Urânio empobrecido,
arma de extermínio da humanidade
Entrevista de Leuren Moret,
conduzida por W. Leon Smith
e Nathan Diebenow
[*]
Leuren Moret é uma geocientista que trabalha quase a tempo inteiro na
educação dos cidadãos, dos media, de membros de
parlamentos e do Congresso e de outros responsáveis por questões
de radiação. Em 1991, quando trabalhava no Livermore
Nuclear Weapons Laboratory, ela testemunhou e denunciou a fraude do
Yucca Mountain Project.
Actualmente está a trabalhar como cientista independente e
especialista em radiação em comunidades de todo o mundo, e
contribuiu para a subcomissão das Nações Unidas que
investiga o urânio empobrecido
(depleted uranium, DU).
Segundo a enciclopédia online Wikepedia, Moret depôs no Tribunal
Criminal Internacional sobre o Afeganistão, no Japão, em 2003,
esteve presente na World Depleted Uranium Weapons Conference em Hamburgo,
Alemanha, e participou do Tribunal Mundial das Mulheres no Fórum Social
Mundial em Bombaim, Índia, em Janeiro de 2004.
Pergunta: Quais os últimos desenvolvimentos quanto à
redução nas exposições ao urânio empobrecido
das tropas americanas?
MORET: Uma jovem veterana chamada Melissa Sterry, de Connecticut, propôs
um projecto de lei ao Legislativo de Connecticut a exigir testes independentes
aos veteranos retornados do Afeganistão e da Guerra do Golfo. Ela
afirmou que tomou essa iniciativa porque está doente, e os seus amigos
estão mortos, e que é por terem servido no conflito de 2003.
Tenho estado a acompanhar o projecto de lei e a conversar com ela. Ontem ela
testemunhou duas vezes nas Nações Unidas. Eu lhe disse:
"Por que não levamos este projecto de lei a todos os Estados
Unidos, aos legislativos estaduais para que eles informem o público e
obtenham
audiência local junto aos media?".
Os EUA bloquearam qualquer contabilidade a níveis internacional e
nacional. Há um encobrimento total, assim como em relação
ao Agente Laranja, aos veteranos atómicos, ao MKULTRA, aos experimentos
feitos pela CIA com o controle da mente. Isto é mais do mesmo, mas a
questão é muito, muito pior porque o futuro genético de
todos os que foram contaminados está perturbado. Agora vastas
regiões por todo o nosso mundo, assim como a nossa atmosfera,
estão contaminadas com o urânio empobrecido. Elas foram demasiado
utilizadas. É o número de átomos equivalente, como
calculou o professor japonês, a mais de 400 mil bombas de Nagasaki
libertadas para a atmosfera. Isto é realmente uma
subestimação.
Fui à Louisiana em Abril. Fui convidada a falar na Universidade de Nova
Orleans durante três dias. Um dos veteranos pediu-me para estar na sua
manifestação de protesto e comício de 19 de Abril
através da cidade de Nova Orleanas. Ele levou o projecto de lei de
Connecticut directamente ao Legislativo e pediu a dois legisladores para
apresentá-lo, e disse: "Apenas risque o nome 'Connecticut' e
substitua por 'Lousiana' no projecto de lei". Você não vai
acreditar. Ele foi aprovado ontem por 101 votos contra 0 na Lousiana House.
Quero que escreva acerca disto porque queremos que o projecto de lei do teste
de DU também no Texas. Nevada está em vias de
apresentá-lo.
O congressista Jim McDermott vai propô-lo ao legislativo de
Washington. Queremos que o governador de Montana faça isto porque foi o
primeiro governador a exigir que a sua Guarda Nacional retornasse. Penso que
metade deles estão de volta. "Preciso deles no estado",
afirmou ele.
A questão do DU é realmente absolutamente horrenda. Não
penso que haja qualquer tragédia maior na história mundial do que
isto que eles têm feito.
P.: Há algum perigo de o urânio empobrecido que está a ser
utilizado em armamentos do lado de lá difundir-se pelo ar até
aqui?
MORET: A atmosfera está globalmente contaminada com ele. Ele
está completamente misturado no espaço de tempo de um ano. Sou
uma perita em poeira atmosférica. Sou uma geocientista, uma
geóloga, e foi acerca disso que estudei e investiguei. É
realmente um assunto fascinante. Temos enormes tempestades de pó que
têm um milhão de milhas quadradas (2,59 milhões de km
2
) e transportam milhões de toneladas de pó e areia todos os anos
por todo o mundo.
Os principais centros destas tempestades de poeira são o Deserto de
Gobi, na China, que foi o local onde os chineses fizeram testes
atmosféricos, de modo que está tudo contaminado com
radiação, e ela foi transportada directamente sobre o
Japão, e vem através do Pacífico e deposita toda a sua
areia e pó nos EUA, América do Norte. Está carregada com
isótopos radioactivos, fuligem, pesticidas, produtos químicos,
poluição há de tudo nela fungos,
bactérias, vírus.
O Deserto do Saara é outro enorme centro de poeira, e ela sobe para a
Europa e atravessa o Atlântico, para o Caribe, para a Costa Leste.
Naturalmente, você conhece o Texas com aqueles furacões. Todos
eles originados no Deserto do Saara.
A terceira região é o Ocidente dos Estados Unidos, que é
onde está localizado o sítio de testes de Nevada. Fizemos 1200
testes de armas nucleares ali, de modo que toda esta radiação que
já está lá, que é bastante má, tem provocado
uma epidemia global de cancro desde 1945. Toda aquela radiação
foi o equivalente a 40 mil bombas de Nagasaki. Estamos a falar de cerca de 10
vezes mais.
Em Abril de 2003 a Organização Mundial de Saúde disse que
esperava um aumento de 50 por cento nas taxas de cancro global no ano 2020.
A mortalidade infantil está a aumentar outra vez por todo o mundo. Isto
é um indicador do nível de poluição radioactiva.
Quando os EUA e a Rússia assinaram o tratado que baniu parcialmente os
testes, em 1963, a taxa de mortalidade infantil começou a cair outra
vez, o que é normal.
E agora ela está a subir mais uma vez. É a
poluição global com esta radiação.
P.: Um dos nossos correspondentes enviou-me uma série de fotografias da
tempestade de poeira Al-Asad, no Iraque, em 28 de Abril.
MORET: Era a esta poeira que me referia.
P.: Na foto pode-se ver uma gigantesca parede de areia.
MORET: Tenho 16 fotos daquela tempestade. Elas foram postadas junto com fotos
feitas por médicos iraquianos de crianças com cancro e leucemia.
Assim, o que pensou você daquela tempestade de pó?
P.: Que era realmente dramático.
MORET: Ela remobiliza toda a radiação, mas estes são os
bocados maiores. O DU queima a altas temperaturas. É um metal
pirofórico, o que significa que incendeia. As balas e as bombas
(shells)
de grande calibre estão realmente em chamas quando saem do cano da arma
porque são incendiadas pela fricção dentro do cano.
Setenta por cento do metal DU torna-se um metal vaporizado. É realmente
uma arma de gás radioactivo e um contaminante do terreno.
Enviarei por email para si a URL do memorando de 1943 ao General Leslie Grove
do Manhattan Project. É o plano
(blueprint)
para o urânio empobrecido. Eles deixaram cair as bombas
atómicas, mas não utilizaram as armas DU porque pensaram serem
demasiado horríficas.
Viajei por todo o Japão com um pediatra de Bassorá e um
oncologista, um especialista em cancro. Pobres médicos todas as
suas famílias estão a morrer de cancro. Ele tem 10 membros da
sua família com cancro neste momento, que está a tratar, e isto
é apenas devido à Primeira Guerra do Golfo. Eles utilizaram
muita, muitíssima mais em 2003. Sobre todo o país.
P. O que os soldados podem esperar quando voltam para casa?
MORET: Se estavam em Veículos de Combate Bradley, voltam para casa com
cancro rectal por se terem sentado sobre caixas de munições. As
mulheres jovens estão a relatar problemas terríveis com
endometriose. Isto é o mau funcionamento da mucosa do útero, e
elas simplesmente sangram e sangram e sangram. Algumas delas têm cancro
uterino com idades de 18, 19 e 20 anos.
O Exército nem sequer o diagnosticará. Eles enviam-nas de volta
aos campos de batalha. Eles não vão tratá-las ou
diagnosticá-las. Um grupo de 20 soldados foi do Kuwait para Bagdad em
2003, em meio a combates. Oito daqueles 20 soldados têm tumores malignos.
P.: Será que a exposição ao urânio empobrecido
lhes afecta o fundo psicológico quando voltam para casa?
MORET: Urânio empobrecido são aquelas partículas que se
formam a temperaturas muito elevadas. Elas são óxidos de
urânio que são insolúveis. Elas são pelo menos 100
vezes mais pequenas do que uma célula branca de sangue, de modo que
quando os soldados respiram inalam-nas. As partículas entram pelo nariz
e vão através dos nervos olfactivos para dentro do
cérebro, e isto desarruma as suas capacidades cognitivas, os processos
de pensamento.
Isto prejudica o mecanismo de controle de temperamento no cérebro.
Quatro soldados em Fort Bragg voltaram do Afeganistão, e num par de
meses aqueles quatro haviam assassinado suas esposas. Isto é parte do
dano ao cérebro provocado pela radiação e pelas
partículas.
Entre soldados da I Guerra do Golfo, um grupo de 67 soldados que voltou, havia
DU no seu equipamento, nas suas roupas, nos seus corpos, no seu sémen, e
eles tinham bebés normais antes de irem para a guerra. Eles voltaram, e
o VA (Veteran Affairs Department) fez um estudo. De 251 veteranos do
Mississipi da I Guerra do Golfo, em 67 por cento deles os seus bebés
nascidos após a guerra apresentavam
malformações graves. Nuns não existia cérebro,
noutros eram os olhos ou os membros que faltavam. Tinham gravíssimas
doenças de sangue. É horrífico!
Se quiser ver algo, a revista Life efectuou um ensaio fotográfico que
ainda está na Internet. Chama-se
As pequenas vítimas da Tempestade do Deserto
.
Convém olhar para aquilo oh, meu Deus, os bebés
pós-Guerra do Golfo a brincarem com os seus irmãos e irmãs
normais.
Basicamente, é como fumar crack, só que você está a
fumar crack radioactivo. Ele vai directamente pela corrente sanguínea
para todo o corpo, para dentro dos ossos, da medula óssea, do
cérebro. Ele vai para dentro do feto. É um veneno
sistémico e um veneno radioactivo.
P.: O que dizer acerca das pessoas aqui nos EUA? Diz você que o DU
está a ser misturado e difundido globalmente?
MORET: Sim, está a ser misturado globalmente. Estamos a receber fumo
secundário. É o efeito secundário do fumo. Sabe das
pessoas que convivem numa sala com fumadores? Estão a apanhar aquele
fumo secundário, e assim estamos nós.
P. Será que o fumo secundário está a ficar mais espesso
enquanto conversamos?
MORET: Sim, a concentração das partículas de urânio
empobrecido na atmosfera por todo o globo está a aumentar. Há
indicações de que os EUA avançarão em Junho e
bombardearão um inferno no Irão. Estamos a monitorar as
fábricas americanas de munição. Elas têm grandes
encomendas daquelas enormes bombas destruidoras de bunkers com 5000 libras
(2268 kg) de DU na ogiva.
P.: Então o prognóstico para a América não é
realmente bom?
MORET: Não, é realmente mau.
P.: E se isto continuar?
MORET: Vamos aniquilar a população do mundo. Já estamos,
e não afecta apenas pessoas. Afecta todos os sistemas vivos. As
plantas, os animais, as bactérias. Afecta todas as coisas.
P.: Assim, as coisas que comemos, por exemplo, se tiverem DU dentro delas
introduzimo-lo dentro dos nossos sistemas, e assim estamos a poluir os oceanos,
de modo que podíamos afectar toda a vida marinha?
MORET: Sim, está no ar, na água, no solo. A semi-vida do DU,
Urânio 238, é de 4,5 mil milhões de anos, a idade da Terra.
P.: Com os danos atingindo este ponto, poderemos nós voltar para
trás? Não podemos fazer a limpeza?
MORET: Não há nenhum modo de fazer a limpeza. O que acontece
é que estas pequenas partículas flutuam em torno da Terra. Ainda
há plutónio e urânio a flutuaram em torno da Terra devido
aos testes de bombas. Estas partículas são tão pequenas
que moléculas a chocarem-se com elas mantem-nas lançadas no ar, e
assim o único modo de elas saírem da atmosfera é a chuva,
a neve, o fog, a poluição, o que as retirará do ar e as
depositará no ambiente. O que acontece é que a superfície
destas partículas fica humedecida pela mistura no ar. Elas caem e
aterram sobre coisas e cravam-se nelas como uma cola. Você não
pode conseguir que as partículas saiam do que quer que seja a que
estejam aderidas, tal como sempre colocamos um pingo de água sobre uma
lamela de microscópio e a seguir colocamos outra sobre a primeira.
Será que se pode separá-las?
P. Não.
MORET: OK, é o mesmo efeito que acontece com as partículas
radioactivas. Uma vez removidas da atmosfera, aderem a quaisquer
superfícies sobre as quais aterram. De um modo elas são
removidas da circulação atmosférica. Você
não pode lavá-las. Se se mantiver na chuva ou estiver num
riacho, se estiver sobre rochas ou pedras ou em alguma coisa num riacho, elas
não irão mesmo ser lavadas. Você não sabia que isto
era tão mau, não é?
P.: Não, eu sabia que era mau, mas pensava que estava razoavelmente
isolado.
MORET: Não. O que está sobre eles (no Iraque) estará
aqui em cerca de quatro dias. Não sei se você acompanhou
Chernobyl. Aquela grande bolha de radiação deu várias
vezes a volta ao mundo, mas isto é pó. Tornou-se uma parte do
pó atmosférico. Tal como a tempestade que poeira que você
viu naquela foto, isto vai a toda parte.
P.: Estará nas camadas altas da atmosfera ou nos níveis mais
baixos?
MORET: Está no espaço orbital mais baixo.
Eles trouxeram a nave espacial Mir de volta à Terra depois de
utilizá-la, e havia algo chamado um mosquito do espaço
(space midge)
que cobria os dispositivos electrónicos do lado de fora da nave e
protegia-a da radiação que vinha do sol, pois a
electrónica é vulnerável à radiação.
Analisaram a superfície daquela rede do espaço e descobriram
urânio e produtos decaídos do urânio que, disseram, vinham
de testes atmosféricos ou materiais nucleares queimados na nave ou de
reactores nucleares a bordo. O urânio também pode vir de
supernovas, mas eles pensam que as fontes mais prováveis foram testes
atmosféricos e os materiais nucleares que nós colocamos no
espaço.
P.: Essencialmente, então, está a dizer que estamos a conduzir
uma guerra nuclear.
MORET: Sim, é exactamente isso. Conduzimos quatro guerras nucleares
desde 1991. Sim, trata-se de guerras nucleares. O DU é uma arma
nuclear.
P.: Do ponto de vista de um cientista, o que é preciso acontecer para
corrigir isto?
MORET: Bem, precisamos parar de utilizar disto. Temos de construir um
movimento internacional para travar a utilização, a
fabricação, a armazenagem, as vendas e a instalação
de armas de urânio empobrecido.
P.: Será que as munições que vendemos a outros
países contêm urânio empobrecido?
MORET: Sim, contêm. Em 1968 os primeiros sistemas de armas com
urânio empobrecido de que descobrimos patente apareceram subitamente no
U.S. Patent Office. Era para a Marinha. O sistema era uma espécie de
arma de repetição
(Gatling gun)
que você montava nos navios. Aquilo dispara tão rapidamente como
2500 balas por minuto. Há mais de 3000 agora. Eles melhoraram a
concepção. Assim, em 1973 demos sistemas de armas de
urânio empobrecido aos israelenses e supervisionámos a sua
utilização. Eles utilizaram-nas na guerra
árabe-israelense e exterminaram completamente os árabes em cinco
dias. Desde então o show está em andamento. Aquela foi a
primeira demonstração real em campo de batalha deste novo sistema
de armas.
A Hughes Aircraft desenvolveu o sistema em toda extensão para a
U.S.Navy. Aquilo é um sistema da arma de repetição. Eles
ainda o utilizam. Foi produzido em 1974 e testado. Dentro de seis meses o
governo americano havia vendido o sistema de armas de DU a 12 entidades, as
quais incluíam muitos ramos das forças armadas dos EUA e de
outros países. Nós vendemos sistemas de armas DU a cerca
não sabemos exactamente com toda certeza de 12 ou 17
países. A boa notícia é que normalmente tais sistemas de
armas poderiam ter sido vendidas a 80, 100 ou 120 países mas
devido ao risco radiológico, biológico e ambiental, os
países não só estavam receosos em comprá-las como
alguns que as compraram temiam utilizá-las. Os únicos
países que sabemos terem utilizado o DU são a Grã-Bretanha
e Israel.
Em 1996 as Nações Unidas aprovaram uma resolução no
sentido de que as armas de urânio empobrecido são armas de
destruição em massa, e elas são ilegais sob todas as leis
e tratados internacionais.
Em 2001 o Parlamento Europeu aprovou uma resolução sobre o DU. O
que aconteceu foi que as forças da NATO atacaram a Jugoslávia em
1998 e 1999, fizeram 39 mil incursões aéreas e bombardearam
completamente o
país com lixo radioactivo. A Alemanha e os EUA ganharam a maior parte
do dinheiro com a destruição da Jugoslávia, e eles
asseguraram que países que não sabiam acerca do DU
aqueles que faziam a manutenção da paz tais como a
Itália e Portugal fossem enviados às regiões mais
contaminadas dentro da Jugoslávia.
Os alemães e os americanos não enviaram as suas próprias
tropas àquelas áreas. Estes pobres soldados de outros
países voltavam e morriam dentro de semanas ou num par de meses. Os
parentes em Portugal e na Itália estão furiosos e foram ao
Parlamento e aos media, e houve uma enorme tempestade nos media com artigos
acerca do DU.
[1]
O gato saiu do saco em 1998 devido à invasão da Jugoslávia
pela NATO. O gato estava fora do saco, mas tropas japonesas foram enviadas a
Somawa. Eram forças de autodefesa. Foram para as áreas mais
contaminadas, onde se verificaram os mais pesados combates no Iraque. Podemos
esperar que estes soldados fiquem realmente doentes.
P.: E quanto ao próprio Iraque? O que tem de ser feito então no
futuro?
MORET: É inabitável. Todo o país. A Jugoslávia,
o Iraque e o Afeganistão estão completamente inabitáveis.
P.: Mas lá vivem pessoas, então elas irão sofrer?
MORET: Bem, você pode ver os defeitos de nascença e as
doenças que são severas. A cada ano o número de defeitos
de nascença e as doenças aumentarão devido aos
níveis de contaminação total em todas as coisas vivas,
pois eles estão a respirar aquele ar, a beber água e a comer
comida de solos contaminados. É simplesmente uma sentença de
morte lenta. O mesmo se passa com a Jugoslávia e o Afeganistão.
O urânio empobrecido é uma arma biológica muito, muito
efectiva. Este é o objectivo primário do seu uso. Marion Falk
(um químico-físico aposentado que construiu bombas nucleares
durante mais de 20 anos no laboratório Lawrence Livermore), que é
o cientista do Manhattan Project com que trabalhei, ensinou-me tudo muito bem
acerca de radiação, partículas e DU. Ele disse que o
objectivo das armas utilizadas pelos militares não é só
ferir e matar os soldados inimigos, o objectivo é matar, aleijar e
tornar doente a população civil porque isto reduz a produtividade
de um país e dentro em pouco uma parte dos seus recursos tem de ser
utilizada para cuidar de pessoas doentes. Eles terão cada vez menos
trabalhadores saudáveis.
Naturalmente, uma vez que você provoca mutação no DNA, este
dano é passado às gerações futuras das pessoas ou
animais ou plantas afectados. O DNA não se repara a si próprio.
P.: Assim, as mutações provavelmente seriam mais destrutivas do
que construtivas.
MORET: As mutações estão a causar aqueles nascimentos
defeituosos.
P.: Elas são doenças não evolutivas?
MORET: Não, elas são evolutivas. Elas são herdadas por
todas as gerações futuras e passadas mais adiante. É como
se você tivesse cabelo ruivo e todos os seus descendentes futuros
terem aquele gene.
P.: Assim, se eu tivesse uma propensão para doença do
coração devido à radiação, então a
geração que viesse depois de mim teria o mesmo problema?
MORET: Bem, se você danificar a célula ou partes da célula
ou o funcionamento de células, isto não danifica necessariamente
o DNA. Há duas espécies de danos: uns danificam as
células do organismo vivo, e isto não pode ser passado adiante,
mas se você danificar o DNA no ovo ou no esperma, isto é passado a
todas as gerações futuras.
P.: De modo que nos rapazes que estão a retornar da guerra o seu
esperma provavelmente está afectado.
MORET: Danificado. Sim. Eles também têm urânio
empobrecido no seu sémen. Quando se relacionam com as suas parceiras
eles contaminam-nas internamente com urânio empobrecido. As mulheres
também ficam doentes. Elas têm urânio empobrecido nos seus
corpos e há algo chamado síndrome queimante
(burning syndrome).
É absolutamente horrível. Pode ler acerca disto num artigo de
David Rose no número de Dezembro de
Vanity Fair
. Está na Internet.
Uma amiga minha é viúva de um veterano canadiano da Guerra do
Golfo. David Rose entrevistou-a, e ela queixou-se acerca do sémen
queimante. Ela afirmou: "Tenho 20 preservativos cheios de ervilhas
congeladas no meu frigorífico todo o tempo, e depois de nos
relacionarmos eu inseria um dentro da minha vagina, e isto era o único
meio para eu poder suportar o sofrimento do sémen queimante". E
ele atravessa preservativos, também.
P.: Oh Deus!
MORET: Sim, você deveria ver as turmas nas escolas secundárias
quando falo acerca do sémen queimante e da contaminação
interna. As bocas das garotas abrem-se em grande Os, e os rapazes
começam a entrar em pânico e dizem "Nunca ficarei
doente!" (risos). O nome deste artigo é
"Armas de auto-destruição"
.
P.: Quanto DU será preciso para matar toda a vida conhecida sobre este
planeta?
MORET: A quantidade de radiação libertada vai certamente ter um
impacto global muito, muito, profundo, e já estamos a ver a mortalidade
infantil a aumentar globalmente. O feto é o mais susceptível ao
dano por radiação porque todas as células estão
rapidamente a dividir-se, os membros e os corpos desenvolvem-se, de modo que
quando se começa a introduzir produtos químicos tóxicos e
radiação isto realmente danifica o processo natural de
desenvolvimento fetal.
O motivo porque foram capazes de convencer o Senado a assinar o tratado de 1963
que baniu parcialmente os testes foi o aumento da mortalidade infantil. Ela
esteve a cair e declinou dois ou três por cento ao ano durante um longo
tempo devido a melhores cuidados pré-natais e à
educação das mães.
A mortalidade infantil começou a subir depois de despejarem as bombas
sobre Hiroshima e Nagasaki, especialmente nos anos 50 quando começaram
os grandes testes de bombas.
Por volta de 1963 era realmente óbvio que testar bombas globalmente
estava a ter um impacto real sobre os recem-nascidos. Eles assinaram o tratado
de banimento parcial dos testes. A Rússia e os EUA cessaram os testes
atmosféricos, e a seguir a taxa de mortalidade infantil começou a
ir para baixo. Agora está a subir outra vez. Isto é uma
poluição radioactiva global, e quanto tempo levaria para eliminar
toda a vida é algo que ninguém sabe, mas o urânio
empobrecido é uma arma biológica muito, muito, efectiva.
Existem duas finalidades na utilização de armas pelos militares.
Uma é destruir os soldados inimigos, e a outra, que é tão
importante quanto esta, é destruir a população civil
inimiga. Causar enfermidades e doenças, enfermidades prolongadas,
realmente impacta a produtividade e a economia de um país. Foi
Chernobyl e outros desastres nucleares que realmente destruíram a
União Soviética porque a antiga URSS está muito, muito,
doente com toda a radiação que foi libertada. Eles foram muito
mais negligentes do que nós.
Tenho um inquérito sobre a saúde mundial da
Organização Mundial de Saúde que foi publicado pelo
Journal of American Medical Association
em Junho último. O impacto dos testes atmosféricos é
muito visível pela porcentagem de população em cada
país que eles investigaram quanto a alguma forma de doença
mental. Por exemplo: no Japão é 8,8 por cento. Na
Nigéria é muito baixa 4,7 por cento. Eles quase
não têm radiação na Nigéria. Na
Ucrânia, onde houve o acidente de Chernobyl, é de 20,4 por cento.
Na Espanha está em 9,2 por cento. Na Itália é de 8,2 por
cento. É bem baixa porque ele não têm fábricas de
ogivas
(nukes).
A França confia em 75 por cento na energia nuclear, de modo que
há doenças mentais em 18,4 por cento da população.
O México está em 12,2 por cento, e nos Estados Unidos em 26,3 por
cento a mais elevada taxa de doenças mentais do mundo.
George Bush e seus irmãos foram todos expostos no útero à
ocorrência
(fallout)
dos testes de bombas nos Estados Unidos. Ele teve uma irmã
recém-nascida que morreu de leucemia quando tinha cerca de três
anos.
Trabalhei com um grupo chamado Radiation And Public Health Project. O seu
sítio web está em
http://www.radiation.org
. Todos nós somos especialistas em radiação, cientistas
bem conhecidas e cientistas independentes. Coleccionámos 6000 dentes de
leite de crianças que vivem em torno de centrais nucleares e medimos a
radiação nos mesmos, e um dos nossos membros é o vizinho
da mulher que trabalhou
com todos os filhos de Bush, incluindo o próprio presidente Bush, porque
eles têm severas deficiências de aprendizagem.
P.: Como podemos saber que os filhos de Bush foram expostos?
MORET: Pelo ano de nascimento. O ano em que estiveram na barriga da sua
mãe. Você tem de ver quanto material de testes de bomba foi
libertado para a atmosfera, e há uma correlação directa
entre o declínio nos resultados do SAT
(scholastic aptitude test)
para todos os adolescentes nos EUA e a quantidade de radiação
que foi libertada para a atmosfera no ano em que as suas mães os tinham
no ventre. Estes são os efeitos retardados da exposição
à radiação no útero.
P.: Então eles viviam no Connecticut, mas sentiam os efeitos da
radiação em Nevada?
MORET: Dois anos atrás o governo americano admitiu que toda a pessoa a
viver nos Estados Unidos entre 1957 e 1963 foi exposta internamente a
radiação. Assim, para qualquer mulher grávida durante
aqueles anos, o seu feto esteve exposto.
P.: De que tipo de níveis de radiação estamos a falar?
MORET: De níveis baixos, e os principais caminhos são a
água de beber e os produtos lácteos. Isto matou mesmo peixes
bebé no Atlântico. O estrôncio-90 é um
isótopo feito pelo homem que sai de bombas nucleares e de reactores
nucleares. Mediram os níveis de estrôncio-90 na Noruega desde a
década de 1950 até a de 1970, e mediram o declínio na
captura de pescado durante o mesmo período, e assim como o
estrôncio-90 no leite aumentou na Noruega, a captura de pescado declinou.
Por volta de 1963, quando os EUA testaram uma bomba nuclear quase todo dia
(fizeram 250 testes em um ano porque o tratado estava prestes a ser assinado),
as capturas de pescado declinaram 50 por cento. No Pacífico declinaram
60 por cento porque havia testes russos, chineses, franceses e americanos ali.
P.: De modo que ainda estamos a comer hoje aquele peixe contaminado. O
código genético foi alterado?
MORET: Os oceanos estão a receber tudo o que chove ou neva da
atmosfera. Isto fica dentro dos oceanos. A grande mortandade de
rãs, que é global, está certamente relacionada com a
radiação na água da chuva. É um holocausto nuclear
global. Afecta todos os seres vivos. É por isso que chamam-no de
"omnicídio", o que significa que mata todas as coisas vivas
as plantas, os animais, as bactérias. Tudo.
P.: Pensa você que podemos ter o relato do Weather Channel sobre as
condições da actual tempestade de areia no Iraque de modo a que
possamos nos preparar com quadro dias de antecipação para a
radiação?
MORET: Contarei a você o que fiz quando aconteceu o 11 de Setembro.
Telefonei a todos os médicos do Radiation And Public Health Project e
disse-lhes: "Saiam da cidade e não voltem até que tenha
chovido três vezes". Uma vivia a 12 milhas (19,3 km) na
direcção do vento do Pentágono. Ela foi ao seu
terraço com o contador geiger. Eu lhe disse: "Ponha esse contador
fora da sua bolsa". Nós havíamos acabado de fazer uma
conferência de imprensa em São Francisco e eu sabia que ela o
guardava na sua bolsa. Bem, os níveis de radiação eram
8-10 vezes mais elevados do que dentro de casa.
Telefonamos ao EPA (Environmental Protection Agency), HAZMAT (Hazardous
Material), FBI e dissemos: "Arranjem todos os trabalhadores para respostas
de emergência adequados. Eles precisam ser protegidos". Dois dias
após o 11 de Setembro, o perito da EPA em radiação para
aquela região telefonou-nos e disse: "Sim, os destroços do
choque no Pentágono eram radioactivos, e acreditamos que é
urânio empobrecido, mas não estamos preocupados acerca disto. Ele
só é prejudicial se for inalado".
Disse ele: "Nós estamos preocupados acerca da soldadura de chumbo
no avião". Bem, você sabe o que há nos mísseis
Tomahawk? Eles tem ogivas com urânio empobrecido. Os destroços
radioactivos do choque contaminados com DU são a prova de uma ogiva DU.
P.: Não pensei nisso, mas retornando à minha pergunta original:
Deveria o Weather Channel relatar para nós as tempestades de pó
tóxico no Iraque?
MORET: Mas como as pessoas poderiam escapar delas? Estas tempestades de
poeira têm um milhão de milhas quadradas (2,59 milhões de km
2
). Elas são enormes e vêm através do Atlântico, do
Caribe, da linha costeira do Texas e da Costa Leste. Há pessoas que
abandonam o estado todas as vezes em que há um furacão.
Está na comida, água de beber, produtos lácteos, e
então o problema com o Urânio 238, o qual é 99,39 por cento
DU, é que ele decai em mais de 20 passos em outros isótopos
radioactivos.
Eis porque chamo a isto o "Cavalo de Troia". É a arma que se
mantem, mantem-se a matar. Isto é como fumar crack radioactivo. Ele
segue através do seu nariz. Ele cruza o bulbo olfactório para
dentro do seu cérebro. É um veneno sistémico. Ele vai a
todo lado. Estas partículas, que se formam a temperaturas muito altas
5000 a 10000 graus C são nanopartículas. Elas
têm um décimo de um mícron ou ainda menos. Um
décimo de um mícron é 100 vezes menor do que uma
célula branca de sangue. Elas ficam presas nos lípidos e
provavelmente no colesterol e atravessam directamente as membranas da
célula. Elas desordenam os processos celulares. Elas desordenam a
sinalização entre as células porque as células
todas conversam umas com as outras e coordenam o que estão a fazer.
Elas desorientam a função cerebral.
P.: Sabe você o que era o Iraque antes da primeira Guerra do Golfo?
MORET: O Iraque antes de 1991 era o país mais avançado de todo o
Médio Oriente. Eles tinham meticulosas bases de dados dos problemas de
saúde e das taxas de doença, razão pela qual os EUA
bombardearam todos os gabinetes do Ministério da Saúde.
Destruímos todos aqueles registos de modo a que não pudesse ser
estabelecido um quadro da saúde anterior à Guerra do Golfo a fim
de mostrar quanto aumentaram estas doenças. Isto preocuparia os EUA, em
termos de compensação por crimes de guerra.
Nestas horríveis sanções da ONU, eles (os iraquianos)
nunca podiam conseguir todos os remédios padrão para o tratamento
da leucemia. A ONU lhes dizia: "Estes passos do tratamento da leucemia
sãoo componentes de armas, de modo que você não pode ter
disto". Eles nunca deram ao povo o tratamento completo, prescrito nas
regras, de que precisavam para livrar-se da leucemia. Isto escondeu os efeitos
do urânio empobrecido porque as crianças estavam a morrer de fome.
Estavam desnutridas. Eles tinham a população mais
saudável do Médio Oriente (antes da I Guerra do Golfo).
P.: Vamos conversar acerca das crianças do Iraque.
MORET: Após a Guerra do Golfo, pode ser que tivessem um bebé por
semana a nascer com defeitos nos hospitais de Bassorá. Agora
estão a ter 10 a 12 por dia. Os níveis de urânio na
população estão a aumentar a cada ano. Todos os dias as
pessoas comem e bebem quando todo o ambiente está contaminado.
Exactamente o que se poderia esperar. Há mais bebés vindos
à luz com defeitos de nascença, e estes estão a ficar cada
vez mais severos.
Uma médica iraquiana contou-me que os bebés que nascem agora
são pedaços de carne. Disse ela que não têm
cabeça ou pernas ou braços. São apenas um pedaço
de carne. Isto também aconteceu às populações que
não foram removidas de ilhas no Pacífico quando ocorreram os
testes de bombas. Basicamente, os governos estavam a utilizá-las como
cobaias.
P.: De modo que todos os países que foram equipados com armas nucleares
são culpados destas atrocidades.
MORET: Todos eles estavam a fazer isso. A França, a Rússia, a
China e os EUA. E não estou certa de que a Grã-Bretanha tenha
feito
testes de bomba. Eles foram realmente reservados acerca disto.
P.: Onde estão os pontos quentes de radiação nos Estados
Unidos?
MORET: Nos Estados Unidos, seria dentro de umas 100 milhas (161 km) de
centrais nucleares. Temos 110 centrais nucleares nos EUA. Temos a maioria em
relação a qualquer país do mundo, mas somente umas 103
estão a operar. Quase todas da Costa Leste.
O que fizemos foi obter dados do governo a partir dos Centros de Controle de
Doença sobre mortes por cancro da mama entre 1985 e 1989. Dois
terços de todas a mortes por cancro da mama nos EUA entre 1985 e 1989
verificaram-se em lugares dentro das 100 milhas de uma central nuclear.
Verificaram-se também em torno de laboratórios de armas
nucleares. Estes seriam Los Alamos no Novo México, o Idaho Nuclear
Engineering Lab em Idaho, e Hanford no estado de Washington, que é onde
eles obtêm o plutónio para todas as bombas. Eles contaminaram
toda a bacia do Rio Columbia e quase todo o estado de Washington.
Aquilo fica na água, dentro das plantas e da vegetação.
Se você comer moluscos, mariscos ou caranguejos ou coisas como estas,
mesmo certas espécies de peixe que comem na lama do leito do rio,
você terá níveis de radiação muito mais
elevados nos seus tecidos. Isto depende de cada pessoa e de quão
saudável ela é, mas aquele homem do estado de Washington morreu
subitamente. Ele tinha cerca de 40 anos. Fizeram-lhe uma autópsia e
estava cheio de zinco radioactivo. Perguntaram: "Onde raios ele obteve
isto? Isto vem de bombas nucleares e de reactores nucleares". Estudaram
a sua dieta e descobriram que gostava de comer ostras. Descobriram onde
comprava as suas ostras e acharam o viveiro das ostras. Era a 200 milhas
da costa do estado de Washington. A radiação estava a ser
transportada para o mar a partir da linha costeira. Passava sobre este leito
de ostras. As ostras estavam simplesmente a absorvê-las.
P.: Quais são os sintomas do envenenamento por DU?
MORET: Soldados no campo de batalha relataram um gosto metálico na suas
bocas. Isto é o gosto real do urânio metal. A seguir, dentro
24-48 horas, os soldados no campo de batalha relataram que se sentiram doentes.
Começaram a sentir dores nos músculos e perderam energia.
Alguns deles tornaram-se incontinentes. Por outras palavras, adultos com
fraldas.
Uma mulher relatou que na primeira noite em casa quis relacionar-se com o seu
marido, mas que ela não tinha absolutamente nenhuma sensibilidade. Ela
não podia sentir o que fosse da cintura para baixo. Estas
partículas sólidas
(particulate matter)
danificam o sistema neuromuscular, os nervos, e isto estende-se a toda parte.
E não há tratamento para isto. Estas partículas
são muito, muito, insolúveis, assim elas não podem
dissolver-se mesmo em corpos fluidos, de modo a que possam ser excretadas do
corpo. Então mantêm-se a emitir. Mesmo quando o urânio
decai ele torna-se outro isótopo radioactivo. Assim, é uma
partícula que simplesmente fica ali a disparar tiros até que
você morra.
Um outro problema é que os soldados têm dentes a esfarelar-se. Os
dentes logo começam a cair. O urânio substitui o cálcio na
estrutura cálcio-fosfato do dente. Alguns queixaram-se acerca de grande
ataques de epilepsia, paralisia cerebral. Algumas das doenças relatadas
em taxas muito elevadas nos soldados da Força Aérea e do
Exército são a doença de Parkinson, a doença de Lou
Gehrig e a doença de Hodgkin. Esta é uma
danificação da mitocondrina nas células e nos nervos. A
mitocondrina faz toda a energia para corpo, de modo que se se danifica a
mitocondrina um sintoma é o síndrome da fadiga crónica.
Simplesmente não há suficiente produção de energia
para o corpo funcionar normalmente.
Descobri um estudo na newsletter dos empregados do SanDia Nuclear Weapons
Laboratory de Setembro de 2003. Eles estão a fazer importantes estudos
junto a veteranos da disfunção mitocondrial relacionada com as
doenças de Lou Gehrig, Hodgkin e Parkinson.
Uma vez que se trata de um laboratório de armas nucleares, estão
plenamente conscientes dos danos para a saúde.
P.: Fale-me dos testes que detectam DU no corpo.
MORET: O teste do cromossoma é o melhor indicador. Custa US$5000. O
teste da urina custa US$1000. Se você apresentar resultados positivos
com o teste da urina saberá que está contaminado. Se apresentar
resultados negativos isso não significa que não esteja
contaminado. Significa apenas que você pode ou não estar
contaminado mas que não tem bastante DU dissolvido no seu fluxo
sanguíneo para ir até os seus rins a fim de ser excretado na sua
urina. Qualquer pessoa que viaje agora ao Médio Oriente e ao
Afeganistão não pode evitar ser contaminada. Toda e qualquer
pessoa, qualquer um, que vá a esses lugares será contaminada.
A questão do DU afecta todo o ser vivo sobre este planeta. Que outra
coisa tem tal impacto? Eles alteraram o genoma em todo o planeta para sempre
com este DU. As pessoas do Pentágono dizem: "Você
está a exagerar ou você utiliza a palavra urânio para
assustar pessoas". Não me importa se as pessoas acreditam em mim
ou não. Tudo o que posso dizer é que com o decorrer do tempo as
minhas afirmações serão realmente uma
subestimação dos efeitos a longo prazo.
[1]
Nota de resistir.info
: No que se refere a Portugal, Leuren Moret ignora o poder de encobrimento dos
lamentáveis media aqui existentes. Os media portugueses nunca deram o
destaque devido às doenças contraídas pelos soldados
portugueses, como a do cabo Paulino que morreu após a sua missão
na ex-Jugoslávia. O silenciamento por parte dos media portugueses (os
mesmos que gostam de se apresentar como "de referência")
mantem-se de forma permanente. Eles nem sequer indagaram se as
centenas de homens e mulheres da GNR que estiveram no Iraque foram submetidos
ao teste da urina. A atitude generalizada de praticamente todos os media
portugueses TVs, jornais diários e semanários, revistas,
etc é pior e mais covarde do que a dos seus congéneres
italianos. Na Itália pelo menos houve notícias dos soldados
italianos vitimados pelo DU. Em Portugal o silêncio é chocante,
limitando-se os media a transcrever alguns comunicados oficiais.
Outros documentos acerca do DU:
What Is Depleted Uranium?
A Military Perspective
. Entrevista ao Dr. Doug Rokke, Ph.D, antigo Director do U.S. Army Depleted
Uranium Project.
A Survivor's Perspective
. Entrevista a Melissa Sterry, veterana da Guerra do Golfo que está a
sobrevir aos efeitos do urânio empobrecido.
O original encontra-se em
http://www.iconoclast-texas.com/News/19news03.htm
.
Esta entrevista encontra-se em
http://resistir.info/
.
|