Operação "Liberdade para os Estados Unidos"

por Carlo Frabetti

A repressão em S. Francisco, California.  Manifestante detida em 21 de Março. Não há outra opção. Há que libertar os Estados Unidos dos tiranos que o governam, eliminar suas armas de destruição maciça e instaurar no país um regime democrático que não constitua uma ameaça para o seu próprio povo nem para o resto do mundo.

Como? Da única forma possível: apoiando, por um lado, o povo iraquiano na sua heróica resistência frente ao invasor e, por outro, a oposição interna estadunidense, cada vez mais ampla e cada vez mais forte. Não ponhamos limites nem condições a este duplo apoio. Tudo o que foi válido contra o III Reich é válido contra o quarto.

Não podemos continuar a fazer nossa vida normal enquanto o país mais poderoso do mundo consuma um genocídio, massacrando uma população dizimada por doze anos de embargo criminoso. A rua tem de converter-se numa manifestação contínua. As escolas, universidades e lugares de trabalho tem que converter-se em assembleias permanentes contra a guerra. Se os sindicatos não se atrevem a convocar uma greve geral, nós a faremos a partir da própria base da sociedade. Nestes momentos não há mais oposição real senão os movimentos sociais, mas a quantidade já se converteu em qualidade, e a qualidade da luta retro-alimenta e fortelece as mobilizações maciças.

Foi posta em marcha, em nosso nome e com a participação directa do nosso governo, a matança de centenas de milhares de inocentes. Não podemos permiti-lo. Não vamos permiti-lo. Já os fizemos perder a guerra do Vietname e faremos com que percam esta.

Contra a guerra — contra aqueles que comerciam com sangue — vale tudo.
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O original encontra-se em http://www.nodo50.org/contraelimperio

Este artigo encontra-se em http://resistir.info .

27/Mar/03