Contra a guerra imperialista
A agressão ao povo do Iraque
é uma agressão aos povos do mundo
Comunicado da Comissão Internacional das FARC-EP
Solidariedade com a resistência do povo iraquiano. O povo iraquiano
sofre uma agressão, uma intervenção, uma invasão,
uma guerra imperialista, encabeçada pelo maior e mais poderoso
império já conhecido pela humanidade, secundado por alguns
governos que o servem como escudeiros e pretendem com a sua presença
legitimar tal barbárie.
É o momento da solidariedade com o povo do Iraque. O mundo não
pode permanecer impávido e inerme diante de tal situação.
É já!, agora!, no imediato! que devemos expressar-nos como
habitantes deste planeta, da maneira que consideremos e que possamos.
Que gritem as paredes. Optizemos ao máximo os espaços dos meios
informativos aos quais tenhamos acesso. Que não reste um
resquício de Internet sem a informação e a
acusação. Vamos em frente, desde a demonstração
diante das embaixadas, as marchas de protesto, de denúncia e de
repúdio até outros tipos de acção para os quais se
tenha capacidade.
Porque o que vivemos agora, aquilo que suporta o povo iraquiano, é uma
agressão, uma intervenção, uma invasão, uma guerra
imperialista, encabeçada pelo maior e mais poderoso império
já conhecido pela humanidade, secundado por alguns governos que o servem
como escudeiros e pretendem legitimar com tal barbárie com a sua
presença.
É o triunfo da força sobre a razão, a
imposição da lei do mais forte, do darwinismo social, da
política do garrote imperial contra todos os povos, governos e
nações que não caiam de joelhos. Vão em busca das
riqueza petrolíferas dessa região longinqua e de reposicionamento
geoestratégico. É a nova repartição imperial do
mundo.
O império gringo, em meio à megalomania prepotente do seu
presidente Bush e da classe exploradora do mundo que ele representa, pretende
alcançar o poder absoluto, varrer a ponta de mísseis e de balas
todo o resquício de dignidade pátria, onde existir, todo assomo
de democracia popular, todo o tipo de concorrência, enfim tudo o que o
incomode ou estorve nos seus intuitos hegemonistas.
Para vergonha dos colombianos e das colombianas, o ditador Álvaro Uribe
Vélez incluiu-nos como integrantes do bando agressor. Sem nenhuma
dignidade nem puder, este governo fascista ilegítimo, que não
representa o povo colombiano, quer envolver-nos na sua política
ajoelhada e carente de sentido pátrio frente a Bush e a tudo o que
significa sua política imperial.
A camarilha governante na Colômbia agora aplaude e apoia a invasão
imperial do Iraque. Mais tarde fa-lo-á com qualquer outra
agressão, inclusive a nossos vizinhs e não para de clamar
indignamente a que os gringos ampliem a sua intervenção na
Colômbia e nos invadam.
Bush e sua corte, que acreditam que tudo podem comprar, que consideram que o
dinheiro pode tudo, o que explica a política do "sapo"
(delator), da delação a nível mundial, já se
preparam para pagar esse apoio com 100 milhões de dólares, para
que continue a corrupção e a impunidade no governo e a
repressão ao nosso povo. A Colômbia é actualmente o
país americano que mais "ajuda" recebe dos gringos e o
terceiro no mundo.
Fica demonstrado mais uma vez que as leis burguesas, a leis no capitalismo,
são para os das classes baixas
(los de ruana)
, para o povo, para os "fracos". A atitude gringa destroi todo o
direito internacional que utilizavam e, com o cinismo que os caracteriza,
pretendem continuar a utilizar para chantagear os povos, os governos que
realmente defendem os interesses populares, e as organizações
revolucionárias.
Citamos só um exemplo: os gringos encadeiam, submetem ao
escárnio público e satanizam os prisioneiros e detidos. Em
troca, a divulgação das fotos dos seus prisioneiros viola a
legislação internacional.
Ao mesmo tempo, põem em evidência os defensores dessa
legislação. Suas vozes tão rápidas e altissonantes
para denunciar tudo o que inventam, orquestrar campanhas caluniosas contra
organizações como a nossa ou governos que realmente defendem os
interessem dos seus povos, agora calam-se diante da agressão imperial,
agora não denunciam, agora tratam de justificar o ataque e a
barbárie. Os seus interesses são os do império que os
financia.
O povo do Iraque, com sua heroica resistência, e os humanistas,
democratas e revolucionários do mundo que condenam e repudiam a
agressão, já têm no seu haver uma vitória.
Proclamamos nossa irrestrita solidariedade com o povo iraquiano e com todas as
lutas dos povos no mundo. Porque a agressão a qualquer deles é a
agressão a todos.
COMISSÃO INTERNACIONAL DAS FARC-EP
30 de Março de 2003
Visite o sítio web das FARC-EP:
http://www.farcep.org
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info
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