Comunicado das FARC-EP
O Comandante em Chefe das FARC-EP, Manuel Marulanda Vélez, informa:
1- No passado 31 de Março deste ano dirigi uma
carta aos senhores Generais da República,
com o meu apelo expresso ao diálogo com eles a
fim de dirimir as diferenças que nos confrontaram durante 38 anos. E a
13 de Abril deste ano tornei a pronunciar-me, mediante comunicado
público, a fim de referir-me às diversas opiniões emitidas
acerca da minha carta, bem como para ratificar a invariável vontade
política das FARC de procurar uma saída política
civilizada para o conflito social e armado, com acordos sérios e
benéficos para todos os colombianos, independentemente de credos
religiosos ou cores políticas a fim de firmar a troca ou acordo
humanitário que acabe com o prolongado cativeiro da totalidade dos
prisioneiros de guerra de ambos os lados.
2- A resposta oficial não se fez esperar. O senhor Presidente da
República, ao inaugurar a Nona Brigada Móvel de contra-guerrilha,
declarou oficialmente a guerra ao Secretariado único interlocutor
válido para eventuais diálogos acerca de troca. E o
Vice-presidente da República falta à verdade diante do povo
colombiano quando afirma que as FARC-EP teria dois discursos: Um em
público e outro em privado.
A este respeito, posso garantir que ninguém da Organização
teve entrevistas ou conversações em privado com
funcionários deste Governo acerca do diálogo para a paz e nem
acerca de acordos para libertar prisioneiros, uma vez que este se negou.
A política não pode ser feita à base de mentiras,
calúnias ou enganos às maiorias nacionais amigas da saída
política para o conflito político, económico, social e
armado rumo à paz com justiça.
Nesse sentido, insto ao senhor Vice-presidente a que dê a conhecer
publicamente os nomes, sobrenomes e cargos dos funcionários
governamentais com os quais, segundo ele, as FARC teria mantido
conversações em privado.
3- Contudo, apesar do silêncio dos Generais, deixo minha proposta de
diálogo com os mesmos para solucionar o problema nacional que atravessa
a sociedade colombiana no momento em que considerarem conveniente. Já
que o Senhor Presidente os pressiona a uma maior confrontação sem
futuro, por estar ele contra os interesses do povo.
Atentamente,
Manuel Marulanda Vélez.
20 de Abril de 2003
Visite o sítio web das FARC-EP:
http://www.farcep.org
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info
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