Povo boliviano revolta-se
contra a ditadura neoliberal !

Tanque do Exército nas ruas de La Paz.
  • Levantamento popular contra novos impostos e cortes nos gastos sociais

  • O "impuestazo" ditado pelo FMI foi o estopim

  • Corpos especiais da polícia anti-motins aderem à revolta

  • Governo já perdeu o controle da situação

  • Centros da reacção são incendiados. Exigida a renúncia do presidente Sánchez de Losada e do vice-presidente Carlos Mesa

  • A central operária (COB) e a Central Camponesa convocam greve geral de 24 horas

  • Barricadas nas ruas de La Paz

  • Panfleto sobre o asfalto ensanguentado. Gigantescas manifestações em Cochabamba, Santra Cruz, Sucre e Oruro

  • Grupos mineiros usam dinamite para enfrentar o Exército, que já assassinou 20 pessoas com armas pesadas

  • Incendiada as sedes do partido governante (Movimiento Nacionalista Revolucionario) e do Ministério do Desenvolvimento Sustentável e da Planificação.

  • Manifestantes tomaram as instalações da municipalidade de La Paz e de empresas vendidas a transnacionais

  • Gabinete de ministros estuda a sua renúncia maciça para tentar aplacar os ânimos

  • "Convocamos a uma manifestação até mudar a política económica. Não só contra o 'impuestazo' como também para recuperar os hidrocarbonetos", declara Evo Morales, dirigente do MAS (Movimiento al Socialismo).


  • O povo da Bolívia está mobilizado em marchas multitudinárias por todo o país para impedir o "impuestazo" do governo neoliberal, que além de ser um fiel servidor do FMI pretende vender o gás natural, as redes de distribuição de água e todos os recursos naturais do país, bem como facilitar ao império ianque a implementação do ALCA (Acordo de Livre Comércio da América).

    As marchas contra o "impuestazo" (novo imposto de 4,2% a 10,3% sobre os salários que o FMI impôs e o presidente aceitou) são constituídas por operários, camponeses, cocaleros, desempregados, jovens, profissionais, professores da universidade, etc. No centro da cidade de Cochabamba a marcha passou pelos dois centros policiais (PTJ e GES) e foi aplaudida pelos polícias, também amotinados contra o "impuestazo". "A la policia le queda un camino, unirse a su pueblo con el impuestazo!!" , gritavam os manifestantes.

    A maioria dos observadores considera que a presente situação do país assemelha-se à da Argentina em Dezembro de 2001, quando o presidente De la Rua, fiel serviçal do FMI e do capital imperialista, foi corrido a ponta-pés pelo povo em fúria.

    A situação boliviana evolui minuto a minuto e pode ser acompanhada em
    http://www.bolpress.com/

    http://www.econoticiasbolivia.com/

    http://www.argentina.indymedia.org/

    Este texto encontra-se em http://resistir.info

    14/Fev/03