentir ao
máximo.
Mesmo quando ele mentia descaradamente, e eles sabiam que ele estava a mentir,
as pessoas preferiram acreditar nas suas mentiras ao invés de enfrentar
as consequências da verdade.
Armado com a maquinaria de destruição, ele embarcou em conquistas
tão audaciosas que mesmo a sua própria equipe de generais ficou
horrorizada e preveniu-o contra a super-extensão dos seus recursos
limitados, e desde então ele desprezou seus próprios generais,
ele não tinha dificuldade em rejeitar o seu conselho.
Gozar o poder é ser amaldiçoado, e gozar em fazer a guerra a
outras nações é ser totalmente maldito.
Editor associado do
Online Journal
.
Copyright Larry Chin 2003. For fair use only/ pour usage équitable
seulement.
O original deste artigo encontra-se em
http://globalresearch.ca/articles/303A.html
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info
.
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