O negócio do armamento
e o complexo industrial-militar
ANTECEDENTES E CAUSAS
A expressão «complexo militar-industrial» não foi
popularizada por um pacifista, revolucionário ou pessoa de esquerda. Foi
um Presidente dos Estados Unidos da América, que era também um
militar de carreira, quem primeiro utilizou esta expressão em 1961, no
seu discurso de despedida após 8 anos na Presidência. As palavras
do General Eisenhower são seguramente fruto da sua experiência
directa nas mais altas esferas do poder militar e político dos EUA.
Após relatar a crescente e enorme influência da estrutura militar
e de grandes grupos económicos nas esferas do poder, afirmava Eisenhower:
«Nas esferas da governação, devemos proteger-nos contra a
aquisição de uma influência indesejada, procurada ou
não, por parte do complexo militar-industrial. Existe, e
permanecerá, o potencial para um surto desastroso de poder mal
concentrado. Não devemos nunca permitir que o peso desta
conjugação ameace as nossas liberdades ou o processo
democrático. Não devemos partir do pressuposto de que tudo esteja
garantido.»
As palavras de Eisenhower são de actualidade nos dias de hoje. Mas cabe
perguntar quais são as razões do desenvolvimento deste complexo
militar-industrial. Como não podia deixar de ser, as razões
são múltiplas. Existem razões de índole
política, relacionadas com o papel de gendarme mundial que, no passado
como hoje, as classes dominantes dos Estados Unidos pretendem desempenhar.
Aquilo a que se convencionou chamar Guerra Fria é disso um claro
exemplo. As intervenções militares no estrangeiro obedecem
também a objectivos de promoção dos interesses
económicos das grandes empresas norte-americanas. A igualmente famosa
expressão «República das Bananas» exprime uma faceta
dessa realidade, ao descrever as relações de
subjugação que durante o Século XX os EUA impuseram a
numerosos países da América Central, e não só.
São inúmeros os exemplos, ao longo da História, da
utilização directa ou indirecta do poder militar norte-americano,
em defesa dos interesses económicos da sua classe dirigente. Mas existem
igualmente razões ligadas ao funcionamento interno da própria
economia e às relações de poder existentes naquele
país. A opinião do conhecido cientista norte-americano R.C.
Lewontin é, a este respeito, interessante. Num texto publicado na
colectânea A Guerra Fria e a Universidade
[1]
, Lewontin defende a seguinte tese:
«A Guerra Fria foi uma solução para um dilema maior do
desenvolvimento económico americano. É evidente para todos
quantos elaboram as políticas nacionais na Europa, América do
Norte e Ásia desde o final da Seguna Guerra Mundial, e até mesmo
para a maioria dos economistas, que a prosperidade do capitalismo moderno
depende, de forma decisiva, duma intervenção estatal massiva na
economia. Esta intervenção não se processa apenas em
termos do controlo da massa monetária e da redistribuição
de bens de remuneração através dos impostos e programas de
welfare. Envolve, igualmente, um papel vital para o Estado, enquanto fornecedor
de subsídios à produção e ao emprego,
através de três vias. Em primeiro lugar, o Estado torna-se um
comprador de vulto de bens e serviços. Em segundo lugar, fornece capital
directamente a sectores subcapitalizados, permitindo-lhes modernizar-se
à custa de dinheiro público como, por exemplo, quando se
nacionalizam temporariamente caminhos de ferro, reconstruíndo as suas
infra-estruturas materiais, para depois as vender de novo no mercado. A
terceira, é quando assume os custos, que são
incomportáveis, mesmo para as maiores empresas individualmente
consideradas, da criação de novas tecnologias e da
formação dos quadros necessários, quer para a
materialização da tecnologia já existente, quer para a
criação de ulteriores inovações. A primeira
intervenção estatal em grande escala, nos tempos modernos, deu-se
durante a Primeira Guerra Mundial [...]. Imediatamente após essa guerra,
quando todo esse investimento estatal cessou, e após um breve
período de dois anos de boom pós-guerra que preencheu uma procura
acumulada de bens de consumo, deu-se uma recessão generalizada. [...]
Com uma nova Guerra Mundial, deu-se nova intervenção estatal em
larga escala nas economias da Europa e América, numa escala ainda mais
vasta do que 25 anos antes. Nos Estados Unidos criou-se, à custa de
dinheiro público, uma enorme capacidade fabril nas indústrias
química, eléctrica, de máquinas-ferramenta,
automóvel e aeronáutica. A investigação
científica tornou-se um empreendimento estatal, do qual o Projecto
Manhattan [de criação da bomba atómica N.T.] foi
apenas o exemplo mais visível, e as Universidades foram incorporadas no
aparelho de formação dos militares. Mas a experiência da
Primeira Guerra Mundial e dos anos entre as duas guerras havia formado a
consciência dos economistas e planificadores. [...] Como é que
seria possível para as economias, privadas do imenso poder de compra e
de capitalização do Estado, manter o seu alto nível de
actividade? Na realidade, não era possível e a
solução para o problema, na Europa, foi manter o Estado a
intervir directamente na economia, lá onde era mais
necessário.»
Diga-se, de passagem, que esta solução europeia foi
possível, graças à correlação de
forças que se gerou com a derrota do nazi-fascismo e o descrédito
do capitalismo, com seu cortejo de guerras mundiais e crises económicas
desastrosas. Foi possível devido à fortíssima
influência de organizações partidárias e sindicais
ligadas ao movimento operário, que lutavam por
transformações sociais de cariz progressista e impuseram este
tipo de soluções. É o próprio Lewontin que chama a
atenção para o facto de ter havido opções
diferentes nos EUA:
«Nos Estados Unidos, a solução europeia (e japonesa)
não era possível. Toda a história ideológica dos
Estados Unidos afirma a sua oposição a um papel directo em larga
escala do Estado na economia. [...] Apenas em crises de guerra [...] é
que uma intervenção estatal de vulto na produção e
consumo se torna uma possibildade política nos Estados Unidos.
[...].»
ALGUNS DADOS ACTUAIS
As despesas militares dos EUA são realmente colossais. Vale a pena
considerar a dimensão dos recursos envolvidos. O Orçamento
militar pedido pelo Governo dos EUA para o ano de 2004 é de 399,1 mil
milhões de dólares: 379,9 mil milhões para o
orçamento do Ministério da Defesa e 19,3 mil milhões para
o programa de armas nucleares do Ministério da Energia
[2]
. Trata-se duma verba astronómica, que corresponde a
mais de mil milhões de dólares por dia
em despesas militares, mais de 46 milhões de dólares por hora,
mais de 760 mil dólares por minuto.
Compare-se aquilo que os círculos dirigentes dos EUA gastam na sua
máquina de guerra e morte, com aquilo que seria preciso para pôr
cobro aos grandes flagelos sociais que afectam muitos milhões de seres
humanos. No Relatório de Desenvolvimento Humano de 1998, do Programa das
Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), inclui-se (p. 37)
uma tabela com estimativas do «
custo anual adicional para atingir o acesso universal aos serviços
sociais básicos em todo os países em vias de desenvolvimento
». Com mais 6 mil milhões de dólares por ano, seria
possível garantir educação básica para todos.
É a verba que os EUA gastam em menos de
5 dias e meio de despesas militares
. Com mais 9 mil milhões de dólares, seria possível
garantir água e saneamento básico para todo o planeta. É
quanto os EUA gastam em
8 dias e meio
de despesas bélicas. Com mais 13 mil milhões de dólares,
seria possível garantir saúde básica e
nutrição em todos os países em vias de desenvolvimento. A
máquina militar dos EUA consome isso em
menos de 12 dias
.
Trata-se, como é evidente, de um problema de opções
políticas. Em 1998, as despesas militares mundiais foram de 780 mil
milhões de dólares. A superpotência capitalista dos nossos
dias é responsável por cerca de metade dessa verba. As suas
despesas militares são, pois, equivalentes às do resto do planeta.
Esta colossal máquina de morte e destruição alimenta-se do
famoso dinheiro do contribuinte. São essencialmente os
orçamentos públicos que financiam as despesas militares (em
material, pessoal ou serviços). Mas os lucros resultantes beneficiam (em
particular nos EUA, mas cada vez mais nos restantes países
também) empresas do sector privado. A alegada alergia do sector privado
pelo Estado é, neste como noutros campos, uma ficção: a
alergia diz apenas respeito às
funções sociais
do Estado, e não ao seu papel como fonte de lucros e de poder para o
capital privado.
No seu número de 20/Jul/02, a revista britânica
The Economist
publicou um suplemento dedicado à indústria militar. Esse
suplemento contém dados interessantes. Como o facto de as sete maiores
empresas militares dos EUA darem emprego a cerca de um milhão de
trabalhadores. Ou de, neste meio que «
não é conduzido por forças económicas
» haver um grau de concentração gigantesco e que se tem
reforçado nos últimos tempos, de forma a deixar apenas «
cinco grandes grupos a obter os contratos principais
» nos EUA. O maior construtor naval do planeta é hoje um grupo
militar norte-americano: a Northrop Grumman, mais conhecida como fabricante de
caça-bombardeiros e respectivos sistemas electrónicos. A
aeronáutica militar (incluíndo mísseis) é
responsável por cerca de metade das despesas de adquisição
de equipamento militar, despesas que totalizam hoje cerca de 200 mil
milhões de dólares por ano «
nos quais predomina a América, a Europa segue atrás e o resto do
mundo é apenas uma colecção de indústrias
essencialmente desactualizadas ou subcontratadas pelos americanos
». A militarização do Espaço é uma realidade
em movimento, tal como a ciber-guerra.
Ainda segundo o referido suplemento do
The Economist
, a dependência do negócio privado militar em
relação ao Estado vai muito para além de uma mera
relação de vendedor-comprador. «
As empresas [do sector] da Defesa são frequentemente subsidiadas,
directa ou indirectamente. [...] Muito esforço diplomático
é feito para tentar assegurar este tipo de contratos no estrangeiro. O
governo britânico até tem um Director para as vendas de armas,
sediado no Ministério da Defesa, cuja função é a de
promover as vendas de armamento britânico no estrangeiro
». Por detrás das muitas acusações de
subsídio-dependência e desperdício do
erário público que nos habituámos a ouvir, quando se
trata de subsidiar empresas socialmente úteis em situação
económica difícil, ou as funções sociais do Estado
(Ensino, Saúde, Segurança Social), há uma
pacífica convivência com a
subsídio-dependência desta indústria da morte e
destruição que desperdiça somas colossais dos dinheiros
públicos.
Mas os malefícios deste gigantesco sorvedouro de dinheiros
públicos vão para além dos aspectos já referidos.
«
Os subsídios [estatais] para créditos de exportação
e o auxílio governamental [a outros países] vão
frequentemente de mãos dadas com os negócios de
exportação de armas»,
afirma o
The Economist.
Estes negócios lubrificados alimentam os conflitos
militares e a corrupção. «
O Ministério do Comércio americano estima que metade das luvas
pagas no comércio internacional dizem respeito a negócios de
armas»
, mas «
nem todos concordam que as luvas sejam necessariamente uma coisa má: por
exemplo, na Grã Bretanha eram não apenas legais, como davam
direito a descontos nos impostos até Dezembro do ano passado [2001]
».
Para além destes aspectos, digamos clássicos, da
indústria da morte e destruição, refira-se ainda uma
faceta que tende a adquirir uma importância cada vez maior nos
últimos anos: a da privatização das funções
militares e para-militares. O
Center for Public Integrity
[3]
dá conta duma investigação do
International Consortium of Investigative Journalists
identificando 90 empresas militares privadas, que operam em 110 países.
Segundo essa investigação, desde 1994 o Ministério da
Defesa (nome cada vez mais despropositado e hipócrita) dos EUA atribuiu
3061 contratos a 12 destas empresas, num valor total de mais de 300 mil
milhões de dólares. A quase totalidade (mais de 2700) destes
contratos foram para apenas 2 empresas: a Kellogg, Brown & Root e a Booz Allen
Hamilton. E a história torna-se cada vez menos edificante. Em 1992, o
Pentágono, na altura chefiado pelo actual Vice-Presidente dos EUA,
Richard Cheney, atribuiu vários contratos à Kellogg, Brown &
Root. Em 1995, o mesmo Cheney (que já não era Ministro) ocupa o
cargo de Director Executivo Principal (CEO) da Halliburton Corporation, a
empresa-mãe da Kellogg, Brown & Root. Nesse período, a empresa
ganha vários contratos para a Bósnia, no âmbito da
ingerência das potências ocidentais nos Balcãs. Em 1999,
Cheney sai da Halliburton para ocupar a Vice-Presidência dos EUA, embora
continue a receber cerca de um milhão de dólares por ano da
empresa nos termos do acordo de cessação do seu contrato. A KBR
é, entretanto, brindada com outros negócios criados pelas guerras
imperiais dos EUA, como a construção de instalações
no campo de concentração criado pelas Forças Armadas dos
EUA na sua base de Guantanamo, em território cubano ocupado. É
destes dias a notícia que a Kellogg, Brown & Root ganhou um contrato
milionário, sem concurso, para obras no Iraque ocupado e
destruído pela invasão norte-americana. As teias dos
negócios são notáveis: fazem-se lucros a destruir, e
lucros a reconstruir o que foi destruído. E não é
difícil adivinhar que o pagamento dessas despesas será feito com
as receitas do petróleo iraquiano, roubado na sequência da
ocupação militar do país...
Longe de não gostar do Estado, o capital (e, em particular,
o complexo militar-industrial) gosta tanto dele que o utiliza sistematicamente
para criar artificalmente os mercados, pagar as despesas, subsidiar e assegurar
a continuação dos seus lucros. O Estado, nas
condições do capitalismo actual, é uma placa
giratória aonde entram e saem os directores das grandes empresas, para
promover e alimentar os seus negócios. O actual Governo dos EUA é
o Estado-Maior da indústria petrolífera e militar, o Estado-Maior
do complexo militar-industrial, que traça e define a política
dessa superpotência em função dos interesses
económicos da casta que representa.
AS RAÍZES ESTÃO NO SISTEMA
As raízes mais profundas deste mortífero Polvo não
são conjunturais, nem dependem apenas de alguns indivíduos.
Estão na própria essência de um sistema que ergue o lucro
à condição de objectivo supremo. As características
que temos vindo a referir poderão ser novidade no que respeita à
sua dimensão e peso na economia e na política mundial, mas
não são novidade em si mesmas. Fez há poucos dias 90 anos
que Lenine escrevia:
«A Inglaterra é um dos países mais ricos, mais livres e mais
avançados do mundo. Já há muito que a febre dos armamentos
se apoderou da sociedade inglesa e do governo inglês
exactamente como do francês, do alemão, etc.
«E eis que a imprensa inglesa particularmente a imprensa
operária publica agora interessantes dados que mostram o
astucioso mecanismo capitalista dos armamentos. O armamento naval
da Inglaterra é particularmnte grande. Os estaleiros navais da
Inglaterra (Vickers, Armstrong, Brown, etc.) são mundialmente
conhecidos. Centenas e milhares de milhões de rublos são gastos
pela Inglaterra e por outros países com os preparativos para a guerra
naturalmente que tudo isto se faz exclusivamente no interesse da paz, no
interesse da salvaguarda da cultura, no interesse da pátria, da
civilização, etc.
«Mas vemos como accionistas e directores das empresas de
construção naval, de fabrico da pólvora, de dinamite, de
canhões, etc., almirantes e eminentes homens de Estado da Inglaterra de
ambos os partidos: o conservador e o liberal. A chuva de ouro cai directamentre
nos bolsos dos políticos burgueses, que constituem um reduzido bando
internacional que instiga os povos à competição no
domínio dos armamentos e que tosquia esses povos confiantes, idiotas,
obtusos e submissos como quem tosquia carneiros! [...]
«A Inglaterra é membro da Tripla Entente, inimiga da Tripla
Aliança. A Itália é membro da Tripla Aliança. A
célebre firma Vickers (Inglaterra) tem uma filial na Itália. Os
accionistas e directores desta firma excitam (através dos jornais a
soldo e das personalidades parlamentares a soldo, conservadores,
liberais, tanto faz) a Inglaterra contra a Itália e o contrário.
Quanto aos lucros, retiram-nos dos operários da Inglaterra e dos
operários da Itália, depenam o povo aqui e acolá.
«Ministros e membros da câmara conservadores e liberais, quase todos
eles fazem parte dessas firmas. Uma mão lava a outra. O filho do
grande ministro liberal Gladstone é director da firma
Armstrong. O contra-almirante Bacon, conhecido especialista naval e alta
personalidade do departamento em Inglaterra, passa para o
serviço de uma fábrica de peças de artilharia em Coventry
com um vencimento de 7000 libras esterlinas, quando o primeiro-ministro
inglês ganha 5000 libras.
«O mesmo se passa, evidentemente, em todos os países capitalistas.
Os governos são empregados da classe dos capitalistas. Os empregados
são bem pagos. Os empregados são os próprios accionistas.
E em conjunto tosquiam os carneirinhos ao som dos discursos sobre o
patriotismo...».
Mudem-se os nomes (e os montantes) e parece que Lenine está a falar do
mundo dos nossos dias. Porque o sistema é o mesmo.
É por isso que há que combater a ideia defendida por alguns, por
vezes de forma bem intencionada, de que seria necessário fomentar a
militarização da União Europeia a fim de fazer
frente aos EUA. Esta militarização, que está em
marcha, e a criação de um Exército Europeu (para financiar
o qual alguns até propõem a criação de impostos
especiais) seria altamente prejudicial. Não apenas porque faria aumentar
os perigos de guerras, quer contra povos do Terceiro Mundo, quer mesmo entre
potências capitalistas. Não apenas porque as despesas colossais de
uma tal militarização seriam seguramente pagas com dinheiros
retirados à educação, à saúde, à
segurança social. Mas também porque a militarização
da UE alteraria profundamente a correlação de forças no
seio das sociedades europeias, fortalecendo os sectores mais
reaccionários, mais belicistas, mais ligados ao imperialismo. Os EUA
são hoje uma potência militarista e agressiva, não porque
os americanos sejam intrinsicamente maus, tal como os europeus
não são intrinsicamente bons (como mostra a nossa
História). A política actual dos EUA é o fruto do enorme
poder e influência que o complexo militar-industrial detém naquela
sociedade. O fortalecimento de um complexo militar-industrial europeu teria por
efeito, independentemente das intenções dos seus defensores, o
reforço das características imperialistas da União
Europeia.
O caminho tem de ser outro: o da luta por uma política diferente, uma
política de paz e cooperação entre os povos. Que exige um
outro Mundo, possível e necessário.
[*]
Professor universitário. Intervenção no Forum Social Português (Jun/2003)
Notas
1- “The Cold War & the University – toward an intellectual History of the
Postwar years”, The New Press, N.Y. 1997.
2- Fonte: Center for Defense Information (CDI,
www.cdi.org
). Já no mês de Julho
vem a informação de que o Senado dos EUA aprovou a quase totalidade da verba
prevista para o Ministério da Defesa (368 mil milhões de dólares), sem contar
com a verba suplementar de 60 mil milhões de dólares para financiar a guerra no
Iraque.
3-
www.icij.org/dtaweb/icij_bow.asp?Section=Chapter&ChapNum=2
4- V.I.Lenine, “Os armamentos e o Capitalismo”, Obras Escolhidas em Seis
Tomos, Tomo 2, Edições Avante!, 1984.
Este artigo encontra-se em
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