As relações dos EUA com a Coreia do Norte em tempos de
mudança
Os próximos meses podem revelar que direção vão
tomar as relações entre os EUA e a Coreia do Norte sob a
administração Trump. Após oito anos de
"paciência estratégica" e reequilíbrio da
Ásia, essas relações agora estão no seu ponto mais
baixo desde há décadas. Muitas das elites da política
externa dos EUA expressam frustração pelo fracasso de Washington
em impor a sua vontade à República Popular Democrática da
Coreia (RPDC), vulgarmente designada como Coreia do Norte. Há um
crescente apelo a uma mudança na política, mas que tipo de
mudança têm em mente os diversos protagonistas nos EUA? Talvez
estejamos na altura de uma grande transição.
O Presidente Trump tem dado sinais contraditórios sobre a Coreia do
Norte que vão desde dizer que está aberto ao diálogo a
insistir que a Coreia do Norte não pode possuir armas nucleares e que
ele poderia resolver esta disputa com uma simples chamada para a China.
É justo dizer que qualquer mudança no sentido da política
é possível, embora interesses profundamente arraigados possam
influir na resistência a qualquer movimento positivo.
Além da sua frequentemente expressa linha dura em relação
à China, Trump pelo contrário ainda não demonstrou muito
interesse nos assuntos da Ásia-Pacífico. Isto pode provavelmente
significar um adiamento para os seus conselheiros, e que o bom senso possa
prevalecer. Quanto maior influência os assessores de Trump tiverem na
política com a Coreia do Norte, mais perigosas se tornam as perspectivas.
Mike Pompeo, Diretor da CIA, acredita que o Irão e a Coreia do Norte
cooperaram no que chama de "uma parceria do mal"
[1].
Ele também apelou à mobilização do poder
económico e militar contra a RPDC.
[2]
"Grupos de reflexão" têm produzido uma série de
violentos documentos, cheios de recomendações para a nova
Administração. As suas opiniões vão evidentemente
cair em ouvidos receptivos entre os conselheiros de Trump. Quanta
influência têm na tomada de decisões do Trump é outra
questão, porém ele está a ouvir uma única mensagem
quer dos que estão ao seu redor quer dos interesses estabelecidos em
Washington.
Um tema comum, que aparece nos documentos políticos dos "grupos de
reflexão"
(think tank)
é a insistência em punir a China pelas suas
relações com a RPDC.
Eis uma visão geral do que os principais think tanks e responsáveis
militares dos EUA propõem sobre como Trump deve lidar com a Coreia do
Norte:
U.S.-Korea Institute (...)
American Enterprise Institute (...)
U.S. Navy Commander Skip Vincenzo (...)
Brookings Institute (...)
Former USFK Commander Walter Sharp (...)
Council on Foreign Relations (...)
Rand Corporation (...)
Center for a New American Security (...)
Está para ser visto em que medida Trump prestará
atenção a tal(is) conselho(s). Mas a totalidade do establishment da
política externa e os media de referência estão unidos numa
firme oposição a qualquer resolução genuinamente
diplomática da disputa. Trump exprimiu um cepticismo saudável
quanto aos relatórios de inteligência da CIA. Se esse cepticismo
será estendido também aos conselhos provenientes dos think tanks
de Washington é uma questão em aberto.
Se o objectivo destas propostas é provocar a
desnuclearização da Península Coreana, então elas
são receitas para o fracasso. Mas se a intenção é
impor adversidades económicas ao povo da Coreia do Norte, ao mesmo tempo
que aproveita a questão nuclear como pretexto para dominar a
região, então estes think tanks sabem o que estão a fazer.
Como sempre, considerações humanas nada significam quando se
trata de servir interesses corporativos e imperiais, e se forem plenamente
cumpridas não será surpresa se tiverem êxito em trazer
à Península Coreana o mesmo caos e destruição que
provocaram no Médio Oriente. Só se pode desejar que vozes mais
razoáveis prevaleçam durante a formulação
política.
Mudança política na Coreia do Sul: Um divisor de águas
potencial
O que nenhum dos documentos políticos trata é o papel que a
Coreia do Sul tem de desempenhar. É simplesmente assumido que o status
quo continuará e que a Coreia do Sul acompanhará qualquer
acção que os EUA optem por adoptar, não importando
quão dura ou perigosa. Na mente do establishment de Washington, trata-se
de um relacionamento mestre-servo e nada mais.
Que coreanos, do norte e do sul, possam ter os seus próprios objectivos
e interesses não é considerado. Os realmente espantosos protestos
em massa contra a presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye, os quais levaram
ao seu impeachment, abriram um mundo de possibilidades. Seja o que for que
aconteça nos meses pela frente, não será como o habitual.
Decisores políticos dos EUA estão em pânico com a
perspectiva de um governo mais progressista e independente tomar o poder
após a próxima eleição na Coreia do Sul e isto
é o que está por trás dos planos para apressar a
instalação de uma bateria
THAAD
antes do programado. Mas num certo sentido, pode já ser demasiado
tarde. Park Geun-hye, e implicitamente suas políticas, foi totalmente
desacreditada. Pode bem acontecer que quanto mais duras as medidas que
Washington queira impor à RDPC, menos possam contar com a
cooperação da Coreia do Sul. E poderia ser isto a impedir os
Estados Unidos de temerariamente mergulharem a Península Coreana no caos
ou mesmo na guerra.
Vamos imaginar que um governo mais progressista tome o poder na Coreia do Sul,
empenhando-se no diálogo com o seu vizinho do Norte e assinando acordos
sobre cooperação económica. Se os EUA estivessem assim
inclinados, poderiam trabalhar em conjunto com um tal governo na Coreia do Sul
para reduzir tensões e desenvolver laços económicos com a
RDPC. Ligações ferroviárias e de gás poderiam
cruzar a Coreia do Norte, conectando o Sul com a China e a Rússia, e
proporcionando um impulso económico para toda a região. A Coreia
do Norte e do Sul poderiam desviar recursos de necessidades militares para
civis e começar a desmantelar estruturas nacionais de segurança
do estado. A questão nuclear deixaria de importar. Todas estas coisas
poderiam ser feitas, mas exigiriam uma mudança de mentalidade em
Washington e uma disposição para desafiar todo o establishment.
Infelizmente, é muito mais provável que tensões continuem
a ser agravadas. A confrontação de longo prazo com a
Rússia e a China tem sido a nota chave da política
estado-unidense, levando ao cerco daquelas nações por um anel de
bases militares e sistemas de mísseis anti-balísticos. A
reequilibragem para a Ásia tem como objectivo reforçar o poder
militar em torno da China. A Coreia do Norte, neste contexto, serve como
justificação conveniente para a dominação militar e
económica dos EUA da Ásia Pacífico.
O programa nuclear da Coreia do Norte não é uma ameaça
à Paz mundial
Por que o programa de armas nucleares da Coreia do Norte é considerado
uma ameaça inaceitável, enquanto o de outras nações
não é? Por que não vemos os Estados Unidos imporem
sanções ao Paquistão pelo seu programa nuclear, por
conduzir jogos de guerra no Oceano Índico ou invadir a Índia? Por
que não ouvimos apelos à mudança de regime em Israel
devido ao seu programa nuclear?
Em vez disso, o Paquistão é o quinto maior receptor de ajuda
americana, estando previsto receber 742 milhões de dólares este
ano, a Índia recebe um décimo dessa quantia, e os EUA assinaram
recentemente um acordo de cooperação militar com o
Paquistão.
[16]
Relativamente a Israel os Estados Unidos comprometeram-se a fornecer 28 mil
milhões de dólares de ajuda militar ao longo dos próximos
dez anos.
[17]
Que se passa no seu programa de armas nucleares que faz com que a Coreia do
Norte seja sancionada e ameaçada, enquanto os EUA calorosamente
abraçam outros? Índia, Paquistão e Israel têm
programas nucleares que são muito mais avançados que os da Coreia
do Norte, com consideráveis arsenais e bem testados mísseis
balísticos. A grande diferença é que a Coreia do Norte
é a única destas quatro nações que enfrenta uma
ameaça existencial dos Estados Unidos e, portanto, tem a maior
necessidade de uma força de dissuasão nuclear.
Não há nenhuma ameaça da Coreia do Norte aos EUA. Ainda
não foi testado um míssil de reentrada na atmosfera e portanto
não pode ser dito que tem os meios de colocar uma arma nuclear nos EUA.
Além disso, a Coreia do Norte nunca terá mais do que um pequeno
arsenal em relação ao tamanho do possuído pelos EUA, pelo
que as suas armas nucleares só podem ter um papel dissuasor.
A "ameaça" que apresenta o programa nuclear da Coreia do Norte
é duplo. Uma vez que a Coreia do Norte tenha conseguido completar o
desenvolvimento do seu programa, os EUA perderão qualquer possibilidade
realista de atacá-lo. Quer os EUA exerçam essa possibilidade ou
não, desejam manter em aberto essa opção.
O outro aspecto da "ameaça" é que se a RPDC tiver
êxito no estabelecimento de um programa eficaz de armas nucleares, outras
pequenas nações que enfrentam a hostilidade dos EUA podem
sentir-se encorajados a desenvolver programas nucleares, reduzindo assim a
capacidade dos Estados Unidos imporem a sua vontade sobre outros povos.
É difícil ver a razão pela qual a Coreia do Norte
desistiria do seu programa nuclear. Por um lado, de acordo com estimativas do
Departamento de Estado dos EUA, a Coreia do Norte está a gastar entre 15
a 24% do seu PIB nas suas Forças Armadas.
[18]
Isto é insustentável para uma economia em
recuperação, e as armas nucleares são baratas em
comparação com as despesas de forças armadas
convencionais. A Coreia do Norte está a colocar grande ênfase no
desenvolvimento económico, e um programa de armas nucleares permite-lhe
transferir mais recursos para a economia civil.
[19]
A História recente também mostrou que uma pequena
nação que dependa de forças militares convencionais
não tem hipóteses de se defender contra um ataque dos Estados
Unidos. Para uma nação como a Coreia do Norte, as armas nucleares
representam o único meio de defesa.
Um Tratado de paz não é uma garantia de paz
A Coreia do Norte atribui grande importância à assinatura de um
Tratado de Paz. Após mais de seis décadas, desde o fim da guerra
da Coreia, um Tratado de Paz é um objectivo digno e há muito
devido. Mas se a RPDC imagina que um Tratado de Paz lhe proporciona uma medida
de segurança, acho que é um erro. Os EUA estavam oficialmente em
paz com cada uma das Nações que atacaram e arruinaram.
Que tipo de garantias os Estados Unidos podem possivelmente dar à Coreia
do Norte, para garantir a sua segurança em troca do desarmamento?
Poderia ser assinado um acordo, mas as promessas feitas não significam
nada. A Líbia deve ser recordada: assinou um acordo de desarmamento
nuclear com uma administração dos EUA, apenas para ser
bombardeada pela seguinte. Nenhuma promessa verbal ou escrita pode fornecer
qualquer medida de segurança.
O registo unilateral dos negociadores dos EUA dificilmente se torna um
incentivo para a Coreia do Norte efectuar qualquer medida de desarmamento. Por
exemplo, logo após os Estados Unidos terem assinado em Setembro de 2005
um acordo conjunto com a Coreia do Norte, o negociador americano Christopher
Hill procurou tranquilizar o Congresso dizendo que os Estados Unidos não
estavam prestes a começar a normalização das
relações com a Coreia do Norte, mesmo que isso fosse precisamente
o que o acordo obrigava a fazer.
A normalização das relações, explicou ao Congresso,
estaria "sujeita à resolução das nossas
preocupações de longo prazo. Por isso, entendo que como parte
necessária do processo que conduza à normalização,
devemos discutir questões importantes, incluindo os direitos humanos,
programas de mísseis balísticos, armas químicas e
biológicas, proliferação de armas convencionais,
terrorismo e outras actividades ilícitas." A Coreia do Norte
"teria que se comprometer com normas internacionais e provar as suas
intenções."
O objectivo de Christopher Hill foi claro. Mesmo que a Coreia do Norte se
desnuclearize totalmente, as relações mesmo assim não se
moveriam em direcção à normalização. A
Coreia do Norte seria confrontada com uma série de exigências
adicionais.
[20]
Com efeito, longe de começar a normalizar as relações,
dias após a assinatura do acordo de Setembro de 2005, o Departamento do
Tesouro designou o Banco Delta Ásia sediado em Macau como uma das
"preocupações principais quanto a lavagem de dinheiro"
apesar da ausência de qualquer evidência para apoiar esta
afirmação.
As empresas financeiras dos Estados Unidos foram obrigadas a cortar
relações com o banco, o que levou a uma onda de saques por
clientes em pânico e o encerramento do banco. O objectivo do Departamento
do Tesouro foi encerrar uma das principais instituições que a
Coreia do Norte usava para conduzir comércio internacional normal. Esta
acção matou o acordo.
A lição Líbia
O acordo nuclear líbio fornece o modelo que Washington espera que a
Coreia do Norte siga. Esse acordo compeliu a Líbia a desmantelar o seu
programa nuclear, como condição prévia para receber
qualquer recompensa, e só depois desse processo estar completo muitas
das sanções contra a Líbia foram levantadas. Demorou
contudo mais de dois anos para tirar a Líbia da lista de patrocinadores
do terrorismo e restabelecer relações diplomáticas.
Após uma análise mais aprofundada, essas "recompensas"
parecem antes uma redução do castigo. Pode dizer-se que a
redução de sanções é uma recompensa? Se
alguém está batendo e depois promete reduzir o número de
espancamentos, será isso uma "recompensa" para alguém?
Não pareceu assim para os líbios, que muitas vezes se queixaram
de que autoridades dos EUA não os haviam recompensado pelo cumprimento
do acordo.
[21]
O que os EUA ofereceram à Líbia, foram mais exigências.
Logo no início, o subsecretário de Estado John Bolton disse a
funcionários líbios que teriam de suspender a
cooperação militar com o Irão a fim de concluir o acordo
de desnuclearização.
[22]
Em pelo menos uma ocasião, um responsável dos EUA pressionou a
Líbia a eliminar o comércio militar com a Coreia do Norte,
Irão e Síria.
[23]
Responsáveis dos EUA exigiam que a Líbia reconhecesse a
independência unilateral do Kosovo, uma posição a que
Líbia consistentemente se opôs.
[24]
Isto foi seguido por uma nota diplomática dos EUA à Líbia,
ordenando-lhe votar contra uma resolução do governo sérvio
nas Nações Unidas, que pedia uma decisão do Tribunal
Internacional de Justiça sobre a independência do Kosovo.
[25]
Dadas as circunstâncias, a Líbia preferiu estar ausente na
votação, ao invés de se unir aos EUA e a três outras
nações contra a medida.
Os Estados Unidos conseguiram, no entanto, obter o voto da Líbia para
sanções da ONU contra o Irão.
[26]
Em resposta às directivas dos EUA, a Líbia aconselhou
repetidamente a Coreia do Norte a seguir o seu exemplo e proceder à
desnuclearização. Sob pressão dos EUA, a Líbia
lançou também um programa de privatizações e abriu
oportunidades para as empresas dos EUA.
As autoridades dos EUA instaram muitas vezes os norte-coreanos a tomar nota do
acordo com a Líbia e aprender com o seu exemplo. Hoje em dia, esse
exemplo parece bastante diferente, dado o bombardeamento da Líbia com
aviões de guerra dos EUA e mísseis. Pela sua
cooperação com os Estados Unidos o Coronel Kadhafi foi
recompensado com espancamento, empalado com uma baioneta e assassinado.
Há de facto uma lição neste caso, e os norte-coreanos
tomaram devida nota disso.
A verdadeira ameaça à paz
É tempo de desafiar a narrativa ocidental estandardizada. Sob a lei
internacional sobre o espaço, cada nação tem o direito de
lançar um satélite em órbita, apenas à Coreia do
Norte é negado esse direito e condenada. Os Estados Unidos, com mais de
mil testes nucleares,
[27]
reagem com indignação a cinco da Coreia do Norte.
Citando o analista político Tim Beal, "a construção
da Coreia do Norte como um pária internacional é uma
expressão do poder americano ao invés de, como geralmente
é reivindicado, resultado de uma violação do direito
internacional. Na verdade, as acusações discriminatórias
contra a Coreia do Norte são uma violação das normas do
direito internacional e da igual soberania dos Estados."
[28]
Desde 1953, a Coreia do Norte nunca esteve em guerra.
Durante este mesmo período, para listar apenas uma amostra das
intervenções, os EUA derrubaram o governo da Guatemala; enviaram
um exército de mercenários para invadir Cuba; o Vietname foi
invadido e bombardeado, com o custo de 2 milhões de vidas. Bombardearam
o Camboja e o Laos; enviaram tropas para a República Dominicana;
apoiaram o golpe militar na Indonésia, na qual meio milhão de
pessoas foi morta; organizaram um golpe militar no Chile; apoiaram extremistas
islâmicos em seus esforços para derrubar um governo laico no
Afeganistão. Os EUA invadiram Granada, minaram portos e armaram grupos
contra o governo da Nicarágua; armaram a guerrilha de direita em Angola
e Moçambique; armaram e treinaram as forças croatas e forneceram
cobertura aérea para a expulsão de 200 mil pessoas de suas casas
na Krajina; bombardearam metade da Bósnia; armaram e treinaram o Kosovo
Liberation Army, atacaram a Jugoslávia; invadiram o Iraque; apoiaram a
derrubaram os governos da Jugoslávia, Ucrânia, Geórgia,
Honduras e muitas outras nações, bombardearam a Líbia,
armaram e treinaram os jhiadistas na Síria.
E mesmo assim ainda dizem que é a Coreia do Norte que ameaça a
paz mundial.
O ano de 2017 pode ser crucial para a península coreana. Uma
população revigorada está a trazer mudanças na
Coreia do Sul. Devemos juntar-nos e exigir mudanças nos Estados Unidos,
também. É tempo de resistir aos sucessivos apelos para uma
política externa militarista e temerária.
[1] Press Release, "Pompeo on North Korea's Nuclear Test," U.S.
Congressman Mike Pompeo, January 16, 2016.
[2] Chang Jae-soon, "Trump's Foreign Policy Lineup Expected to be
Supportive of Alliance with Seoul, Tough on N.K.," December 13, 2016.
[16] "Foreign Assistance in Pakistan," foreignassistance.gov
16 - Rama Lakshmi, "India and U.S. Deepen Defense Ties with Landmark
Agreement," Washington Post, August 30, 2016.
[17] "U.S. Foreign Aid to Israel," everycrsreport.com, December
22, 2016.
[18] U.S. Department of State, "World Military Expenditures and Arms
Transfers 2016," December 2016.
[19] Bradley O. Babson, "After the Party Congress: What to Make of
North Korea's Commitment to Economic Development?" 38 North, May 19,
2016.Elizabeth Shim, "Kim Jong Un's Economic Plan Targets Foreign
Investment," UPI, May 19, 2015.
[20] "The Six-Party Talks and the North Korean Nuclear Issue: Old
Wine in New Bottles?" Hearing Before the Committee on International
Relations, House of Representatives, October 6, 2005.
[21] "Libya Nuclear Chronology," Nuclear Threat Initiative,
February 2011.
[22] U.S. Department of State cable, "U/S Bolton's July 10 Meeting
with Libyan Officials, August 11, 2004.
[23] William Tobey, "A Message from Tripoli, Part 4: How Libya Gave
Up its WMD," Bulletin of the Atomic Scientists, December 7, 2014.
[24] U.S. Embassy Tripoli cable, "Libya/UNSC: 1267, Iran and Kosovo,
July 1, 2008.
[25] U.S. Embassy Tripoli cable, "Kosovo ICJ Resolution at UNGA
Libya," October 6, 2008.
[26] "Libya Nuclear Chronology," Nuclear Threat Initiative,
February 2011.
[27]
https://en.wikipedia.org/wiki/List_of_nuclear_weapons_tests_of_the_United_States
[28] Tim Beal, "The Korean Peninsula within the Framework of US
Global Hegemony," The Asia-Pacific Journal, November 15, 2016.
[*]
Do Conselho de Administração do Jasenovac Research Institute e do
Conselho Consultivo do Korea Policy Institute. É membro do Solidarity
Committee for Democracy and Peace in Korea, colunista do Voice of the People,
publicado em língua russa. Também é membro da Task Force
to Stop THAAD in Korea and Militarism in Asia and the Pacific. Seu sítio
web é
https://gregoryelich.org
Do mesmo autor em resistir.info:
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A mania dos mísseis: EUA e Japão ameaçam a Coreia do Norte
EUA apontam para a Coreia do Norte
O que preocupa os norte-coreanos?
Porque Bush quer confrontar a Coreia do Norte
O texto completo do original encontra-se em
www.globalresearch.ca/u-s-north-korean-relations-in-a-time-of-change/5575474
Este artigo encontra-se em
http://resistir.info/
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